Total de visualizações de página

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias – Lição 08 – EBD CPAD – 4º. Tri 23.11.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 7.3-8; 13,14

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.
1.    Descrever e Explicar a visão dos quatro animais
2.    Identificar o clímax da visão do profeta.
3.    Compreender a volta de Jesus à luz do capítulo sete de Daniel.

 CONSIDERAÇÕES

Os estudiosos do livro de Daniel dividem o livro em duas partes: histórica e profética.
Os capítulos 1 a 6 são identificados como históricos, mesmo contendo uma parte profética no capítulo 2.

Os capítulos 7 a 12 são tratados como proféticos. É interessante notar que os acontecimentos dos capítulos 7 e 8 antecedem os descritos nos capítulos 5 e 6.

No capítulo 6, Daniel já passava dos 80 anos de idade e no capítulo 7 ele tinha mais ou menos 70 anos.

Quando Daniel organizou o seu livro tratando das interpretações dos sonhos dos capítulos 2 e 6, e as visões que ele recebeu de Deus as separou da parte histórica.
No capítulo 7, inicia-se, essencialmente, a parte profética do livro de Daniel, o verdadeiro apocalipse do AT.

Esse capítulo 7, com a sua visão dos impérios mundiais, é paralelo com o capítulo 2 que tem os sonhos de Nabucodonosor.
O capítulo 2 apresenta 4 impérios representados por 4 figuras do mundo material.
A visão do capítulo 2, foi dada a um rei pagão, e a visão do capítulo 7 foi dada a um servo de Deus, o profeta Daniel.
A Nabucodonosor a visão revela o lado político e material dos impérios, representados na figura da grande estátua.
A Daniel, Deus revelou o lado moral e espiritual desses impérios representados pelas figuras dos 4 animais.
Os fatos são os mesmos, mas o objetivo das duas visões diferem nas finalidades.
Deus mostra a decadência desses impérios e o surgimento do reino eterno do Messias.

Igualmente, os acontecimentos preditos e profetizados nos capítulos 7 a 12, se darão em sequência cronológica.
As duas primeiras visões dos capítulos 7 e 8 se deram antes da festa de Belsazar, descrita no capítulo 5.

Porém, a visão do capítulo 9 precedeu à experiência de Daniel na cova dos leões no capítulo 6.
Já, a quarta visão de Daniel, capítulos 10 a 1          2, se deu no “ano terceiro de Ciro, rei da Pérsia” (Dn 10.1).

A visão dos quatro animais – Durante o primeiro ano do reinado de Belsazar, Deus revelou a Daniel um outro resumo dos impérios mundiais que estavam por vir.

Por meio de um sonho e visões noturnas, Daniel viu o mar revolto (representando os povos da terra). Dele, subiam 4 grandes animais “diferentes um dos outros” (Dn 7.2,3).
Os animais eram um leão, um urso, um leopardo e um outro não definido, que era “terrível, espantoso e sobremodo forte” (Dn 7.7).

Sobrepondo-se à profecia da estátua no sonho de Nabucodonosor, os animais representavam a Babilônia (o leão); a Medo-Pérsia (o urso); o leopardo a Grécia com seus 4 generais, que dividiram o reino de Alexandre, o Grande, logo após a sua morte; e Roma (o quarto animal).

O primeiro animal que Daniel viu foi um leão com asas de águia (Dn 7.4a). Esse era exatamente o símbolo usado no escudo de armas do império babilônico, o qual foi o primeiro império mundial profetizado por Daniel de 612 – 539 a.C. Portanto, esse animal se refere a Babilônia e ao seu fundador e rei, Nabucodonosor, que corresponde a cabeça de ouro da grande imagem do capítulo 2.

“Enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas  as asas” (Dn 7.4b).
No começo, o império babilônio, podia locomover-se por todos os lados, com as asas, conquistando a Assíria, o Egito e a Palestina. Mas no final, foram-lhe arrancadas as asas, perdendo, portanto, a sua mobilidade.

