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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Tema a Deus em todo Tempo - Lição 13 – 4º. Tri EBD CPAD - 29.12.2013

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Eclesiastes 12.1-8     
  
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.           Saber que somos criatura; Deus, é o Criador.
2.          Explicar os dois grandes momentos da vida (juventude e velhice).
3.           Guardar os mandamentos do Senhor e praticar a sua justiça.

II  - INTRODUÇÃO: A palavra portuguesa vida vem do termo latino vita, uma palavra de sentido amplo, que pode indicar qualquer tipo de vida física ou espiritual. Essa palavra também pode ser usada para indicar “maneira de viver”, ou seja, vida metaforicamente compreendida; também pode estar em foco a alma.

No campo da teologia, entretanto, a vida é sempre uma realização espiritual, derivada da fonte divina, se for verdadeira vida. Inúmeros sinônimos hebraicos aramaicos e gregos significam vida na Bíblia, tai como: carne, corpo, sopro, alma, sangue etc. Sem definir vida, a Bíblia pressupõe em toda parte, que a vida vem de Deus.

Somente ele é o Deus vivo (1Sm 17.26; Is 40.18-26; At 14.15) que tem a vida em si mesmo, em comparação com ídolos que não possuem vida (Is 41.21-24; Jr 10;1-6; 1Tm 6.16). Ele é a única Vida não criada que cria a vida pela sua palavra (Gn 1.1,24; Ap 4.8-11).

Deus dá vida e a tira (Gn 6.3,7; Dt 32.39; 1Sm 2.6; Os 1.10). então, a vida é sagrada (Ex 20.13). Deus define a vida por meio de sua palavra. A vida humana é frágil e finita, mas a palavra de Deus permanece para sempre (Is 40.6-8). Jesus disse: “Eu sou o caminho e a verdade e a vida...” (Jo 14.6; 5.26).

A vida é muitas vezes retratada em termos de duração e qualidade. A vida é boa quando é longa, próspera e vivida diante de Deus em paz. A vida de qualidade é um tema destacado no livro de Provérbios (Pv.8.35). A sabedoria define e direciona ao caráter ético da verdadeira vida.

Deus é a fonte de toda a vida porque só ele tem vida necessária ou vida independente. Isso significa que somente Deus tem uma vida que se gera e sustenta a si própria, e que não depende de quem quer que seja para o seu começo ou continuação.

A expressão vida necessária destaca o fato de que ela é imperiosa, sendo o tipo de vida que não pode cessar de existir. Toda e qualquer outra vida é contingente, e não necessária, o que significa que depende da vida necessária de Deus para poder existir.

