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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O Cuidado com a Língua – Lição 08 – 3º. Tri EBD CPAD –24.08.2014

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Tiago 3.1-12
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

  1. Analisar a responsabilidade dos mestres na igreja.
  2. Conscientizar-se a respeito da capacidade da língua.
  3. Rejeitar a possibilidade de alguém utilizar a língua de modo ambíguo.

CONSIDERAÇÕES
  • Citações da Bíblia Sagrada: Tradução King James Atualizada (KJA).

A seriedade dos mestres – A disciplina da fala (Tg 3.1-2) – Que efeito as nossas palavras têm sobre aqueles que nos ouvem? Nossas palavras estão saturadas de amor? Estamos controlando nossa ira, e especialmente nossa língua?

Davi tinha consciência de que sozinho não podia refrear sua língua, assim ele podia pedir para Deus o ajudar a orar com sinceridade: “Põe guarda Senhor à minha boca; vigia a porta dos meu sábios” (Sl 141.3).

Em primeiro lugar Tiago se dirige aos mestres e a todos aqueles que assim se intitulam ou têm essa pretensão, ao afirmar: “Caros irmãos: Não vos torneis muitos de vós mestres, porquanto sabeis que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor.

Afinal, se alguém não peca no falar, tal pessoa é perfeita, sendo igualmente capaz de dominar seu próprio corpo” (Tg 3.1,2).

Já no primeiro capítulo de sua epístola Tiago introduz o tópico do uso da língua. “Sabeis, estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar” (Tg 1.19).

Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear sua língua, antes engana o próprio coração, sua religião é vã” (Tg 1.26).

Esse assunto é extremamente importante para Tiago, mas do que qualquer autor que trate deste assunto. Tiago adverte claramente sobre os perigos de uma língua descontrolada.

Em grande parte do capítulo 3, ele fala do refrear da língua (Tg 3.11-12). Nos capítulos 4 e 5 ele diz aos seus leitores para evitarem maldizer uns aos outros e falarem a verdade.

As palavras que falamos influenciam aqueles que nos ouvem e, com essas palavras ensinamos outras pessoas. Assim, nós que somos mestres, devemos saber o que dizer, pois de acordo com Jesus, toda palavra frívola que proferir os homens dela daremos conta no dia de juízo (Mt 13.36).

O NT incentiva as pessoas a tornarem-se mestres das boas novas. Jesus ordena que façamos discípulos de todas as nações e as ensinemos (Mt 28.19,20).

E o escritor aos Hebreus repreende seus leitores por não haverem se tornado mestres depois de um período longo de treinamento (Hb 6.12).

Não somente os judeus do tempo de Jesus (Mt 23.7), mas também a igreja primitiva, davam grande proeminência ao ofício do ensino. Um mestre tinha autoridade e influência, e muitas pessoas procuravam obter essa posição. 

Tiago adverte seus leitores a não desempenharem o papel de mestre ao menos que estejam plenamente qualificados.

Qualquer pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no reino dos céus; aquele porém que cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus” (Mt 5.19).

Portanto, ensinar é uma grande responsabilidade com consequências duradouras, pois no dia do julgamento Deus pronunciará o veredito (Rm 14.10-12).

A capacidade da língua Tg 3.3-8 – Tiago compara a língua do homem ao freio na boca dos cavalos, ao pequeníssimo leme de um navio, à fagulha que põe em brasa uma grande floresta.

Exemplos: 1) “Freios na boca de cavalos” – As ilustrações tiradas da vida quotidiana revelam que Tiago era uma pessoa que vivia próximo a natureza.

Por outro lado, essas ilustrações eram um tanto comum, e, sem dúvida circulavam em forma de provérbios passados de uma geração para outra.

O ponto de comparação, porém, é que um freio relativamente pequeno controla um animal grande. Então, se o homem controla cavalos potentes com pequenos freios colocados na boca desses animais, ele certamente deve ser capaz de controlar sua própria língua. Os pontos de comparação são, a boca e o corpo.

2) “Um leme muito pequeno” – O segundo exemplo é ainda mais instrutivo, especialmente quando consideramos o espanto e admiração com o qual os judeus viam o poder natural do mar.

Apesar de estarem à beira do Mediterrâneo, os judeus nunca foram um povo marítimo. Para os judeus daquela época, alguns navios eram, de fato, impressionante.

Navios enormes carregavam grande quantidade de cargas e muitas pessoas, como fica evidente pela descrição que Lucas faz da embarcação que conduzia Paulo à prisão em Roma, e que naufragou (At 27).

“Ou tomem como exemplo os navios”, escreve Tiago: Essas grandes embarcações à vela, movida por ventos fortes, são governadas por lemes muito pequenos.

O homem controla a direção da embarcação ao utilizar a força do vento ao seu favor e ao fazer virar o leme do navio. O leme é uma parte muito pequena da estrutura do navio, entretanto é essencial para seguir o curso que o piloto tem em mente.

Note que não é o vento forte, mas o piloto, que determina a direção do navio. O contraste está na pequenez do leme e no tamanho do navio.

