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quinta-feira, 30 de maio de 2013

A Família e a Sexualidade - Lição 09 - 2º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 02.06.2013

Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: 1Tessalonicenses 4.3-5; 5.23; 1Pe 1.14-16                
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Identificar algumas questões importantes sobre a sexualidade.
2.      Reconhecer o valor da pureza sexual antes do casamento.
3.      Compreender o que a Bíblia ensina sobre a homossexualidade. 

II  - REFLEXÃO BÍBLICA:
“E criou Deus o homem à sua imagem; a imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”.
(Gênesis 1.27)
III - DESENVOLVIMENTO: Segundo pesquisas na web, estudo em obras inerentes ao gênero em foco nesse tema abordado, e sobretudo o resultado de uma vivência de quarenta e seis anos ao lado de um mesmo cônjuge, resultante de um único casamento, podemos afirmar que a sexualidade é uma parte integrante de nossa personalidade e se desenvolve ao longo de toda a nossa vida.

Torna-se portanto uma fonte de comunicação e de prazer, uma forma de expressar a afetividade e uma maneira de cada pessoa descobrir a si mesma e á outra. A sexualidade abrange muito mais do que apenas o sexo genital. Torna-se a forma mais humana de convívio entre um casal (homem e mulher).

A sexualidade humana forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado dos outros aspectos da vida. A sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo.

Sexualidade é muito mais que isso. É energia que motiva a encontrar o amor, contato e intimidade, e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas um pelo outro. Tornou-se portanto, a forma mais humana de convívio entre um homem e uma mulher de acordo com o modelo bíblico.

Entretanto, regras e formas de expressão foram criadas para estabelecer os limites éticos e a vida sexual. A sexualidade faz parte do nosso dia a dia, é nossa maneira de ser e vivenciar tudo que dentro dos limites éticos e cristãos a vida possa nos oferecer. Assim, sexo tem a ver com a maneira como as pessoas expressam a sua sexualidade.

A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, noções e integrações, portanto, a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deve ser considerada como direito humano básico. A saúde sexual é a integração dos aspectos sociais, somáticos, intelectuais e emocionais que influenciam a personalidade, a capacidade de comunicação com o seu cônjuge e o amor.

O sexo é o conjunto de caracteres estruturais e funcionais segundo os quais um ser vivo se classifica como macho ou fêmea e desempenha papel específico de uma dessas condições na reprodução da espécie. No que se refere aos aspectos psicossociais da sexualidade, é dever dos pais, desde os primeiros meses, orientar o comportamento da criança para torná-lo condizente com seu respectivo sexo, fazendo com que o menino e a menina acabem por considerar-se como tais, e assim serão considerados pelos outros.

O sexo é o ato sexual propriamente dito, sendo um impulso primitivo e a sexualidade é a forma de expressar o ato e a atração sexual, pois a sexualidade está sempre ligada a circunstâncias emocionais, a cultura de cada pessoa, a educação recebida, do ambiente que habita, da cultura que o cerca e de sua personalidade.

À luz da Bíblia, sexo são as características internas e externas, que identificam e diferenciam o homem da mulher, ou, do macho e da fêmea, como dizem os dicionários. Diz a Palavra de Deus: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Deus fez “o homem” (ser humano), de modo bem claro, com a conformação heterossexual.

É interessante como Satanás engana as pessoas, fazendo-as acreditar que a homossexualidade é algo normal, que não afronta a vontade de Deus. Muitos ativistas em seus movimentos representativos usam até a Palavra de Deus como argumento para justificar sua conduta imoral.

O texto de Gênesis nos informa sobre a criação do ser humano que o criador projetou, em sua mente divina, um ser para governar a Terra, com estrutura mental e física, que se completasse com outro do sexo oposto (Gn 1.26,27). Assim, Deus FEZ um “macho” e uma “fêmea” , ambos portadores do “imago dei”, ou imagem de Deus.

O primeiro casamento foi único em sua organização, em sua natureza, e no seu ambiente. Após a criação de Eva, Deus despertou Adão de seu sono anestésico, e apresentou-lhe aquela que seria a sua companheira, na jornada da vida (Gn 2.22-24). No primeiro casamento não vemos a menor ideia que sugira nem de longe a homoafetividade, ou a homossexualidade.

