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sábado, 18 de julho de 2015

Lição 03 - Oração e Recomendação às Mulheres Cristãs - 19.07.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
3º. Trimestre / 2015
                                                 1Timóteo 2.1-5, 9-11

Reflexão: A oração é o meio pelo qual falamos com Deus, intercedemos por nossas necessidades e em favor do próximo.

Por que devemos orar se Deus já conhece as nossas necessidades?
Spurgeon ensina aos seus alunos: “Tudo o que  Deus quer de nós são as nossas necessidades”.

Por esta razão tudo o que temos e somos devemos contar a Deus. Ele tem interesse por nós.

Da mesma forma que um pai anela que os seus filhos compartilhem consigo os detalhes corriqueiros de seu dia a dia, Deus anela ouvir de nós os menores detalhes de nossa vida. 

A oração é um tema de grande destaque na Bíblia.

O conselho de Paulo, a Timóteo é que se deveria orar por todos os homens (1Tm 2.1). Pelos reis e por todos os que estão em eminência (1Tm 2.2).

Essa exortação foi feita no momento em que a igreja primitiva passava pela mais implacável perseguição, pois em julho de 64 d.C., o imperador Nero mandou incendiar a cidade de Roma, capital do império.

Esse incêndio durou do dia 18 até o dia 24 daquele mês. E dos quatorze bairros da cidade de Roma, dez foram destruídos. Os outros quatro bairros que restaram eram habitados por judeus e cristãos. A fim de se livrar da acusação Nero lançou a culpa sobre os cristãos.


A partir desta data, acusado de incendiários, os cristãos foram perseguidos cruelmente. Conta o Pastor Ernani Dias Lopes, em seu Comentário a 1ª. Timóteo, que naquele tempo faltou madeira para fazer cruz, tal a quantidade de crentes crucificados em Roma.

Nesse tempo Paulo estava solto, visitando as igrejas. Deixou Tito em Creta, e Timóteo em Éfeso. Acredita-se que um pouco mais tarde Paulo foi capturado, possivelmente em Tróade, estando em casa de Carpo.

Era este o contexto da segunda prisão de Paulo, que dentro de uma prisão insalubre, escreve a Timóteo, exortando-o a orar pelas autoridades (1Tm 1.1,2).

Oração por todos os homens – Os gnósticos dividiam os homens em três classes:

a) Os “hilykoi”, De uma palavra grega que significa “material”, indicando, portanto, homens totalmente “terrenos”.

Esse grupo envolvia a grande maioria dos homens, sendo pessoas totalmente incapazes de redenção, visto que sua lealdade as coisas materiais era tão grande, que nada podia libertá-los delas. Esses homens estavam perdidos e por esses não se deviam orar.

b) Os “psychikoi”, que seria como os profetas do AT, os quais por não prestarem lealdade as coisas materiais, tinham então um grau de espiritualidade.

Mas faltava a estes, o conhecimento “místico” dos gnósticos, e, portanto, os indivíduos desse segundo grupo seriam passíveis de uma redenção de níveis inferiores.

c) Finalmente havia um reduzido grupo de pessoas que seriam Os “pneumatikoi”, isto é, os espirituais, os quais viviam na esfera do conhecimento “místico” ou “gnosis’ (termo que dá origem à palavra gnóstico).

Esses seriam passíveis da redenção mais elevada, de grande glória, podendo ser absorvidos no próprio ser de Deus, quando ele recolhesse para si mesmo todas as suas emanações.

Esse sistema limitava a redenção a um grupo muito reduzido de pessoas. Essa redenção não estaria na dependência de Cristo.

Deus, diziam os gnósticos, achava-se tão inacessível, que era impossível que ele se aproximasse da matéria, por isso eles criaram muitas emanações e mediadores, o que levou o apóstolo Paulo a afirmar: “Porque há um só mediador entre Deus e os homens; Jesus, homem” (1Tm 2.5).

O apóstolo Paulo menciona a importância fundamental da oração no culto público. Antes de tudo exorto que se use a prática de súplicas.

O apóstolo Paulo fala de primazia, de importância, e não de tempo. A oração é uma parte importante do culto, e não um apêndice do culto, mas uma parte vital do ofício religioso (At 6.4).

