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sábado, 28 de março de 2015

Lição 13 – A Igreja e a Lei de Deus - 29.03.2015


Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
1º. Trimestre / 2015
                                             Mateus 5.17-20; Romanos 7.7-12    

Reflexão: “Anulamos, pois, a lei pela fé. De maneira nenhuma, Antes, estabelecemos a lei”. (Rm 3.31).

A lei e o evangelho se completam. A lei de Deus e os Dez Mandamentos não são a mesma coisa. 

Os Dez Mandamentos  encabeçam os demais preceitos entregues por Deus a Moisés no monte Sinai desde Êxodo 19.16-19, até Levítico 26.46; 27.34.

Esses preceitos são identificados com frequência como estatutos, juízos, leis e mandamentos.

Muitos deles são repetidos nos livros de Números e Deuteronômio. Todo esse sistema legal integra o Pentateuco, que aparece na Bíblia como lei, livro da lei, lei de Moisés, lei de Deus, lei do Senhor.

As expressões “lei de Deus”, “lei do Senhor” e “lei de Moisés”, dizem respeito a mesma coisa (Ne 8.1,8, 18; Lc 2.22,23).

Trata-se do Pentateuco no seu todo, e não apenas do Decálogo, do livro, e não das tábuas de pedra.

OS TRÊS TIPOS DE LEI – É comum ouvir falar de lei moral, lei cerimonial e lei civil. A lei moral de Deus é resumida nos Dez Mandamentos, (o Decálogo). 

Os preceitos morais estão resumidos nos Dez Mandamentos. São os que tratam dos princípios básicos morais.

Os Dez Mandamentos é a única porção do Pentateuco escrita pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra. A própria nação de Israel ouviu Deus entregando essa parte da lei a Moisés. Essa é uma característica distintiva do Decálogo.

A lei cerimonial é a parte que trata das festividades religiosas, do sistema de sacrifício e da adoração no santuário, dos alimentos limpos e imundos e das instruções sobre a pureza ritual, entre outros.

A lei civil diz respeito à responsabilidade do israelita como cidadão, são regulamentos jurídicos e instruções que regiam a nação de Israel.

Embora essa distinção tripartite seja antiga, seu uso como fundamento para explicar a relação entre os testamentos não é demonstravelmente derivada do NT.

Os preceitos cerimoniais e civis derivam dos preceitos morais. Esses três tipos de leis estão presentes no Pentateuco, entretanto, tudo é a lei de Moisés.

O Senhor Jesus cumpriu todos os preceitos morais durante sua vida terrena. Em nenhum lugar do NT diz que a lei moral se resume em amar a Deus e ao próximo, mas abrange toda a lei: “Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mt 22.40).

O apóstolo Paulo afirma: “Porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8). Em seguida ele cita cinco mandamentos do Decálogo, mas não na sequência canônica, e depois volta a enfatizar que “o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.10).

RESUMO DOS DEZ MANDAMENTOS – O Decálogo é o documento primário que governa a aliança de Deus com Israel no mente Sinai.

Tal como documentos de aliança secular, ele serve como a mais alta lei. Por isso Deus ordena que seja posto na parte mais santa de seu santuário “ao lado da arca do Senhor” (Dt 31.26).

Se Israel obedecesse a essas leis seria abençoado; caso contrário, seria amaldiçoado.
O documento começa com o nome do Senhor, Yahweh. Ele se identifica como o cabeça da aliança, e, especificamente, como o autor do documento.

Visto que essas são as palavras de Deus, elas têm autoridade absoluta. O nome de Deus também o identifica como aquele que “te tirei da terra do Egito, da casa da servidão (Ex 20.2).

A aliança é lei, mas começa com graça redentora. Deus escolheu Israel entre todas as nações, para ser seu povo especial, não devido ao seu tamanho (Dt 7.7) ou sua justiça (Dt 9.5,6), mas simplesmente devido ao seu amor por eles.

Esse amor o motivou a redimi-los da escravidão.  Eles devem obedecer a ele por gratidão a esse livramento.

Nós que temos um livramento ainda maior de todos os nossos pecados por meio de Cristo, também obedecemos por gratidão, não para merecer nossa entrada no céu.