Portanto, se o homem é capaz de controlar o curso de uma embarcação marítima com o leme, ele deve ser capaz de controlar sua própria língua.

O freio, o leme e a língua têm a mesma característica. São pequenos e ainda assim conseguem realizar grandes coisas.

“Vejam como uma enorme floresta é incendiada por uma pequena fagulha” – Esse é o terceiro exemplo e num certo sentido o melhor dos três.

Uma fagulha é suficiente para incendiar toda uma floresta, onde carvalhos imponentes, mognos, cedro majestosos e pinheiros são reduzidos a tocos horríveis de madeira queimada.

Essa única fagulha pode, normalmente, ser atribuída ao descuido e negligência humana. Eis a aplicação das três ilustrações: O freio do cavalo, o leme do navio, e a fagulha na floresta.

“A língua também é fogo”. Tiago escreve: A língua também é fogo, um mundo de perversidade entre as partes do corpo.

Ele compara a língua ao fogo no sentido de que essa está fora do controle e devora tudo que é combustível e encontra-se no seu caminho (Sl 120.3,4; Pv 16.27).

“A língua é incendiada”. Tiago usa a palavra inferno com uma conotação hebraica: geena, o vale do filho de Hinon, nas cercanias de Jerusalém (Jr 125.8; 2Re 23.10; 2Cr 28.3; 33.6; Jr 19.2; 32.35).

A princípio, geena era o lugar de sacrifícios oferecidos a Moloque; mais tarde, era lá que se queimava lixo. Com o tempo, o nome adquiriu outro significado.

“Nos evangelhos, é o lugar de castigo nas próximas vidas”. Simbolicamente, a palavra se refere ao lugar onde habita o Diabo, e para o qual são banidos os condenados.

Nesse versículo, fica implícito que o próprio Satanás põe em chamas a língua do ser humano.

Tiago chega a uma conclusão sobre o refrear da língua. Com os exemplos do freio do cavalo e do leme do navio, ele mostrou a habilidade e capacidade do ser humano.

Agora ele trata o ser humano como governante da criação de Deus, pois, ao homem foi dado domínio sobre todas as criaturas que andam, rastejam, voam e nadam (Gn 1.26,28; Sl 8.6-8).

Não podemos agir de dupla maneira (louvor e maledicência) Tg 3.9-12 – Depois de uma longa exposição sobre a natureza da língua, é de se esperar que muitos membros da igreja apresentem objeções.

Eles creem que aqueles a quem a graça de Deus tocou são capazes de controlar sua língua. Tiago reflete sobre a incoerência do cristão ao louvar o nome de Deus e maldizer o seu próximo.

Tiago lembra a seus leitores sobre o relato da criação: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26). Ao contrário do resto da criação, o homem tem um relacionamento especial com Deus.

Portanto, se maldizemos o homem, estamos indiretamente maldizendo a Deus. Além disso, se maldizemos o homem, agimos de forma contrária ao mandamento claro de Jesus: “Bendizei os que vos maldizem” (Lc 6.28; Rm 12.14).
Da mesma boca sai o louvor e a maldição. Esse dito pode ter se originado na tradição judaico (entre o povo propenso a pronunciar maldição contra as outras pessoas), e, portanto, era significativo para os leitores da epístola de Tiago.
De qualquer modo, cada leitor dessa epístola deve reconhecer a contradição entre bênção e maldição, que saem da mesma boca.
Pode da mesma fonte jorrar água doce e água salgada? É impossível extrair da mesma fonte água potável e água não potável. Em seguida Tiago se aproxima do seu leitor com dois exemplos conhecidos.
Geralmente, um judeu tinha sua própria figueira e sua própria videira (1Re 4.25). Era comum ter-se oliveiras. “Pode uma figueira dá azeitonas ou uma vinha dá figos?”
Os leitores sabem que cada espécie de árvores frutífera tem seu próprio tipo de fruto. Figueiras produzem figos; oliveiras produzem azeitonas e videiras produzem uvas.
O exemplo faz lembrar a pergunta feita por Jesus no Sermão do Monte: “Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figo dos abrolhos?” (Mt 7.16).
Tiago responde essa pergunta ao repetir as mesmas palavras da primeira pergunta. Também de uma fonte de água salgada pode jorrar água doce?
Se, portanto, a natureza é incapaz de ir contra as funções para a qual foi criada, não deveria a língua do homem louvar ao seu Criador e Redentor?

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Eliezer de Lira e Silva).
COELHO. Alexandre e DANIEL Silas.  Fé e Obras – Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. RJaneiro, 2014. CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal – Editora CPAD /      SIMON. Kistemaker. Tiago e Epístolas de João. São Paulo. Cultura Cristã, 2006
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Vol.6 Editora Hagnus  /     CHAMPLIN. R. N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filososfia – Vol.5 Editora Hagnus    /   JONES – Lloyd. Grandes Doutrinas Bíblicas – Deus o Pai, Deus o Filho. Vol.1 São Paulo, 1977. Editora PES

GRUDEM Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. São Paulo, 2009. Editora Vida Nova

Um comentário:

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