Deus “formou uma mulher” da costela de Adão; este, após contemplar a beleza de sua companheira, disse: “esta será chamada varoa”. No texto, vemos Deus prevendo a união, “uma só carne”. Após o homem sair de seu lar, da companhia de “seu pai” e de “sua mãe”.

No Antigo Testamento a Bíblia exalta a pureza na vida de um jovem (Sl 119.9-11). As leis sob a castidade eram rigorosas. A moral era tão rígida, em termos de pureza sexual que, se uma jovem praticasse sexo antes do casamento seria morta. Sua sentença era a pena capital.

Fornicação (relação sexuais fora do casamento), era o mesmo que prostituição (Dt 22.20,21). Na cultura patriarcal, o homem tinha privilégios que não eram desfrutados pela mulher. A moça que fornicava era morta. 

O homem que fornicasse era obrigado a casa com a moça (Dt 22.28,29). A virgindade antes do casamento era fator crucial para mulheres no Antigo Testamento, mas aprentemente não era respeitada para homens.

No Novo Testamento, doutrinando aos coríntios, sobre a fidelidade que os cristão deverm ter a Cristo, Paulo faz alusão ao valor da virgindade no casamento (2Co 11.2). Assim se expressava o apóstolo, pois essa era a visão que ele tinha do seu dia a dia. 

Um homem deveria casar-se com uma virgem. Por conseguinte, a pureza sexual segundo o Novo Testamento é tanto para o homem quanto para a mulher. Ambos devem manter-se castos e virgens até o casamento.
IV  - VERDADE PRÁTICA: A igreja cristã deve valorizar a virgindade e preservar os costumes emanados da Palavra de Deus, e de modo bem mais consistente do que os preceitos do Antigo Testamento. Naquele contexto só quem deveria manter-se virgem era a moça.

Em Cristo, é diferente. Ele não faz acepção de pessoas. Se a moça deve ser virgem, o rapaz também. Caso não vejamos o contexto como Cristo, que não faz acepção de pessoas, seremos hipócritas e discriminadores. Diante de Deus a virgindade tem que ser, antes de tudo, espiritual. Depois, precisa ser real, tanto física como moralmente.

Para muitos incautos, o relacionamento sexual entre marido e mulher tem como único objetivo a procriação. Isso é um erro. Na Bíblia encontramos vários textos que incentivam o casal a desfrutar das alegrias conjugais como resultado de uma sexualidade bem vivida. 

Em Provérbios 5.18-23, os cônjuges são exortados a usufruir da intimidade matrimonial. Por outro lado o homem é advertido contra “a mulher adúltera”. Em seguida é incentivado a valorizar a união matrimonial e santa, exaltando sempre a monogamia, a fidelidade e o amor (Ec 9.89; Ct 4.1-12; 7.1-9).

No mundo relativista, a moral é elástica, não sendo portanto levado em consideração o valor da pureza sexual antes do casamento. Não há limites para as práticas pecaminosas. Em primeiro lugar porque esse mundo é materialista. Jesus disse que “o mundo jaz no maligno”.  Grande parte das pessoas não creem em Deus, Criador e Legislador do Universo.

Em segundo lugar porque, não crendo nEle, não consideram sua Palavra como regra de fé e conduta. Nesse contexto a moral está sujeita às mudanças de valores que ocorrem ao sabor dos acontecimentos, das políticas, dos usos e dos costumes sociais. 

Na cultura relativista não há lugar para retidão, pureza ou castidade em matéria de sexo. Tudo vale, desde que alguém entenda que é certo. Na Palavra de Deus, no entanto, os valores morais são muito diferentes.

O casamento de acordo com a Palavra de Deus é monogâmico, heterossexual e indissolúvel. E não podemos fugir desse padrão. Quanto ao ato sexual só é lícito se praticado no casamento; antes e fora do matrimônio é pecado. Que sejamos como servos do Senhor exemplo de moderação, ética e, acima de tudo, santidade e pureza em todos os aspectos de nossa vida.

Pessoas mal resolvidas na sua sexualidade podem ter sérios problemas conjugais. É importante desconstruir a ideia de que o sexo é pecaminoso e ignorar a necessidade de uma sexualidade bem vivida como já dissemos em outro contexto de estudo “o amor começa no café da manhã”.

