Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
Texto da Lição: 1Tessalonicenses 4.3-5;
5.23; 1Pe 1.14-16
I - OBJETIVOS
DE APRENDIZAGEM:
1.
Identificar algumas questões importantes sobre a sexualidade.
2.
Reconhecer o valor da pureza sexual antes do casamento.
3.
Compreender o que a Bíblia ensina sobre a homossexualidade.
II - REFLEXÃO BÍBLICA:
“E criou Deus o homem à sua imagem; a imagem de Deus o criou; macho e
fêmea os criou”.
(Gênesis 1.27)
III - DESENVOLVIMENTO: Segundo pesquisas na web, estudo em obras inerentes
ao gênero em foco nesse tema abordado, e sobretudo o resultado de uma vivência
de quarenta e seis anos ao lado de um mesmo cônjuge, resultante de um único
casamento, podemos afirmar que a sexualidade é uma parte integrante de nossa
personalidade e se desenvolve ao longo de toda a nossa vida.
Torna-se portanto uma fonte de comunicação e de
prazer, uma forma de expressar a afetividade e uma maneira de cada pessoa
descobrir a si mesma e á outra. A sexualidade abrange muito mais do que apenas
o sexo genital. Torna-se a forma mais humana de convívio entre um casal (homem e mulher).
A sexualidade humana forma parte integral da
personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano
que não pode ser separado dos outros aspectos da vida. A sexualidade não é
sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo.
Sexualidade é muito mais que isso. É energia que
motiva a encontrar o amor, contato e intimidade, e se expressa na forma de
sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas um pelo
outro. Tornou-se portanto, a forma mais humana de convívio entre um homem e uma
mulher de acordo com o modelo bíblico.
Entretanto, regras e formas de expressão foram
criadas para estabelecer os limites éticos e a vida sexual. A sexualidade faz
parte do nosso dia a dia, é nossa maneira de ser e vivenciar tudo que dentro
dos limites éticos e cristãos a vida possa nos oferecer. Assim, sexo tem a ver
com a maneira como as pessoas expressam a sua sexualidade.
A sexualidade influencia pensamentos,
sentimentos, noções e integrações, portanto, a saúde física e mental. Se saúde
é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deve ser considerada
como direito humano básico. A saúde sexual é a integração dos aspectos sociais,
somáticos, intelectuais e emocionais que influenciam a personalidade, a
capacidade de comunicação com o seu cônjuge e o amor.
O sexo é o conjunto de caracteres estruturais e
funcionais segundo os quais um ser vivo se classifica como macho ou fêmea e
desempenha papel específico de uma dessas condições na reprodução da espécie.
No que se refere aos aspectos psicossociais da sexualidade, é dever dos pais,
desde os primeiros meses, orientar o comportamento da criança para torná-lo
condizente com seu respectivo sexo, fazendo com que o menino e a menina acabem
por considerar-se como tais, e assim serão considerados pelos outros.
O sexo é o ato sexual propriamente dito, sendo um
impulso primitivo e a sexualidade é a forma de expressar o ato e a atração
sexual, pois a sexualidade está sempre ligada a circunstâncias emocionais, a
cultura de cada pessoa, a educação recebida, do ambiente que habita, da cultura
que o cerca e de sua personalidade.
À luz da Bíblia, sexo são as características
internas e externas, que identificam e diferenciam o homem da mulher, ou, do
macho e da fêmea, como dizem os dicionários. Diz a Palavra de Deus: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem
de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Deus fez “o homem” (ser
humano), de modo bem claro, com a conformação heterossexual.
É interessante como Satanás engana as pessoas,
fazendo-as acreditar que a homossexualidade é algo normal, que não afronta a
vontade de Deus. Muitos ativistas em seus movimentos representativos usam até a
Palavra de Deus como argumento para justificar sua conduta imoral.
O texto de Gênesis nos informa sobre a criação do
ser humano que o criador projetou, em sua mente divina, um ser para governar a
Terra, com estrutura mental e física, que se completasse com outro do sexo
oposto (Gn 1.26,27). Assim, Deus FEZ um “macho” e uma “fêmea” , ambos
portadores do “imago dei”, ou imagem de Deus.
O primeiro casamento foi único em sua
organização, em sua natureza, e no seu ambiente. Após a criação de Eva, Deus
despertou Adão de seu sono anestésico, e apresentou-lhe aquela que seria a sua
companheira, na jornada da vida (Gn 2.22-24). No primeiro casamento não vemos a
menor ideia que sugira nem de longe a homoafetividade, ou a homossexualidade.
Deus “formou uma mulher” da costela de Adão;
este, após contemplar a beleza de sua companheira, disse: “esta será chamada
varoa”. No texto, vemos Deus prevendo a união, “uma só carne”. Após o homem
sair de seu lar, da companhia de “seu pai” e de “sua mãe”.
