Subsídios
para o Ensino da Lição: Pr. João
Barbosa
Texto da Lição: Tiago 3.1-12
I -
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Analisar
a responsabilidade dos mestres na igreja.
- Conscientizar-se
a respeito da capacidade da língua.
- Rejeitar a
possibilidade de alguém utilizar a língua de modo ambíguo.
CONSIDERAÇÕES
- Citações
da Bíblia Sagrada: Tradução King James
Atualizada (KJA).
A seriedade dos mestres – A
disciplina da fala (Tg 3.1-2) – Que
efeito as nossas palavras têm sobre aqueles que nos ouvem? Nossas palavras
estão saturadas de amor? Estamos controlando nossa ira, e especialmente nossa
língua?
Davi tinha
consciência de que sozinho não podia refrear sua língua, assim ele podia pedir
para Deus o ajudar a orar com sinceridade: “Põe
guarda Senhor à minha boca; vigia a porta dos meu sábios” (Sl 141.3).
Em primeiro
lugar Tiago se dirige aos mestres e a todos aqueles que assim se intitulam ou
têm essa pretensão, ao afirmar: “Caros
irmãos: Não vos torneis muitos de vós mestres, porquanto sabeis que nós, os que
ensinamos, seremos julgados com maior rigor.
Afinal, se alguém não peca no falar, tal
pessoa é perfeita, sendo igualmente capaz de dominar seu próprio corpo” (Tg 3.1,2).
Já no
primeiro capítulo de sua epístola Tiago introduz o tópico do uso da língua. “Sabeis, estas coisas, meus amados irmãos.
Todo homem pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se
irar” (Tg 1.19).
“Se alguém supõe ser religioso, deixando de
refrear sua língua, antes engana o próprio coração, sua religião é vã” (Tg
1.26).
Esse
assunto é extremamente importante para Tiago, mas do que qualquer autor que
trate deste assunto. Tiago adverte claramente sobre os perigos de uma língua
descontrolada.
Em grande
parte do capítulo 3, ele fala do refrear da língua (Tg 3.11-12). Nos capítulos
4 e 5 ele diz aos seus leitores para evitarem maldizer uns aos outros e falarem
a verdade.
As palavras
que falamos influenciam aqueles que nos ouvem e, com essas palavras ensinamos
outras pessoas. Assim, nós que somos mestres, devemos saber o que dizer, pois
de acordo com Jesus, toda palavra frívola que proferir os homens dela daremos
conta no dia de juízo (Mt 13.36).
O NT
incentiva as pessoas a tornarem-se mestres das boas novas. Jesus ordena que
façamos discípulos de todas as nações e as ensinemos (Mt 28.19,20).
E o escritor
aos Hebreus repreende seus leitores por não haverem se tornado mestres depois
de um período longo de treinamento (Hb 6.12).
Não somente
os judeus do tempo de Jesus (Mt 23.7), mas também a igreja primitiva, davam
grande proeminência ao ofício do ensino. Um mestre tinha autoridade e
influência, e muitas pessoas procuravam obter essa posição.
Tiago adverte seus
leitores a não desempenharem o papel de mestre ao menos que estejam plenamente
qualificados.
“Qualquer pois, que violar um destes menores
mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no reino dos céus;
aquele porém que cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”
(Mt 5.19).
Portanto,
ensinar é uma grande responsabilidade com consequências duradouras, pois no dia
do julgamento Deus pronunciará o veredito (Rm 14.10-12).
A capacidade da língua Tg 3.3-8 – Tiago compara a língua do homem ao freio na boca dos cavalos, ao
pequeníssimo leme de um navio, à fagulha que põe em brasa uma grande floresta.
Exemplos:
1) “Freios na boca de cavalos” – As ilustrações tiradas da vida
quotidiana revelam que Tiago era uma pessoa que vivia próximo a natureza.
Por outro
lado, essas ilustrações eram um tanto comum, e, sem dúvida circulavam em forma
de provérbios passados de uma geração para outra.
O ponto de
comparação, porém, é que um freio relativamente pequeno controla um animal
grande. Então, se o homem controla cavalos potentes com pequenos freios
colocados na boca desses animais, ele certamente deve ser capaz de controlar
sua própria língua. Os pontos de comparação são, a boca e o corpo.
2) “Um leme
muito pequeno” – O segundo exemplo é ainda mais instrutivo, especialmente
quando consideramos o espanto e admiração com o qual os judeus viam o poder
natural do mar.
Apesar de
estarem à beira do Mediterrâneo, os judeus nunca foram um povo marítimo. Para
os judeus daquela época, alguns navios eram, de fato, impressionante.
Navios
enormes carregavam grande quantidade de cargas e muitas pessoas, como fica
evidente pela descrição que Lucas faz da embarcação que conduzia Paulo à prisão
em Roma, e que naufragou (At 27).
“Ou tomem
como exemplo os navios”, escreve Tiago: Essas grandes embarcações à vela,
movida por ventos fortes, são governadas por lemes muito pequenos.
O homem
controla a direção da embarcação ao utilizar a força do vento ao seu favor e ao
fazer virar o leme do navio. O leme é uma parte muito pequena da estrutura do
navio, entretanto é essencial para seguir o curso que o piloto tem em mente.
Note que
não é o vento forte, mas o piloto, que determina a direção do navio. O
contraste está na pequenez do leme e no tamanho do navio.
