Lição 05 – Jesus
Escolhe seus Discípulos - 03.05.2015
Abordagem de
Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre /
2015
Lucas 14.25-35
Reflexão: O chamado para a salvação é de graça,
mas o discipulado tem custos.
Jesus ensina a uma grande multidão o custo de ser discípulo (Lc
14.25-35) – O Senhor Jesus revela aos discípulos as condições do discipulado,
sob cinco aspectos:
1) Uma
escolha de lealdade a ser feita pelo discípulo (v.26) – Jesus exige sincera
e plena lealdade a ele e a seu evangelho. Mais do que aos próprios pais,
patrões, nação ou à própria vida.
Aborrecer, porém, não significa, de modo
nenhum, odiar, desprezar, mas apenas é no sentido de amar menos do que a Cristo
(Mt 10.37).
Lealdade a Cristo é um princípio fundamental do cristianismo.
Isto, no que diz respeito ao discipulado, porquanto o Senhor, no seu eterno
propósito, já havia chamado e escolhido a cada um destes crentes para serem
seus discípulos, como o fizera com os doze e com os setenta, sob aspecto
especial.
“Vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos designeis
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo
15.16).
O Senhor, pois, tem sempre a iniciativa e preeminência
em tudo. Ele é o Senhor. Mas, como já consideramos acima, ele exigia lealdade,
amor, sacrifício e voluntariedade em segui-lo.
2) O preço do discipulado a ser pago – O genuíno discípulo
de Cristo está pronto a sofrer tudo por amor à bendita Causa do evangelho.
Disto temos prova, não somente do exemplo de
centenas, senão de milhares de seus servos, que o seguiram no seu ministério,
aqui na terra, e prosseguiram no tempo apostólico e através dos séculos, e até
nossos dias.
Outrossim, o genuíno discípulo de Cristo está
pronto a seguir seu Mestre em todos os seus santos mandamentos.
E, repitamos: Lealdade a Cristo é um princípio fundamental do Cristianismo. E o
preço do discípulo deve ir mesmo até ao sacrifício da própria vida: tomar a sua
própria cruz e segui-lo (v.27).
3) O preço do discipulado deve ser pago, ainda, com inteligência,
nobreza, seriedade, honra e louvor a Deus – O discípulo de Cristo
deve estar também preparado intelectual, moral e doutrinariamente. Precisa ter
conhecimento intelectual pelo menos à altura da mentalidade e cultura da
sociedade no meio da qual vive e age.
Precisa inteligentemente discernir o grau
moral da sociedade, para poder alcançar a estatura e compreensão dos homens
moralmente.
Precisa, ainda, ter um conhecimento
doutrinário seguro e verdadeiro do evangelho, para poder dar a razão de sua fé.
O discípulo de Cristo deve envidar todos os
esforços para adquirir conhecimento sobre todas as doutrinas genuinamente
bíblicas.
Para tanto, deverá buscar preparo intelectual
e espiritual em nossas instituições, desde os cursos de estudos bíblico para
obreiros, feitos pela igreja e seus pastores, até aos Institutos, Escolas, Seminários e Faculdades Teológicas até o Doutorado.
Todos esses cursos, sem exceção, são
necessários e preciosos para o discípulo de Cristo. Nenhum deles deve ser
desprezado.
4) Mais: O discípulo de Cristo terá de pagar o preço
do seu discipulado, com renúncia de todos os bens terrestres, por amor aos bens
celestes, para ele e para o povo a quem prega a felicidade eterna em Cristo.
Não pode ser discípulo, que honre o Mestre,
aquele que se deixa levar por sentimentos e honrarias humanas.
Não pode ser discípulo do Mestre divino,
aquele que tem acanhamento em declarar-se cristão verdadeiro.
5) Finalmente, o espírito de sacrifício e serviço coroará o discipulado
de Cristo (vv. 34,35) – Ser discípulo de Cristo é ter a maior honra
que o homem pode alcançar na terra.
Ser discípulo de Cristo importa em dar os
frutos bons do discipulado, pelo serviço a Cristo e sua bendita Causa, até ao
sacrifício.
Ser discípulo de Cristo é permanecer fiel e
leal à nova vida, à nova natureza em Cristo, doutro modo, não se é digno de ser
chamado discípulo.
Para ser um verdadeiro discípulo de Cristo, é
preciso pois, ter um profundo senso de responsabilidade, pensar e calcular
seriamente e, ainda, considerar inteligentemente a obra que se vai fazer.
“Pois
qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as
despesas, para ver se tem com que a acabar?
O discípulo deve considerar o começo, o meio e o fim completo da
obra, semelhantemente a um rei que vai entrar em guerra, e que precisa
inteligentemente e com muita prudência fazer os planos e considerar se pode ou
não iniciar a guerra e vencer o inimigo.
Em caso contrário, é preferível que não entre
na luta e peça condições de paz, a fim de não ser destruído.