Isso ocorreu a Nabucodonosor no capítulo 4, quando foi julgado por Deus por causa do seu orgulho, e tornou-se semelhante a um animal do campo.
“Foi levantado da terra, e posto em dois pés como homem; e lhe foi dada mente de homem” (D, 7.4c).

Isso se refere a quando se cumpriu o tempo de sua punição, e ele se humilhou e reconheceu o domínio do Deus Altíssimo e foi-lhe restaurado novamente o reino.

O segundo animal: um urso. “Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia 3 costelas; e lhes diziam: Levanta-te, devora muita carne” (Dn 7.5).

O urso é um animal cruel que mata e despedaça.
Ele representa o império Medo-Persa, que corresponde ao peito e aos braços de prata da grande imagem do capítulo 2.
As 3 costelas que o urso trazia na boca, entre os dentes, representam 3 reinos: A Lídia, a Babilônia e o Egito.

A Pérsia – potência mundial: 539 – 333 a.C., é o segundo império mundial profetizado por Daniel.
O terceiro animal representa a Grécia – potência mundial: 333 – 63 a.C. Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo; tinha nas costas 4 asas de ave; tinha também este animal 4 cabeças, e foi lhe dado domínio (Dn 7.6).

O leopardo é um animal feroz e cruel, muito veloz e ágil. Representa o império grego macedônio de Alexandre o Grande, e corresponde ao ventre e aos quadris de bronze da grande imagem do capítulo 2.

Alexandre se movia velozmente como um leopardo, conquistando em apenas 3 anos a Ásia Menor, a Mesopotâmia, a Medo-Pérsia, o Egito e a Índia.
Essa velocidade era-lhe conferida pelas suas “quatro asas”, que representam seus 4 generais.

Aos vinte anos, Alexandre já era um grande general. Morreu quando estava no auge da sua glória, aos 33 anos de idade.
Os quatro generais, Casandro, Pitolomeu, Lisímaco e Seleuco, dividiram o império em 4 reinos.

O quarto animal representa Roma, potência mundial de 63 a.C. –  476 d.C. Este animal simboliza a Besta revelada em Ap.13.

Nele vemos um animal espantoso, terrível e sobremodo forte, símbolo do império romano (Dn 7.7).
O que caracteriza esse quarto animal é sua força e poder, ou seja, sua capacidade de destruir.

Tinha grandes dentes de ferro; devorava e fazia em pedaços, pisava aos pés o que sobejava.
Essas características sugerem a força e a insensibilidade com suas vítimas. Esse quarto animal tem 10 chifres que são identificados como 10 reis (Dn 7.24).

Ele é uma descrição do império romano.
Em 241 a.C., os romanos derrotaram os cartagineses e ocuparam a ilha da Cecília.
Em 218 a. C., as legiões romanas fizeram sua entrada na Espanha. Em 202 a. C., os romanos conquistaram Cartago.

Em 146 a.C., eles tomaram a cidade de Corinto. Em 66 a.C., Pompeu ocupou a Palestina. Em 30 a. C.,   Marco Antônio incorporou o Egito ao território romano.
Assim, antes do nascimento de Cristo os romanos tinham praticamente o controle do mundo conhecido.
O império romano experimentou séculos de glória e esplendor. Mas em 476 d. C., os bárbaros puseram fim ao império romano no Ocidente, e, em 1.453 d.C., os turcos ocuparam a cidade de Constantinopla, pondo fim ao império romano no Oriente.

Esse quarto reino é diferente dos 3 primeiros (Dn 7.23). Os 3 foram absorvidos um pelo outro, mas o 4º. império será destruído por intervenção divina.
“A pedra cortada sem auxílio de mão”. O reino de Cristo será estabelecido sobre toda a terra.

O clímax da visão profética - Um importante e novo elemento foi acrescentado nesta revelação.

A Daniel foi concedida a visão celestial do Filho do Homem, perante o tremendo e resplandecente trono de Deus, o Todo-poderoso, o Ancião de Dias (Dn 7.9-14).

