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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Caim era do Maligno - Lição 05 - 4º. Tri EBD CPAD – 02.11.2015

Abordagem de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
                                                    Gênesis 4 1.10
Reflexão: Quem ama de verdade não se deixa dominar pelo ódio, nem pela inveja.

Antes de Deus expulsar o homem e sua mulher do paraíso – Primeiramente, fez o Senhor Deus vestimentas de pele para Adão e Eva. Apesar da queda do homem no pecado, Deus nunca o desamparou. Verifica-se que houve provisão divina, mediante aquela nova situação – o pecado.

A fim de ocultar a nudez do casal, pois ao pecar descobriram que estavam nus e sentiram vergonha de si mesmos; o próprio homem já havia preparado para si e sua mulher uma vestimenta de folhas de figueira – símbolo da justificação das  obras humanas.

Mas Deus fez para eles uma vestimenta de peles de animais. O sacrifício de alguns animais foi necessário para essa provisão, isto em tipologia bíblica, a provisão por meio de Cristo, em sua obra expiatória ali tipificada (Rm 3.21,26).

As vestimentas recebidas de Deus por Adão e Eva, foram-lhes supridas divinamente. Agora estavam outra vez aptos a estarem na presença de Deus. As vestimentas foram uma provisão notável; serviram para encobrir a nudez dos dois, além de servir para proteger contra as intempéries do tempo. Assim, a provisão de Cristo é uma provisão geral em todos os sentidos para aqueles que se chegam a Deus.

O ódio que mata – Disse Caim à Abel seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
Perguntou o Senhor a Caim: “Onde está Abel, teu irmão? Caim respondeu: Não sei; acaso sou eu guardador de meu irmão? E disse Deus: Que fizestes Caim?A voz do sangue de teu irmão, clama a mim, desde a terra” (Gn 4.8-10).

Caim na verdade já era do maligno, por isso ele matou seu irmão Abel (1Jo 3.12). Ao proferir a sentença logo após a queda do homem, disse o Senhor a serpente: “Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15).

A maldição trouxe a inimizade, mas há uma solução. A cabeça da serpente será esmagada. Isto nos fala de remissão como resposta divina a todo problema.
A maldição pronunciada sobre Satanás e sua semente, com a declaração de vitória e vida para a semente da mulher, foi também um pronunciamento de maldição sobre a semente da mulher.

A ira de Deus seria sentida no “ferimento do calcanhar”. Esta declaração foi demonstrada como uma referência ao sofrimento, condenação e morte, e sepultamento de Jesus Cristo, que sofreu a ira de Deus e teve a maldição da humanidade caída sobre si (Rm 5.9; 1Ts 1.10; Cl 3.10-13).

Esta maldição que caiu sobre a semente da mulher, Jesus Cristo tinha que sofrer. Ela foi absoluta e irrestrita, no sentido que a plenitude da ira de Deus foi colocada sobre ele (Is 53.1-5).

As consequências do pecado não demoraram aparecer sobre a raça humana. Caim e Abel, filhos de Adão, diferiam grandemente em caráter. Abel tinha um sentimento de fidelidade a Deus; via justiça e misericórdia no trato do Criador; com a raça humana decaída, e com fé e gratidão aceitou a promessa de redenção.

Mas Caim, desde o princípio nutria sentimento de rebeldia contra o Redentor, por causa da maldição pronunciada, sobre a terra e sobre o gênero humano.
Em virtude do pecado de Adão, esses irmãos foram provados, assim como Adão fora antes deles.

Estavam cientes da providência tomada por Deus para a salvação dos homens e compreendiam o sistema de ofertas que Deus ordenara. Sabiam que ao oferecer uma oferta ao Senhor deveriam fazê-lo por fé no Salvador, e o que aquelas ofertas tipificavam e reconheciam sua total dependência de Deus. Sem derramamento de sangue não podia haver redenção de pecados. As primícias da terra deviam ser apresentadas diante do Senhor em ações de graças.

Os dois irmãos, de modo semelhante erigiram seus altares, e cada um trouxe uma oferta. Abel, apresentou um sacrifício de rebanho, de acordo com as instruções do Senhor. “E atentou o Senhor para Abel e sua a oferta” (Gn 4.4). Fogo do céu caiu e consumiu o sacrifício – era essa a forma de se saber que Deus recebera o sacrifício (Gn 15.17).

