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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Arrependimento e Fé para a Salvação - 26.11.17

Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
   Arrependimento e Fé para a Salvação - 26.11.17
Texto Bíblico: Atos 2.37-41
Por: Pr. João Barbosa
                                         
Arrependimento – A importância do arrependimento não é sempre conhecida em nosssos dias como deveria ser. Mas, nos dias apostólicos era um dos temas centrais que aparecia em primeiro lugar.
Quase todas as pregaçoes iniciais, tinham como base o arrependimento (Mt 3.2; 4.17; Lc 1.15; Lc 24.47; At 2.38; 3.19). Isso porém, não é somente tema para o NT; no AT, o tema arrependimento está em foco em vários de seus elementos proféticos.
Arrependimento era a mensagem dos profetas da antiga aliança (Dt 30.10; 1Re 17.13; Jr 8.6; Ez 14.6; 18.30). Arrependimento foi o ponto alto da pregação de João Batista (Mt 3.13.2), de Cristo (Mt 4.17; Lc 13.3,5) e também dos doze apóstolos (Mc 6.12;) e em particular de Pedro no Dia de Pentencostes (At 2.38; 3.19).
Era também um dos fundamentos na pregação de Paulo (At 20.21; 26.20). A mudança dispensacional não tornou desnecessário o arrependimento em nossos dias.
Arrependimento é definitivamente uma ordem para todos os homens em qualquer tempo ou lugar “Deus anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (At 17.30).
No campo inicial da salvação, o arrependimento é um fundamento e a base necessária; isto, porém, sem excluirmos a fé e a graça (Mt 21.32; Hb 6.1).
O arrependimento como uma mudança de mente, conforme depreendemos de seu sentido mais claro, tem três aspectos distintos: o intelectual o emocional e o volitivo.
a) O elemento intelectual – Este subentende uma mudança de ideia em relação ao pecado, a Deus e ao próprio Eu.
O pecado passa a ser reconhecido como culpa pessoal; Deus, como aquele que justamente exige o perdão; e o “Eu” como maculado e desamparado (Rm 3.20).
O arrependimento inclui mudança da mente, acerca do pecado, do Eu, de Deus e do destino (Mt 21.29,39; 27.3; 2Co 7.8; Hb 7.21).
b) O elemento emocional – este subentende uma mudança de sentimento. É a fase do arrependimento na qual pensamos mais frequentemente; na realidade, a palavra arrepender vem do latim “reprus plus poenitere”, “ficar triste de novo”.
Temos por isso que lembrar que tristeza pelo pecado e desejo de perdão são aspectos do arrependimento (Sl 5.1,2; 2Co 7.9,10).
c) O elemento volitivo – Este elemento subentende uma mudança da vontade e da posição em que se encontra. Esta é a volta íntima contra o pecado.
É apresentada na Escritura pela palavra grega “metanoia”, que significa “mudança de ideia ou pensamento” (Mt 3.8,11; At 5.31; 20.21; Rm 2.4; 2Co 7,9.10; 2Pe 3.9).
Podemos afirmar que a verdadeira fé nunca existe sem o arrependimento. Os dois são inseparavelmente unidos.
Arrependei-vos”, essa expressão marca a principal exigência para que haja perdão de pecados, e com o arrependimento tem início a conversão, que é o primeiro passo da regeneração.
A conversão ainda não é a “regeneração” propriamente dita; mas antes, faz parte dela, sendo o início do novo nascimento. Sem conversão não há regeneração, embora a conversão não encerre a totalidade da regeneração.
Contudo, a verdadeira conversão é uma transformação interna da alma, e esse é exatamente o primeiro passo da regeneração.
Em que consiste o arrependimento? O verdadeiro arrependimento é um ato divino que transforma o homem, mas que depende da reação positiva do homem, uma vez inspirado pela fé. Quando isso acontece seus passos seguintes são:
1. É o começo do processo da santiicação (Mt 3.8-12).
2. Juntamente com a fé, perfaz a conversão: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos” (At 3.19).
3. É determinado por Deus (At 17.30) e é conferido por ele (2T, 2.25).
4. Só a bondade de Deus nos leva ao arrependimento (Rm 2.4).
