Total de visualizações de página

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Lição 04 – A Tentação de Jesus - 26.04.2015


Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015
                                             Lucas 4.1-13   

Reflexão: Jesus firmou-se na palavra de Deus para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória.

No estudo e meditação destas três tentações na vida de Jesus, devemos ter em mente, que Jesus era um homem que em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15).

Pelo que convinha que, em tudo, fosse feito semelhante a seus irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.

Porque, naquilo em que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados (Hb 2.17,18).

Estas três tentações foram tanto reais como típicas, em essência. A expressão “mas sem pecado” confirma, que todas as tentações que veio sobre Jesus não tiveram origem em sua mente. Mas, uma investida de Satanás, portanto, uma tentação exterior, pois o texto Lucano diz: “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou ao Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto” (Lc 4.1).

A tentação é o ato pelo qual Satanás procura induzir o homem a pecar contra Deus.
O fato de o homem ser tentado não constitui pecado, porém, cair na tentação, sim, é pecado.

Durante toda sua vida na terra, Jesus suportou fortes e complexas tentações, em algumas delas a Bíblia não nos revela os detalhes.

Todavia, esse embate mereceu especial destaque, pois, esteve em questão todo o futuro da humanidade.

Os ataques do Diabo foram contra o Messias (o ungido de Deus) – At 10.38,
o cabeça da nova humanidade (Cl 2.15).

Jesus foi tentado de forma extrema, sutil, ardilosa e não menos poderosa. Contudo, venceu por nós.

O comentarista Pr. José Gonsalves, no seu livro: Lucas, o evangelho de Jesus – O homem perfeito, pág. 50, diz que a palavra grega peirasmos (Lc 4.2), dependendo do texto, pode significar tentação ou prova.

Enfatiza, que no contexto, onde Deus está por trás da ação, neste caso, o crente está sendo provado. Por outro lado, quando é o Diabo quem está por trás da ação, o crente está sendo tentado.

Em outras palavras, Deus nos prova, e o Diabo, nos tenta. Deus nos testa para nos aperfeiçoar.

Em Lc 4.1-3, Jesus é enviado pelo Espírito para ser testado, e em Gn 22.1, Deus testa Abraão em relação à morte de seu filho Isaque. Porque Deus a ninguém tenta.

Na citação de Lucas, o Diabo aproveitando-se das condições frágeis do homem Jesus, pois estava jejuando a quarenta dias e sentindo fome, procurou tirar proveito desta situação.

Nesta ocasião, a prova que Jesus estava sendo submetido, tornou-se uma tentação.  “Porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13).

O apóstolo Tiago adverte seus leitores a não culpar Deus, mas procurar compreender a causa e o resultado da tentação.

Ao ser tentado, ninguém deve dizer: “Deus está me tentando”, porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e nem ele tenta ninguém. Porém, cada um é tentado quando, seu próprio desejo perverso é atraído e seduzido.

Então depois de o desejo haver concebido, dá luz ao pecado; e o pecado, uma vez completamente amadurecido, dá luz a morte (Tg 1.13-15).

O crente que passa pelo teste é bem-aventurado, mas aquele que fracassa, fica com remorso.

O que fracassa nas tentações, nunca admite sua falta de fé e encontra sempre um culpado. Foi assim com Adão e Eva, e será sempre assim (Gn 3.8-13).

Ninguém deve dizer “sou tentado por Deus”. Tiago está dizendo, que Deus criador de todas as coisas, não é a causa do mal.

Em sua santidade, Deus está acima do mal e não pode ser influenciado pelo mal. Por causa de sua perfeição, Deus não tem nenhum contato com o mal e o mal não pode tenta-lo.

Além do mais, Deus a ninguém tenta. Não diga: Deus é culpado por meus fracassos.
Jesus ensinou os crentes a orar: “e não nos deixes cair em tentação” (Mt 6.13; Lc 11.4). Em outras palavras, peça a Deus para lhe guardar de cair em tentação.