Ou seja, sexualidade é bem estar e bom humor com o seu cônjuge o dia inteiro – como o hoje, o aqui e o agora, sendo conveniente alertar de que não tempo de casamento nem idade para se vivenciar e desfrutar dos prazeres e benefícios á saúde que a sexualidade pode resultar. 

Os cristãos devem entender que o sexo vivenciado através da sexualidade no âmbito do casamento expressa a vontade de Deus para um matrimônio feliz.



                                                                       
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato).  - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                  
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE Jr. Gene Edwuard.  Tempos Pós-Modernos – Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo 1999. 1ª. Edição  Editora Cristã.
KOSTENBERGER, Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo 2011 – Editora Vida Nova
JOHNSON, Greg; YORKEY, Mike. A Segunda década do Amor: Renovando o casamento antes que os filhos saiam para viver suas próprias vidas. 1ª.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl-1. Editora Hagnos.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Educação Cristã: Responsabilidade dos Pais - Lição 08 - 2º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 26.05.2013

Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: Deuteronômio 6.1-9                
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Considerar a Educação Cristã como missão prioritária dos pais.
2.      Compreender a educação no Antigo e em o Novo Testamento.
3.      Saber da importância da Educação Cristã na família. 

II  - REFLEXÃO BÍBLICA:
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”.
(Provérbios 22.6)
III - DESENVOLVIMENTO:
A transmissão da mensagem do Pentateuco, Livros históricos da Bíblia e Salmos, destaca a importância de ensinar aos filhos sobre Deus. 

Antes de entrar na terra prometida, os israelitas foram lembrados da revelação de Deus a eles depois de deixarem o Egito e iniciarem o êxodo. 

Essa lembrança abrangia a Lei (Dt 4.1-14) inclusive os Dez Mandamentos (Dt 5.6-21); o Shema (“Ouve, ó Israel: o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” – Dt 6.4); e o maior de todos os mandamentos: 

“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (*Dt 6.5).

Em seguida os israelitas receberam a seguinte incumbência: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás sentado em casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. 

Também as amarrarás como sinal na mão e como faixa na testa; e as escreverás nos batentes da tua casa e nas tuas portas (Dt 6.6-9).

O Salmista também ressalta a importância de ensinar os filhos sobre Deus. Promete que não encobrirá deles aquilo que Deus fez em eras passadas, mas contará “às gerações vindouras sobre os louvores do Senhor, seu poder e as maravilhas que tem feito” (Sl 78.4). 

Falará dos preceitos da lei que Deus “ordenou “aos nossos pais que os ensinassem a seus filhos;

para que a futura geração os conhecesse, para que os filhos que nasceriam se levantassem e os contassem a seus filhos, a fim de que pusessem sua confiança em Deus e não se esquecessem das suas obras, mas guardassem seus mandamentos; 

e que não fossem como seus pais, geração teimosa e rebelde, geração inconstante, cujo espírito não foi fiel para com Deus” (Sl 75.5-8).

Educar é proporcionar uma formação completa ao educando: espiritual, moral e social. No Antigo Testamento, a ordem do Senhor aos israelitas era para que estes priorizassem a educação. 

Os pais tinham a responsabilidade de ensinar aos filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do povo de Israel (Sl 78.5). Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais, conheceriam a Deus e aprenderiam a temê-lo (Dt 4.9,10).

No livro de Josué lemos a respeito do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão (Js 4.20-24). Este memorial serviria para lembrar ao povo o dia em que o Senhor os fez passar a pés secos pelo rio. 

Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua história e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais. É preciso que façamos o mesmo com nossas crianças, testemunhando do poder de Deus às próximas gerações.

É preciso aproveitar cada momento para mostrarmos a nossa gratidão a Deus, de modo que o nosso exemplo de vida fale tanto quanto nossas palavras.

No Novo Testamento encontramos as sinagogas que eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da Lei.

Mesmo havendo essas escolas a educação no lar era prioritária. Jesus, como menino judeu, provavelmente participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais judaicos (Lc 2.21-24; 39-42).

Em sua pré-adolescência Jesus jás sabia a Torá, chegando a confundir os doutores no templo (Lc 2.46,47). Naqueles dias, a educação começava no lar, passava pela sinagoga e se fortalecia no templo. 

Temos também o exemplo do jovem Timóteo. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a permanecer nas Sagradas Escrituras, que havia aprendido ainda menino (2Tm 1.5,6; 3.14-17).

