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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Adotados por Deus - 10.12.17

Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
    Adotados por Deus - 10.12.17
Texto Bíblico: Romanos 8.12-17
Por: Pr. João Barbosa
                                         
Adoção – A adoção é o estabelecimento legal de um relacionamento de parentesco entre duas pessoas reconhecido como equivalente a um baseado em descendência física.

Há poucas referências à pratica de adoção nas Escrituras, mas o conceito foi empregado, para explicar o caráter de reralcionamento de Deus com seu povo.

Embora seja um vocábulo relativamente raro nas Escrituras, é um importante termo teológico, pois tem a ver com o fato de Israel e os cristãos poderem ser “filhos” e “herdeiros” de Deus, embora não o sejam de modo exclusivo, nem por natureza como é o caso de Cristo.

Adoção no Antigo Testamento – O termo adoção não aparece no AT. Na lei israelita não há disposições para adoção, e os exemplos que na realidade ocorrem provêm de forma da cultura israelita (Eliézer, Gn 15.1-4; Moisés, Ex 2.10; Genubate, 1Re 11.20; Et 2.7,15).

Para os israelitas, a poligamia e o casamento por levirato eram as soluções mais comuns da infertilidade. Apesar disso, a adoção não era desconhecida na sua literatura (Pv 17.2; 19.10; 29.21), sendo possível que todas essas passagens se refiram à adoção de escravos).

E talvez, tenha sido o meio pelo qual os filhos gerados por um dono de escravos gerados com uma escrava herdavam propriedades (Gn 16.1-4; 21.1-10; 30.1-13).

Fora de Israel, a adoção era suficientemente comum para ser regulamentada nos códigos legais da Babilônia, de Nuzi e de Ugarite. Não raramente, estes se referem à adoção de um escravo como herdeiro.

Israel como um todo tinha conciência de ter sido escolhido por Deus como seu “filho” (Os 11.1; Is 1.2; Jr 3.19). Visto que Israel não possuia nenhum mito da descendência dos deuses, que as culturas em derredor tinham, a adoção era a categoria óbvia em que este ato, bem como a libertação da escravidão no Egito, se encaixaria, conforme Paulo indica em Rm 9.4.

De modo semelhante, os reis sucessores de Davi eram “filhos” de Deus (2Sm 7.14; 1Cr 28.6; Sl 89.19). Salmo 27 usa a expressão “Tu és o meu filho”, que é provavelmente a fórmula de adoção usada na cerimônia de entronização de cada soberano davídico. Juntas, estas ideias formaram o alicerce para o uso posterior da linguagem figurada da adoção no NT.

Adoção no Novo Testamento – No NT o termo “adoção”  (hulothesia) é rigorosamente uma ideia paulina, e ocorre csomente em (Rm 8.15, 23; 9.4; Gl 4.5; Ef 1.5). Ao passo que João e Pedro preferem a figura da regeneração para retratar a filiação cristã, Paulo escolheu, de modo característico, uma figura jurídica como na justificação, talvez devido ao seu contato com o mundo romano.

Na sociedade grega e romana, a adoção era, pelo menos entre as classes superiores, uma prática relativamente comum. Ao contrário das culturas orientais nas quais escravos às vezes eram adotados, estas pessoas limitavam normalmente a adoção a cidadãos livres.

Mas, pelo menos na lei romana, o cidadão assim adotado tornava-se praticamente um escravo, porque estava sob a autoridade paternal do seu pai adotivo. A adoção conferia direitos, mas também tinha uma lista de deveres.

Paulo combina no seu pensamento, várias destas figuras de linguagem. Ao passo que Gl 4 começa com a figura da lei escravizando os herdeiros até uma determinada data. A razão da adoção é dada em Ef 1.5: o amor de Deus.

Não foi por causa da natureza ou mérito dele mesmo que o cristão foi adotado, recebendo assim, o Espírito e a herança (Ef 1.14,15), mas por causa da vontade de Deus agindo através de Cristo. A adoção é um dom gratuito oferecido a pessoas que não o merecem; ela vem exclusivamente da graça de Deus.

Assim como em Gálatas e Efésios, também em Romanos a adoção está vinculada com o Espírito. São os que “são guiados pelo Espírito” que são filhos, os que receberam o “espírito de adoção”, não o da escravidão (Rm 8.14,15).

Mais uma vez o espírito produz a exclamação “Aba!” e indica pela Sua presença a realidade da herança vindoura. A adoção, no entanto, não é inteiramente um evento passado.

Embora tenha sido feita a declaração jurídica, e o Espírito tenha sido dado como garantia, a consumação da adoçãop aguarda o futuro, porque a adoção de filhos inclui “a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23).

Assim sendo, a adoção é algo que se espera receber no futuro, além de ser uma coisa já possuída. A adoção, pois, é libertação do passado, semelhante va regeneração e a justificação, um status e um modo de vida no presente, andando pelo Espírito – santifcação, e uma esperança para o futuro – salvação, ressurreição.

Descreve o processo de alguém tornar-se um filho de Deus (Jo 1.12; 1Jo 3.1,2) e de receber uma herança da parte de Deus (Jo 3.24).
 Consultas:
POMMERENING, Claiton Ivan. A Obra da Salvação – Jesus Cristo é o Caminho a Verdade e a Vida. CPAD RJaneiro 2017
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-teológica da Igreja Cristã. Ed. Vida Nova. SPaulo, 2009
Bíblia de Estudo Almeida. SBB – Revista e Atualizada
GEISLER, Norman. Eleitos mas livres. Editora Vida. São Paulo, 2016

DANIEL Silas. Arminianismo – A mecânica da salvação. CPAD. Rio de Janeiro, 2017

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