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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A Fidelidade dos Obreiros do Senhor - Lição 06 - 3º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 11.08.2013

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: Filipenses 2.19-29               
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Reconhecer a preocupação de Paulo com a Igreja.
2.      Pontuar o modelo paulino de liderança.
3.      Inspirar-se à prática cristã com o exemplo de Epafrodito. 

II  - INTRODUÇÃO
Paulo gostaria de visitar pessoalmente os crentes filipenses; porém, conforme sabiam muito bem, não podia fazê-lo por enquanto, visto estar preso em Roma sob os cuidados da guarda pretoriana. Assim, fez a segunda melhor coisa que pode, isto é, enviou representantes.
A epístola aos filipenses, até certo ponto, foi uma espécie de apresentação daqueles obreiros, Timóteo e Epafrodito aos crentes de Filipo. Além de ser uma missiva de agradecimento que deveria ser entregue pessoalmente àqueles crentes, expressando a gratidão do apóstolo pela ajuda financeira que lhe tinham enviado, estando ele prisioneiro (Fp 4.10).
Por conseguinte, esta foi uma das principais razões, pelas quais Paulo escreveu esta epístola.  É aqui que vemos o lado intensamente pessoal da epístola, o cuidado de um pastor por suas ovelhas, a preocupação do fundador da igreja local pelos discípulos que faziam parte da mesma, os quais, por sua vez, muito se preocupavam com o bem estar do apóstolo.
Filipenses era a igreja que Paulo mais amava, da qual ele se sentia imensamente realizado. No entanto, sentia ele, que aquela igreja estava em perigo, e que algo deveria ser feito para corrigir esta situação, antes que as coisas fossem longe demais.
III – DESENVOLVIMENTO
1. A preocupação de Paulo com a igreja (Fp 2.19,20). Paulo ouvira falar dos últimos acontecimentos na igreja em Filipo; a criação de facções (Fp 1.15-17) bem como do progresso do legalismo (Fp 3.1-3), e quis saber qual a verdadeira situação reinante, tendo enviado a Timóteo e Epafrodito para agirem sob sua autoridade, a fim de corrigirem a condição anormal que ali encontrassem.
Impedido naquele momento de ir à Filipo, Paulo planeja naquele momento enviar Timóteo para levar e receber notícia dos irmãos. No capítulo anterior deste livro (Fp 2.12-18), encontramos como o apóstolo Paulo se preocupava com a igreja em Filipo sem a sua presença física para manter unida a igreja.
Não que Paulo se julgasse indispensável, mas porque a igreja era nova e precisava ser tratada como um bebê conforme podemos ler em 1Co 3.2. “Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis nem tampouco ainda agora podeis”.
Por isso ele desejava estar com os filipenses, mas não tinha certeza de que estaria vivo. A acomodar-se ao fato de estar preso e não poder estar presente em Filipo, então ele mesmo se oferecia como “libação” pela igreja, ou seja, como oferta de sacrifício pela igreja. O apóstolo Paulo deixa de focar a si mesmo e declara o cuidado de Deus com a igreja por meio da cooperação de obreiros fiéis como Timóteo e Epafrodito.
O versículo 19 revela o coração de Paulo porque mesmo não estando presente em razão de sua prisão, ele queria ter notícias dos irmãos na fé. Ele temia que a igreja ficasse exposta aos “lobos devoradores” que se aproveitavam da vulnerabilidade e fragilidade das ovelhas para devorá-las (Mt 10.16; At 20.29).
Paulo se preocupava com a segurança espiritual daquele rebanho e dava o máximo de suas forças para atender às necessidades dessas ovelhas. Paulo cita várias das funções pastorais: Amar as ovelhas, alimentar as ovelhas, resgatar as ovelhas, cuidar das ovelhas e consolar, guiar, guardar, proteger e vigiar as ovelhas.
2. O envio de Timóteo à Filipo – (Fp 2.21-24). Timóteo servira juntamente com Paulo na área de Filipo pelo que também era bem conhecido e respeitado pelos crentes filipenses. Portanto, era excelente obreiro para a tarefa que Paulo tinha em mente. Por isso também é que em  Atos 16.1-4 e 17.10,14 vemos Paulo e Timóteo partirem juntos de Derbe para Licaônia, aparecendo juntos novamente em Beréia e na Macedônia, já perto do término da segunda viagem missionária de Paulo.
Por conseguinte, Timóteo percorreu com Paulo a área inteira da Macedônia, e esteve por algum tempo em Filipo. Embora ele não seja mencionado como quem participou da experiência na prisão de Filipo, o versículo de 1Co 16.10 mostra-nos que antes de sua segunda visita à cidade de Filipo, Paulo enviou Timóteo à sua frente.
Portanto, Paulo costumava utilizar-se de Timóteo para tais missões; Timóteo, portanto, era um obreiro respeitado e digno de confiança, tanto por Paulo como peles crente filipenses; Com isto Paulo ficava seguro de que a missão desses obreiros – Timóteo e Epafrodito que era um gentio convertido ao evangelho na própria igreja de Filipo – teria sucesso.
Quando Paulo pensou em enviar Timóteo, não sabia quando exatamente o seu processo na côrte do império teria uma solução final. Por isso, o seu desejo era o de enviar Timóteo o mais breve possível, mais esperava ter melhores notícias a seu respeito.
No texto dessa escritura, Paulo apresenta dois obreiros especiais, começando com Timóteo, que ele enviaria sob sua autoridade como um obreiro qualificado para ouvir e atender ás necessidades espirituais da igreja em Filipo. Mais tarde, Paulo valoriza outro obreiro conhecido e pertencente a igreja de Filipo. Seu nome era Epafrodito que gozava de sua inteira confiança para dar notícias corretas a seu respeito.
Ele faz comparação com pseudos obreiros, como ele os trata no versículo 21, quando diz que são obreiros que não tratam das coisas que são de Cristo, mas de coisas que são apenas do seu próprio interesse. Paulo não tratava a igreja como se fosse um negócio particular, ele não tratava a igreja como se fosse um profissional. Ele tinha uma relação amorável com a igreja e se preocupava com as suas necessidades.
3. Epafrodito um obreiro dedicado – (Fp 2.25-30). Epafrodito era um obreiro da igreja de Filipo que foi enviado ao apóstolo Paulo quando este encontrava-se preso em Roma passando necessidades. A igreja cristã de Filipo enviou Epafrodito à Roma, levando uma oferta a Paulo, que, provavelmente constituíra tudo quanto ele ganhou enquanto estava ali.

