Total de visualizações de página

sábado, 31 de agosto de 2013

CONFRONTANDO OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO Lição 3º. Trimestre – EBD CPAD – 01.09.2013

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa da Silva
Texto da Lição: Filipenses 3.17-21

I    -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1.     Conscientizar-se a respeito da necessidade de se manter firme em Cristo.
2.     Saber quais são os inimigos da cruz de Cristo.
3.     Aprender a respeito do futuro glorioso daqueles que amam a cruz de Cristo

II  - INTRODUÇÃO
Neste capítulo do livro de Filipenses em estudo, observa-se a preocupação do apóstolo Paulo que faz uma severa advertência contra os judaizantes, denominados pelo apóstolo de “inimigos da cruz de Cristo”. Estes apregoavam o legalismo, as leis e os códigos de conduta, porém não reconheciam a cruz de Cristo.

Todavia, Paulo chama a atenção não somente a respeito dos judaizantes, mas também quanto aos irmãos que não viviam de acordo com o modelo de serviço e sacrifício de Cristo. Paulo pede aos filipenses que lutem contra estes inimigos a fim de que não venham sucumbir na fé.

Esta advertência de Paulo deve ser levada a sério pela igreja de hoje, pois atualmente também muitos são os inimigos da cruz de Cristo. Sem sombra de dúvidas devemos estar atentos para não somente conhecê-los como também combatê-los.

III  - DESENVOLVIMENTO
1. Exortação à firmeza em Cristo (Fp 3.17). A firmeza na fé é a muralha contra as heresias dos inimigos da cruz de Cristo. O apóstolo Paulo fala aos filipenses “....estai assim firmes no Senhor” (Fp 4.1). O verbo estar significa “achar-se ou manter-se; permanecer”.

Paulo usa o verbo no imperativo “estai” ou “permanecei” em relação ao sentido de estar firme na fé recebida para poder lutar contra as astutas ciladas do Diabo (Ef 6.11,13,14). Para confrontar os inimigos da cruz, é necessário que as convicções da obra redentora por meio da cruz de Cristo sejam mais fortes que os ataques do Inimigo de nossas almas.   

Ao convocar os filipenses a observar e andar segundo o modelo, Paulo faz referência a si próprio e também aos que procediam como ele. Portanto, é como se Paulo houvesse escrito: “Andai como eu ando, imitando-me, e andai de modo a serdes imitadores de outros que andam como também eu ando”.

O pronome nós – v.17 (plural), pode referir-se diretamente a Paulo e a seus cooperadores como Timóteo, Epafrodito, e talvez, também a outros líderes cristãos conhecidos pelos crentes filipenses. Paulo haveria de mandar Epafrodito, quase imediatamente, com esta epístola aos filipenses (Fp 2.25), e Timóteo seguiria pouco mais tarde.
Os filipenses, pois deveriam dar atenção a esses dois obreiros do evangelho, desviando-se dos legalistas para que pudessem continuar seguindo a Cristo e para que pudessem mostrar-se intensos em sua inquirição espiritual.

2. Os inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18,19). Havia na igreja alguns cristãos advindos do judaísmo que não conseguiam se desvencilhar da velha religião. Queriam acrescentar a Lei de Moisés à obra da salvação realizada por Cristo Jesus. Eram coisas ligadas às leis alimentares que faziam parte da estrutura moral e social da lei mosaica.

Portanto, o apóstolo Paulo identifica aqueles judaizantes como “inimigos da cruz de Cristo”, porque eles negavam o valor da cruz de Cristo (Gl 5.11; 6.12,14). Paulo dá a resposta a esses falsos cristãos quando diz que “o deus deles é o ventre” (v.19).

Essa batalha doutrinária era travada não só em Filipos, mas em todas as igrejas da Ásia Menor, como em Éfeso, Tessalônica, Colossos, Beréia, Corinto, Antioquia e outras mais. Porém, percebe-se que naquele momento Paulo se deparava com duas frentes antagônicas e perigosas. Uma em Corinto, com um grupo que proibia o casamento (1Co 7.1), e outro grupo constituído por libertinos que defendiam a idéia de que “tudo é possível” (1Co 6.12).

Agora em Filipos, outro grupo de cristãos adotava a falsa doutrina da separação entre carne e espírito, no sentido de que entre ambos não havia choque. Com a carne serviam a carne, sem afetar o espírito, e com o espírito, serviam ao espírito sem afetar a carne.

Essencialmente, essa idéia gnóstica é refutada na Bíblia. Paulo disse aos tessalonicenses : “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, sejam conservados irrepreensíveis para a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23). Eram pessoas voltadas para o materialismo e para a satisfação carnal.