Deve-se usar a prática de súplicas, orações, intercessões e ações de graças (1Tm 2.1). Podemos observar que o objetivo de Paulo era insistir na centralidade da oração mais que uma análise de seus tipos.

O apóstolo Paulo usa aqui quatro formas de oração.
A primeira, são as súplicas – que se relaciona a apresentação de um pedido ou de uma necessidade a Deus. A palavra grega “deesis”, é um sentimento de necessidade.

A oração começa com o reconhecimento de nossa total dependência de Deus. Na oração a insuficiência humana se aproxima da suficiência de Deus. Quando isto acontece há o mover divino em nosso favor.

Segundo, “as orações” – demonstra o movimento da alma em direção a Deus, quando a alma quebrantada e contrita exulta a Deus pelos seus atributos e por sua misericórdia.

Se a palavra grega “deesis” pode ser usada para súplicas a outro ser humano, “proseuche” (oração), é um termo grego que só pode ser usado, quando aplicado a Deus.

Há coisas que só Deus pode fazer. Só Deus pode salvar ou perdoar. Por isso, só ele merece honra, glória e louvor.

Terceiro, “as intercessões” – se relaciona com a súplica em favor de alguém ou alguma coisa. A palavra grega para “intercessões” é “enteuxis”, dando a ideia de entrar na presença do rei para lhe fazer uma petição.

Pela oração entramos na presença de Deus Onipotente, Soberano, que está assentado na sala de comando do universo, e tem o controle do universo e da história em suas mãos.

Pedido algum é grande demais para ele, pois para Deus não há impossível (Lc 1.37).

Quarta, “as ações de graças” – referem-se à nossa gratidão a Deus pelo que ele tem feito. A palavra grega para “ações de graça” é “eucaristia”, com o sentido de orar.

Não é apenas aproximar-se de Deus para adorá-lo pelo que ele é, e para rogar a ele suas bênçãos, mas sobretudo, para agradecer por aquilo que ele tem feito.

O apóstolo Paulo destaca três alcances das orações:

1) Orar por todos os homens.

2) Orar por todos os reis mesmo que estes sejam perversos como era o caso do imperador Nero. Devemos orar pelas autoridades mesmo que sejam pessoas indignas.
A posição que elas ocupam merece nosso respeito e deve ser objeto de nossas orações.

3) Orar em favor dos que se acham investidos de autoridade, pois toda autoridade procede de Deus (Rm 13.1-3).

Assim teremos vida tranquila, viveremos com toda piedade e respeito porque isto é agradável a Deus.

Orar em pé com as mãos levantadas varia de cultura para cultura, mas a santidade, o amor e a paz com que os homens devem orar, são princípios eternos.

A conduta das mulheres na igreja – 1Tm 2.12-14). Paulo disse: “Não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homens; esteja, porém, em silêncio”.

De igual modo, em 1ª. Coríntios 14.34, ele acrescentou: “Conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina” (1Pe 3.5,6).

Isso não proíbe o ministério das mulheres, e não degrada a personalidade delas? Solução: De forma nenhuma.

Quando devidamente compreendidas em seu contexto, essas e muitas outras passagens da Bíblia exaltam o papel da mulher e lhes dão um tremendo ministério no corpo de Cristo.

Temos de ter em mente várias coisas concernentes a essa questão do papel da mulher na igreja.

Primeiro, a Bíblia declara que as mulheres, tal como os homens, são imagens de Deus (Gn 1.27). Isto é, elas estão em igualdade com os homens por natureza.

Não há nenhuma diferença essencial – tanto o macho como a fêmea são igualmente seres humanos por criação.

Segundo, o homem e a mulher são iguais por redenção. Ambos têm o mesmo Senhor e partilham exatamente da mesma salvação.

Pois em Cristo “não pode haver.... nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28).


Terceiro, não há distinção de sexo nos dons ministeriais apresentados na Bíblia. Ela não diz: “Dom de ensino: para homens; dom de socorros: para mulheres”.

Em outras palavras, as mulheres têm os mesmos dons que os homens têm para ministrar no corpo de Cristo.

