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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A Criação dos Céus e da Terra - Lição 02 - 4º. Tri EBD CPAD – 11.10.2015

Abordagem de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
                                                     Salmos 104.1-14
Reflexão: A primeira grande verdade da Bíblia é que Deus criou os Céus e a terra e o ser humano.
No princípio criou Deus os céus e a terra. Essa afirmação é irrefutável. Segundo o Dr. Ellis, professor emérito do Departamento de Matemática Aplicada da Universidade de Cape – África do Sul, tudo o que uma pessoa, mesmo um cientista pode fazer com esta declaração do Gn 1.1, é discordar da premissa cosmológica do autor, mas nunca refutar.

O “Big Bang”, é uma teoria que mesmo sendo aceita nos meios acadêmicos, não passa de uma teoria, sem unanimidade nos meios científicos e teológicos, como também amplamente refutada.
Tempo, espaço e matéria – A primeira frase da Bíblia define a origem dos três elementos básicos principais com os quais a ciência trabalha: tempo, espaço e matéria. Vejamos a ordem: 1. No princípio – tempo, 2. Deus criou os céus – espaço, 3. e a terra – matéria.
Sabemos que a terra do verso de Gn 1.1 não é o planeta Terra, pois no verso 2, lemos que a terra era sem forma e vazia.
O planeta Terra tem uma forma. Não existe até o presente momento, nenhuma teoria científico que possa explicar o aparecimentos dessas três entidades: tempo, espaço e materia, sendo que as três estão interligadas.
Uma teoria que tente explicar o aparecimento de um deles deverá também explicar o aparecimento dos outros dois.
Antes de Deus criar o mundo não poderia ter havido o “antes”, pois não haveria o que mudar. Não havendo mudança, não haveria como medir o tempo.
Portanto, o tempo não poderia vir a existência por conta própria, pois algo teria que ter mudado, para que o tempo existisse.
E se “algo” não existia, o tempo também não poderia existir. Somente com a criação do espaço e da matéria o tempo poderia ter passado a existir.
Antes da criação do mundo não havia nenhuma mudança. Portanto, não poderia haver tempo. Deus é aquele que é antes do do antes. A teologia do século XX foi marcada pelas tentativas de harmonização entre os ensinamentos das Sagradas Escrituras e as propostas científicas. 
Essas tentativas de harmonização aparecem nas áreas da Sociologia  com a Teologia da Libertação, nas áreas da Economia com a Teologia da Prosperidade, nas áreas da Psicologia  com a Psicologia Cristã, e em muitas outras áreas do conhecimento científico.
Nas áreas das ciências biológicas, essas tentativas aparecem sob a forma de Evoluicionismo Teísta.
A Bíblia não contém erros científicos, portanto, ela é perfeitamente compatível com as descobertas científicas, havendo sempre uma harmonização natural.
O conhecimento científico muda, e muda muito rapidamente.
Provas bíblicas da criação a partir do nada – A Bíblia claramente demanda que acreditemos que Deus criou o universo “do nada”. Às vezes se usa a expressão latina ex nihilo, “do nada”; diz-se então que a Bíblia prega a criação  ex nihilo. Isso significa que antes de Deus principiar a criação do universo, nada existia além do próprio Deus.
Essa é a implicação de Gênesis 1.1, que diz “No princípio criou Deus os céus e a terra”. A frase “os céus e a terra”, abarca todo o universo.
O Salmo 33 também nos diz: “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles [...] Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou e tudo passou a existir” (Sl 33.6-9).
No NT, encontramos uma declaração universal no início do evangelho de João: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3).
A melhor interpretação da expressão “todas as coisas” é “todo universo” (At 17.24; Hb 11.3). Paulo é bem explícito em Cl 1,16, quando especifica todas as partes do universo, as coisas visíveis e as invisíveis:
Pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.16).
O cântico dos vinte e quatro anciãos no céu, igualmente afirma essa verdade: “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4.11).
Na última frase diz-se que a vontade de Deus foi a razão pela qual as coisas passaram afinal a “existir” e pela qual “foram criadas”.
O fato de ter Deus criado os céus e a terra, e tudo o que neles há, é afirmado várias vezes no NT. Por exemplo, Atos 4.24 fala de Deus como “Soberano Senhor que fizeste o céu, a terra, o mar, e tudo o que neles há”.