Na atualidade, a Escola Dominical é a maior e a mais acessível agência de educação religiosa das igrejas evangélicas. Ela auxilia todas as faixas etárias na compreensão das Sagradas Escrituras,  abrangendo do Berçário aos de Terceira Idade e até classes especiais para novos conversos.

Porém a Escola Dominical não pode ser a única responsável pela formação espiritual e moral de nossas crianças, adolescentes e jovens. 

A responsabilidade maior cabe aos pais. Aliás, a educação de nossos filhos deve começar, prioritariamente, em nosso lar, pois assim Deus recomenda em sua Palavra (Ef 6.1-4). 

Os resultados da educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis; milhares de adolescentes grávidas, proliferação das doenças sexualmente transmissíveis, aumento do número de casos de AIDS e muitas outras situações depreciativas.

IV  - VERDADE PRÁTICA:
Ao longo do Pentateuco, dos livros históricos do Antigo Testamento e dos Salmos, encontramos a consciência de que pais e mães devem transmitir sua herança religiosa aos filhos. 

A vontade manifesta de Deus para o povo de Israel ainda é a vontade de Deus para o povo da igreja nos dias de hoje.

Os pais cristãos têm a incumbência  e séria obrigação de transmitir sua herança religiosa aos filhos. Essa herança gira em torno da experiência pessoal de livramento divino do pecado, da revelação de Deus em Jesus Cristo e da morte de Cristo por nós na cruz. 

Os pais cristão devem aproveitar todas as oportunidades de tratar com seus filhos dessas questões fundamentais e passar a eles gratidão pessoal por aquilo que Deus fez.

Ainda que a criança tenha professores da Escola Dominical e outros bons mestres importantes em sua vida, os pais não devem jamais se esquivar da responsabilidade que receberam de Deus de ser a fonte principal de instrução religiosa dos filhos. 

De acordo com  Provérbios 22.6, o propósito da instrução oferecida pelos pais é inculcar sabedoria e temor do Senhor (que é o princípio da sabedoria – Pv 1.7). Filhos sábios proporcionam grande satisfação e alegria aos pais (Pv 23.24,25; 29.3,17), enquanto filhos insensatos causam tristeza (Pv 10.1), vergonha (Pv 28.7) e, em alguns casos, ruína para os pais (Pv 19.13).

As crianças são simples por natureza e precisam de instrução (Pv 1.22). São ingênuas, crédulas e desprovidas de entendimento (Pv.14.15), o que as torna vulneráveis à influências impróprias, caso seu caráter não seja treinado  (Pv 9.16). A menos que haja correção aquilo que começa como simplicidade ingênua pode se transformar em insensatez consumada (Pv 14.18), o que pode ser evitado pela devida instrução na sabedoria bíblica.

O valor da sabedoria é múltiplo e quem instrui os filhos na sabedoria lhes dá vida. Na verdade, a sabedoria, que faz parte do próprio tecido da criação (Pv 8.22-31), é a própria vida deles (Pv 4.13), ou seja, a sabedoria não é apenas um estado mental, mas sim, proteção, real do perigo e da morte. 

Em essência, os filhos precisam ser ensinados pelos pais a confiar no Senhor de todo coração, reconhecê-lo em todos os seus caminhos e não se apoiar no próprio entendimento nem imitar modelos ou assimilar influências erradas (Pv 3.5-6).

A “Educação” é dever do Estado e direito do cidadão, porém, a educação começa na família. Os pais recebem de Deus uma das mais nobres missões: educar seus filhos. 

Aqueles que amam ao Senhor e a sua Palavra vão fazer de tudo para que seus filhos sejam educados segundo os princípios bíblicos. Somente assim livraremos nossos filhos dos horrores destes últimos dias. Educar os filhos não é tarefa fácil. Deus porém confiou-nos essa tarefa e dela não podemos fugir.

Infelizmente, muitos têm terceirizado a educação de seus filhos, e isso tem enfraquecido a família cristã. Para que cumpramos essa tão nobre missão é necessário que busquemos a sabedoria que somente Deus pode conceder-nos (Tg 1.5; 3.17). 

Ainda que encontremos ajuda da igreja, a responsabilidade de educar é dos pais.

Vivemos em uma sociedade permissiva, onde faltam valores morais e éticos. 