Quarto, por toda Bíblia, Deus deu dons, abençoou e usou muito as mulheres no ministério. Isso inclui Miriã, a primeira ministra de música (Ex 15.20).

Debora, juíza (Jz 4.4); Hulda, a profetisa (2Cr 34.22); Ana, a profetisa (Lc 2.36); Priscila, uma professora da Bíblia que discipulou Apolo (At 18.26), e Febe, que alguns acredita que tenha sido uma diaconisa na igreja primitiva (Rm 16.1).

Quinto, muitas mulheres assistiram a Jesus no seu ministério (Lc 8.1-3; 23.49; Jo 11).
Com efeito, é bastante significativo, naquela cultura patriarcal, ter Jesus aparecido primeiro às mulheres em suas duas primeiras aparições depois da ressurreição (Mt 28.1-10; Jo 20.10-18).

Só em terceiro lugar ele apareceu a Pedro (1Co 15.5).

Sexto, seja o que for que o apóstolo Paulo tenha querido dizer com a frase “Que a mulher... esteja... em silêncio”, é certo que ele não queria dizer que elas não devessem ter ministério algum na igreja.

Isso é claro por várias razões. Antes de mais nada, uma mesma carta, 1ª. Coríntios, Paulo instrui as mulheres sobre como elas deveriam orar e profetizar na igreja, a saber, de maneira ordeira e descente (1Co 11.5).

Também, ele disse que em certos momentos todos os homens deveriam permanecer em silencia, da mesma forma, ou seja, quando outra pessoa estivesse ministrando a palavra de Deus.

Finalmente, Paulo não hesitou em usar mulheres para assisti-lo em seu ministério, como fica evidente por ter ele dado a Febe o importante encargo de levar até o seu destino a epístola ao Romanos (Rm 16.21).

Sétimo, quando entendidas em seu contexto, as passagens “do silêncio feminino” não estão negando o ministério das mulheres, mas estão limitando a autoridade delas.

Paulo afirma que as mulheres não devem ter autoridade sobre os homens (1Tm 2.12 NVI). 
De igual modo, depois de sua exortação às mulheres de permanecerem caladas (1Co 14.34), ele as lembra de permanecerem “submissas”.

É claro, os homens também estavam debaixo de uma autoridade, e tinham de se submeter a supremacia de Cristo sobre ele (1 Co 11.13). Isto é uma prova cabal de que não há nada degradante em se estar submisso a alguém, é que Cristo, que foi Deus em carne humana, sempre é submisso ao Pai tanto na terra (Fp 2.5-8) como no céu (1Co 15.28).

É também evidente que a supremacia e liderança do homem não é simplesmente uma questão cultural devido ao fato desse basear na própria ordem da criação (1Co 11.9; 1Tm 2.13).

Assim, os oficiais da igreja devem ser homens, cada um sendo “esposo de uma só mulher” (1Tm 3.2). Isso, contudo, de forma alguma desmerece ou diminui o papel das mulheres, tanto no âmbito familiar como da igreja.

Fonte de Pesquisa
:
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LIMA, Elinaldo Renovato – As ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Edit. CPAD. RJaneiro 2015
LOPES. Hernandes Dias – 1Timóteo – O pastor, sua vida e sua obra. Editora Hagnos. SPaulo 2014
ARCHER Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos. Respostas as principais dúvidas, dificuldade e contradições da Bíblia. Editora Vida. SPaulo, 1997
Comentário Bíblico Broadman – Vl. 11 – II Coríntios – Filemon. Novo Testamento.4. Junta de Educação Religiosa Pub. da Conv. Batista Brasileira. RJaneiro 1988
GEISLER, Nornam e HOWRE Thomas. Enciclopédia - Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia. Editora Mundo Cristão. SPaulo, 2001.
ALEXANDER, T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Edit. Vida. SPaulo 2009.
MACARTHUR John. Uma Vida Perfeita. Edit. Vida melhor Editora. RJaneiro, 2014
CHAMPLIN. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos. SPaulo.
LADD. George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Editora Hagnos. SPaulo 2003
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

Bílbia de Estudo Macarthur – SBB

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