Abordagem
de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
3º.
Trimestre / 2015
1Timóteo
2.1-5, 9-11
Reflexão: Os pastores e os diáconos são líderes,
escolhidos por Deus, através do ministério, para cuidarem do serviço cristão na
igreja local.
Em termos bíblicos, o cargo de
pastor é dar condições para o “aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério” (Ef 4.11-16).
O pastor tem a função
específica de fazer que as outras partes do corpo de Cristo trabalhem. É
decisivo incorporar o desígnio de Deus para o pastor em sua descrição do cargo
que desempenha.
O título “pastor” é o termo de
ternura que designa a tarefa do ministro de apascentar, de pastorear, a qual
exige afetividade, renúncia e amor. No AT, “pastor” é alguém que, literalmente,
cuida de ovelhas.
No hebraico a palavra
correspondente é “raah”, baseada na ideia de
“cuidar dos rebanhos”, “dar pastos”, a qual figura por setenta vezes no
AT.
Já em o NT, conforme
encontramos em Ef 4.11, segundo o Manual do Pastor Pentecostal – Ed.CPAD, é a
única passagem do NT onde o termo grego “poimen” é traduzido com o sentido de
pastor de igreja.
Em todas as outras ocorrências
o termo grego “poimen” é traduzido com acepção de “pastor de ovelhas”. Pastores
designados por Deus empenharão todas as energias em amar, cuidar e alimentar o
rebanho. Nessa suprema vocação, grandeza pode ser verdadeiramente encontrada.
Ministério de significado para
a igreja do Senhor sempre será prioridade para o pastor que tem coração de
“pastor de ovelhas”. Isso sempre foi e sempre será o cerne para o ministério de
pastor.
Quando o apóstolo Paulo
escreveu que o Senhor deu uns para pastores [...] imediatamente apresentou a
razão de Deus dar pastores querendo o aperfeiçoamento dos santos para a obra de
ministério, para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11.12).
Esse ponto relevante nunca
deve ser deslocado. Pastores são dons de Deus para a igreja. Quando Deus dá um
dom deve-se presumir que o dom é de grande valor a quem recebe.
O
ministério pastoral – Nenhuma igreja poderá
funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme Atos 14.23, a
congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e
jejum elegiam determinados irmãos para o cargo de presbítero ou bispo, de
acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em (1Tm
3.1-7; Tt 1.5-9).
Na realidade é o Espírito
Santo quem constitui o dirigente da igreja. O discurso de Paulo diante dos
presbíteros de Éfeso, (At 20.17-35), é um trecho básico quanto a princípios
básicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.
A igreja verdadeira consiste
somente daqueles que pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo são
fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus.
Por isso, é de grande
importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores
mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza
(2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contra à Palavra de
Deus e ao testemunho apostólico (At 20.30).
O pastor é essencial ao
propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de selecionar pastores
piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do Espírito (1Tm 3.1-7).
Será uma igreja vulnerável às
forças destrutivas de Satanás e do mundo (At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra
de Deus, e os padrões do evangelho serão abandonados (2Tm 1.13,14).
Membros da igreja e seus
familiares não serão doutrinados conforme os propósitos de Deus (1Tm 4.6,
14-16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm
4.4).
Se por outro lado os pastores
forem piedosos, os crentes serão nutridos com as palavras da fé e da sã
doutrina, e também disciplinados segundo o propósito da piedade (1Tm 4,6,7).
A instituição dos diáconos –
O crescimento vertiginoso da igreja trouxe diversos problemas; entre os
conversos, havia pessoas de outros lugares.
Além dos judeus, ou seja, os
judeus de fala grega – que eram os da diáspora – havia os judeus crentes, que
viviam e moravam em toda a Palestina com a sua maioria em Jerusalém.
Os problemas não tardaram a
surgir. O evangelista Lucas escritor dos Atos do Apóstolos, registrou que
naqueles dias, quando a comunidade cristã cresceu grandemente, surgiram
diversos problemas, incluindo os de ordem social.
Por uma decisão sábia e
unânime, escolheram sete homens, com qualidades exemplares para cuidarem
daquele ‘importante negócio”, que era dar assistência aos novos convertidos nas
suas necessidades básicas;
Visto que muitos aceitavam a
Cristo e ficavam em situação difícil, rejeitados por suas famílias e expulsos
de casa e desprezados da sociedade.
