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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Pastores e Diáconos – Lição 04 – 3º. Tri EBD CPAD –26.07.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
3º. Trimestre / 2015
                                                            1Timóteo 2.1-5, 9-11
                   http://nasendadacruz.blogspot.com – pastorjoaobarbosa@gmail.com
Reflexão: Os pastores e os diáconos são líderes, escolhidos por Deus, através do ministério, para cuidarem do serviço cristão na igreja local.
Em termos bíblicos, o cargo de pastor é dar condições para o “aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério” (Ef 4.11-16).
O pastor tem a função específica de fazer que as outras partes do corpo de Cristo trabalhem. É decisivo incorporar o desígnio de Deus para o pastor em sua descrição do cargo que desempenha.
O título “pastor” é o termo de ternura que designa a tarefa do ministro de apascentar, de pastorear, a qual exige afetividade, renúncia e amor. No AT, “pastor” é alguém que, literalmente, cuida de ovelhas.
No hebraico a palavra correspondente é “raah”, baseada na ideia de  “cuidar dos rebanhos”, “dar pastos”, a qual figura por setenta vezes no AT.
Já em o NT, conforme encontramos em Ef 4.11, segundo o Manual do Pastor Pentecostal – Ed.CPAD, é a única passagem do NT onde o termo grego “poimen” é traduzido com o sentido de pastor de igreja.
Em todas as outras ocorrências o termo grego “poimen” é traduzido com acepção de “pastor de ovelhas”. Pastores designados por Deus empenharão todas as energias em amar, cuidar e alimentar o rebanho. Nessa suprema vocação, grandeza pode ser verdadeiramente encontrada.
Ministério de significado para a igreja do Senhor sempre será prioridade para o pastor que tem coração de “pastor de ovelhas”. Isso sempre foi e sempre será o cerne para o ministério de pastor.
Quando o apóstolo Paulo escreveu que o Senhor deu uns para pastores [...] imediatamente apresentou a razão de Deus dar pastores querendo o aperfeiçoamento dos santos para a obra de ministério, para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11.12).
Esse ponto relevante nunca deve ser deslocado. Pastores são dons de Deus para a igreja. Quando Deus dá um dom deve-se presumir que o dom é de grande valor a quem recebe.
O ministério pastoral – Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme Atos 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum elegiam determinados irmãos para o cargo de presbítero ou bispo, de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em (1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).
Na realidade é o Espírito Santo quem constitui o dirigente da igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso, (At 20.17-35), é um trecho básico quanto a princípios básicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.
A igreja verdadeira consiste somente daqueles que pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus.
Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contra à Palavra de Deus e ao testemunho apostólico (At 20.30).
O pastor é essencial ao propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do Espírito (1Tm 3.1-7).
Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo (At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de Deus, e os padrões do evangelho serão abandonados (2Tm 1.13,14).
Membros da igreja e seus familiares não serão doutrinados conforme os propósitos de Deus (1Tm 4.6, 14-16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm 4.4).
Se por outro lado os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos com as palavras da fé e da sã doutrina, e também disciplinados segundo o propósito da piedade (1Tm 4,6,7).
A instituição dos diáconos – O crescimento vertiginoso da igreja trouxe diversos problemas; entre os conversos, havia pessoas de outros lugares.
Além dos judeus, ou seja, os judeus de fala grega – que eram os da diáspora – havia os judeus crentes, que viviam e moravam em toda a Palestina com a sua maioria em Jerusalém.
Os problemas não tardaram a surgir. O evangelista Lucas escritor dos Atos do Apóstolos, registrou que naqueles dias, quando a comunidade cristã cresceu grandemente, surgiram diversos problemas,  incluindo os de ordem social.
Por uma decisão sábia e unânime, escolheram sete homens, com qualidades exemplares para cuidarem daquele ‘importante negócio”, que era dar assistência aos novos convertidos nas suas necessidades básicas;
Visto que muitos aceitavam a Cristo e ficavam em situação difícil, rejeitados por suas famílias e expulsos de casa e desprezados da sociedade.