III – DESENVOLVIMENTO
1 Uma verdade que não pode ser esquecida – Somos criaturas de Deus. O livro de Eclesiastes inicia o capítulo 12 com uma exortação: “Lembra-te do teu Criador”. Uma das doutrinas bem definidas na Bíblia é a da criação por Deus de todas as coisas. Deus é o Criador, e o homem como um dos seres viventes é a criatura  (Gn 2.7).
Salomão exorta os jovens a se lembrarem do seu Criador nos dias de sua mocidade. Muitas vezes, os jovens agem como se fossem viver para sempre. Por isso, em Eclesiastes 12 há uma alusão a terceira idade alertando os jovens: 
“Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias e os anos dos quais venhas a dizer não tenho neles contentamento”.Com certeza há muitos idosos que não estão nas condições dessa passagem.
 Deus não nos criou porque precisasse de nós para lhe fazer companhia; Deus nos criou para sua própria glória. Na análise da independência divina observamos que Deus se refere a seus filhos e filhas das extremidades da terra como “.....aquele que criei para minha glória” (Is 43.7).
A passagem das Escrituras que deve ser considerada no estudo da criação do homem e da mulher estão em Gn 1.26-30 e 2.7-25. Estas passagens são consideradas como base e fonte de numerosas outras passagens nas Escrituras que se referem à origem da criação do homem por Deus (Gn 5.1; 6.7; 9.6), falam da criação da humanidade.
Moisés, enfatizando aos israelitas que só Deus é Deus e Senhor, referia-se ao dia em que Deus criou o homem na terra (Dt 4.32). Davi cantou sobre Deus ter feito o homem e o haver colocado na mais alta posição real na criação (Sl 8).
O escritor de Eclesiastes chama jovens, homens e mulheres para se lembrar de seu Criador (Ec 12.1). Isaias se refere repetidamente à criação da humanidade por Deus (Is 43.7, 15; 45.12; 54.16). 
O profeta pós exílico Malaquias, exortou o remanescente de Israel a lembrar-se de que todos nós temos um Pai; um Deus que nos criou (Ml 2.10). Paulo escreveu sobre Deus o criador dos seres humanos (Rm 1.20,25). E observou ao escrever aos Efésios que eles foram criados à imagem de Deus (Ef 4.24; Cl 3.10). O testemunho das Escrituras é claro – Deus criou o homem e a mulher, Adão e Eva.
Genesis 1.1 é majestoso e abrangente. É majestoso por várias razões. Na sua referência ao tempo – “no princípio” é dada ao leitor uma formidável visão do antes do tempo, do começo do tempo, e do que marcou o começo do tempo.
É insinuado que, antes do tempo Deus era; ele era ativo no começo do tempo. Foi então que Deus trouxe a existência o cosmo; de acordo com o Apocalipse de João, será dada ao cosmo sua mais completa e mais perfeita forma, quando o tempo terminar, na consumação. Assim Gn 1.1, abre diante de nós uma tremenda extensão de tempo em uma formidável e majestosa sena.
 2. Os dois grandes momentos da vida –  A juventude não é simplesmente aquela etapa da vida que corresponde a uma pequena quantidade de anos. Como dom de Deus, a juventude é um período em que deve ser produzido frutos para a vida da família, da sociedade e da igreja; é o tempo  da busca do amor e da elaboração dos grandes projetos.
A juventude é também o tempo de procura e respostas para as grandes questões da vida: No evangelho de Mc 10.17 um jovem pergunta a Jesus: “Bom Mestre, o que farei para herdar a vida eterna? O evangelho é a resposta certa para todas as perguntas, quando Jesus afirma em Jo 14.6 “...Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim”.
Deus quer que o seu povo se alegre e que os jovens desfrutem da sua juventude.  Mas todo esses regozijo deve ser moderado pelo reconhecimento de que Deus responsabilizará cada um por seus atos pecaminosos.
Se o jovem permitir que sua vida espiritual degenere  em mediocridade e na prática de coisas pecaminosas, o resultado será aflição e sofrimento no presente, e julgamento no futuro.
Uma vida sem Deus pode produzir amargura, solidão e desespero na velhice. Uma vida centrada em Deus pode ser mais interessante e mais tolerável, mesmo quando estivermos diante da incapacidade, das enfermidades ou em desvantagens. Ser jovem é excitante, mas o vigor da juventude pode vir a ser um obstáculo para a pessoa ter intimidade com Deus se ela entregar-se a prazeres passageiros e não atentar para os valores eternos.
O jovem deve colocar o seu vigor à disposição de Deus enquanto ele o possui. Não deve desperdiçá-lo em atividades sem sentido, cujas, tornarão seus hábitos ruins e sua vida insensível à voz de Deus. Deve buscá-lo agora.
Buscar a Deus nos dias da juventude é a exortação do Pregador (Ec 12.1; 11.9,10). O Pregador instruiu os jovens a aproveitar a vida mas também lembar-se que o dia do juízo iria chegar.
A velhice  - Os dias difíceis de Ec 12.1, talvez se refiram aos tempos de tribulação ou das enfermidades da velhice. Uma série de metáforas é utilizada para descrever as características da velhice (Ec 12.2-6) – “A velhice como o inverno da vida é um tempo de escuridão” (v.2)  .
“Os guardas da casa representam os braços” (v.3) – “Homens fortes, sugerem as pernas” (v.3) – “Moedores, são os dentes” (v.3)  – “E as janelas, representam os olhos” (v.3) – As portas, podem representar os lábios ou os ouvidos” (v.4) – Filhas da música, deve ser uma referência as mulheres cantoras” (v.4; 2Sm 19.35).