Tanto nas escolas públicas quanto nas privadas as crianças, os adolescentes e os jovens estão em contato com filosofias ateístas, materialistas e pragmáticas. 

Ensinos nocivos à fé cristã já fazem  parte do currículo de muitas escolas, por isso não podemos negligenciar o ensino da Palavra de Deus em nossos lares. 

Os filhos são herança do Senhor. Os pais precisam cuidar dos filhos com zelo, carinho e amor oferecendo uma educação de qualidade. Não sejamos negligentes com a educação deles (Pv 22.6).



                                                                       
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato).  - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE Jr. Gene Edwuard.  Tempos Pós-Modernos – Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo 1999. 1ª. Edição  Editora Cristã.
KOSTENBERGER, Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo 2011 – Editora Vida Nova
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl-1. Editora Hagnos.

sábado, 18 de maio de 2013

O Divórcio - Lição 07 - 2º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 19.05.2013



Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
Texto da Lição: Mateus 19.3-12                
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Dissertar sobre o divórcio no Antigo Testamento.
2.      Defender como padrão o ensinamento de Jesus sobre o divórcio.
3.      Explicar o porquê do ensino de Paulo acerca do divórcio. 

II  - REFLEXÃO BÍBLICA:
“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.
(Mateus 19.9)
III - DESENVOLVIMENTO:
No projeto original de Deus para o casamento e a família não havia o plano “B” do divórcio. Este, embora admissível em caso de infidelidade, sempre traz sérias consequências à família. Por isso Deus o aborrece.

No livro de Mateus encontramos Jesus reconhecendo a existência do divórcio instituído por Moisés por causa da dureza do coração do povo (Dt 24.1-4; Mt 5.32; 19.3-12; Mc 10.2-12; Lc 16.18; 1Co 7.10-16; Rm 7.2), em caso de adultério. Sendo que o ideal monogâmico e indissolúvel do casamento permanece o mesmo do original de Genesis 2.24; Mt 19.6: “Assim não são mais dois, mais uma só carne, portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”. Se a esposa ou o esposo se prostituir e se tornar uma só carne com um adúltero ou adúltera, a razão da lei cessa, e também a lei.

O divórcio é reconhecido por Cristo, como uma exceção,  ante à prática da infidelidade, que quebra a aliança matrimonial. O divórcio é o rompimento da aliança, celebrada diante de Deus, perante um ministro ou autoridade eclesiástica, ou diante da sociedade representada pela autoridade civil, encarregada de oficiar o casamento.

Na  prática, o divórcio é a expressão marcante da falta de amor, de entendimento, de união e de fidelidade conjugal. Todo divórcio deixa marcas profundas nos que são alcançados por essa medida de caráter radical. Os que mais sofrem são os filhos que não  entendem porque seus pais não conseguem viver juntos, em amor; cuidando da missão de zelar pelo lar e pela família.

No contexto histórico e cultural do Antigo Testamento, a sociedade era patriarcal por excelência. O homem tinha hegemonia em tudo, inclusive sendo o divórcio um direito e privilégio exclusivo dele. A mulher repudiada pelo homem não era bem vista na sociedade. Mas tinha o direito de obter um documento oficial, chamado de “Carta de Divórcio”, ou de repúdio que lhe dava o direito de contrair novas núpcias.

A carta de divórcio ou de repúdio deveria ser dada em presença de duas testemunhas, e as partes estariam livres para um novo matrimônio. Aliás, o divórcio só tinha sentido se houvesse em vista um novo casamento. Se assim não fosse, por que motivo a mulher receberia carta de divórcio? Seria simplesmente abandonada. Observe-se que a mulher não tinha direito de pedir divórcio. Este era privilégio apenas, do homem, o qual poderia escolher com quem viver, inclusive possuindo mais de uma mulher, além de ter concubinas ao seu dispor.

O divórcio não faz parte dos planos de Deus. Assim como a poligamia, no Antigo Testamento, que Ele permitiu ou melhor, tolerou.  Há em alguns dos cônjuges, casos de uma gravidade tamanha, devido à práticas tão abomináveis que  até chegam a destruir o  vínculo conjugal, e na permissividade de Cristo, nesses casos excepcionais, Ele admite o divórcio. Não como regra, mas como exceção, como um “remédio amargo” para um mal maior.

