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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

As Setenta Semanas de Daniel – Lição 10 – EBD CPAD – 4º. Tri 07.12.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 9.20-27

 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.
1.  Conhecer que Daniel compreendeu o futuro de Israel após estudar as profecias de Jeremias.
2.    Compreender as setenta semanas profetizadas no livro de Daniel.
3.    Saber os propósitos da septuagésima semana.

 CONSIDERAÇÕES

Narra os vers. 1   e 2 do nono capítulo de Daniel, que no primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,

no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.

O ano dessa visão foi o primeiro ano de Dario, o medo por volta de 538 a.C., e Daniel entendeu, pelos livros, que os anos das assolações de Jerusalém estavam para cumprir-se.

Para obter esse entendimento, ele não se baseou em apenas um livro, mas “em livros”.  Esses livro são Jeremias e Isaias.

Os versículos de Jeremias nos quais se baseou são os seguintes: “Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos.

Acontecerá porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniquidade do rei de Babilônia e a desta nação, diz o Senhor, como também a da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas” (Jr 25.11,12).

Assim diz o Senhor: logo que se cumprirem para Babilônia setenta anos atentarei para vós outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar
(Jr 29.10).

Daniel teve esse entendimento dois anos antes de Ciro decretar o retorno dos cativos a Jerusalém, a fim de reedificarem o templo (536 a.C.).

Ao buscar as escrituras, e ao ler Isaias capítulos 41 a 45, Daniel entendeu que Ciro, rei da Pérsia, era servo do Senhor e que seria usado por Ele para libertar os cativos e reedificar o templo (Is 41.2,25; 42.1a; 44.26-28; 45.1-7; 13,14).

Acredita-se que Ciro tomou conhecimento dessas escrituras por meio de Daniel, o que deve tê-lo impressionado muito, pois ele é chamado pelo Senhor por nome, algo registrado cento e sessenta anos antes.

Isso deve tê-lo levado a decretar a libertação e o retorno dos judeus a Jerusalém a fim de reedificarem o templo (Ed 1).

Daniel intercede a Deus pelo seu povo (Dn 9.3-19) - Ao obter esse entendimento, Daniel, antes de qualquer coisa, orou ao Senhor (Dn 9.3-19).
Deus atende a oração dos justos (Tg 5.16). Daniel era um justo.

Ele viu que os setenta anos estavam-se cumprindo. Era tempo de os israelitas voltarem para reedificar o templo.

Mas ainda estavam em cativeiro; por isso Daniel precisava orar de tal maneira que levasse Deus a agir em favor do povo.

Voltei o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco, e cinza” (Dn 9.3).