No Antigo Testamento a Bíblia exalta a pureza na
vida de um jovem (Sl 119.9-11). As leis sob a castidade eram rigorosas. A moral
era tão rígida, em termos de pureza sexual que, se uma jovem praticasse sexo
antes do casamento seria morta. Sua sentença era a pena capital.
Fornicação (relação sexuais fora do casamento),
era o mesmo que prostituição (Dt 22.20,21). Na cultura patriarcal, o homem
tinha privilégios que não eram desfrutados pela mulher. A moça que fornicava
era morta.
O homem que fornicasse era obrigado a casa com a moça (Dt 22.28,29).
A virgindade antes do casamento era fator crucial para mulheres no Antigo
Testamento, mas aprentemente não era respeitada para homens.
No Novo Testamento, doutrinando aos coríntios,
sobre a fidelidade que os cristão deverm ter a Cristo, Paulo faz alusão ao
valor da virgindade no casamento (2Co 11.2). Assim se expressava o apóstolo,
pois essa era a visão que ele tinha do seu dia a dia.
Um homem deveria casar-se
com uma virgem. Por conseguinte, a pureza sexual segundo o Novo Testamento é
tanto para o homem quanto para a mulher. Ambos devem manter-se castos e virgens
até o casamento.
IV - VERDADE PRÁTICA: A igreja cristã deve valorizar a virgindade e
preservar os costumes emanados da Palavra de Deus, e de modo bem mais
consistente do que os preceitos do Antigo Testamento. Naquele contexto só quem
deveria manter-se virgem era a moça.
Em Cristo, é diferente. Ele não faz acepção de
pessoas. Se a moça deve ser virgem, o rapaz também. Caso não vejamos o contexto
como Cristo, que não faz acepção de pessoas, seremos hipócritas e
discriminadores. Diante de Deus a virgindade tem que ser, antes de tudo,
espiritual. Depois, precisa ser real, tanto física como moralmente.
Para muitos incautos, o relacionamento sexual
entre marido e mulher tem como único objetivo a procriação. Isso é um erro. Na
Bíblia encontramos vários textos que incentivam o casal a desfrutar das alegrias
conjugais como resultado de uma sexualidade bem vivida.
Em Provérbios 5.18-23,
os cônjuges são exortados a usufruir da intimidade matrimonial. Por outro
lado o homem é advertido contra “a mulher adúltera”. Em seguida é incentivado a
valorizar a união matrimonial e santa, exaltando sempre a monogamia, a
fidelidade e o amor (Ec 9.89; Ct 4.1-12; 7.1-9).
No mundo relativista, a moral é elástica, não
sendo portanto levado em consideração o valor da pureza sexual antes do
casamento. Não há limites para as práticas pecaminosas. Em primeiro lugar
porque esse mundo é materialista. Jesus disse que “o mundo jaz no
maligno”. Grande parte das pessoas não
creem em Deus, Criador e Legislador do Universo.
Em segundo lugar porque, não crendo nEle, não
consideram sua Palavra como regra de fé e conduta. Nesse contexto a moral está
sujeita às mudanças de valores que ocorrem ao sabor dos acontecimentos, das
políticas, dos usos e dos costumes sociais.
Na cultura relativista não há lugar
para retidão, pureza ou castidade em matéria de sexo. Tudo vale, desde que
alguém entenda que é certo. Na Palavra de Deus, no entanto, os valores morais
são muito diferentes.
O casamento de acordo com a Palavra de Deus é
monogâmico, heterossexual e indissolúvel. E não podemos fugir desse padrão.
Quanto ao ato sexual só é lícito se praticado no casamento; antes e fora do
matrimônio é pecado. Que sejamos como servos do Senhor exemplo de moderação,
ética e, acima de tudo, santidade e pureza em todos os aspectos de nossa vida.
Pessoas mal resolvidas na sua sexualidade podem
ter sérios problemas conjugais. É importante desconstruir a ideia de que o sexo
é pecaminoso e ignorar a necessidade de uma sexualidade bem vivida como já
dissemos em outro contexto de estudo “o amor começa no café da manhã”.
Ou seja, sexualidade é bem estar e bom humor com
o seu cônjuge o dia inteiro – como o hoje, o aqui e o agora, sendo conveniente
alertar de que não tempo de casamento nem idade para se vivenciar e desfrutar
dos prazeres e benefícios á saúde que a sexualidade pode resultar.
Os cristãos
devem entender que o sexo vivenciado através da sexualidade no âmbito do
casamento expressa a vontade de Deus para um matrimônio feliz.
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato). - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2007
LIMA,
Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro
2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE
Jr. Gene Edwuard. Tempos Pós-Modernos –
Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo
1999. 1ª. Edição Editora Cristã.
KOSTENBERGER,
Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São
Paulo 2011 – Editora Vida Nova
JOHNSON,
Greg; YORKEY, Mike. A Segunda década do Amor: Renovando o casamento antes que
os filhos saiam para viver suas próprias vidas. 1ª.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
1996.
CHAMPLIN.
R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl-1. Editora
Hagnos.