Os primeiros quatro mandamentos se concentram no nosso relacionamento com Deus; os últimos seis, nos nossos relacionamentos uns com os outros.

Porém, nossas obrigações para com Deus têm implicações para nossos relacionamentos com nossos companheiros, e nós cumprimos nossas obrigações com eles devido à nossa lealdade com Deus.

Por exemplo, quem não tem outros deuses diante do Senhor (o primeiro mandamento) deve buscar trazer seus companheiros também para debaixo da influência exclusiva de Yahweh. Assim também, honrar nossos pais (quinto mandamento) inclui honrar nosso Pai celestial.

Visto que Jesus é Yahweh encarnado, a fonte da nossa redenção final, guardamos os mandamentos por causa dele. Adoramos apenas no seu nome (primeiro mandamento; Jo 14.6), consideramos que ele é a única imagem de Deus digna de adoração (segundo mandamento Hb 1.3), e assim por diante.

Os mandamentos têm tanto um sentido restrito, quanto amplo. Cada um se concentra numa área particular da vida humana, mas também cada um serve como uma perspectiva sobre todo o pecado e toda a retidão:

1. O primeiro mandamento nos ensina a adorar apenas a Yahweh. De modo mais amplo, ele nos ensina que nada é mais importante que ele em qualquer área da vida humana. De maneira particular, convoca-nos a honrar Jesus como rei, como indivíduos e em sociedade.

2. O segundo mandamento nos proíbe de fazer ídolos como objetos de adoração. De modo amplo, ensina-nos a viver exclusivamente pela revelação de Deus em tudo o que fazemos, especialmente sua revelação em Jesus, a imagem final de Deus.

3.O terceiro mandamento nos ensina a não usar o nome de Deus de maneira irreverente ou falsa. Mais precisamente ele nos proíbe de usar incorretamente qualquer coisa na revelação de Deus, ou seja, em todo o mundo.
Devemos especialmente honrar o nome de Jesus, que está acima de todo nome.

4. O quarto mandamento nos ordena a observarmos um dia em sete como um dia santo para Deus.Em geral ele nos ordena a usar todo o nosso tempo para sua glória e a buscar a plenitude do seu descanso redentor em Cristo.

5. O quinto mandamento nos ordena a honrar nossos pais. De modo mais amplo, ele nos a honrar todas as autoridades que Deus tiver ordenado, incluindo o próprio Deus e Jesus como rei.

6. O sexto mandamento nos ordena a não tirarmos vidas humanas inocentes. Ele nos ensina a honrar o Senhor da vida e a levar a todos a sua promessa de vida eterna.

7. O sétimo mandamento nos ordena a respeitarmos o leito matrimonial. Objetivamente ele nos convoca a sermos fiéis a Deus como nosso santo marido, e a Jesus como noivo da igreja.

8. O oitavo mandamento nos ordena a não tomarmos o que pertence a outros. Ele nos adverte contra tomarmos para nós mesmos o que pertence apenas a Deus.

9. O nono mandamento nos proíbe de distorcermos a verdade para ferir um próximo. Ele nos convoca a sermos testemunhas de Jesus, a verdadeira testemunha.

10. O décimo mandamento nos ordena a não desejarmos nada contrário à vontade de Deus. De modo mais amplo, ele nos ensina que todo os pecados começam nos desejos do coração.

Fonte de pesquisa:
SOARES Esequias – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 1tri 2015
SOARES Esequias. Os Dez Mandamentos – Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Outubro / 014
REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos. Soc. Rel. Edições Vida Nova. SPaulo, 1992
GEISLER Norman l. Ética Cristã – Opções e questões contemporâneas. Edit. Vida Nova. SPaulo, 2010
ALEXANDER T. Desmond e ROSNER Brian S. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Edit. Vida. SPaulo, 2009
FRAME. John M. A Doutrina da Vida Cristã. Edit. Cultura Cristã. SPaulo, 2012
PORTELA, Solano. A Lei de Deus Hoje. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
KEVAN, Ernest. A Lei Moral. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000


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