Total de visualizações de página

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A Queda da Raça Humana - Lição 04 - 4º. Tri EBD CPAD – 25.10.2015

Abordagem de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
                                    Romanos 5.12-19
Reflexão: O pecado de Adão trouxe-nos a morte, mas a morte de Jesus Cristo garante-nos a vida eterna e plena comunhão com Deus.

O paraíso - “E plantou o Senhor Deus um jardim no Édem, da banda do Oriente, e ali pôs o homem que tinha formado. E o Senhor Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista, e boa para comida, e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal.

E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Édem para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: de toda árvore do jardim comerás livremente. Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.8,9,15,16,17).

 Essas duas árvores são reais, mas possuem significados que lhes proporcionam destaque maior no jardim de Deus.

Cada uma delas representa algo importante.  Apontam para os fatos de que a comunhão com o Senhor tem a ver com a árvore da vida, e a quebra dessa comunhão, com a árvore do conhecimento do bem e do mal.

A árvore da vida exerce uma função muito importante nas Escrituras, por isso aparece no primeiro e no último livro da Bíblia, além de ser sugerida no livro de Ezequiel 47.12 e em Provérbios 11.30 e 13.12. Esta árvore é parte tanto do primeiro paraíso (Gn 2.9), como do paraíso definitivo, na consumação de todas as coisas (Ap 2.7;22.2).

Apesar de a árvore da vida ser uma árvore real, comum, uma árvore composta de raiz, caule, galho, flores e frutos, localizada “no meio do jardim”, tem uma significação espiritual muito característica. 

Seus frutos são naturais, mas com propriedades sobrenaturais.
Na  verdade, nesse sentido, é uma árvore sobrenatural, pelos símbolos que comunica: É simbólica de sabedoria; de retidão; é simbólica da concretização da esperança; é simbólica de temperança na linguagem.

É uma espécie de árvore sacramental. É indicativa exterior de manutenção perene de comunhão com Deus no jardim. Comer do fruto dessa árvore é símbolo de vida eterna. Essa árvore era um sinal para Adão de que a origem da vida está em Deus, e para que soubesse que simbolizava a sua condição de bem-aventurança, que jamais seria perdida se tivesse cumprida a obediència dele exigida.

Só poderia comer dessa árvore aquele que passasse no teste da obediência. Se o homem comesse dessa árvore, viveria para sempre. No entanto, não podemos dizer que a perenidade da vida vem do seu fruto, mas, sim, da obediência, porque a vida eterna, segundo o ensino geral das Escrituras, é obtida pela obediência. Por não obedecer, Adão foi proibido de comer dessa árvore. Então, para que não comesse dela, foi lançado para fora do paraíso (Gn 3.22).

A árvore co conhecimento do bem e do mal – “Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore de conhecimento do bem e do mal (Gn 2.9).
Esta árvore é indicativa de realidades espirituais que Deus queria comunicar às suas criaturas. É possível que também estivesse colocada no meio do jardim, como a outra árvore – a da vida.

Ela, em si mesma, não era má. Pelo contrário, era não somente agradável à vista, mas seu fruto era bom como os das outras árvores. Macarthur, diz que ela não era venenosa, e não era uma árvore com fruto tóxico. Não há nada tóxico na perfeita criação de Deus.

Não havia nenhum veneno. Não havia nada no fruto daquela árvore que, de alguma forma, houvesse sido alterado geneticamente.Nada havia na naquela árvore que, de alguma forma, pudesse matar algum princípo de vida de um indivíduo, como algum sopro mortal em sua alma.
Era uma árvore boa, e o seu fruto era  perfeitamente bom, porque tudo que Deus fez era bom.

Por que, então, esta árvore é chamada de árvore do conhecimento do bem e do mal? Von Ranke, entende que a árvore é designada para representar a onisciência, e que o homem não deveria cobiçar a onisciência. Comer dessa árvore significa ter um conhecimento completo e, consequentemente, significa participar da onisciência divina.