Portanto,
se o homem é capaz de controlar o curso de uma embarcação marítima com o leme,
ele deve ser capaz de controlar sua própria língua.
O freio, o
leme e a língua têm a mesma característica. São pequenos e ainda assim
conseguem realizar grandes coisas.
“Vejam como
uma enorme floresta é incendiada por uma pequena fagulha” – Esse é o terceiro
exemplo e num certo sentido o melhor dos três.
Uma fagulha
é suficiente para incendiar toda uma floresta, onde carvalhos imponentes,
mognos, cedro majestosos e pinheiros são reduzidos a tocos horríveis de madeira
queimada.
Essa única
fagulha pode, normalmente, ser atribuída ao descuido e negligência humana. Eis
a aplicação das três ilustrações: O freio do cavalo, o leme do navio, e a
fagulha na floresta.
“A língua
também é fogo”. Tiago escreve: A língua também é fogo, um mundo de perversidade
entre as partes do corpo.
Ele compara
a língua ao fogo no sentido de que essa está fora do controle e devora tudo que
é combustível e encontra-se no seu caminho (Sl 120.3,4; Pv 16.27).
“A língua é
incendiada”. Tiago usa a palavra inferno com uma conotação hebraica: geena, o vale do filho de Hinon, nas
cercanias de Jerusalém (Jr 125.8; 2Re 23.10; 2Cr 28.3; 33.6; Jr 19.2; 32.35).
A
princípio, geena era o lugar de
sacrifícios oferecidos a Moloque; mais tarde, era lá que se queimava lixo. Com
o tempo, o nome adquiriu outro significado.
“Nos
evangelhos, é o lugar de castigo nas próximas vidas”. Simbolicamente, a palavra
se refere ao lugar onde habita o Diabo, e para o qual são banidos os
condenados.
Nesse
versículo, fica implícito que o próprio Satanás põe em chamas a língua do ser
humano.
Tiago chega
a uma conclusão sobre o refrear da língua. Com os exemplos do freio do cavalo e
do leme do navio, ele mostrou a habilidade e capacidade do ser humano.
Agora ele
trata o ser humano como governante da criação de Deus, pois, ao homem foi dado
domínio sobre todas as criaturas que andam, rastejam, voam e nadam (Gn 1.26,28;
Sl 8.6-8).
Não podemos agir de dupla maneira
(louvor e maledicência) Tg 3.9-12 – Depois de
uma longa exposição sobre a natureza da língua, é de se esperar que muitos
membros da igreja apresentem objeções.
Eles creem
que aqueles a quem a graça de Deus tocou são capazes de controlar sua língua.
Tiago reflete sobre a incoerência do cristão ao louvar o nome de Deus e
maldizer o seu próximo.
Tiago
lembra a seus leitores sobre o relato da criação: Deus criou o homem à sua
imagem e semelhança (Gn 1.26). Ao contrário do resto da criação, o homem tem um
relacionamento especial com Deus.
Portanto, se maldizemos o homem, estamos
indiretamente maldizendo a Deus. Além disso, se maldizemos o homem, agimos de
forma contrária ao mandamento claro de Jesus: “Bendizei os que vos maldizem” (Lc 6.28; Rm 12.14).
Da mesma boca sai o louvor e a maldição. Esse
dito pode ter se originado na tradição judaico (entre o povo propenso a
pronunciar maldição contra as outras pessoas), e, portanto, era significativo
para os leitores da epístola de Tiago.
De qualquer modo, cada leitor dessa epístola
deve reconhecer a contradição entre bênção e maldição, que saem da mesma boca.
Pode da mesma fonte jorrar água doce e água
salgada? É impossível extrair da mesma fonte água potável e água não potável.
Em seguida Tiago se aproxima do seu leitor com dois exemplos conhecidos.
Geralmente, um judeu tinha sua própria
figueira e sua própria videira (1Re 4.25). Era comum ter-se oliveiras. “Pode
uma figueira dá azeitonas ou uma vinha dá figos?”
Os leitores sabem que cada espécie de árvores
frutífera tem seu próprio tipo de fruto. Figueiras produzem figos; oliveiras
produzem azeitonas e videiras produzem uvas.
O exemplo faz lembrar a pergunta feita por
Jesus no Sermão do Monte: “Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figo
dos abrolhos?” (Mt 7.16).
Tiago responde essa pergunta ao repetir as
mesmas palavras da primeira pergunta. Também de uma fonte de água salgada pode
jorrar água doce?
Se, portanto, a natureza é incapaz de ir
contra as funções para a qual foi criada, não deveria a língua do homem louvar
ao seu Criador e Redentor?
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º.
Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Eliezer de Lira e Silva).
COELHO. Alexandre e DANIEL Silas.
Fé e Obras – Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. RJaneiro,
2014. CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal – Editora CPAD / SIMON. Kistemaker. Tiago e Epístolas de
João. São Paulo. Cultura Cristã, 2006
M CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo –
Vol.6 Editora Hagnus / M CHAMPLIN. R. N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e
Filososfia – Vol.5 Editora Hagnus
/ JONES – Lloyd. Grandes
Doutrinas Bíblicas – Deus o Pai, Deus o Filho. Vol.1 São Paulo, 1977. Editora
PES
GRUDEM Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. São Paulo, 2009.
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