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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O tempo da Profecia de Daniel – Lição 13 – EBD CPAD – 4º. Tri 28.12.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 12.1-4, 7,9, 11-13

 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.
1.    Compreender o tempo do cumprimento da profecia entregue a Daniel.
2.    Explicar a doutrina da ressurreição do corpo na Bíblia.
3.    Reconhecer a nossa limitação e finitude como seres humanos.

 CONSIDERAÇÕES

O tempo da profecia – A expressão “naquele tempo” do capítulo 12 e vs. 1 de Daniel, se refere ao período da Grande Tribulação, quando o Anticristo liderará o mundo política e belicamente.

Será um período de brutal e sangrenta perseguição contra os judeus e tantos quantos estiverem a favor de Israel (Dn 11.35,40).

Em suas terras, o povo judeu sofreu muitas invasões de inimigos. Porém, nem as piores incursões contra Israel, como as da Babilônia e os horrores do

holocausto nos dias de Hitler (1939-1945), podem se comparar com o “tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” (v.1)

A proporção deste conflito ultrapassará qualquer outro momento da história da civilização (Mt 24.21,22; Jr 30.5-7).

Tal tempo será pior do que qualquer coisa conhecida da história da humanidade; muito pior do que a destruição de Jerusalém em 70 d.C. (1 milhão de vítimas),

do que a Peste Negra (9 milhões de mortos), do que Primeira Guerra Mundial (20 milhões de mortos) do que a desvastação da Segunda Guerra Mundial (alguns enumeram cerca de 50 milhões de mortos),

e o Holocausto de Hitler (6 milhões de judeus e pelo menos 4 milhões de cristãos mortos).

As Escrituras dão mais espaço para descrever a vindoura Tribulação do que qualquer outro evento profético.

Os profetas hebreus a mencionam 39 vezes, chamando-a de “tempo de angústia de Jacó” (Jr 30.7), “angústia” (tribulação, Dt 4.30), e muitas outras variantes que indicam tribulação.

O NT a chama de “o dia do Senhor” (1Ts 5.2), “a ira de Deus” (Ap 14.10; 15.1,7; 16.1) e “a ira do Cordeiro” (Ap 6.16,17).

Ap 6-19 descreve os eventos desse período de tribulação, a melhor descrição desse terrível e próximo tempo que todo mundo experimentará.

Daniel, o profeta hebreu que Jesus mais citou predisse que tempos difíceis durariam sete anos e seriam

inaugurados com a assinatura de uma aliança de sete anos entre Israel e “o príncipe que há de vir” (chamado em outro lugar de “anticristo” ou “a besta”.

Então ele predisse que essa “besta” ou governante político quebraria tal aliança no meio da Tribulação e profanaria o Templo (Dn9.26,27).

Novamente, Daniel predisse que quando o Anticristo surgisse, ele seria fortalecido pelo próprio Satanás com

“todo o poder e sinais e prodígios de mentira” (2Ts 2.9), e profanará o Templo e exibirá uma imagem de si mesmo, exigindo que as pessoas o adorem.

Há pouca dúvida quanto a quando a Tribulação ocorre ou quanto tempo durará. Daniel prediz que durará “uma semana” (sete anos – Dn 9.27).

Em Apocalipse, João a divide em três anos e meio cada, ou 1.260 dias cada, perfazendo o total de sete anos.

Durante os primeiros três anos e meio, mais da metade da população mundial morre.

Durante a segunda metade,  as condições pioram ainda mais, depois que Satanás é expulso do céu e possui o corpo do Anticristo e exige que o mundo o adore.

Nosso Senhor Jesus predisse que essa Tribulação terminaria imediatamente antes do Seu retorno para estabelecer seu reino terreno por mil anos (Mt 24.29; Dn 9.24).

Não devemos jamais perder de vista o verdadeiro propósito desse período da Tribulação: uma expressão divina da Sua misericórdia e graça.

Pois nesse breve período de sete anos, num tempo em que a população do mundo estiver maior, Deus abalará a terra numa tentativa de diminuir a falsa sensação de segurança do homem.

Ele enviará 144 mil testemunhas judias cheias do Espírito Santo (Ap 7; Joel 2.28-32) e outras testemunhas.

Deus usará das medidas mais extremas de toda a história durante os dias finais da vida do homem na terra para trazer um número enorme de almas à fé nEle,

a fim de que multidões de pessoas possam gozar das bênçãos que ele tem preparado para o seu futuro eterno.

Ressurreição e vida eterna – Quando lemos o AT temos a impressão de não vermos a doutrina da ressurreição dos mortos com clareza, principalmente nos livros da lei, o Pentateuco.

Entretanto, aqui, Daniel não deixa dúvida quanto a veracidade dessa gloriosa doutrina: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressucitarão, uns para a vida eterna e outro para desprezo e vergonha eterna” (v.2).

Daniel 12.1 nos informa um livro onde consta os nomes dos santos a ressuscitar para a vida eterna e dos ímpios para vergonha e desprezo eterno.

Entretanto, o vers 2 não se refere a uma ressurreição geral, isto é, de todos os que já dormem. O texto diz apenas muitos dos que dormem.

Esta expressão pode se referir aos mártires da grande tribulação que ressuscitarão (Ap 7.14,15).

O texto sugere também o advento das duas ressurreções conforme vemos no Apocalipse 20.12,13.

A primeira ressurreição refere-se aos justos e a segunda, após o milênio, aos ímpios (Jo 5.28,29; Mt 25.46; Dn 12.2; 1Co 15.51,52).

