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sábado, 8 de novembro de 2014

A Queda do Império Babilônico – Lição 06 – EBD CPAD – 4º. Tri 09.11.14


Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 5.1,2;22-30

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.

1. Saber a respeito do festim profano de Beltsazar.
2. Compreender que o juízo de Deus é inegociável.
3. Analisar a sentença contra Beltsazar e a queda da Babilônia.

 CONSIDERAÇÕES

No capítulo 5 de Daniel vemos o fim do império neo-babilônico, após a morte de Nabucodonosor em 562 a.C.
Seu filho Amel-Marduque (Evil Merodaque em 2Re 25.27), reinou em seu lugar e foi assassinado numa conspiração em 560 a.C, por Neriglissar
(Nergal-Sarezer – Jr 39.3), genro de Nabucodosor e um de seus comandantes.
Neglissar (556-539 a.C.), foi sucedido pelo seu filho Labasi-Marduque, que reinou somente por nove meses.
Então Nabonido, (556-539 a.C), provavelmente, também genro de Nabucodonor, assumiu o trono.
Fez campanhas militares na Síria e no norte da Arábia, onde acabou ficando por 10 anos, enquanto seu filho Belsazar, corregente, reinava em seu lugar, portanto, era o segundo no reino em Babilônia.
Nos anais da história de Babilônia, Nabonido consta como rei nesse período.
O Festim Profano de belsazar – Em Daniel 5.1-4, temos o registro de um grande banquete que Belsazar ofereceu a mil de seus grandes, com presentes e com mulheres concubinas.
O ambiente era de total libertinagem, regado a vinho e fornicação.
Belsazar mandou então trazer os utensílios de ouro e de prata, que Nabucodonosor havia tirado do templo em Jerusalém, para que neles bebessem ele e os seus que com ele estavam.
Enquanto bebiam, davam louvores aos seus deuses de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra.
Isso insultou a Deus ao extremo. Se apenas bebessem vinho e se divertissem com as mulheres, seria somente uma questão moral.
Ao profanar os utensílios do templo de Jerusalém, tocaram na administração do Deus todo-poderoso, pois tais utensílios deveria ser usados apenas no serviço e na adoração a Deus, contudo, agora estavam sendo usados para louvor de ídolos imundos.
Por isso, aquele banquete tornou-se uma afronta ao Deus Todo-Poderoso.
Em Lc 17.26, 27, vemos uma descrição semelhante: “Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do filho de homem: Comiam, bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos”.
Isso era o que Belsazar e os seus grandes estavam fazendo. Banqueteavam-se, bebiam vinho regularmente e divertiam-se com as mulheres.
O casar e dar-se em casamento descrito por Lucas, não denota algo positivo. Sabemos que o casamento é santo e determinado por Deus, mas o homem caído tornou-o anormal.
Os homens casam, divorciam-se, casam, divorciam-se e assim por diante.
A fornicação e o adultério tem prevalecido sobre o casamento normal. Tal era a situação no tempo de Noé: Permaneceram comendo, bebendo e fornicando, até o dia em que Noé entrou na arca, e vindo o dilúvio destruiu a todos.
Tal ocorreu também com Belsazar e os seus grandes. Mesmo depois da especial advertência de Deus, que veremos adiante, eles continuaram na libertinagem.
Subitamente, os medos atacaram na mesma noite e destruíram a todos. Assim será nos últimos tempos.
O irrevogável juízo de Deus – Enquanto Belsazar e os seus bebiam e louvavam a seus deuses, eis que apareceram uns dedos escrevendo na parede. Era uma cena assustadora.
Imediatamente, o rei ordenou que se introduzissem os sábios em sua presença e prometeu recompensar a quem interpretasse a escritura.
Mas ninguém foi capaz de fazê-lo, o que deixou Belsazar perturbado.
A rainha-mãe, entretanto, conhecia Daniel, do tempo de Nabucodonosor e o recomendou a Belsazar (Dn 5.10-12).
Daniel foi então ao rei, que lhe perguntou se ele era dos cativos trazidos de Judá. Disse-lhe também que ouvira dizer que nele, Daniel, estava o espírito dos deuses santos, e que nele se achava luz, inteligência e excelente sabedoria.
Por isso, pedia-lhe para ler a escritura e fazer conhecida a sua interpretação. Prometendo ainda a Daniel, que ele seria vestido de púrpura, teria cadeia de ouro ao pescoço e seria o terceiro no reino.
A promessa de que Daniel seria o terceiro no reino, explica-se pelo fato de Nabonido, pai de Belsazar, ser o primeiro, e Belsazar, o segundo.
Então respondeu Daniel, e disse na presença do rei: Os presentes fiquem contigo e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura, e lhe farei saber a interpretação (Dn 5.17).
O homem de Deus não quis os presentes do rei, pois sabia que a destruição de Babilônia era iminente.
Não obstante, fez saber ao rei a interpretação da escritura, advertindo que Deus estava prestes a julgar a nação de Babilônia, como fora profetizado pelo profeta Isaias quase 200 anos antes (Is 21.1-9).
No texto, o profeta fala da queda de Babilônia e faz menção do Elão e da Média (Is 21.2). Aponta para a conquista babilônica por Ciro.