Diante de uma crise de caráter humanitário, os apóstolos tiveram de tomar medidas que serviram de base para a criação do cargo ou da função de diácono, que faz parte, até hoje, do ministério ordenado nas igrejas cristãs.
“Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. 
Não é razoável que deixemos a Palavra de Deus e sirvamos às mesasEscolhei, pois, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da Palavra. E este parecer contentou a toda multidão, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócolo e Nicanor, e Timão e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. E crescia a Palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedeciam a fé” (At 6.1-7).
O perfil do diácono – Na conceituação de diácono, vimos que além de serem considerados “servos” e “serviçais”, e até “escravos”, há também a conceituação de “ministros”.
Paulo considerou a si próprio e a Apolo como ministros de Cristo. “Pois quem é Paulo e quem é Apolo senão ministro sobre os quais crestes e conforme o Senhor deu a cada um” (1Co 3.5).
A qualificação do diácono – No NT, os apóstolos são também intitulados de diáconos (2Co 6.4); 9.19; Ef 3.7; Cl 1.23). O próprio Cristo é chamado de diácono da circuncisão (Rm 15.8).
Visto que essa palavra implica em ministrar ou servir, ela é aplicada a todos aqueles que possuíam a tarefa de ajudar aos  homens sem importar se fossem apóstolos, pastores, ou até mesmo a comunidade dos irmãos em Cristo.
Nesse contexto, temos o sentido geral da palavra “diakonos” onde qualquer ministro cristão ou mesmo cada cristão é um diácono.
Entretanto, com o passar do tempo, a palavra passou a ter um significado especial (Fp 1.1; 1Tm 3.8-13), designando aqueles que foram eleitos para deveres especiais na igreja local. Os diáconos precisam ser equipados moral, espiritual e mentalmente (At 6.1-6).
Só devem ser eleitos para o diaconato aqueles que realmente tenham o dom de ministrar ou servir.
De acordo com 1Tm 3.8-13 devem ser:
a)    Honestos e sábios em suas decisões;
b)    Não de língua dobre;
c)    Temperantes;
d)    Bom administrador de suas próprias posses;
e)    Devem ser testados primeiro;
f)     Devem ser pessoas de fé;
g)     Devem ser irrepreensíveis;
h)    Deve ser monogâmicos;
i)     Devem governar bem seus filhos e sua própria casa.
Semelhantemente, os diáconos devem cuidar das necessidades das famílias da igreja, pois os problemas sociais e filantrópicos absorvem muito tempo e energia das igrejas em nosso tempo.
Sendo assim, os pastores não ficarão sobrecarregados e poderão dedicar-se mais ao ministério da pregação da palavra, à semelhança da igreja de Jerusalém (At 1.6,7).
Existem outras responsabilidades que os diáconos podem exercer na igreja, tais como:
Ajudar a igreja no levantamento das ofertas, ajudar o pastor nas visitações e na disciplina eclesiástica, visitar os novos crentes e os doentes nos hospitais, evangelizar, e dirigir cultos.
Os diáconos devem ficar à disposição durante o trabalho da igreja para ajudá-la em qualquer serviço ou necessidade.
Até mesmo quando o pastor, evangelista ou presbítero não estiver presente por algum motivo, e não haja ninguém escalado para substituí-lo, o diácono pode então ficar á frente do trabalho da igreja.
Não existe tempo específico para o ministério diaconal.
Pesquisa
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
RENOVATO Elinaldo. Os Dons Espirituais e Ministeriais- Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro, 2014 – CPAD
Itamir Neves de. Atos dos Apóstolos – Uma história singular. Paraná. 2ª.reimpressão, 2005. Descoberta Editora Ltda.
 CARSON. A. D. A manifestação do Espírito – A Contemporaneidade dos dons à luz de 1º. Coríntios 12 a 14. São Paulo, 2013. Edit. Vida Nova
MARTINS, Jaziel Guerreiro – Manual do Pastor e da igreja, Curitiba, 2005. Santos, Editora.
 CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus  

CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.1 Editora Hagnus   

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