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sábado, 30 de maio de 2015

Lição 09- As Limitações dos Discípulos - 31.05.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015
                                              Lucas 9.38-42, 46-50  http://nasendadacruz.blogspot.com – pastorjoaobarbosa@gmail.com

Reflexão: Ao longo de seu ministério, Jesus foi seguido por homens simples, imperfeitos e limitados, mas jamais os descartou por isso.

Como nós, os apóstolos de Jesus, eram pessoas falíveis e que na caminhada cristã não há como mascarar e fingirmos superioridades espirituais ou coisas semelhantes.

Dessa forma, precisamos compreender que a vida cristã é feita de atitudes espirituais, entretanto, humanas também. As falhas e os tropeços não podem ser encarados por nós como um erro sem perdão.

Nós corremos o risco de falharmos em nossa missão por fraqueza ou fragilidade. Todavia, a nossa fé tem de estar firmada no Evangelho para desbaratarmos todas as artimanhas da vida e do inimigo das nossas almas.

Portanto, se faz necessário que o crente tenha uma vida de fé, oração e leitura com meditação da Palavra de Deus.

Os Evangelhos nos mostram que em certas ocasiões, os discípulos falharam (Lc 9.40, 41). No entanto, podemos constatar que Jesus não concordou e os corrigiu, mas nunca os desprezou ou abandonou.

Assim, podemos observar que os seguidores de Cristo não eram super-homens, mas, sim, seres humanos que viviam suas limitações e, como nós, dependiam de Deus para superá-las e prosseguir na caminhada.

A necessidade de uma vida devocional para o cristão – A intensidade da vida particular devocional do crente, com oração, leitura e meditação na Palavra de Deus, produz uma fé viva para uma caminhada frutífera.

O tempo gasto com Deus, é o que determinará a verdadeira altura, profundidade e largura de seu relacionamento com Deus e a sua devoção. O crente deve buscar ser identificado como foram os apóstolos Pedro e João (At 4.13).

A palavra devoção é definida por vocábulos como; consagração, dedicação interna, zelo.

Teologicamente pode ser definida como atenção ao ser supremo na adoração. Uma rendição do coração e das afeições a Deus, com reverência, fé e piedade nos deveres religiosos, particularmente na oração e na meditação.

Para todo o crente, independente de sua posição eclesiástica, devoção significa concentração diária nas Escrituras e na oração.

A devoção do crente ao estilo do Salmo 42, mostra o anseio do seu coração espiritualmente desejoso em servir a Deus, mas que ao mesmo tempo percebe que o serviço não é possível antes que ele mesmo se encontre com aquele que alimenta e dessedenta a sua alma.

Como o servo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante à face de Deus?(Sl 42.2,3).

O anelo do servo sedento em sua alma, ilustra visivelmente a intensidade do relacionamento que Deus deseja que tenhamos com ele.

Como a sede impulsiona o ser para o vale, também a nossa fome de recebermos mais de Deus, nos instiga à devoção particular e a fonte espiritual que dela brota.

O crente que não deseja ter intimidade com Deus é aquele cujo coração esfriou. Tal frieza, inevitavelmente se manifestará na sua vida pessoal e privada.

O cântico das Escrituras intitulado Salmo 42, credita aos filhos de Coré a sua autoria. Eles eram sacerdotes da tribo de Levi.

No ministério, eram guardas dos umbrais do Tabernáculo e seus pais haviam sido capitães do arraial do Senhor e guardadores da entrada (1Cr 9.19).

Como os crentes dos dias de hoje, estes sacerdotes eram vulneráveis a ficar sobrecarregados pelas tarefas e obrigações diárias, pois, eram eles os responsáveis pela verificação das portas do templo para que estivessem abertas.

É digno de nota que a herança espiritual dos filhos de Coré fosse um tanto tumultuosa. Foram Coré e duzentos e cinquenta outros líderes que se rebelaram contra Moisés (Nm 16).

Convencidos de que tinham sido bem sucedidos na liderança da congregação, decidiram fazer valer os seus direitos.

Moisés sentiu que os coraítas haviam ido longe demais, e entre o serviço diário e a busca rebelde, por influência e controle, os coraítas se afastaram de Deus.

Sabiamente, Moisés sugeriu que o Senhor era quem ia mostrar quem tinha sido escolhido por Deus.

Então, a ira do Senhor veio contra os coraítas e a terra abriu a boca para traga-los juntamente com todas as suas possessões.

O Salmo 42 mostra a frustração de andar a certa distância de Deus. Os filhos de Coré anelavam ter uma comunhão estreita com Deus. Algo, que por algum tempo não estavam tendo. Foi este ardente desejo que inspirou o Salmo 42.