Os caps. 13 e 14 de Isaias apresentam mais detalhes proféticos dessa queda da Babilônia (Is 13.1-4, 19-22).
Jeremias também menciona a queda da Babilônia nos capítulos 50 e 51 (Jr 50.1-3; 51.1-4). É assombroso o poder exclusivo do Todo-Poderoso de predizer o futuro, como no caso de Ciro, o conquistador de Babilônia, que, através do profeta Isaias, Deus o chamou pelo nome (Ciro). Isto, mais de um século e meio antes do nascimento de Ciro (Is 44.21).
Daniel tinha aproximadamente 85 anos quando estes fatos aconteceram. Isto para que tenhamos noção do tempo, há entre os caps. 4 e 5 de Daniel, um intervalo de um pouco mais de 30 anos.
Quando ocorriam os fatos mencionados no cap´. 5, o exército de Ciro, rei da Pérsia, já sitiava Babilônia a cerca de 2 anos.
Essa cidade, dentro de seus muros considerados inexpugnáveis, estava preparada para resistir a um sítio, por mais prolongado que fosse. Mas no fim do segundo ano de cerco, a cidade foi tomada.
A sentença contra Belsazar e a queda da Babilônia – Deus estava prestes a julgar a nação da Babilônia. Daniel relatou a Belsazar a experiência de Nabucodonosor no cap. 4, como ele havia se ensoberbecido, e como foi humilhado por Deus, reconhecendo depois, que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o governo dos homens.
Terminado o relato, Daniel disse ao rei: “Tu, Belsazar, que és seu filho [provavelmente, Neto], não humilhaste o teu coração, ainda que sabias de tudo, e te levantaste contra o Senhor do céu, pois, foram trazidos utensílios da casa dele perante ti.
E tu, os teus grandes, as tuas mulheres e as tuas concubinas, bebeste vinho neles; além disto, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está tua vida, e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste (Dn 5.22,23).
Belsazar conhecia a história de Nabucodonosor; conhecia a advertência de Deus, que caso se orgulhasse, o trono lhe seria tirado.
Mesmo assim, Belsazar não quis humilhar-se diante de Deus. Pelo contrário, se tornou soberbo e arrogante, desprezou e insultou a Deus; por isso, Deus pronunciou sua sentença sobre ele, mediante   dedos que escreviam na parede: “Mene, Mene, Tequel, e Parsin (Dn 5.25).
“Mene”, significa “contado e enumerado”, “Tequel” que quer dizer “ser pesado na balança”, e “Parsin” que significa “dividir”.
A interpretação de tal escritura por Daniel foi a seguinte: “Mene: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. Tequel: Pesado foste na balança, e achado em falta. Peres [singular de Parsin]: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas” (Dn 5.26-28).
Os setenta anos profetizados por Jeremias estava por cumprir-se. Deus, contou o reino de Belsazar e deu cabo dele; foi pesado na balança e achado em falta, isto é, não teve peso suficiente, estava muito abaixo do padrão de Deus.
Se tivesse peso, não se orgulharia; antes teria dado ouvidos à advertência de Deus a Nabucodonosor.
Na sua soberba e arrogância, confiou nos muros de Babilônia e nos seus exércitos. Por isso Deus deu cabo do seu reino dividindo-o entre os medos e os persas.
Belsazar cumpriu o que prometeu dar a Daniel e tornou-o o terceiro do seu reino. Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus e Dario o medo, apoderou-se do reino.
Dario era contemporâneo de Ciro, rei da pérsia. Nesse tempo a Média e a Persa haviam sido unificados como o império medo-persa, sob o reinado de Ciro.
Babilônia era extremamente fortificada, rodeada por um complexo sistema de muralhas duplas. A muralha externa se estendia por 24 quilômetros de cada lado e era forte e larga o bastante para permitir que carruagens trafegassem nela.
Havia torres de defesa espalhada por toda sua extensão, tornando a cidade praticamente invencível. Além disso, o rio Eufrates, que atravessava, supria a cidade com água e alimentos.
Caso a cidade fosse sitiada, poderia resistir por muitos anos. Belsazar confiava na fortaleza da cidade, e desprezou a advertência de Deus, por intermédio de Daniel, continuando na sua orgia e idolatria.
 A histórias nos conta que, para entrar na cidade, Dario desviou o curso do Eufrates e entrou em Babilônia pelo leito seco do rio, encontrando o inimigo totalmente embriagado em sua orgia.
Apoderou-se, então, facilmente da cidade que não pode oferecer resistência. Esse foi o fim de Babilônia e será o de todos aqueles que se levantarem contra Deus e o seu povo.
 Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
ARCHER .Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos. SPaulo, 2001. Editora Vida - ERICKSON. Milard J. Escatologia – A polêmica em torno do Milênio. SPaulo, 2010. Ed. Vida Nova
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais.RJaneiro, 2010. Edit. Central Gospel Ltda.
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
TOGNINO, Enéas. O Arrebatamento da Igreja. SPaulo, 1970. Edições Enéas Tognino.

GILBERTO Antonio. Daniel e Apocalipse. RJaneiro, 2001 - CPAD

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