Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa e Mssª.
Laudicéa Barboza
Texto da Lição: Provérbios 5.1-5; Mateus
5.27-28
I - OBJETIVOS
DE APRENDIZAGEM:
1.
Reconhecer que o adultério é um grave pecado.
2.
Elencar as consequências da infidelidade conjugal.
3.
Pontuar alguns conselhos preventivos contra a
infidelidade.
II - REFLEXÃO BÍBLICA:
“O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua
alma o que tal faz”.
(Provérbios 6.32)
III - DESENVOLVIMENTO:
O adultério é um pecado de consequências
desproporcionais ao bem-estar da família. Esta, certamente, não é a vontade
divina. O tema em estudo disserta sobre os perigos da infidelidade conjugal e é
uma ótima oportunidade para todos nós fazermos uma autoanálise. A família é o
bem maior que o Senhor nos concedeu. Por isso, vale todo esforço para
aperfeiçoar o relacionamento conjugal e aprofundar o convívio com a família.
Vivemos num mundo carente de valores éticos e
princípios cristãos. Para as pessoas que não seguem os desígnios divinos, a
infidelidade conjugal é uma prática socialmente aceitável. Porém os mandamentos
divinos são eternos. De acordo com a Bíblia, o adultério é e continuará a ser
uma ofensa ao próprio Deus.
A palavra adultério vem do latim adulterium que significa “dormir em cama
alheia”. Segundo o Dicionário Bíblico Wcliffe
(CPAD), é a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é seu cônjuge.
Tal ato é um pecado gravíssimo perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto
em o Novo Testamento (Ex 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). É um ato tão grave
que no tempó da lei mosaica, a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv
20.10; Dt 22.22).
A infidelidade conjugal é um processo maligno que
tem início na mente. Se este não for combatido, acaba por impregnar o coração,
redundando em atos vergonhosos e trazendo consequências drásticas. A infidelidade
afasta as pessoas de Deus. A Bíblia diz que: “Os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é
mais macio do que o azeite” (Pv 5.3).
O pecado a princípio, pode ser até “prazeroso”
mas o preço a ser pago é muito alto; não vale a pena; traz sofrimento e muita
dor. A imoralidade sexual e a infidelidade destróem a família. Todos no lar são
afetados de alguma forma. Deus é santo e não aceita o pecado. O adultério
divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e impede as bênçãos
divinas (Is 59.1,2).
O adultério leva a morte espiritual, ás vezes até
a morte física. Quando nos afastamos de Deus morremos espiritualmente. A infidelidade conjugal fere as pessoas e destrói
a alma (Pv 6.32). O adultério aflige toda a família. Os filhos,
independentemente de sua idade, são sempre os maiores prejudicados. Em geral,
ficam decepcionados com os pais e tendem a desconfiar sempre de todos.
Alguns filhos acabam, além de carregarem mágoas
de seus pais, levando ressentimentos e dor para suas futuras famílias. Seus
relacionamentos são afetados. Por isso Deus abomina a infidelidade – a deslealdade
(Ml 2.15).
IV - VERDADE PRÁTICA:
É preciso vigiar para não sermos
absorvidos pelo processo maligno do adultério que começando na mente acaba no
coração, onde tudo se torna irreconciliável e propício às ações vergonhosas por
ele desencadeadas. Tomemos muito cuidado com o que vemos e pensamos (Sl 101.3;
Fp 4.8). Enfim, vigiemos e oremos constantemente para não cairmos nas astutas
ciladas do Diabo (Ef 6.11). Jesus ensinou-nos a respeito da vigilância e da
oração (Mt 26.41).
Entretanto, o lado humano da vida é tão
importante quanto o espiritual. Temos que usar estratégias humanas. Não adianta
somente orar e vigiar. Se não houver ações, gestos e atitudes humanas, necessárias
para um bom relacionamento conjugal, o fracasso do matrimônio poderá ocorrer.
São muitas vezes procedimentos simples como um beijo,
uma declaração: “Eu amo você”, um toque leve de carícia no dia a dia, um
sorriso companheiro, a participação nos afazeres e administração financeira do
lar que se tornam indispensáveis e necessárias para um bom relacionamento
conjugal, e que representam e se constituem verdadeiros baluartes contra a
infidelidade sorrateira, que é usada pelo Maligno para destruir casamentos,
lares e famílias.
Cabe aos cônjuges buscarem a presença de
Deus e não desprezar o outro. Sem a
presença de Deus o casal torna-se vulnerável às investidas do Maligno. Todavia,
a comunhão com o Senhor por intermédio da oração, da leitura da Bíblia e do
jejum, além de fortalecer-nos, ajuda-nos a ter um um bom relacionamento com o cônjuge.