Durante suas palavras no cenáculo, o Senhor Jesus disse aos seus discípulos que ele (o Filho do Homem) retornaria no seio de seu pai celestial que o havia enviado para morrer pela humanidade (Jo 14.1-6; 28; 16.28).

Na verdade, sua volta para a glória foi testemunhada por aqueles fiéis discípulos.
Os anjos lhes disseram: “esse Jesus que dentre vós foi assunto aos céus virá do modo como o vistes subir” (At 1.11).

Daniel pode ter testemunhado a ascensão do Senhor e sua entrada diante do trono de Deus, depois de morrer pelos pecados da humanidade.

Daniel viu: “[... eis que vinha com as nuvens dos céus, um como Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele” (Dn 7.13). Tanto a divindade como a humanidade de Cristo são vistas nas palavras que o identificam.

Era o Filho de Deus (Sl 2.7) e o Filho do Homem que havia sido profetizado.
Ser chamado de Filho do Homem, mostra que Cristo não era apenas uma divindade, mas também um ser humano (Jo 10.30; 1.1-3).

Ao Filho do homem, foi lhe dado domínio, e glória, e o reino. Para que povos, nações e homens de todas as línguas o servissem;
o seu domínio é domínio eterno que não passará. E o seu reino jamais será destruído (Dn 
7.14).

Trata-se, na verdade, de um 5º. reino, cuja duração será de 1.000 anos na história da terra (Ap 20.4-9).
Esse reino prosseguirá pela eternidade com a Nova Jerusalém e Novos Céus e Nova Terra onde habita a justiça (Ap 21 – 22 ).

Neste reino, o Messias, o Altíssimo reinará (Dn 7.18,22,25,27). “O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7.27).

A vinda do Filho do Homem – No sonho profético descrito em Dn 7, uma 11ª. ponta nascia na cabeça do quarto animal e arrancava 3 das 10 pontas existentes ali (Dn 7.8).

O vers. 24 fornece a interpretação da imagem, indicando que algum tempo depois do estabelecimento do futuro império romano revivido em 10 divisões, um décimo primeiro governante subirá ao poder enquanto os 10 governantes regionais estiverem governando conjuntamente.

O novo governante derrotará 3 destes governantes originais.
Isto significa que ele ganhará imediatamente a posição dominante de autoridade sobre o império e, em essência, se tornará o seu imperador.

Daniel 7 e outras passagens proféticas mostram que esse governante agora chamado de Anticristo será um ditador absoluto, arrogante e blasfemo, durante os sete últimos anos anteriores à Segunda Vinda de Cristo à terra.

Na metade deste período, ele se  estabelecerá como deus em um novo templo em Jerusalém (Dn 9.27; 11.36,37; 2ts 2.3,4).

Então perseguirá severamente a Israel e aqueles que se recusarem a adorá-lo (Dn 7.21,25; 9.27; Ap 13.4-8; 20.4).

O seu objetivo será trazer todo o mundo sob o seu governo, em favor do seu mestre, Satanás (Dn 11.38-45; Ap 13.1-8; 16.13-16; 19.19).

Compreendendo o número 10 – A Bíblia afirma de forma constante que o futuro império romano revivido consistirá em 10 divisões (Dn 7.7; 20.24; Ap 13.1; 17.3,7,12,16).

Diferentemente, a União Europeia é compostas por mais de 10 nações. Considerando isto, como tal organização poderá cumprir a revelação bíblica a respeito de um futuro império romano revivido?

Uma solução é que algumas nações deixem o grupo. Uma segunda solução pode ser encontrada no crescente foco da Europa nas regiões, e não em nações separadas.

Em outras palavras, pode ser que o número “10” bíblico seja uma referência a 10 regiões e não a 10 nações. Somente o tempo poderá dizer.

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
WALVOORD. John F.Todas as Profecias da Bíblia. SPaulo, 2012 – Edit. Vida
TOGNINO, Enéas. O Arrebatamento da Igreja. SPaulo, 1970. Edições Enéas Tognino.

GILBERTO Antonio. Daniel e Apocalipse. RJaneiro, 2001 - CPAD

Nenhum comentário:

Postar um comentário