Uma das primeiras maneiras de identificar a Deus é dizer que ele criou todas as coisas. Barnabé e Paulo explicam à plateia pagã em Listra que são mensageiros de um “Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar, e tudo o que há neles" (At 14.15).
Do mesmo modo, quando Paulo fala aos filósofos gregos pagãos em Atenas, ele identifica o Deus verdadeiro como o “Deus que fez o mundo e tudo que nele existe” e diz que esse Deus “a todos dá vida, respiração e tudo mais”. (At 17.24,25; Is 45.18; Ap 10.6).
Romanos 4,17 diz que Deus criou do nada, ainda que não o afirme exatamente. O texto fala literalmente de Deus como aquele que “chama coisas não existentes como se já existissem”.
A tradução da ARA, “chama á existência as coisas que não existem” é incomum mas gramaticalmente possível, e faz uma afirmação explícita da criação a partir do nada. Porém, mesmo que traduzamos de modo que a palavra grega hos assuma seu significado comum, “como”, o versículo diz que Deus “chama as coisas, que não existem como existentes”.
Mas se Deus fala a algo que não existe (ou chama) como se de fato existisse, o que está implícito? Se ele chama coisas que não existem como se existissem, o significado só pode ser que logo existirão, irresistivelmente chamadas à existência.
Como Deus criou todo o universo do nada, no universo não existe matéria eterna. Tudo o que vemos – as montanhas, os oceanos, as estrelas, a própria terra – tudo veio a existir quando Deus o criou. Houve um tempo em que não existiam:
“Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus (Sl 90.2).
Isso nos lembra que Deus rege o universo e que nada na criação deve ser adorado em lugar de Deus, ou além dele. Todavia, negando a criação a partir do nada, teríamos de afirmar que alguma matéria já existia e que é eterna como Deus.
Tal ideia desafiaria a independência de Deus, sua soberania, e o fato de que só a ele devemos culto: se a matéria existisse além de Deus, então que direito inato teria Deus de regê-la e usá-la para sua glória? E que certeza teríamos de que cada aspecto do universo irá no final cumprir os desígnios de Deus se algumas partes dele, não foram criadas por Deus?
O lado positivio do fato de ter Deus criado o universo do nada é que ele tem sentido e propósito. Deus, na sua sabedoria, o criou para algum fim. Devemos tentar compreender esse fim e usar a criação de modos que se conformem a esse fim, que é glorificar o próprio Deus. Além disso sempre que a criação nos dá alegria (1Tm 6.17) devemos dar graças a Deus, que tudo fez.
A criação do universo espiritual – A criação de todo o universo abarca a criação de um reino de existência invisível e espiritual: Deus criou os anjos e outros tipos de seres celestiais, além dos animais e do homem.
Também criou o céu como lugar onde a sua presença é especialmente evidente. A criação do reino espiritual está inequivocadamente  implícita em todos os versículos acima que afirmam que Deus criou não só a terra, mas também “o céu [...] e tudo quanto nele[s] existe” (Ap 10.6; At 4.24) e está ainda explicitamente confirmada em vários outros versículos.
A oração de Esdras diz bem claramente: “Só tu és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há” (Ne 9.6). O “exército dos céus” nesse versículo parece referir-se aos anjos e outras criaturas celestes, pois Esdras diz que eles se ocupam da atividade de adorar a Deus (o mesmo termo exército é usado para falar de anjos que adoram a Deus em Sl 103.21 e 148.2).
No NT Paulo especifica  que em Cristo “foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis  sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1.16; Sl 148.2,5).
Aqui a criação dos seres celestes invisíveis, é também afirmada explicitamente.
 Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
 ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
ANDRADE Claudionor. Dicionário de Profecias Bíblicas. CPAD. RJaneiro 2005
WHITCOMB John.  .A Terra... De onde Veio? Editora Fiel. São Paulo, 1992
CAMPOS Heber Carlos. O Habitat Humano - O Paraíso Criado. Edit. Hagnus. SPaulo, 2011
CAMPOS Heber Carlos. O Habitat Humano - O Paraíso Perdido. Edit. Hagnus. SPaulo, 2012
LOURENÇO Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação. Editora Fiel. SPaulo, 2011
LOURENÇO Adauto. Como Tudo Começou – Uma Introdução ao Cristianismo. Editora Fiel. SPaulo, 2007
GRUDEM Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. Editora Vida Nova. SPaulo, 1999

Bíblia de Estudo Pentecostal CPAD

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