Os estudiosos modernos concordam que o apóstolo Paulo é a maior testemunha das manifestações de Jesus após sua ressurreição.

Tendo sido um adversário ardente do cristianismo (Gl 1.13,14; 1Co 15.9; Fp 3,4-7), Paulo explica que a sua incredulidade terminou quando viu a Jesus ressurreto (1Co 15.9; At 9.3-9).

Convertido do judaísmo para tornar-se um dos maiores estudiosos do cristianismo, Paulo é com certeza uma

excelente testemunha tanto da doutrina da ressurreição como da ressurreição de Jesus.

No entanto, por mais crucial que seja o testemunho ocular de  Paulo sua contribuição é muito maior do que esta experiência.

Em 1Co15.3-7 Paulo registra uma tradição muito antiga, que é na verdade anterior a ele.

Vemos um comentário sucinto do conteúdo do evangelho da igreja primitiva:

Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado, resuscitou dos mortos, e depois apareceu tanto individualmente como em grupo.´

Paulo explica de modo espécífico que a parte mais importante de sua mensagem consistia desse evangelho e que ele o estava passando adiante exatamente como recebera dos outros (1Co 15.3; 11.23).

Muitos pensam que Paulo primeiro ouviu esse testemunho quando fez sua viagem a Jerusalém por volta do ano 35 d.C., apenas três anos após a sua conversão.

Ali ele passou um tempo com Pedro e Tiago, irmão de Jesus (Gl 1.18,19), falando sobre o evangelho (Gl 1.11 – 2.10),

mas Paulo não parou depois de uma única viagem para investigar este testemunho apostólico.

Ele estava tão interessado na verdade do evangelho que voltou a Jerusalém 14 anos depois (Gl 12.1-10).

E explica que fez isto a fim de ter absoluta certeza de que esta mensagem não era falsa (Gl 2.2).

Desta vez não só Pedro e Tiago estavam presentes, mas também João, o apóstolo e juntos confirmaram a mensagem de Paulo (Gl 2.9,10).

Paulo acrescenta ainda mais informações: não só os outros principais apóstolos aprovavam a sua pregação do evangelho,

como também Paulo explica que estava bem ciente dos ensinos deles com relação as manifestações da ressurreição.

Eles ensinavam a mesma verdade que Paulo ensinava (1Co 15.11). Juntos, eles pregavam que foram testemunhas dos aparecimentos de Jesus (1Co 15.12,15, 20).

A profecia foi selada – Daniel recebeu a ordem de “fechar” e “selar” a profecia sobre a história do mundo.

O livro de Daniel é a chave de todas as profecias bíblicas. Sem ele, remotas revelações escatológicas e seu escopo profético são inexplicáveis.

“As grandes profecias do Senhor, no discurso sobre o monte das Oliveiras (Mt 24 – 25; Mc 13, Lc 21), bem como 2Ts 2 e o livro de Apocalipse (ambos

mencionam o Anticristo de Daniel 11), só podem ser compreendidas com a ajuda das profecias de Daniel” (Unger, Commentary, p.1606).

O que o futuro nos reserva? – A Bíblia prediz os principais eventos futuros, e nos dá a visão geral do que virá no tempo do fim.

Os detalhes específicos não são sempre claros e devemos ser cautelosos quanto a tentar especular além do que a própria Bíblia revela.

O nosso objetivo é que sejamos equilibrados, sem minimizar nem maximizar o futuro. Não devemos tentar fazer a Bíblia dizer mais do que realmente está dizendo.

Aqueles que preferem uma interpretação literal da profecia prevêem  o retorno de Israel à terra, a reconstrução do Templo, o surgimento de um Anticristo  literal,

a assinatura e o rompimento de um verdadeiro tratado de paz, e a derradeira invasão de Israel, que levará á batalha do Armagedom.

As declarações básicas da profecia bíblica não devem simplesmente ser espiritualizadas.

O arrebatamento significa “ser levado” ao céu (1Ts 4.13-17) e os “mil anos” do reinado de Cristo significam literalmente mil anos (Ap 20.4; 2.26;).

Não deve ser descartado o uso de linguagem figurada ou simbólica nas passagens proféticas (tal como “o Cordeiro”, “a besta, e o “dragão”),

Mas pode-se crer que as passagens proféticas que apontam para a segunda vinda de Cristo referem-se à pessoas e

eventos específicos, como as passagens proféticas que apontavam para a sua primeira vinda, como Is 53.

De acordo com o ponto de vista pré-tribulacional, Jesus Cristo retornará para arrebatar a Igreja, antes da tribulação.

Ao comentar este evento espetacular, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu

com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trobeta de Deus, e os que morreram em  Cristo resuscitarão primeiro; depois,

nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados [gr. harpazo, “agarrados e levados”] juntamente com eles, nas nuvens,

a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4.16-17).

A visão do futuro na profecia bíblica encontra-se em quinze predições-chave, muitas envolvendo sinais do retorno de Cristo no fim da Tribulação.

Algumas destas profecias já se cumpriram, de modo que estamos provavelmente muito próximos do fim,

porque o arrebatamento precederá o retorno final de Cristo à terra (Ap 22.20; 1.7).

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).

BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
Bíblia de Estudo Macarthur. SPaulo, 2013. SBB.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética – Editora Hagnus
LAN Dong Yu. Daniel – O Destino do Governo Humano na Economia de Deus. SPaulo 1993. Editora Árvore da Vida.
CHAFFER. Teologia Sistemática – Vls,  7 e 8. SPaulo, 2003. Hagnos.
LADO. George Eldon.Teologia do NT. SPaulo, 2014. Editora Hagnus.


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