5. É necessário para o perdão dos pecados (At 2.38; 3.19;8.22).
Arrependimento / Conversão – Quando o filho pródigo disse essas palavras: “Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai”. Isto é arrependimento. E quando o evangelista   diz “E levantando-se, foi ter com o seu pai”. Isto é conversão.
– A fé é um dos elementos da salvação: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).
Todos sabemos que a salvação é uma dádiva divina e que, necessariamente é Deus quem salva o homem, pois é impossível que o homem se salve por si mesmo.
A salvação, portanto, é um ato de Deus, mas também requer algum esforço por parte do homem em direção a Deus.
“Ninguém é salvo forçado”. Por isso é necessário que alguns elementos essenciais cooperem para a salvação, fazendo com que a pessoa humana seja aquilo que Deus quer que seja.
A Bíblia nos mostra que certos elementos se faz necessário para a salvação, tais como a fé, a graça, a regeneração, a justificação, a expiação, o perdão, o arrependimento, a reconciliação a redenção a santificação e a adoção.
Todos esses elementos estão presentes e acoplados á salvação plena de Deus ao homem.
A importância da fé – A Bíblia declara que somos salvos pela fé. Entre os cristãos a fé mais exercitada é a fé salvadora (Lc 18.42; Ef 2.8).
Ela pode também ser chamada de fé subjetiva ou interior (Rm 10.8,9). É o princípio básico para que o homem se aproxime de Deus crendo na sua existência (Hb 11.6; At 2.44).
Definição teológica de fé – Biblicamente falando a Escritura define a fé da seguinte maneira: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das que se não veem” (Hb 11.6).
Teologicamente define-se fé como a atitude mediante a qual o homem abandona toda confiança em seus próprios esforços para obter a salvação de Deus.
É a atitude de completa confiança em Cristo, de dependência exclusiva dele a respeito de tudo quanto está envolvido na salvação.
O significado de fé – Por fé queremos dizer a soma total da doutrina cristã, conforme contida nas Escrituras (Lc 18.8; At 6.7; 1Tm 4.1; 6,10 Jd v.3).
Uma outra palavra conhecida por fé no AT é confiança. Diz Scofield: é a palavra característica no AT para descrever fé.
Ela ocorre cento e cinquenta e duas vezes ali. É a tradução da palavra hebraica que significa buscar refúgio (Rt 2.12), apoiar-se (Sl 56.3) e esperar (Jó 35.14).
A essência da fé – Consiste em receber o que Deus tem revelado e pode ser definida como aquela confiança em Deus e em seu filho Jesus Cristo a quem ele enviou, que o recebe como Salvador e Senhor, e produz obediência, amor e obras de acordo com a revelação da vontade de Deus (Jo 1.12. Tg 2.14).
Salvação – A salvação é pela graça, mas a fé é o elemento indispensável (Ef 2.8,9). A fé é a porta de entrada das bênçãos oriundas da salvação, que são: justificação, a regeneração, reconciliação, adoção, perdão, santificação, glorificação e vida eterna.
Além dos benefícios inerentes à salvação, a fé ainda permite a cura de enfermidades (Mc 16.18; Tg 5.15), batismo no Espírito Santo (Mc 16.17;), a vitória contra o mundo (!Jo 5.4), contra a carne (Gl 2.20), contra o Diabo (1Pe 5.8,9).
A salvação nos traz paciência (Tg 1.3), proteção contra os dardos inflamados do malígno (Ef 6.16). Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).

  


Consultas:
POMMERENING, Claiton Ivan. A Obra da Salvação – Jesus Cristo é o Caminho a Verdade e a Vida. CPAD RJaneiro 2017
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-teológica da Igreja Cristã. Ed. Vida Nova. SPaulo, 2009
Bíblia de Estudo Almeida. SBB – Revista e Atualizada
GEISLER, Norman. Eleitos mas livres. Editora Vida. São Paulo, 2016
DANIEL Silas. Arminianismo – A mecânica da salvação. CPAD. Rio de Janeiro, 2017
HUNT Dave. Que amor é, este? Editora Reflexão. São Paulo, 2015

 PEDRO. Severino da Silva. A doutrina da Predestinação. Editora CPAD Rio de Janeiro, 1989

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