Por isso, o “deus deles é o ventre” (3.19). Paulo exorta em (Gl 5.16,17) – “Digo, porém: Andai em espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõe-se um ao outro; para que não façais o que quereis”.

A glória deles está na sua infâmia (3.19). A palavra infâmia tem várias sentidos, tai como: aquilo que fere a honra, torpeza, vileza, abjeção. Paulo sabia que aqueles falsos cristãos não tinham qualquer escrúpulo, nem vergonha. Entregavam-se às degradações morais sem o menor pudor e queriam estar na igreja como se nada fizessem.

Paulo os trata como os inimigos da cruz de Cristo, porque com seus comportamentos, a obra expiatória de Cristo passava a não ter valor algum. Esses falsos mestres eram inimigos da cruz de Cristo porque invertiam os valores e desfaziam os padrões morais estabelecidos para a igreja.

O destino deles é a perdição (3.19). A declaração de Paulo é enfática acerca daqueles que negam a eficácia da cruz de Cristo; a perdição eterna. O fim e a recompensa final daqueles que rejeitam a cruz de Cristo é perdição total, ou seja, a perda da vida eterna. O castigo dos ímpios será inevitável e eterno (Ap 21.8; Mt 25.46). Um dia eles ressuscitarão para se  apresentarem diante do Grande Trono Branco do Juízo Final, quando serão julgados e lançados no Geena – O Lago de Fogo (Ap 20.11-15).

3. O futuro glorioso dos que amam a cruz de Cristo (3.20,21). “.....mas a nossa cidade está nos céus”. Qualquer cidadão pertencente à outra cidadania passa por um processo legal de mudança de cidadania para conseguir esse direito. Paulo faz menção da cidadania celestial e declara que para obter esse direito a pessoa precisa corresponder à transformação de vida exigida.

Somente pela obra da regeneração do Espírito Santo, será possível ter direito e acesso à “cidade celestial”. A palavra “cidade” é, também, traduzida por “pátria”. Quando Paulo escrevia essas palavras estava pensando no “status” cívico de Filipos, tão importante como colônia romana.

A despeito das benesses materiais da cidade de Filipos e de tudo quanto se oferecia à sociedade, Paulo fala de uma cidade que está nos céus. Trata-se de algo superior e espiritual “de onde também esperamos o Salvador” (3.20). O ato de esperar traduz a esperança dos crentes.

Se a cidadania romana representava vantagens materiais para os filipenses, muito mais os crentes em Cristo obtêm vantagens com a cidadania celestial. Nossa esperança aponta para a cidade que está nos céus. Em breve, o Senhor Jesus virá sobre as nuvens do céu com poder e glória (Mt 24.31; At 1.9-11; 1Ts 4.16; 2Ts 1.7).

IV   - CONCLUSÃO
A cruz é o ponto convergente da fé cristã. Ou se ama ou se odeia a cruz de Cristo. Paulo como um homem sensível (3.18-21), que chora, mas não se deixa esmorecer ante a ameaça à fé dos filipenses promovida pelos falsos obreiros. Ao mesmo tempo, que vemos Paulo chorando, nós o vemos exortando á igreja a que não desanimasse e não perdesse a alegria do Espírito.

Ele faz advertências e exortações conscientizando a igreja de que a doutrina de Cristo não pode sofrer o dano das heresias dos grupos judaizantes e dos gnosticistas. Ele os trata com muito amor e respeito e os incentiva a que permaneçam firmes na fé, mantendo a alegria que a nova vida em Cristo proporciona.

No texto dos versículos 17 a 21, o apóstolo Paulo apela aos filipenses para que fiquem atentos com os falsos cristãos infiltrados no seio da igreja, que eram, de fato, inimigos da cruz de Cristo.

Muitos são os ardis do adversário para enganar os crentes e macular a Igreja do Senhor. Por isso precisamos vigiar, orar e perseverar no “ensino dos apóstolos” até a vinda de Jesus. Eis a promessa que gera a gloriosa esperança em nosso coração.


Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
 Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
LUTERO. Martinho. Nascido Escravo. São Paulo 2007 – 2ª Edição em Português. Edit. Fiel
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
CABRAL. Elienai, Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
CHAMPLIN. R. N.Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.
CAMPOS, Heber Carlos de. A União das Duas Naturezas do Redentor. São Paulo, 2004 – 1ª. Ed. Edit. Cultura Cristã.
CAMPOS, Heber Carlos de. A Pessoa de Cristo - As Duas Naturezas do Redentor. São Paulo, 2004 – 1ª. Ed. Edit. Cultura Cristã.

LEWIS, Sperry Chafer. Teologia Sistemática – Vl.1,2 –São Paulo 2008.  2ª. Ed. Editora Hagnus

Nenhum comentário:

Postar um comentário