Abordagem
de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º.
Trimestre / 2015
Reflexão: “ ”. (O cristão possui uma fé divinamente revelada e historicamente bem
fundamentada - Verdade Prática).
Os quatro evangelhos formam um santo quarteto inspirado pelo Espírito
Santo, que representa o ápice das Escrituras.
Pois nele o Senhor Jesus Cristo, se revela da maneira mais perfeita e
Deus se manifesta da maneira mais clara.
Nada chega perto da recompensa de se entender a verdade e a glória dessa
vida incomparável.
O Espírito Santo nos deu quatro evangelhos, três dos quais são
sinópticos, uma palavra de origem grega que significa “compartilhar o mesmo
ponto de vista”.
Para que assim, a verdade referente ao nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo, pudesse ser estabelecida na base de duas ou três testemunhas (Dt 19.15;
Mt 18.16; 2Co 13.1).
Cada autor enfatizou temas diferentes da vida de Jesus, mostrando-nos
assim uma imagem poderosa e profunda do Filho de Deus e Filho do homem.
Mateus escreveu, principalmente, para o povo judeu, apresentando Jesus
de Nazaré como o Messias e rei legítimo tão esperado por Israel.
Já Lucas, na sua genealogia destaca a descendência real de Jesus da
linhagem do maior rei de Israel, Davi (Lc 3.23-38).
Em todo o evangelho de Mateus, encontramos citações do Antigo Testamento
que representam vários aspectos e da vida e do ministério de Jesus como
cumprimento da profecia messiânica feita no próprio AT.
Mateus foi o único a usar a expressão “Reino do Céu”, evitando a
expressão sinônima “Reino de Deus”, por causa das conotações não bíblicas que
esta última apresenta no pensamento judaico do primeiro século.
Mateus, portanto, escreveu o seu evangelho para fortalecer a fé dos
cristãos judeus, e fornece um útil instrumento apologético para a evangelização
entre eles.
Marcos, inspirado pelo Espírito Santo, de modo realista e prático,
visava um público gentio, sobretudo o romano.
Marcos é o evangelho da ação; nesse evangelho Jesus se apresenta como o
servo (Mc 10.45; 15.52; 13 – 53.12) que veio para sofrer pelos pecados dos
outros.
Esta abordagem de Marcos era a mais agradável aos romanos, pragmática e
ativa.
Lucas: o médico amado (Cl 4.14; Fm 24; 2Tm 4.11) – Único gentio
que escreveu dois livros do canon sagrado: Lucas e Atos.
Ao escrever ao seu amigo particular, Teófilo, cujo nome que em latim e
grego significa “querido por Deus” ou “aquele que ama a Deus”, a quem ele tratava de “excelentíssimo”, visto
ser aquele homem um militar de alta patente do exército romano.
Segundo historiadores renomados, Teófilo, desejoso de conhecer a
verdade, patrocinou Lucas nesse projeto investigativo, e pesquisa bem acurada
de todos os fatos, concernentes a vida e a obra de Jesus Cristo.
Assim, ao escrever a Teófilo, Lucas se dirige a um público gentio mais
amplo.
Como cidadão grego de boa formação, Lucas se serviu da língua grega e
literatura do NT.
Lucas era um pesquisador minucioso (Lc 1.1-4) e um historiador
confiável. No seu evangelho Jesus é apresentado como o Filho do Homem. Título
que ocorre por 26 vezes.
Lucas mostra que Jesus era a resposta às necessidades e esperança da
raça humana, vindo para salvar os que estavam perdidos (Lc 9.56; 19.10).
João com clareza, simplicidade e, com grande profundidade doutrinária e
teológica, escreve sobre alguns dos muitos fatos, episódios e ensinamentos de
Jesus, tendo como objetivo fundamental, fazer sobressair a sua deidade e sua
humanidade como o unigênito Filho de Deus, encarnado.
Razão porque, foi dispensável uma genealogia natural de Jesus.
Autoria do Livro – Desde o início da formação do canon das
Escrituras grega do NT, o terceiro evangelho é reconhecido como sendo de
autoria de Lucas, o médico amado (Lc 4.14).
Irineu, um dos pais da igreja, em mais ou menos 180 d.C, já citava em
suas obras, o evangelho segundo Lucas, grande amigo e companheiro de ministério
do apóstolo Paulo, (2Tm 4.11; Fm 24).
Sendo um gentio que se tornou cristão na cidade de Antioquia da Síria, se
tornou companheiro do apóstolo Paulo em sua viagem missionária através da
Macedônia, Acaia e outras regiões.