O fato de que ele foi comissionado para entregar a oferta enviada pela igreja de Filipo a Paulo, isto indica que ele era um dos líderes da igreja em Filipo. Chegando à Roma, Epafrodito adoeceu e esteve à beira da morte. A cansativa viagem talvez, tenha sido um fator contribuinte para aquela situação. Na antiguidade as viagens eram perigosas e cansativas.

Em Fp. 2.30, Paulo diz que Epadrodito se dispôs a dar a própria vida a fim de desincumbir-se  de sua missão em favor de Paulo. Recuperou-se lentamente e foi enviado de volta à Filipo. Paulo o chamou de cooperador, irmão e companheiro de lutas. Descrições essas que parecem indicar que ele era pregador do evangelho e não apenas um mensageiro da igreja. Paulo enviou a Epístola aos Filipenses, pelas mãos de Epafrodito (Fp 2.25).

Epafrodito ganha espaço nas páginas do NT por ser um exemplo de dedicação à obra de Deus. O apóstolo fala dele como seu irmão, cooperador e companheiro nas lutas. Enquanto Paulo era hebreu de hebreu (Fp 3.5), Timóteo era meio judeu e meio gentio (At 16.1) Epafrodito era totalmente gentio. Existem poucas informações acerca de Epafrodito no NT. Alguns teólogos o vêem como apóstolo e pregador.

Ele é mencionado por nome porque era um obreiro fiel a Cristo, à igreja que servia e ao apóstolo Paulo que o comisionou para a obra. Por isso foi um enviado especial da igreja de Filipo para lhe dar notícias e levar uma oferta de amor para o seu sustento.

Epafrodito era um obreiro local da igreja em Filipo. Visto que nem Paulo nem Timóteo podiam viajar imediatamente para Filipo, o apóstolo Paulo contou com a cooperação de Epafrodito, que deveria voltar a Filipo, como pessoa de confiança para dar notícias à igreja. Paulo dá  testemunho acerca dele e o trata carinhosamente por seu irmão. Esse tratamento de irmão, tornou-se um excelente costume no seio da igreja primitiva.
IV – CONCLUSÃO
Na igreja primitiva logo após o pentecostes Deus começou a chamar pastores para apascentar o rebanho do Senhor. Os pastores eram os responsáveis pelo cuidado, direção e ensinamento dos novos crentes. E foram dados a igreja como dons de Deus (Ef 4.11). Esses líderes deveriam ter vidas exemplares visto seu chamado ao ministério ser de procedência divina (At 20.28).
O seu exemplo é Jesus Cristo, e o poder para realizarem esta extraordinária obra é concedido pelo Espírito Santo. Visto que estamos vivendo em um dos tempos mais difíceis da história da humanidade onde os avanços científicos e tecnológicos que este mundo jamais viu é crucial que os líderes da igreja do Senhor nesse novo tempo, sejam homens cheios do Espírito Santo.
À medida que os obreiros se empenham em levar a Palavra aos que se acham nas garras do alcoolismo, das drogas e de outras incontáveis tragédias, os pastores precisam urgentemente de poder e discernimento do Espírito Santo para ministração da Palavra, para que assim possam alcançar as ovelhas desgarradas.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
 Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
LUTERO. Martinho. Nascido Escravo. São Paulo 2007 – 2ª Edição em Português. Edit. Fiel
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
CABRAL. Elienai, Filipenses: A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
CHAMPLIN. R. N.Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.
CAMPOS, Heber Carlos de. A União das Duas Naturezas do Redentor. São Paulo, 2004 – 1ª. Ed. Edit. Cultura Cristã.
CAMPOS, Heber Carlos de. A Pessoa de Cristo - As Duas Naturezas do Redentor. São Paulo, 2004 – 1ª. Ed. Edit. Cultura Cristã.
LEWIS, Sperry Chafer. Teologia Sistemática – Vl.1,2 –São Paulo 2008.  2ª. Ed. Editora Hagnus




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