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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O Prenuncio do Tempo do Fim – Lição 09 – EBD CPAD – 4º. Tri 30.11.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 8.1,3-11

 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.

1.    Conhecer os símbolos proféticos do carneiro e do bode.
2.    Identificar a visão do chifre pequeno.
3.    Compreender o período do tempo do fim.

 CONSIDERAÇÕES
O capítulo 8 de Daniel é paralelo aos capítulos 2 e 7. A visão que Daniel teve, contudo, não é um sonho como o que foi registrado no capítulo 7.

Daniel foi transportado em espírito até Susã, e através do tempo. O profeta nos revela o marco histórico em que ocorreu a visão:

No terceiro ano do rei Belsazar; que estava em Babilônia, Deus transportou a Daniel, em espírito até Susã, capital do reino da província de Elão e junto ao rio Ulaí.

Susã era uma cidade importante mesmo depois da queda da Babilônia, uma espécie de residência de verão onde os reis medo-persas residiam por aproximadamente 3 meses durante o ano.

Neste capítulo, Deus mostra a Daniel, a queda dos dois último impérios, o medo-persa e o grego, representado pelas figuras de outros animais: Um bode e um carneiro.

Os mesmos impérios tratados no capítulo 7 e representados pelo urso (Dn 7.5) e pelo leopardo (Dn 7.6) ganham um sentido especial e particular no capítulo 8.

Os 2 outros animais, com características especiais eram um carneiro (Dn 8.3,4) e um bode (Dn 8.5-9).

Ambos eram animais poderosos, mas foram destruídos, porque ninguém pode prevalecer contra o cetro de Deus.

Neste capítulo, Deus revela a Daniel as características dos 2 impérios, o medo-persa e o grego, representados por 2 animais, “o carneiro e o bode”.

Os elementos históricos da profecia tiveram seu cumprimento no passado; porém, algumas características desses 2 impérios personificam o futuro de Israel e o que acontecerá no “tempo do fim” (Dn 8.19).

A visão do carneiro e do bode (Dn 8.3-5) – A visão do surgimento de um rei que é o protótipo do Anticristo escatológico, o pequeno chifre.

Esse pequeno chifre do capítulo 8 é diferente do pequeno chifre do capítulo 7.

O capítulo 7 fala do Anticristo escatológico, que emerge do quarto reino (o império romano).

O pequeno chifre do capítulo 8 emerge dos 4 reis oriundos da queda do grande rei grego, Alexandre magno. Este pequeno chifre é o maior protótipo do Anticristo escatológico.
Daniel ficou amedrontado e prostrado diante da visão de Gabriel, o agente de Deus que lhe revelou a interpretação da visão (Dn 8.17).

Ele caiu sem sentidos, de rosto em terra, quando Gabriel falou com ele. Daniel ficou fraco e enfermo diante dos fatos futuros que haviam de vir.

Essa visão prova que Deus é quem dirige a história. Daniel descreve o carneiro de 3 maneiras distintas.

Em primeiro lugar, fala que ele tem 2 chifres (Dn 8.3,20). Essa é uma descrição do império medo-persa que se levantaria para conquistar a Babilônia.

Na mesma noite em que o rei Belsazar fazia uma festa e profanava os vasos do templo, a Babilônia caiu nas mãos dos medo-persas.

O carneiro persa derrotou o império babilônico e tornou-se o senhor do mundo. O chifre mais alto é uma descrição do poder prevalecente dos persas na liderança do império.

Ciro, o persa tomou o lugar de Dario, o medo. Ciro tomou o controle da Média. Assim, se cumpriu a profecia.

O carneiro persa derrotou a Babilônia e, por algum tempo, tornou-se senhor do mundo.
Daniel viu sua ascensão e queda, 210 anos antes dos acontecimentos.

Em segundo lugar, Daniel diz que o carneiro é irresistível (Dn 8.3,4). A união dos medos e dos persas em um só império criou um exército poderoso que conquistou territórios:

Para o oeste, Babilônia, Síria e Ásia Menor, ao norte (Armênia) e ao sul (Egito e Etiópia).
Nenhum exército existente naquela época tinha a força e a capacidade necessárias para conter a força e o avanço dos medo-persas.

Em terceiro lugar, Daniel diz que o carneiro engrandeceu-se (Dn 8.4).
Nenhum exército naqueles dias podia resistir ou deter o avanço do reino medo-persa.

Isso levou esse reino a tornar-se opulento, poderoso e cheio de soberba. Por isso, engrandeceu-se, e nisto está a gênese de sua queda.

A visão do bode (Dn 8.5-8,21) – O bode é uma descrição profética acerca de um dos maiores líderes político e militar da história da humanidade – Alexandre Magno, filho de Filipe II, da Macedônia.

Daniel vê 4 fatos a seu respeito. Em primeiro lugar, fala da rapidez de suas conquistas (Dn 8.5,21).

Esse bode representa o império grego. As conquistas de Alexandre foram extensas e raras.

Segundo os historiadores, em apenas 13 anos, Alexandre conquistou todo o mundo conhecido do seu tempo.

O império medo-persa foi desmantelado, dando lugar ao império grego.
Em 334 a.C., Alexandre cruzou o estreito de Dardanelos e derrotou os sátrapas.

Pouco tempo depois, venceu Dario III, na batalha de Issos, em 333 a.C.
Em 331, venceu o grosso das forças medo-persas na batalha de Gaugamela.
Em segundo lugar, Daniel fala do poder deste líder (Dn 8.5).
Alexandre é descrito como o chifre notável. Foi um líder forte, ousado e guerreiro.