Data do Livro – O livro de Atos dos Apóstolos, nos seus
últimos capítulos, mostra Paulo preso em Roma e afirma que o evangelho de Lucas
foi escrito antes do livro de Atos (Lc 1.1-4; At 1.1).
Podemos afirmar que o evangelho de Lucas foi escrito entre os anos de 59
a 64 d.C., provavelmente em Cesareia, nos dois anos em que Paulo esteve preso,
antes de ser conduzido a Roma (At 24.27).
Lucas acompanhou Paulo, pelo menos no período que vai da época em que
Paulo teve uma visão com um chamado para pregar na Macedônia (At 16.9-10), até
o martírio do apóstolo, em Roma (2Tm 4.11).
Não se conhece muitas coisas sobre a vida de Lucas, além do narrado no
livro de Atos dos Apóstolos que traz poucos detalhes de sua vida pessoal, em
definitivo nada se sabe da sua conversão.
Tanto Euzébio, quanto Gerônimo, o identificam como nativo de Antioquia
da Síria (At 11.19-27; 13.1-3; 14.26; 15.22-23, 30 – 35; 18.22,23).
No prefácio ao Evangelho de Jesus segundo Lucas, encontramos o
testemunho humano fundamentado no testemunho divino:
Quanto ao testemunho divino, é o critério infalível da verdade quanto ao
testemunho humano, é o mais seguro meio de conhecer a verdade histórica.
Testemunhas oculares e ministros da Palavra de Deus, transmitiram os
fatos históricos do evangelho de Cristo e a sua verdade eterna.
Ao documentar sua obra, Lucas procurou narrar a história, mas não a
história como se entende hoje, em seu sentido secular que se prende apenas as
narrativas das ações humanas.
A história de Lucas é a história da salvação de Deus e da sua ação entre
os homens. O interesse era mostrar os fatos sobre os quais o evangelho está
fundamentado e estabelecer o vínculo entre o cristianismo e o judaísmo.
Revelando dessa forma, que a fé cristã possui raízes judaicas, deixa
claro que o cristianismo não veio para competir com o império romano. Mostrando
assim que ele não era uma ameaça política à autoridade do império.
Como um escritor inspirado e um profundo conhecedor da teologia bíblica
do AT, Lucas mostra que o tempo do cumprimento das promessas de Deus preditas
pelos antigos profetas, havia chegado.
O silêncio de 400 anos desde Malaquias, foi quebrado com o advento de
João Batista. É no ministério de João Batista que acontece a restauração da
profecia bíblica (Lc 3.1,2).
Essa restauração da antiga profecia bíblica, é importante no contexto da
teologia carismática de Lucas.
Já foi dito que Lucas escreveu uma obra em dois volumes (Lc 1.1-4; At
1.1), e esse é um fato importante porque a homogeneidade nos ajuda a
compreender a ação do Espírito Santo na teologia Lucana.
No Evangelho, Lucas mostra o Espírito Santo atuando sobre o Messias e
capacitando-o para realizar as obras de Deus como havia sido prometido nas
profecias (Is 61.1; Mt 3.13-17; Lc 4.17,18; At 10.38).
Por outro lado, no livro de Atos, está o cumprimento da promessa do
Messias, de derramar esse mesmo Espírito sobre os seus seguidores (Lc 11.13;
24.49; At 1.8).
Em outras palavras, o mesmo revestimento de poder que estava sobre Jesus
Cristo e que o capacitou a curar os enfermos, ressuscitar os mortos, e expulsar
os demônios seria também dado aos seus seguidores quando ele fosse glorificado.
“De sorte que, exaltado pela
destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou
isto, que agora vedes e ouvis” (At 2.33).
“Nós somos testemunhas acerca
destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu aqueles que lhe
obedecem” (At 5.32).
Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da
Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho
de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
GIOIA, Egídio .Notas e Comentários À
Harmonia dos Evangelhos. Editora JUERP. 2ª. Edição. RJaneiro, 1981
MACARTHUR, John. Uma Vida Perfeita –
Tudo que a Bíblia revela de Jesus, de Gênesis a Apocalipse. Edit. Thomas
Nelson. RJaneiro, 2014.
Bíblia Sagrada Tradução King James –
Atualizada.
Bíblia de Estudo Macarthur
Bíblia Em Ordem Cronológica – A Nova
Versão Internacional – Edit. Vida
LADD, George Eldon. Teologia do Novo
Testamento. Editora Hagnus. SPaulo, 2003
STERN, David H. Comentário Judaico do
Novo Testamento. Editora Atos. SPaulo, 2008
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