Diante de uma crise de caráter
humanitário, os apóstolos tiveram de tomar medidas que serviram de base para a
criação do cargo ou da função de diácono, que faz parte, até hoje, do
ministério ordenado nas igrejas cristãs.
“Ora, naqueles dias, crescendo
o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus,
porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
Não é razoável que deixemos a
Palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei,
pois, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheio do Espírito Santo e de
sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
Mas nós perseveraremos na
oração e no ministério da Palavra. E este parecer contentou a toda multidão, e
elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócolo
e Nicanor, e Timão e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
E os apresentaram ante os
apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. E crescia a Palavra de
Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande
parte dos sacerdotes obedeciam a fé” (At
6.1-7).
O perfil do diácono –
Na conceituação de diácono, vimos que além de serem considerados “servos” e
“serviçais”, e até “escravos”, há também a conceituação de “ministros”.
Paulo considerou a si próprio
e a Apolo como ministros de Cristo. “Pois quem é Paulo e quem é Apolo senão
ministro sobre os quais crestes e conforme o Senhor deu a cada um” (1Co
3.5).
A qualificação do diácono –
No NT, os apóstolos são também intitulados de diáconos (2Co 6.4); 9.19; Ef 3.7;
Cl 1.23). O próprio Cristo é chamado de diácono da circuncisão (Rm 15.8).
Visto que essa palavra implica
em ministrar ou servir, ela é aplicada a todos aqueles que possuíam a tarefa de
ajudar aos homens sem importar se fossem apóstolos, pastores, ou até
mesmo a comunidade dos irmãos em Cristo.
Nesse contexto, temos o
sentido geral da palavra “diakonos” onde qualquer ministro cristão ou mesmo
cada cristão é um diácono.
Entretanto, com o passar do
tempo, a palavra passou a ter um significado especial (Fp 1.1; 1Tm 3.8-13),
designando aqueles que foram eleitos para deveres especiais na igreja local. Os
diáconos precisam ser equipados moral, espiritual e mentalmente (At 6.1-6).
Só devem ser eleitos para o
diaconato aqueles que realmente tenham o dom de ministrar ou servir.
De acordo com 1Tm 3.8-13 devem
ser:
a) Honestos
e sábios em suas decisões;
b) Não
de língua dobre;
c) Temperantes;
d) Bom
administrador de suas próprias posses;
e) Devem
ser testados primeiro;
f) Devem
ser pessoas de fé;
g) Devem
ser irrepreensíveis;
h) Deve
ser monogâmicos;
i) Devem
governar bem seus filhos e sua própria casa.
Semelhantemente, os diáconos
devem cuidar das necessidades das famílias da igreja, pois os problemas sociais
e filantrópicos absorvem muito tempo e energia das igrejas em nosso tempo.
Sendo assim, os pastores não
ficarão sobrecarregados e poderão dedicar-se mais ao ministério da pregação da
palavra, à semelhança da igreja de Jerusalém (At 1.6,7).
Existem outras
responsabilidades que os diáconos podem exercer na igreja, tais como:
Ajudar a igreja no
levantamento das ofertas, ajudar o pastor nas visitações e na disciplina
eclesiástica, visitar os novos crentes e os doentes nos hospitais, evangelizar,
e dirigir cultos.
Os diáconos devem ficar à
disposição durante o trabalho da igreja para ajudá-la em qualquer serviço ou
necessidade.
Até mesmo quando o pastor,
evangelista ou presbítero não estiver presente por algum motivo, e não haja
ninguém escalado para substituí-lo, o diácono pode então ficar á frente do
trabalho da igreja.
Não existe tempo específico
para o ministério diaconal.
Pesquisa
Consultas: Lições Bíblicas
EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
RENOVATO Elinaldo. Os Dons Espirituais e Ministeriais- Servindo a Deus e
aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro, 2014 – CPAD
Itamir Neves de. Atos dos Apóstolos – Uma história singular. Paraná.
2ª.reimpressão, 2005. Descoberta Editora Ltda.
CARSON. A. D. A manifestação do
Espírito – A Contemporaneidade dos dons à luz de 1º. Coríntios 12 a 14. São
Paulo, 2013. Edit. Vida Nova
MARTINS, Jaziel Guerreiro – Manual do Pastor e da igreja, Curitiba,
2005. Santos, Editora.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo –
Vol.1 Editora Hagnus
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