O versículo também pode sugerir que o homem idoso retratado não conseguia mais cantar, emitindo apenas gemidos melancólicos. Muitas vezes o medo acompanha a velhice. – “Floresce a amendoeira é uma referência ao cabelo branco dos mais idosos” (v.5) –
“A casa eterna, é o túmulo, indicando o caráter definitivo da morte” (v.5) – “Os pranteadores, indicam um funeral” (v.5). Há quatro referência à morte, todas simbolizando a vida que fluiu e terminou com a morte” (v.6):
1ª.“Antes que se quebre a cadeia de prata, refere-se a um fio físico espiritual que prende o espírito ao corpo, uma forma de energia que se parece com uma corrente de prata, corda fina que liga o corpo físico ao corpo espiritual e imaterial, ou espírito-alma”,
2ª. “E se despedace o copo de ouro, se refere a morte cerebral”; 3ª. E se despedace o cântaro junto à fonte, se refere ao coração, quando ele pára”, 4ª.E se despedace a roda junto ao poço; quando os pulmões deixam de funcionar”. Quando acontece tudo isso, então: “O pó volta à terra como o era, e o espírito retorna a Deus que o deu” (Ec 12.7).
3. As diferentes dimensões da existência humana – A Escritura não vê nosso corpo como sendo algo mau ou ruim. Pelo contrário, a Bíblia mostra que a nossa dimensão temporal é tão importante quanto a espiritual. Devemos pois, cuidar do nosso corpo e fazer uso dele para a glória de Deus (1 Co 6.12-20).
A real importância da dimensão corporal do homem não tem sido bem entendida na nossa cultura ocidental. Isso se deve à influência da cultura grega que herdamos. Para os gregos, que se valiam de métodos metafísicos nas suas análises antropológicas, a parte mais importante do homem, para eles, era a alma e não o seu corpo.
Todavia, os judeus tendo em Filo de Alexandria o seu expoente maior, e o cristianismo Paulino, já via o homem nas dimensões: somática (corpo); psíquica (alma) e espiritual (espírito) – espiritual e psíquica: Se por um lado possuímos uma dimensão corporal, por outro, Ec 12.7 revela também que possuímos uma outra dimensão, a espiritual (Ec 12.7; Gn 2.7; 3.19). Temos assim duas dimensões que dependem uma da outra. Por isso se diz que o homem é um ser integral, constituído de espírito, alma e corpo (1Ts 5.23).
4. Prestando conta de tudo – Salomão começou Eclesiastes com com uma avaliação negativa da vida como vaidade, algo irrelevante, mas no fim ele concluiu com um sábio conselho, a indicar onde se pode encontrar o sentido da vida.
No temor de Deus, no amor a Ele, e na obediência aos seus mandamentos, temos o propósito e a satisfação que não existem em nada mais.
Todas as pessoas comparecerão diante do Senhor e serão julgadas pelo que fizeram. Não serão capazes de usar as contradições da vida como desculpas por terem fracassado em agir corretamente.
Que a leitura de Eclesiastes possa ajudar-nos a: 1. Reconhecer que o esforço humano sem a presença de Deus é inútil; 2. Colocar Deus em primeiro lugar a partir de agora; 3. Receber todas as coisas boas como dádivas de Deus; 4. Compreender que Deus julgará a todos, que tenham vivido de um modo bom ou mal (2 Co 5.10).
IV – CONCLUSÃO:  Os lados presente e futuro da vida.  Poema de Gióia Júnior. São Paulo.
Eterna Juventude
Senhor, o tempo foge aos arrancos, Vai-se o brilho do olhar, vem os cabelos brancos.
A mocidade passa e, sem que se pressinta, a velhice depois é uma figura extinta...
O tempo esmaga o corpo, aperta a fronte, encurva
A coluna de prata e torna a baça e turva a nitidez azul do espaço indefinido...
O olhar, indagador, misterioso, atrevido, que alcança a curva ideal da imensidão que abriga
É como um círio aceso e que depois se apaga... Não quero envelhecer, quero esta agilidade
Em sublime, perpétua, heróica mocidade... Quero voltar, Senhor, ao meu desembaraço
Que sorvia num salto a vertigem do espaço. Revivescer! Ressuscitar! Felicidade!
Sentir recuperada a antiga agilidade... Romper com a manhã sem preconceitos falsos
O cabelo revolto, os pezinhos descalços... O corpo é como o bronze – o tempo, num momento
Transformas, desfigura o altivo monumento! Senhor, cuida de mim, esperança imortal,
Quero revivescer na vida espiritual. Quero ressuscitar, sepultar o homem velho,
E ser um porta voz da nova do evangelho... satisfaz esta sede imensa de verdade,
Transforma numa glória a minha mocidade; Deus do bem e do amor, da paz e da verdade,
Conserva para sempre a minha juventude!


Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Pr. José Gonçalves).
Bíblia de Estudo Pentecostal –  Bíblia de Estudo da Mulher –  Bíblica de Aplicação Pessoal
READMACHER. Early D. O Novo Comentário do Antigo Testamento. Rio de Janeiro, 2010. 1ª. Edição
CHAFER. Teologia Sistemática – Vls. 1,2 – São Paulo, 2008. 2ª. Edição -Editora Hagnus. R, Early D.
DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia – Ampliado e Atualizado. São Paulo 2005 – 1ª Edição. Editora Hagnos.
GONÇALVES, José. Sábios conselhos para um viver vitorioso – Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Rio de janeiro, 2013, 1ª. Edição
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. V.4.
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. V.5
GRONINGEN. Gerard Van. Criação e Consumação – O Reino, A Aliança e o Mediador. São Paulo, 2002 – Editora Cultura Critstã
GEISLEN. l. Norman. Ética Cristã – Opções e Questões Contemporâneas. São Paulo 2010 – Editora Vida Nova.

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