Esta é uma interpretação errônea porque a onisciência é um atributo incomunicável de Deus. E pertence unicamente ao ser único e infinito, de quem o homem é apenas criatura.
A citação de Gn 3.22, que fala que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal, é uma enorme ironia (linguagem figurada) que Deus usa e não deve ser entendida como o homem tendo o conhecimento que Deus tem.

Há outros que entendem que o comer dessa árvore tem a ver com a prática do ato sexual. Este pensamento é mais comum dentro da Teologia Católica Romana e também amplamente difundida no meio evangélico.

No entanto, não há nenhuma sugestão de que o pecado de comer dessa árvore tem a ver com as relações sexuais entre Adão e Eva.

A importância dessa árvore, no entanto, está vinculada à sua significação espiritual. Ela é reveladora da soberania de Deus, que ordenou que os seres humanos dela não comessem.

Deus dera aos primeiros pais todas as coisas necessária para uma abundante e feliz subsistência no jardim. O homem não precisava desejar mais nada.

Não precisava querer conhecer como Deus, como Satanás sugeriu. Deveria estar absolutamente contente com as provisões divinas.

A tentação no paraíso: o poder e o fascínio da mentira – Em Gênesis, capítulo 3, encontramos as origens da mentira da qual estamos falando. Está escrito: “Mas a serpente, mas sagaz de que todos animais selváticos que o Senhor tinha feito, disse á mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?

Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.

Então a serpente disse à mulher: È certo que não morrereis” (Gn 2.17b; 3.4).
Porque Deus sabes que no dia em dele comeres se vos abrirão os olhos, e, como Deus, sereis conhecendo do bem e do mal (Gn 3.5). Vemos aqui a origem da mentira nua e crua. Sua maldade e seu poder de ilusão aparecem juntos com toda sua simplicidade original.

A ilusão, em sua essência, é uma só; possui, porém, seis características aparentes, das quais três questionam algo e outras três afirmam algo:

1. A serpente nega a realidade da maldição da morte. Apesar de ter sido comprovado que essa negação não possui fundamento algum, ela continua desde então sendo apresentada – e crida.

2. A serpente questiona de forma implícita a veracidade de Deus. Ela sugere que Deus teria enganado os homens. Que ele teria feito uma falsa ameaça contra eles.

3. A serpente nega a justiça e a bondade de Deus. Ela acusa Deus de motivos indignos. Deus estaria negando aos homens algo bom, querendo ficar com aquilo só para si.
Assim, a parte questionadora da mentira movimenta-se entre a negação de um fato negativo, a morte, e um ataque ao caráter de Deus. Mas a serpente não só afirma que Deus está privando o homem de algo; ela diz o que é este algo.

Ao fazer isto, a serpente apresenta três falsas promessas positivas:
1. A serpente promete sabedoria ao homem. Os olhos dele, diz a serpente, seriam abertos e eles adquiririam a capacidade do conhecimento.

2. A serpente promete divindade, o “ser como Deus”. Esta parece uma tentação supérflua, já que a humanidade originalmente fora criada à imagem de Deus. Assim mesmo, a tentação de se auto realizar de forma autônoma ilimitada permanece sendo o A e Z da soberba espiritual.

3. A serpente promete poder. Esta promessa não é expressa de forma declarada, mas é uma conclusão óbvia. A expressão hebraica deixa claro que o conhecimento aqui recebido é de utilidade e possui uma função. Ao lermos este texto, descobrimos que verdade e mentira não mantém o equilíbrio em forma de um contraste dualista, pois o mal não é o oposto do bem, no sentido de poder co-existir com o bem ao mesmo nível.

O mal é muito mais uma distorrção do bem criado por Deus. A essência do mal encontra-se na perversão fundamental do bem criado por Deus. Portanto, não possui uma existência própria independente do bem que perverte, como também não é independente da vontade daquele que se abre à sua influência.

Assim vamos encontrar em qualquer ponto da história subsequente, a mentira fundamental da história, num estado mais desenvolvido. A influência contagiante dessa mentira firmou-se tanto que agora pode fornecer a base espiritual pára um reino rodeado de brilho, mas corrupto por dentro, disposto a conquistar o senhorio sobre este mundo:

“No fim desta era” esta mentira original avança para seu estágio final de desenvolvimento, ela atinge sua forma completa num sistema de idolatria que abrange toda a terra. Agora, ela não é mais somente problema de uma ilusão individual; pelo contrário, esta mentira diabólica leva a uma falsa crença sistemática e todo-abrangente, tão abrangente quanto a tão diversificada natureza da vida humana em que se fundamenta.