Homens, não deuses – Na escolha dos discípulos de Jesus, não vemos o mérito usado como critério de seleção. Pelo contrário, vemos a graça de Deus lidando com as imperfeições. Esses homens até mesmo falharam quando esperávamos que acertassem.

Por serem discípulos de Jesus, e por terem aprendido aos pés do maior Mestre da história da humanidade, começamos a imaginar que esses homens eram os melhores em sua área e que até poderiam ter chegado à perfeição.

Mas não é isso que descobrimos quando lemos os Evangelhos. As narrativas bíblicas em vez de apresentarem heróis, mostram homens rodeados de imperfeições e limitações. Aprenderam sim, com o Mestre e nunca mais foram as mesmas pessoas, mas não deixaram de ser humanos.

Às vezes se tem a ideia de que a fé cristã para ser genuinamente bíblica, deve anular todas as fragilidades humanas, eliminar todas as limitações. Mais não é assim que a coisa acontece, nem tampouco é isso o que ensinam os Evangelhos.

Deus trabalha sim, com homens, mas homens imperfeitos, limitados, e que constantemente estão dependendo dEle. Esse princípio é válido para todas as áreas da vida cristã.

Estão presentes na vida do leigo e também do clérigo. São esses princípios que nos tornam humanos ou que revelam a nossa carência de Deus.

Deus é soberano, age, intervém, mas atua respeitando nossas limitações. É o mesmo princípio que encontramos na vida dos discípulos de Jesus.

Em diferentes circunstâncias encontramos como Jesus trabalhou com os discípulos para ensinar-lhes e os conduzir de maneira correta:

1. Lidando com a dúvida e a timidez – Logo após acalmar a tempestade no mar da Galileia, Jesus perguntou aos seus discípulos: Onde está a vossa fé? (Lc 8.25). Quando viu a inoperância dos discípulos frente a um menino endemoninhado, Ele disse: “Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? (Lc 9.41).

Se a falta de oração traz incredulidade, por outro lado, a falta de conhecimento da Palavra de Deus produz efeitos semelhantes.

O Mestre reprovou a incredulidade dos discípulos e os chamou de néscios, isto é, desprovido de conhecimento ou discernimento (Lc 24.25).

2. Lidando com a primazia e o exclusivismo – O exemplo de Jesus ao trabalhar com a figura de uma criança em (Lc 9.46,47), teve como objetivo de transmitir-lhes uma lição de humildade e os discípulos puderam ver o quanto eram egoístas e ambiciosos, na ocasião em que levantaram uma polêmica sobre qual seria deles o maior no reino dos céus.

3. Lidando com a avareza – Quando em certo momento do ministério de Jesus, um homem que estava no meio da multidão se dirigiu a Jesus e falou: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança” (Lc 12.13,14).

Observa-se que enquanto Jesus ensinava a se evitar uma atitude legalista e materialista, esse homem age de forma oposta àquilo que fora ensinado.

O homem estava preocupado com a herança a exemplo do que muitos fazem hoje que não estão preocupados em aprender de Cristo, mas usá-lo como trampolim para alcançar seus objetivos – a satisfação material.

Não temos como esgotar a excelência dos muitos ensinos de Jesus, nem tampouco enumerá-los, entretanto nos é de grande valor ensinos tais como evitar a ansiedade, e a necessidade do perdão jogando fora todo o ressentimento.

A Bíblia nos ensina que a raiz de amargura traz inúmeros prejuízos a saúde do ser humano e a sua vida espiritual – a alma (Ef 4.31).

Portanto, aprendendo com o Mestre Jesus, tal como os discípulos, não podemos inverter os valores da vida, pois viver ansiosamente, vai na contramão de uma vida forjada no Evangelho.

De igual modo aprendamos que o perdão é uma necessidade humana, pois, como uma via de mão dupla, à medida que perdoamos ao próximo, o nosso Deus igualmente nos perdoa.

Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
BUBECK. Mark I. O Adversário. S. R. Edições Vida Nova. SPaulo, 1993.
WAGNER, Doris. Como Ministrar Libertação. Editora Vida. SPaulo 2005.
OSBORN, T. L. Curai e Expulsai Demônios. Edit. Graça Editorial. RJaneiro, 2000.
FILHO, João. A. de Souza. O Ministério de Louvor: Revolução na Vida da Igreja –– Editora Betânia. Belo Horizonte, 1999
GIOIA, Egídio. Notas e Comentários A Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. RJaneiro, 1981.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo Scofield.



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