Abordagem
de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º.
Trimestre / 2015
Reflexão: Ao mostrar o poder de Jesus sobre as
forças naturais e sobrenaturais, as Escrituras sublinham sua natureza divina e
identidade messiânica.
É importante notar na Bíblia, começando pelos livros mais antigos o
controle de Deus sobre a natureza que criara.
Por isso o Salmista cantava: “Os
céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos.
Um dia faz declaração a outro dia e uma noite
mostra sabedoria a outra noite.
Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas
vozes em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo” (Sl 19.1-4).
Poder sobre a natureza – Resumo de algumas citações que mostram o
controle de Deus sobre qualquer manifestação da natureza:
1º. – O dia e a noite (Gn 1.14, 16-18; Sl 74.16).
2º. – As estações do ano (Sl 74.17; Gn 1.14).
3º. – A medida exata das águas
(Jó.28.25).
4º. – A Meteorologia (Jó.28.25,26).
5º. – Deus vigia a extremidade da Terra (Jó.28.24).
6º. – As leis da Genética nos seres humanos, animais irracionais e
vegetais segundo sua espécie (Gn 1.11,12).
7º. – Regulagem das Leis da Meteorologia (Jó.28.26; At 14.17; Gn 2.6; Jó
36.27-29; 37.16; Sl 104.1-32).
No Antigo Testamento, Deus se utilizou de homens que detiveram o Sol e a
Lua (Jz 10.12-14).
Elias orou e pediu para que não chovesse, e por três anos e seis meses
não choveu sobre a terra e orou outra vez e o céu deu chuva (Tg 5.17,18; 1Re
17.1; 18.41-45). Tanto Elias como Eliseu passaram a pé enxuto pelo Jordão.
Deus ordenou aos ventos que eles se detivessem no deserto do Sinai e que
soprassem sobre o mar e o mar abriu caminho para os filhos de Israel passar a
pé enxuto.
O apaziguamento da tempestade é o primeiro milagre que Jesus opera. Nele
é demonstrado a autoridade de Jesus sobre a natureza e sobre os demônios, a
doença e a morte.
Cada inimigo aparentemente domina a situação, mas todos são dominados
por Jesus que mostra a extensão da sua autoridade. Que tipo de tempestade era
essa?
A razão para essa ventania era a área ao redor do lago. As águas naquela
localidade ficam 213 metros abaixo do nível do mar.
Chuvas fortes no mar da Galileia era algo que sempre acontecia, e esse
tipo de tempestade que Jesus e seus discípulos enfrentaram era uma ocorrência
frequente naquela área.
E é naquele local que ocorre o desaguamento de rios que cortam os
profundos vales cercados por planícies e montanhas.
Esses vales funcionam como um funil que conduz o ar frio das montanhas
para baixo quando os ventos passam pelas planícies.
Assim, quando o ar com temperatura mais baixa atinge a massa de ar
quente da costa do lago, violentas tempestades são geradas sem aviso prévio.
Vários discípulos eram pescadores experientes, acostumados com o mau
tempo.
Entretanto, eles nunca tinham visto ventos como os que sopraram em
direção à sua embarcação naquele dia (Lc 8.23), o que fez com que aterrorizados,
fossem acordar o Mestre pois temiam não sobreviver.
Todavia, seu medo dos ventos e das ondas deu lugar ao milagre e à
admiração quando Jesus se levantou e acalmou as águas.
Poder sobre os demônios – Embora as forças espirituais do mal pareçam
maiores que nós, Jesus é mais poderoso do que todas elas.
Se a natureza é uma força impessoal, o mesmo não se pode dizer do Diabo.
A Bíblia mostra que ele é um ser pessoal, isto é, dotado de
personalidade. Jesus e seus discípulos tiveram que enfrenta-lo muitas vezes.
A Bíblia desconhece a ideia de um Diabo mitológico ou que é um produto
da cultura humana.
Nas Escrituras, Satanás e seus demônios são mostrados como seres reais e
uma das mais poderosas armas do Diabo é tentar mostrar que ele não existe.
Os evangelhos registram que havia muitas pessoas oprimidas e possuídas
pelos demônios no antigo Israel.
De fato, a missão de Jesus como o
Messias prometido, incluía a libertação das pessoas dominadas pelo
Diabo.
“Chegando a Nazaré onde fora
criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e
levantou-se para ler.
E foi-lhe dado o livro do profeta Isaias; e,
quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me
ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os
oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.16-19).
Nesses confrontos uma coisa ficou logo evidente – Jesus, durante o seu
ministério terreno exerceu autoridade sobre todas as castas de demônios.
As pessoas viram isso e admiradas, se perguntavam que poder era aquele,
pois Jesus ordenava aos demônios que eles saíssem e eles obedeciam.
Até os próprios demônios estavam conscientes de poder de Jesus sobre
eles: “Ah! Que temos nós contigo, Jesus
Nazareno? Vieste para destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!” (Lc
4.34).
Lucas mostra que Jesus não apenas possuía autoridade sobre os demônios
como também delegou para seus discípulos essa autoridade.
“E voltaram os setenta com alegria
dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. E disse-lhes:
Eu via Satanás, como raio, cair do céu.
Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e
escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.17-19).
O cristão portanto, possui autoridade sobre o reino do mal. Isso se
tornou possível porque Jesus conquistou a vitória sobre Satanás na cruz do
Calvário:
“Havendo riscado a cédula que era
contra nós, nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e
a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.
E, despojando os principados e potestades, os
expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl 2.14,15).
Estando em Cristo, o crente agora encontra-se em posição de domínio
sobre o poder das trevas:
“Que manifestou em Cristo,
ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo
principado e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não
só neste século, mas também no vindouro.
E sujeitou todas as coisas a seus pés e,
sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja” (Ef 1.20-22).
“Mas Deus, que é riquíssimo em
misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em
nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo, (pela graça sois salvos),
e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares
celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.4-6).
Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da
Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho
de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
BUBECK. Mark I. O Adversário. S. R.
Edições Vida Nova. SPaulo, 1993.
WAGNER, Doris. Como Ministrar
Libertação. Editora Vida. SPaulo 2005.
OSBORN, T. L. Curai e Expulsai
Demônios. Edit. Graça Editorial. RJaneiro, 2000.
GIOIA, Egídio. Notas e Comentários A
Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. RJaneiro, 1981.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo Scofield.
Nenhum comentário:
Postar um comentário