Era um homem irresistível, um líder carismático, com punho de aço.
Em terceiro lugar, Daniel fala dos triunfos de Alexandre sobre o império medo-persa (Dn 8.6,7).

 O poderio e a força de Alexandre são descritos na maneira como enfrentou o carneiro.
Primeiro, feri-o; segundo, quebra seus 2 chifre; terceiro, derruba-o na terra e quarto pisoteia-o.

Em último lugar, Daniel fala do engrandecimento e queda de Alexandre e seu reino (Dn 8.8).

“O engrandecimento de um império é ao mesmo tempo prelúdio de sua queda e decadência.

Quanto mais se aproxima do auge de seu poder, tanto mais está perto também de seu fim”.

O império grego-macedônio não foi uma exceção. O versículo 8 profetiza a morte inesperada de Alexandre na Babilônia em 323 a. C., exatamente quando ele queria reconstruir a cidade da Babilônia, contra a palavra profética de que a cidade jamais seria reconstruída.

Com sua morte, o império grego foi dividido em 4 partes entre seus 4 generais legionais que se tornaram reis: A Cassandro, coube a Macedônia e a Grécia no ocidente.

A Lísímaco, coube a Trácia e a Bitínia, no norte. A Ptolomeu, coube a Palestina, a Arábia e o Egito, no sul.

A Selêuco, coube a Síria e a Babilônia ao oriente. Após a morte de Alexandre e a divisão de seu reino entre esses 4 generais (Dn 8.22), o grande império grego desintegrou-se e enfraqueceu-se.

A profecia de Alexandre cumpriu-se literalmente, conforme a visão dada a Daniel, no ano 63. A.C.

Todos os vestígios do império grego caíram sobre o domínio do império romano.

O chifre pequeno (Dn 8.8,9,22) – Daniel fala sobre um pequeno chifre diferente daquele descrito no capítulo 7.

Esse pequeno chifre é apenas um protótipo daquele. Em primeiro lugar, Daniel fala sobre sua procedência.

O pequeno chifre do capítulo 8.9 não deve ser confundido com o pequeno chifre do cap. 7.8.
A origem do pequeno chifre do cap. 7.8 é o quarto império (o império romano).
A origem do pequeno chifre do cap. 8.9 é o bode, o terceiro reino (o império grego).

O pequeno chifre do cap. 8, é um personagem futuro e profético para Daniel; mas para nós, é um personagem do passado, enquanto o pequeno chifre do cap.7.8 é um personagem escatológico para Daniele para nós.

O pequeno chifre de Daniel 8.9 é o principal percursor do Anticristo escatológico.

Principal, porque muitos Antricristo precursores do Anticristo escatológico já passaram pelo mundo (Todo aquele que nega a Cristo, ou que ele veio em carne, pode ser considerado de Anticristo. 1Jo 2.18,22).

Mas nenhum reuniu em si tantas características como esse de Daniel 8.9.

Antíoco Epifânio: O protótipo do Anticristo – Esse pequeno chifre do cap.8 é o rei Selêucida, Antíoco IV, chamado de Antíoco Epifânio, que reinou na Síria entre 175 e 163 a.C.

O Anticristo escatológico imporá uma única reunião em seu reino e perseguirá e matará todos os que não o adorarem (Ap 23.12,15).

Ele se levantará em tempo de grande apostasia, como a apostasia do período do fim (2 Ts 2.3,4. E abrirá a porta para o Anticristo.

Esse rei Seulêcia, foi um feroz perseguidor dos judeus (Dn 8.4), porque os fiéis judeus do seu tempo não se prostraram diante de seus ídolos, por isso fora duramente perseguidos.

Calcula-se que 100.000 judeus foram mortos por Antíoco Epifânio.
O Anticristo escatológico também será implacável na sua perseguição aos cristãos (Ap 3.15-17).
O maior engano do fim dos tempos envolverá o culto mundial ao Anticristo. Mas o

Anticristo não subirá ao poder sozinho. Seu sucesso resultará do engano espiritual mundial provocado pelo falso profeta.

A capacidade que esse profeta tem de operar sinais milagrosos o capacitará a convencer o público mundial de que o Anticristo é o líder mundial pelo qual todos procuram.

Quando nos altos círculo políticos mundial se diz de alguém: “Esse é o Cara”, está se fazendo referência ao poder do Anticristo – “Aquele que todos esperam”.

Ap 13, apresenta 10 características identificadoras do falso profeta:

1.            Ele surge da terra (Ap 13.11).
2.            Controla assuntos religiosos (Ap 13.11).
3.            É motivado por Satanás (Ap 13.11).
4.            Promove o culto à Besta (Anticristo) (Ap 13.12).
5.            Opera sinais e milagres (Ap 13.11).
6.            Engana ao mundo todo (Ap 13.14).
7.            Dá poder à imagem da Besta (Ap 13.15).
8.            Mata todos que se recusam a adorar (Ap 13.15).
9.             Controla todo o comércio a nível mundial e local (Ap 13.17).
10.          Controla as marcas da Besta (Ap 13.17,18).


Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
DAYER, Charles H. O Ressurgimento da Babilônia – Sinal do Final dos Tempos. SPaulo, 1995. Editora Unilit.
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética – Editora Hagnus
SCOFIELD. Bíblia de Estudo
WALVOORD. John F.Todas as Profecias da Bíblia. SPaulo, 2012 – Edit. Vida
TOGNINO, Enéas. O Arrebatamento da Igreja. SPaulo, 1970. Edições Enéas Tognino.

GILBERTO Antonio. Daniel e Apocalipse. RJaneiro, 2001 - CPAD

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