Assim, o discípulo de Cristo precisa
compreender e estar preparado para a luta contra as trevas e contra as hostes
infernais.
Nada deve fazer sem a ordem suprema de seu
Senhor, Jesus Cristo. Precisa ser um discípulo apto para a luta da grande
tarefa.
Depois de passar uma noite em oração, Jesus escolhe os doze apóstolos (Lc
6.13-16; 14.25-35).
1) Jesus e a oração, a sós, com Deus – “Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar; e passou a noite toda
em oração a Deus”.
Jesus estava em pleno ministério da oração.
Já passara, certamente, outras noites e madrugadas em oração, mas agora,
necessário lhe era passar uma noite em comunhão com Deus.
Posto que não nos é dado saber o que Jesus
falou a Deus, nessa noite de oração, contudo, o texto sagrado nos deixa inferir
pelo menos quatro atitudes que Jesus tomou diante do Pai:
Jesus orou
secretamente: “retirou-se para o
monte a fim de orar”.
Jesus orou
insistentemente: “e passou a noite
toda em oração”.
Jesus orou
com submissão absoluta: “em oração a
Deus”.
Jesus orou
com objetivo definido: “chamou seus
discípulos, e escolheu doze entre eles, aos quais deu também o nome de
apóstolos”.
Jesus orou muitas vezes em companhia de seus
amados discípulos (Jo 12.28; Jo 17; Mt 11.25,26), mas as oração em secreto, a
sós, lhe era insubstituível.
É a oração em espírito. É a oração sem
palavras audíveis. É a oração que pode ser incessante.
A esta oração Jesus se referiu, mais tarde, dizendo aos discípulos:
“Mas
tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora a teu Pai
que está em secreto; e teu pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt
6.6).
A oração para ser atendida por Deus, deve ser
feita com absoluta submissão à vontade
do Espírito Santo, porque não sabemos o que havemos de pedir como convém,
mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).
E finalmente, a oração a Deus deve ter sempre
um objetivo definido. Orar mecanicamente, é mera reza e não oração. A verdadeira
oração é comunhão íntima com Deus.
2) Jesus escolhe seus doze apóstolos – “Depois do amanhecer, chamou seus discípulos, e escolheu doze entre
eles, aos quais deu também o nome de apóstolos” (Lc 12.13).
Jesus após haver passado a noite em oração, depois do amanhecer, desceu o monte,
cujo nome e local nos é declarado no texto, para um local mais plano, onde
estava grande multidão de discípulos e do povo que ali se ajuntara naquela
manhã histórica para o cristianismo.
Então Jesus chamou dentre o grupo de discípulos,
os que ele quis, doze, aos quais deu também o nome de apóstolos.
Esta é a terceira
chamada de Jesus a estes discípulos – a chamada ao apostolado. A primeira foi para a salvação; a segunda, para serem pescadores de homens; a terceira, ao apostolado.
Apóstolo significa enviado, mensageiro, embaixador. Os apóstolos seriam embaixadores
de Cristo; imediatamente às doze
tribos de Israel; e imediatamente, a todos os povos da terra.
Seus requisitos como apóstolos eram:
a) Ser testemunhas palpáveis, oculares e auriculares do
Filho de Deus, em carne; dos acontecimentos de sua vida ministerial; de seu
ensino e doutrina; de seu caráter; de seu poder humano e divino; do seu
sacrifício vicário na cruz; de sua morte; de sua sepultura e de sua ascensão.
“É
necessário, pois, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o
Senhor Jesus entrava e saia entre nós, começando desde o batismo de João até o
dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se torne testemunha conosco
da sua ressurreição”
b) Ser chamados e escolhidos pelo Senhor; e disto não fazem
exceção, tanto Matias quanto Paulo, porque o primeiro foi eleito após a oração
da igreja, para que o Senhor mostrasse qual
dos dois ele havia eleito (At 1.24-26).
E o segundo, Paulo, foi chamado pelo Senhor Jesus para o apostolado, no caminho de Damasco,
e viu também a sua glória (At 9; Rm
1.1; 1Co 1.1; etc).
3) nome dos apóstolos e sucintas biografias:
Nas quatro listas dos apóstolos, dadas pelos
Sinóticos e por Atos dos Apóstolos, o nome de Pedro vem sempre em primeiro
lugar, enquanto que Judas Iscariotes vem sempre em último.
Entre os apóstolos havia três pares de
irmãos; e quanto aos nomes dos outros apóstolos, há pequena diferença, tanto
dos nomes, quanto da ordem em que estão colocados.
As discrepâncias que aparecem, porém, são
aparentes. Todos eles eram da Galileia, à exceção de Judas, que era da Judéia.
Possuíam dons variados, mas constituíram um
maravilhoso grupo de homens a serem treinados pelo maior Mestre do mundo, no
trabalho do reino de Deus.
Será que eles justificarão a escolha de
Jesus? Ele havia arriscado tudo com eles, e os escolhera como disse mais tarde,
porque os conhecia...