Quem tenta é Satanás, ele é chamado de tentador (Mt 4.3; 1Ts 3.5). Assim, entendia o apóstolo Paulo: “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; mas juntamente com a tentação vos dará livramento, de sorte que possais suportar” (1Co 10.13).

Deus testa o crente para fortalecer sua fé. Em sua providência, Deus permite que Satanás tente o cristão.

Deus permitiu, por exemplo, que   Satanás tirasse de Jó todos os seus bens, mas Jó louvou a Deus (Jó 1.21).

Mesmo quando sua esposa o incentivou a amaldiçoar Deus, Jó permaneceu fiel (Jó 2.9,10).

Por ter sido fiel nas provas e tentações, Deus abençoou a Jó, devidamente (Jó 42.10).
Satanás tentou Jesus com o desejo da carne (Mt 4.2,3), com o desejo dos olhos (Mt 4.8,9), e com o orgulho da vida (Mt 4.5,6; 1Jo 2.16).

Jesus não comeu nada durante os quarenta dias. Evidente, que a tentação de Jesus ocorreu durante todo o tempo do seu jejum. Diferente do que aconteceu com Moisés e Elias (Dt 9.9,18; 1Re 19.8).

Durante os quarenta dias de jejum, Satanás, o adversário, se aproximou de Jesus para o tentar.

O local onde Jesus estava era deserto, de acordo com Marcos, havia muitas feras, mas, os anjos de Deus o servia. Jesus não estava só (Mc 1.12,13).

Toda tentação é humana, é externa, e se comunica com o pecado que está dentro do coração do homem (Mc 7.21,23; Jr 17.9; Pv 4.23).

Mas, a natureza humana de Jesus, não se originou na queda. Sua tentação não era uma luta interna, emocional ou psicológica, mas um ataque externo por um ser pessoal, no auge da fome:

“Se és o Filho de Deus, ou, já que Você é o Filho de Deus, transforme estas pedras em pão. Jesus responde: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Dt 8.3).

Todas as três respostas que Jesus deu ao Diabo estão em Deuteronômio.
A Bíblia é a palavra de Deus revelada ao homem para todos os momentos (Ef 6.11; 2Tm 3.16,17; Hb 4.12,13).

Na segunda tentação Satanás cita as Escrituras (Sl 91.11,12). Aqui Satanás conduziu Jesus ao pináculo do templo, uma altura aproximada de cento e cinquenta metros. Jesus responde a Satanás com a Bíblia (Dt 6.16; Ex 17.2-7).

Por fim, de um alto monte, Satanás oferece a Jesus, os reinos do mundo. Satanás já é o príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11), e o deus deste século (2 Co 4.4), quando está sujeito ao seu poder (1Jo 5.19; Dn 10.13).

Jesus repreende Satanás com Dt 6.13,14). Como homem Jesus foi um vencedor.


Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
GIOIA, Egídio Notas e Comentários À Harmonia dos Evangelhos. Editora JUERP. 2ª. Edição. RJaneiro, 1981
COSTA Samuel. Capelania Cristã. Edit.Silvacosta. RioJaneiro, 2013
CAMPOS, Heber Carlos de. As Duas Naturezas do Redentor – A Pessoa de Cristo. Edit. Cultura Cristã. SPaulo, 2004
MACARTHUR, John. Uma Vida Perfeita – Tudo que a Bíblia revela de Jesus, de Gênesis a Apocalipse. Edit. Thomas Nelson. RJaneiro, 2014.
Bíblia Sagrada Tradução King James – Atualizada.
Bíblia de Estudo Macarthur
Bíblia Em Ordem Cronológica – A Nova Versão Internacional – Edit. Vida
LADD, George Eldon. Teologia do Novo Testamento. Editora Hagnus. SPaulo, 2003

STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento. Editora Atos. SPaulo, 2008

Nenhum comentário:

Postar um comentário