A presença divina ajuda-nos a suportar as crises.
O marido deve amar a esposa, assim como a esposa
precisa amar o marido (Ef 5.22,23). A falta de amor prejudica o casamento e
abre brechas à deslealdade. O amor entre os cônjuges deve ser incondicional,
assim como o de Cristo pela igreja. Tal amor é um antídoto contra a
deslealdade. É preciso ser prudente e evitar o mal. Jesus ensinou os discípulos
a terem uma atitude de prudência e sensatez diante das tentações (Mt 10.16;
26.41).
Diante do pecado fujamos! (1Ts 4.3). Resista ao
Diabo. O inimigo sabe que a área sexual e sentimental é um ponto sensível (e
fraco) para muitas pessoas, notadamente os jovens. Ele ataca muito nessa área.
Mas é possível resistir e vencer (1Pe 5.8,9; Tg 4.7). Exemplo notável é o de
José na casa de Potifar. Resistiu e venceu, ainda que tenha pago um preço terrível.
Mas ao final Deus o recompensou de forma gloriosa (Gn 41.38-43).
Cuidar da parte sexual no matrimônio (1Co 7.3,5),
é importante para o equilíbrio espiritual, emocional e físico do marido e sua
esposa. Quando o casal não vive bem nessa parte, o Diabo procura prejudicar o
relacionamento, a fim de destruir o casamento e a família.
Fujamos dos desejos ilícitos (2Tm 2.22; Pv 3.7;
22.3). Os esposos mais jovens são mais visados pelas tentações do sexo; o Diabo
aproveita-se dos problemas do casal para investir na infidelidade. Todavia, os
de mais idade não estão imunes a pensamentos pecaminosos. A batalha contra as
tentações está na mente, nas emoções, nos sentimentos; é preciso guardar o
coração – a mente (Pv 4.32), o pensamento deve ser levado cativo (2Co 10.5) e
precisamos renovar o nosso entendimento (Rm 12.1-3).
Usemos os recursos da tecnologia de forma
equilibrada. A televisão e a internet são invenções extraordinárias quando usadas
a serviço do bem. Por elas mensagens edificantes podem chegar a um número
infinito de pessoas. Mas também por ela, o Diabo pode entrar nos lares e nas
mentes de outra infinidade de pessoas. Pesquisas mostram que onde chega o sinal
de determinadas emissoras, com a transmissão de novelas, o número de separações
de casais aumenta.
Muitos casais estão prejudicados em seu
casamento, por causa do vício de um cônjuge que se deixa escravizar pela
internet nos contatos virtuais ilícitos. Há muitos viciados em sexo virtual, em
pornografia e em relacionamentos com pessoas estranhas, o que equivale ao adultério
segundo ensino de Jesus (Mt 5.28). Tomemos a acertada decisão do Salmista que
declara no Salmo 101.3 – “Não porei coisa má diante dos meus olhos”.
Honre o seu cônjuge. Há maridos que se
envergonham de suas esposas. O profeta Malaquias advertiu ao povo de Deus, para
que ninguém fosse desleal com a mulher da sua mocidade (Ml 2.15). Envelhecer
junto à mulher amada é um privilégio. Também há mulheres que com o passar do
tempo, deixam de se interessar e honrar seus maridos. A Bíblia, porém,
recomenda a esposa a reverenciar o marido (Ef 5.33).
Marido e mulher, honrem o seu cônjuge dando-lhe o
apreço necessário. Ter apreço significa
vê-lo como algo valioso. A Palavra de Deus nos diz: “Onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração”
(Lc 12.34). Se o seu cônjuge é o seu tesouro, ou seja, uma jóia que você
protege e zela com carinho e respeito, o adultério não terá vez em sua vida. Não
busque jamais beber água em outra cisterna (Pv 5.1-23).
Para termos uma vida conjugal bem sucedida
precisamos investir diariamente em nosso relacionamento. É necessário orar, vigiar
e demonstrar afeto, apreço, investir no diálogo franco e não abrir mão do
respeito. A maioria dos fracassos conjugais é o resultado da falta de
intimidade emocional. Se os dois não se conectam em um nível sentimental, lutarão
entre si. Nuna devemos esquecer de que o amor começa no café da manhã.
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato). - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2007
LIMA,
Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro
2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE
Jr. Gene Edwuard. Tempos Pós-Modernos –
Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo
1999. 1ª. Edição Editora Cristã.
KOSTENBERGER,
Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São
Paulo 2011 – Editora Vida Nova
CHAMPLIN.
R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.
CHAMPLIN.
R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl-1. Editora
Hagnos.
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