Será que Jesus errou ao escolher esses
homens? Onde poderia ele ter achado homens mais adaptados aos seus propósitos?
Mesmo Judas Iscariotes tinha aptidões especiais, ou não teria sido
tesoureiro... Ele teve a sua oportunidade, apesar de não ter aproveitado bem
dela.
Relação dos discípulos:
01 – Simão
Pedro: Cujo sobrenome significa pedra.
Na língua siríaca é Cefas, e, na
grega, Petros.
02 – André:
Seu nome significa varonil. Era
irmão de Simão Pedro e também pescador.
03 – Tiago:
Seu nome significa suplantador, era
filho de Zebedeu e Salomé, e irmão de João – o evangelista.
Devemos distinguir 3 Tiagos; Tiago, comumente
chamado o maior – que foi o apóstolo acima descrito, Tiago, chamado o menor –
que era filho de Alfeu e de Maria, e Tiago o
irmão do Senhor (Gl 1.19; Mc 13.55; Mc 6.3; At 12.17).
04 – João:
Seu nome significa a quem Deus ama,
era filho de Zebedeu e Salomé. Jesus chamou-o também, filho do trovão. Era de
caráter impulsivo e violento (Lc 9.55), mas transformado pelo Senhor, passou a
ser calmo, amoroso, idealista e espiritual. Por isso é chamado o apóstolo amado.
05 – Filipe:
Seu nome significa amador de cavalos.
06 – Bartolomeu:
Seu nome significa filho de Tolmai –
Fez a Jesus sua profunda confissão; “Rabi,
tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel” (Jo 1.45,51 e 21.2).
07 – Tomé:
Vocábulo hebraico “taom” que
significa gêmeo. É também chamado Dídimo, que, no grego, traduz-se por
gêmeos.
08 – Mateus:
É da mesma raiz que Matias, e significa dom
de Jeová – Era também chamado Levi,
o filho de Alfeu. Fora empregado público, cobrador de impostos.
09 – Tiago,
filho de Alfeu: é Chamado, o menor,
para distingui-lo de Tiago, filho de Zebedeu e Salomé. Sua mãe chamava-se
Maria.
10 – Judas,
irmão de Tiago, ou Tadeu e Lebeu:
Seu nome real era Judas mesmo, mas
para ser distinguido de outros Judas, era então chamado de Tadeu e Lebeu.
11 – Simão,
o cananeu, ou Simão, o Zelote:
Era irmão de Tiago, filho de Alfeu, e Judas, não o Iscariotes.
12 – Judas
Iscariotes: Era o único apóstolo não galileu. Parece ser natural de da vila
Keriot ou Queriote. Ele fora designado, pelo Mestre, para ser o tesoureiro, o administrador do patrimônio
do “Colégio Apostólico”.
Mas era mesquinho, infiel, avarento, traidor
e diabólico. Entretanto, Jesus o sabia desde o princípio (Jo 6.70; Mt 26.14-29;
Mc 14.10; Jo 13.2; Mt 26.47-50; At 1.18). Seu fim foi sumamente trágico.
O apostolado – Apóstolo: Palavra que significa enviado, mas
que também subentende aquele que faz serviço especial, em nome e pela
autoridade de quem o enviou.
É empregada por Mateus pela primeira vez, (Mt
10.2). Mas os trechos paralelos de Mc 3.13-19 e Lc 6.12-16) mostram que foram
escolhidas antes do Sermão do Monte, depois que Jesus passou a noite inteira em
oração.
O termo não é usado exclusivamente para fazer
alusão aos doze, mas também se refere a Jesus em Hb 3.1. Mais tarde alude a
Paulo em diversas ocorrências, alude a Barnabé em At 14.124; alude a Matias,
escolhido para ocupar o lugar de Judas Iscariotes em At 1.16-26.
Em seu sentido mais restrito, aplica-se ao
ofício especial dos apóstolos (Ef 4.11).
Os sinais confirmatórios dos apóstolos são:
1. Tinham de ser testemunhas oculares (At 1.21,22; 1Co 9.1)
escolhidas pelo próprio Cristo.
2. Eram dotados de poderes miraculosos, como suas
credenciais (Mt 10.1; At 5.15,16.
3. Eram preceptores especiais, tanto do reino como da
igreja (Mt 10.5,6; Ef. 2.20).
4. Um serviço definido esperava-os no futuro (Mt 19.28).
Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre
2015 / GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª.
Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015. /GIOIA, Egídio .Notas e Comentários À
Harmonia dos Evangelhos. Editora JUERP. 2ª. Edição. RJaneiro, 1981 / MACARTHUR,
John. Uma Vida Perfeita – Tudo que a Bíblia revela de Jesus, de Gênesis a
Apocalipse. Edit. Thomas Nelson. RJaneiro, 2014. / Bíblia Sagrada Tradução King
James – Atualizada. / Bíblia de Estudo Macarthur. CHAMPLIN. R.N. O Novo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Edit Hagnos.
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