A introdução do pecado no mundo – Historicamente, Adão foi o terceiro a rebelar-se contra o Senhor Deus. Em primeiro lugar apostataram Satanás e seus anjos. Depois, a mulher, e, só então o homem. Não obstante, foi Adão o grande responsável pela introdução do pecado no mundo. Porque o juízo maior recaiu sobre ele.

“Pelo que, por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram (Rm 5.12).
Adão era o governador do mundo. Deus lhe confiou o governo do mundo a fim de que ele governasse dominando sobre todas as coisas (Gn 1.26).

Cabia-lhe, pois, trazer à terra o reino dos céus. Ele o faria repassando à esposa e aos filhos, o conhecimento e as ordenanças, que lhe transmitira o Senhor. Mas, por não orientar devidamente as mulher, esta fragilizou-se ante a dialética do adversário.

Adão era o guarda do Édem. Cabia a ele cultivar e guardar o paraíso (Gn 2.15), Todavia falhou em sua missão. Alguns pensam que Adão já sabia da existência de um adversário, e que este já havia turbado as regiões celestes. E, já expulso de lá, buscava agora na terra ampliar seus estragos e apostasias.

Adão não ingnorava o perigo que o rondava, mas o subestimou. Adão conhecia a natureza do adversário. Ao nomear os animais, Adão passou a conhecer profundamente a biologia terrestre (Gn 2.19,20).

Sabia que o leão era o rei dos animais. Admirava a força do boi e a mansidão do cordeiro. De igual modo não ignorava a astúcia e o fingimento da serpente. Deveria ter alertado Eva quanto aquele admirável e astuto réptil. Pois Deus já o havia advertido de que dominasse sobre os répteis.

Adão introduziu o pecado no mundo. Eva pecou antes de Adão, e Satanás, por seu turno pecara muito antes de Eva. Todavia, o pecado entrou no mundo não através da mulher nem por intermédio do Diabo. O grande responsável pela introdução da apostasia no mundo foi Adão.

É o que esclarece o apóstolo Paulo: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12).

A serpente e a mulher não deixaram de ser penalizados. Entretanto, ao homem coube a responsabilidade maior pela tragédia no Èdem. Deus o condena à morte, mas não o condena à morte eterna, nem à segunda morte.

Ali mesmo, em meio ao juízo o Senhor Deus anuncia a redenção do homem caído, ao proferir uma sentença entre a serpente e a mulher. Entre a semente da serpente e a semente da mulher.

E conclui dizendo: Esta, a semente da mulher te ferirá a cabeça, e tu, a semente da serpente lhe ferirá ao calcanhar. E ao mesmo tempo o Senhor efetuou o primeiro sacrifício expiatório entre os filhos dos homens ao imolar um cordeiro, derramar o seu sangue típico do cordeiro de Deus que tira o pecado mundo (Jo 1.29), e com sua pele cobrir a nudez do homem e da mulher, antes de expulsá-los do jardim. (Gn 3.15, 21).

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
 ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
ANDRADE Claudionor. Dicionário de Profecias Bíblicas. CPAD. RJaneiro 2005
NEE, Watchman. O Homem Espiritual – Vl 1. Editora Betânia. Belo Horizonte, 2004
CAMPOS Heber Carlos. O Habitat Humano - O Paraíso Criado. Edit. Hagnus. SPaulo, 2011
CAMPOS Heber Carlos. O Habitat Humano - O Paraíso Perdido. Edit. Hagnus. SPaulo, 2012
SAUTTER, Gerhard. New Age – A nova Era à Luz do EvangelhoEdições Vida Nova. SPaulo 1992.
LOURENÇO Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação. Editora Fiel. SPaulo, 2011

Bíblia de Estudo Pentecostal CPAD

Nenhum comentário:

Postar um comentário