O evangelho de Cristo é sábio, justo e bom. Jesus não incentiva nem aprova o divórcio, mas o permite como um meio de reparar um dano moral de consequências  drásticas, como um direito ao cônjuge que permanece fiel a Deus e ao casamento. Viver solteiro pode ser opção, mas não um estado que foi planejado por Deus.

O apóstolo Paulo enfrentou alguns dos maiores questionamentos que perturbavam a igreja cristã nos seus primórdios. Um deles, sem sombras de dúvidas foi a questão do divórcio. E ele soube posicionar-se com elevado discernimento espiritual sob a direção divina. Interpretando a doutrina de Cristo sobre o divórcio, o apóstolo dos gentios apresentou sérias argumentações doutrinárias a respeito do assunto (1Co 7.10,11).

Nos versículos citados, Paulo mostra que a vontade de Deus para o casamento é que ele seja permanente. Também mostra que, às vezes, o relacionamento conjugal se torna tão insuportável que é necessário os cônjuges se separarem, entretanto, sem divórcio formal; existem casos na sociedade em que mulheres casadas convivem dentro do próprio lar com o “marido”, como se fossem “viúvas de maridos vivos”.

A infidelidade conjugal que geralmente dá origem ao divórcio é um processo maligno que tem início na mente. Se este não for combatido, acaba por impregnar o coração, redundando em atos vergonhosos e trazendo consequências drásticas – “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4.23).

“Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avarezxa, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura”. (Mc 7.21,22). A infidelidade afasta as pessoas de Deus. A Bíblia diz que: “Os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite” (Pv 5.3).

O divórcio traz sérias consequências na própria estrutura familiar, onde os filhos acabam, além de carregarem mágoas de seus pais, levando ressentimentos e dor para suas futuras famílias. Seus relacionamentos são afetados. Por isso Deus abomina a infidelidade – a deslealdade (Ml 2.15).

IV  - VERDADE PRÁTICA:
O divórcio é um desvio do plano original de Deus para o casamento, do qual o Israel do Antigo Testamento se desviou, quebrando assim a aliança do casamento instiuída por Deus. Os primeiros capítulos de Gênesis deixam claro que Deus criou o casamento para ser permanente. Esse fato fica claro na descrição paradigmática do casamento em Gn 2.24: “Portanto, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne”.

Embora haja certa controvérsia entre os estudiosos acerca da complexidade do significado de “unir-se” e “ser uma só carne”, não há dúvidas de que Deus criou o casamento para ser permanente – “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mc 10.9). O Antigo Testamento indica que muitos desconsideraram a durabilidade do casamento como parte integrante do plano de Deus. Na verdade, o divórcio era um problema sério no início da história de Israel. De acordo com o código mosaico, o sacerdote não podia se casar com uma mulher divorciada – mesmo que ela não fosse a parte culpada (Lc 21.7).
Numa tentativa de refrear os pecados resultantes do divórcio, a legislação mosaica proibia o homem de se casar novamente com uma mulher da qual ele se divorciara e que em seguida se casara com outro homem, mesmo que o segundo marido houvesse falecido (Dt 24.1-4). A proibição é justificada pela declaração de que a mulher se torna contaminada talvez indicando que o novo casamento ilegítimo após o divórcio equivalesse a adultério.

O Antigo Testamento registra vários exemplos de divórcio e até esta prática geral no meio dos hebreus (Ed 9.10; Ne 13.23-31; Ml 2.14-16). Apesar da presença do divórcio na história de Israel, porém, o Antigo Testamento confirma que a durabilidade continuou a ser um componente do plano de Deus para o casamento. Pode-se observar isso no fato de a legislação mosaica parecer proibir especificamente o divórcio se a esposa era virgem quando o casamento foi consumado ((Dt 22.13-19, 29).

Fica evidente, também, que Deus não aprova o divórcio, pois em várias ocasiões o Antigo Testamento usa o divórcio para descrever a apostasia espiritual de Israel (Is 50.1; Jr 3.8). E o profeta deixa claro que Deus não aprova o divórcio motivado pelo ódio (Ml 2.15).

                                                                       
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato).  - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                  
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE Jr. Gene Edwuard.  Tempos Pós-Modernos – Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo 1999. 1ª. Edição  Editora Cristã.
KOSTENBERGER, Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo 2011 – Editora Vida Nova
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl-1. Editora Hagnos.