Abordagem
de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
3º.
Trimestre / 2015
1Timóteo 4.1,2,5-8,12,16
Reflexão: A apostasia e a infidelidade a Deus,
são características marcantes do tempo do fim.
Duas
portas e dois caminhos – Dois destinos
esperam o homem em sua jornada na terra; e depende da escolha de cada um.
Seja qual for a escolha, as
consequências serão inevitáveis. Quem quer ser salvo precisa entrar pela porta
estreita e seguir viagem pelo caminho estreito (Mt 7.13,14).
Jesus advertiu a todos aqueles
que haveriam de escolher a “porta estreita”, que seriam perseguidos por falsos
profetas que surgiriam de seu próprio meio (Mt 7.15).
Esses falsos mestres são
capazes de enganar a qualquer um que lhe der ouvido (Mt 24.24; At 20.28-31).
A
apostasia dos homens (1Tm 4.1-5) – “Mas o Espírito expressamente diz que, nos
últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores
e a doutrinas de demônios” (1Tm 4.1).
A palavra apostasia (gr. apostasis), significa “desvio”
“afastamento” “abandono”. Tem o sentido também de “revolta”, “rebelião” no
sentido religioso.
Numa clara definição,
apostasia quer dizer “abandono da fé”.
No original do NT, apostasia
vem do verbo “aphistemi, com o sentido de “rejeitar uma posição anterior,
aderindo à posição diferente e contraditória à primeira fé, e repelindo-a em
favor de uma nova crença”.
Hoje estamos vivendo período
semelhante ao que se refere o apóstolo Paulo (Tm 4.1).
Espíritos
enganadores – A influência desses espíritos maus iriam induzir
falsos mestres a se enganarem e a enganarem aos crentes (2Tm 3.13).
O apóstolo advertiu: “Porque virá tempo em que não sofrerão a sã
doutrina; mas tendo comichões nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme
as suas próprias concupiscências, e deviarão os ouvidos da verdade, voltando às
fábulas” (2Tm 4.3,4).
Antes da sua conversão, Paulo
fora extremamente zeloso e defensor das
“tradições” judaicas daquelas minucias que foram criadas em uma das doutrinas ensinadas no AT, e que os fariseus
observavam com tanto respeito (Gl 1.14).
Ao converter-se, porém, o
apóstolo teve de abandonar grande parte daquele acervo, ficando somente com o
que concordava com Cristo e sua mensagem.
Assim se formou uma nova
tradição. As várias instruções paulinas refletem algumas vezes tradições, pois
fazem parte dos princípios éticos que vieram a compor a fé cristã (2Ts 3.10).
Os ensinos eréticos em Éfeso,
eram contrários à sã doutrina (1Tm 1.10).
No grego “didaskalia”, que
significa “doutrina”, um vocábulo empregado por nada menos de quinze vezes
nestas “epístolas pastorais’ como se fora uma espécie de termo técnico que
indica a “doutrina do evangelho”, os “ensinamentos cristãos” este é um daqueles
termos que se desenvolveram dentro do vocabulário teológico do NT, e dos quais
estas “epístolas pastorais” são ricas.
Fora das epístolas pastorais,
esse vocábulo se refere ao ato de ensinar ou mesmo aquilo que é ensinado. Nestas
epístolas seu sentido varia entre essas duas possibilidades.
Porém, quando aquilo que é
ensinado está em pauta, obtemos a ideia de alguma doutrina formal de algum
sistema doutrinário. (Ver a ideia do ensinamento ativo em 1Tm 4.1, 13-16; 5.17;
2Tm 3.16; 4.3; Tt 1.4; 2.1-10).
Sã, no grego é “ugiaino” que
significa “saudável”, “higido”, indicando boa saúde física (At 8.13; Lc 5.31).
Figuradamente, entretanto, significa “correto”, “certo”, e “normativo”.
A expressão sã doutrina se
encontra exclusivamente nas “epístolas pastorais” (2Tm 4.3; Tt 1.9; 2.1; 1Tm
6.3; Tt 2.8).
A
nova tradição – Como observamos acima, anteriormente, Paulo
vivera de conformidade com a antiga tradição (Gl 1.14).
Depois de sua conversão,
chegou não somente a viver em consonância com uma nova tradição, mas também se
tornou em parte, criador da mesma, a saber, aquele sistema cristão com seus
ensinamentos e práticas (2Ts 2.15).
A sã doutrina aqui referida,
quase chega a ser um sinônimo dessa “tradição”. Na composição do canon do NT tudo
aquilo que estivera contido na sã doutrina fora incorporado ao novo canon.
Mas
o que é mesmo a sã doutrina? – Primeiro vem
o ensinamento do Senhor Jesus Cristo, tanto o que ele fez, como também ensinou.
Depois vieram os ensinamentos
do apóstolo Paulo e dos demais apóstolos. Gradualmente foi tomando forma um
novo sistema de doutrina e de princípios éticos.
A união dos ensinos de Cristo,
mas os ensinos do póstolo Paulo e dos demais apóstolos, esses ensinos pois, é a
“sã doutrina”.
Em 1Tm 1.9,10; o apóstolo
Paulo relaciona uma série de vícios referindo-se aos opositores da igreja em Éfeso
(Ef 1.9).
Reconhecendo que a lei não é
feita para o justo, mas para os transgressores e insubordinados, irreverentes e
pecadores, os ímpios e profanos, para os parricidas;
Matricidas e homicidas, para
os devassos, os sodomitas, os roubadores de homens e mentirosos, os perjuros, e
para tudo o que for contrário à sã doutrina, segundo o evangelho da
graça que me foi confiado.
Isto
é – Transgressores, que significa pessoas sem lei;
Rebeldes, que significa
indisciplinadas;
Desobedientes; pessoas que são
contra o bem e a lealdade;
Irreverentes, pessoas sem
piedade, ímpias.
Pecadores, alguém que erra o
alvo, pessoas irreligiosas;
Ímpias, que significa
profanas; aqueles que desconsideram todas as regras divinas;
Profanas, que significa mundanas,
pessoas que vivem exclusivamente para aquilo que é material;
Parricidas e matricidas,
pessoas que ferem pai e mãe;
Homicidas, alguém que mata o
seu semelhante;
Impuros, porne, que significa
prostituta;
Sodomitas, que significa homem
que tem contato sexual com outros homens;
Raptores de homens, que
significa todos aqueles que exploram outros homens e mulheres para suas próprias
finalidades; egoístas, e etc, etc.
Mentirosos, alguém que
distorce a verdade particular ou publicamente, formal ou informal;
Perjuros, que significa alguém
que jura ou que quebra um juramento.
Assim agiam os hereges na igreja de Éfeso.
Pesquisa
Consultas: Lições Bíblicas
EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
RENOVATO Elinaldo.As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de
Janeiro, 2015 – CPAD
SAUTTER, Gerhard. New Age – A Nova Era à Luz do Evangelho. Edições vida
Nova. SPaulo, 1992.
FRANGIOTTI, Roque. História das
Heresias (Séculos I-VIII). Conflitos Ideológicos dentro do Cristianismo. Edit.
Paullus. SPaulo, 1995.
MANZANARES Cesar Vidal. As Seitas perante a Bíblia. Ediciones San Pablo,
Madrid, 1991.
LOPES, Hernandes Dias. 1 Timóteo – O Pastor, sua vida e sua Obra. Edit.
Hagnus. SPaulo, 2014.
BYBECK, Mark I. O Reavivamento Satânico. Edit. Candeia.SPaulo, 1993.
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo –
Vol.1 Editora Hagnus
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