Caim ao levar ao Senhor, apenas uma oferta de frutos da terra, não houve fogo do céu como prova de que a oferta fora aceita por Deus – nada aconteceu. Caim preferia a conduta de independência própria.

Quanto ao que respeitava ao nascimento e instrução religiosa, esses irmãos eram iguais, amigos e pecadores, e reconheciam o direito de Deus, à reverência e a adoração, segundo a aparência exterior. Sua religião era a mesma até certo ponto; mas a diferença entre ambos era muito grande.

Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim” (Hb 11.14). Abel aprendeu os grandes princípios da redenção e por meio do sangue derramado, olhava para o futuro sacrifício de Cristo, e sua morte na cruz do Calvário. Caim tivera como Abel, a oportunidade de saber e aceitar estas verdades. Um irmão não fora eleito para ser aceito por Deus e outro para ser rejeitado.

Abel escolheu a fé e a obediência; Caim, a incredulidade e a rebeldia, porque ele já era do maligno (1Jo 3.12). Jesus se referiu a Abel como o primeiro mártir (Mt 23.35). O sangue de Abel é contrastado com o sangue de Cristo (Hb 12.24). Caim e Abel representam duas classes que existirão no mundo até o final dos tempos.
Uma classe piedosa, que segue as instruções do Senhor; a outra arriscasse em confiar em si mesmo, e nos seus méritos. A classe de adoradores que segue o exemplo de Caim é a maioria absoluta no mundo; pois quase toda religião falsa tem se baseado no mesmo princípio, de que o homem pode confiar em seus próprios esforços para salvação.

Quando Caim viu que sua oferta era rejeitada, ficou irado com o Senhor Deus e com Abel. Apesar do descaso de Caim pelo mandado divino, Deus não o deixou abandonado. Disse Deus a Caim: “Por que te iraste? E porque decaiu o teu semblante?” (Gn 4.6).

“Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti e, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta (ou a oferta pelo pecado” (Gn 4.7).
A escolha dependia de Caim. Se confiasse em Deus, e seguisse suas instruções gozaria do seu favor.

 Caim via injustiça em Deus, e acalentava inveja e ódio contra seu irmão. Caim odiou e matou o seu irmão, sem qualquer motivo, “porque suas obras eram más, e a de seu irmão, justas” (1Jo 3.11,12).

Assim, em todos os tempos, os ímpios têm odiado os que eram melhores que eles. A vida de obediência de Abel era uma reprovação ao modo de vida de Caim. O assassínio de Abel foi o primeiro exemplo de inimizade entre a semente da serpente e a semente da mulher, entre Satanás e seus súditos.

Caim, o homicida, logo foi chamado para responder por seu crime – “E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele disse: não sei: Sou eu guardador de meu irmão?” (Gn 4.9-12).

Caim tinha avançado tanto no pecado, que perdera a intuição da contínua presença de Deus e de sua grandeza e onisciência. Por isso, recorreu à falsidade para esconder sua culpa.

Quinze séculos depois de pronunciada a sentença sobre Caim, o universo testemunhou os frutos de seu mau exemplo, no crime e corrupção que inundaram a terra.

Agora, todos podiam entender que a sentença de morte pronunciada contra a raça decaída, era  não apenas justa, mas, misericordiosa. Quanto mais vivessem os homens em pecado, mais abomináveis a Deus se tornaria.

Como disse o pregador: “Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal” (Ec 8.11).

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
 ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
LOURENÇO Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação. Editora Fiel. SPaulo, 2011
GRONINGEN Gerard Van. Revelação Messiânica do Antigo Testamento. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2003
GRONINGEN Gerard Van. Criação e Consumação – O Reino, a Aliança, e o Mediador Vol.1 Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2002
WHITE  Ellen G. Patriarcas e Profetas. Casa Publicadora Brasileira. SPaulo, 1976
DOUGLAS J.D. O Novo Dicionário da Bíblia. Editora Vida Nova. SPaulo, 2006
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Versículo por Versículo. Vl 1, 6,7. Editora Hagnus. SPaulo, 2001

Bíblia de Estudo Scofield

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