Daniel jejuou com pano de saco e cinzas. O jejum denota um encargo muito pesado, e o pano de saco e cinzas denotam um arrependimento cabal.
Daniel confessou seus pecados. “Orei ao Senhor meu Deus, confessei, e disse...” (v.4a).
Ao orarmos, primeiro devemos esvaziar-nos de todas as coisas negativas e encher-nos do espírito. Então Deus atenderá as palavras que falarmos. Essa foi a atitude de Daniel:
Ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam  os teus mandamentos; temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perversamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus
mandamentos e dos teus juízos; e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra” (vs.4b-6).
O povo cometeu pecado por não atentar às palavras dos profetas. Daniel reconheceu isso, e em nome do povo pediu perdão a Deus. “A ti, ó Senhor, pertence a justiça mas a nós o corar de vergonha, como hoje se vê; a nós, os homens de Judá, os moradores
de Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas transgressões que cometeram contra ti. Ó
Senhor, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, porque temos pecado contra ti” (vs, 7,8).
Daniel orou pelo povo e pelos líderes.  Por causa da desobediência do povo de Israel, Deus permitiu que o exército de Babilônia viesse para castigá-los.
Antes que Daniel pedisse para Deus fazer qualquer coisa, em primeiro lugar confessou os pecados do povo.
“.......Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos, e ouve; abre os teus olhos, e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos
as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.
Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome” (vs. 16-19).
Para que as nossas orações sejam atendidas e tenham eficácia, precisamos primeiramente confessar os nossos pecados. No vs 20 vemos algo precioso que nos
serve de exemplo e orientação. Daniel confessou primeiramente o seu pecado, e, depois, os pecados do seu povo Israel; ele não orou pelos seus próprios interesses, mas orou pelo monte santo de Deus.
Deus revela o futuro do seu povo (Dn 9.24-27) – Daniel orava ainda, quando chegou Gabriel, o mensageiro de Deus, que ele já conhecia de ocasião anterior (Dn 8.16), para
instruí-lo acerca dos acontecimentos que haviam de vir sobre o seu povo e sobre a sua santa cidade de Jerusalém.
A profecia das “setenta semanas”, das quais falam os vs 24 a 27 de Daniel, constitui-se numa das passagens mais difíceis da Bíblia.
Estes 4 versículos contêm um esboço profético de todo plano de Deus para com Israel desde o fim do cativeiro babilônico até o início do reino milenar de nosso Senhor Jesus Cristo.
Estas semanas são semanas de anos e não de dias (Gn 29.18,27; Nm 14.33,34).
As setenta semanas de Daniel são divididas em 3 períodos distintos:
1. Sete semanas de anos ou 49 anos.
2. Sessenta e duas semanas de anos ou 434 anos perfazendo um total de 483 anos.
3. Uma semana de anos ou 7 anos perfazendo um total de 490 anos.
No final destas setenta semanas de anos, seis coisas deveriam estar realizadas:
1.     Fazer cessar a transgressão;
2.     Dar fim aos pecados;
3.    Expiar a iniquidade;
4.    Trazer a justiça eterna;
5.    Selar a visão e a profecia;
6.     Ungir o Santo dos Santos.
O início das sessenta e nove semanas: - Foi dito a Daniel que esse período de 490 anos, estava determinado sobre o seu povo e sobre a sua santa cidade de Jerusalém (Dn 9.24).
São mencionados dois príncipes diferentes, que não devem ser confundidos: o primeiro é chamado “Ungido” (Messias), o príncipe (Dn 9.25). O segundo é designado “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26).
O começo de todo o período das setenta semanas é claramente fixado desde “a saída da ordem para restaurar e para reedificar Jerusalém”,
contando a partir daí as sete semanas de anos.
Esta ordem sem dúvida, foi dada pelo rei Artaxerxes no vigésimo ano do seu reinado, ou seja, no ano de 445 a.C., (Ne 2.1-5-8).
Aqui temos pela primeira vez o consentimento oficial para a reconstrução da capital da Judéia.
Os vs. 25 e 26 do cap. 9 de Daniel, dizem que transcorreriam sete semanas, isto é, 49 anos desde a ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o término da reedificação,
e 62 semanas, ou seja, 434 anos desde o término da reedificação de Jerusalém até o Messias, isto é, até Cristo ser morto.
Portanto, o intervalo desde a ordem para reedificar Jerusalém até a crucificação de Cristo, é de 69 semanas, que correspondem a 483 anos cumprindo-se a profecia de
Zacarias sobre a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho (Zc 9.9; Lc 19.28-44).
Então, depois das 69 semanas “o Messias, o Príncipe” será “morto” e Jerusalém será destruída novamente pelo povo do outro príncipe que há de vir (Dn 9.26).
Após esses dois importantes acontecimentos chegamos a septuagésima semana cujo início será marcado pelo estabelecimento de uma firme aliança ou tratado
entre “o príncipe que há de vir” e a nação judia, por um período de uma semana (Dn 9.27).
Em meio a septuagésima semana, “o príncipe que há de vir” rompe o seu tratado, fará cessar o sacrifício judeu e lançará esse povo num período de ira   e desolação como nunca houve desde os dias da antiguidade (Jr 30.6,7).
Os propósitos da septuagésima semana (Dn 9.27) – Existe um espaço entre a sexagésima nona e septuagésima semana que é o tempo da graça, a era da igreja,
que vai de Pentecostes até o arrebatamento da igreja e início da grande tribulação com o aparecimento do “príncipe que há de vir”.
Esse príncipe é identificado como o “pequeno chifre” (Dn 7.19-25), também identificado como “o rei feroz de cara” (Dn 8.23),
“o rei que fará segundo a sua vontade” (Dn 11.36), como “o homem da iniquidade” (II Ts 2.4-10), e como “a besta que subiu do mar” (Ap 13.1-10).
Visto que todas as alianças feitas por Deus com Israel são eternas, o Messias não pode ser aquele que fará uma aliança temporária.
Essa aliança fará com que muitos em Israel acreditem que o homem da iniquidade é o próprio Deus (Jo 5.43; II Ts 2.6).
É a proclamação dessa falsa aliança que marcará o início da septuagésima semana.
O fim desse período de sete anos trará ao fim a série das setenta semanas e introduzirá Israel nas grandes bênçãos prometidas por Deus ao seu povo.


Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
DAYER, Charles H. O Ressurgimento da Babilônia – Sinal do Final dos Tempos. SPaulo, 1995. Editora Unilit.
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética – Editora Hagnus
SCOFIELD. Bíblia de Estudo
WALVOORD. John F.Todas as Profecias da Bíblia. SPaulo, 2012 – Edit. Vida
TOGNINO, Enéas. O Arrebatamento da Igreja. SPaulo, 1970. Edições Enéas Tognino.

GILBERTO Antonio. Daniel e Apocalipse. RJaneiro, 2001 - CPAD

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