Total de visualizações de página

terça-feira, 12 de abril de 2016

Lição 03 - Justificação Somente pela Fé em Jesus Cristo - 17.04.16 - EBD

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 4. 17-22
Reflexão: A justificação dos pecados diante de Deus ocorre somente pela fé.

A carta aos Romanos está alicerçada em fatos reais e não simplesmente em teorias. Nesta mensagem o apóstolo Paulo nos dá um exemplo vivo de justificação pela fé (Gn 15.6).
Abraão creu nas promessas de Deus e isso lhe foi imputado como justiça, quando ele ainda estava na incircuncisão, treze anos antes de ser circuncidado (Rm 4.11,12,
16,17; Gl 3.7-9,29).

Todo aquele que é da fé, quer judeu ou gentio, é um Filho de Abraão. Não há dúvida de que a fé de Abraão é o fator que o torna tão importante. Deus fez importantes promessas a ele e aos seus descendentes. Isaque, Jacó e os doze filhos de Jacó, que deram origem ao povo israelita – promessas que Deus repetiu no decorrer da história de Israel.

Abrão é lembrado como o homem que creu em Deus, e que tudo que o Senhor prometeu se cumpriu em sua vida. Devemos considerar que Abraão não tinha as evidencias que nós temos hoje. Os herdeiros da promessa divina só podem ser os que creem.

Só a fé, de fato, mantém o caráter gratuito dos bens prometidos e a destinação universalista das promessas.

Se a promessa estivesse ligada a lei, valeria só para os judeus, com a exclusão dos gentios. No entanto, o testemunho do Gn 17.5; se refere justamente a estes. “Eu te constitui por pai de uma multidão de povos, a descendência segundo a carne da qual os judeus mesmo se orgulhavam não os torna herdeiros da salvação prometida por Deus.  

Abraão na verdade é pai dos que creem.
O apóstolo Paulo faz uma distinção entre paternidade nacionalista e paternidade espiritual. Entre os descendentes  filiação histórica e descendência - filiação espiritual.

Abraão para o apóstolo Paulo era o crente. De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão (Gl 3.9).
O fundamento da justificação não é a obediência a lei; mas a morte de Cristo. Sua morte é tanto a manifestação do amor de Deus pelos pecadores como o fundamento sobre o qual a justificação está assegurada: “Sendo agora justificado pelo seu sangue” (Rm 5.9).

Mas a nossa justificação está fundamentada naquilo que Cristo fez objetivamente por nós. Assim, se fosse possível a um homem ser justificado pela lei, a morte de Cristo teria sido sem propósito (Gl 2.21).
A morte de Cristo como fundamento da justificação é mostrada com detalhes em Rm 3.21-26.

Os homens são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, a qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue (Rm 3.24,25).

A morte propiciatória de Cristo foi um ato de justiça divina (Rm 3.25). Antes da morte de Cristo, os pecados ficaram debaixo da paciência de Deus (Ec 8.11).
A morte de Cristo é uma prova de que Deus é justo e é justificador daquele que tem fé em Jesus (Rm 3.26).

Mais uma vez o apóstolo Paulo apela para as Escrituras citando Gn 17.5. Para confirmar sua exposição, longe de ser pai somente dos judeus, os circuncidados, Abraão seria também o pai de todos os crentes, judeus e gentios igualmente.
Como está escrito: Por pai de muitas nações te constitui perante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem (Rm 4.17).

Essa declaração está vinculada aos seguintes pensamentos: Primeiro, faz-nos lembrar que Isaque nasceu de alguém já amortecido (Hb 11.12), pois, Sara já havia passado em muito, da idade própria da concepção, e o próprio Abraão já era idoso.

Nesse episódio percebemos o poder vivificador de Deus, o que torna possível aquilo que é totalmente impossível, tornando isso uma realidade.
Isto também nos faz lembrar sobre a ressurreição de Cristo, por intermédio de quem a vida eterna é dada aos homens, e isso por igual modo, contra situações incrivelmente instransponíveis. Além disso, há a maravilha da nova vida que temos em Cristo, a vida eterna.

Paulo contemplava a quantidade incrível de nações gentílicas que tinham se tornado cristãs.
Deus trouxe Isaque á vida. Deus trouxe Cristo vivo novamente, do sepulcro. Deus trouxe a igreja à existência, essencialmente, composta de judeus e gentios, os quais, de fato, são filhos de Abraão, a exemplo de Isaque.

Alguns pensam que esteja implícito nisso a ressurreição final e gloriosa entrada dos filhos de Deus na vida celeste.
Pois, chamar a existência, as coisas que não são como se já fossem, isso pode indicar um decreto divino, como chamar do nada (Is 51.4; 2Re 8.1).

É através de seus decretos que Deus traz à existência as coisas que agora não existem.
Deus permite por seus decretos que coisas que não existem venham à existência (Is 40.26; 45.3).

“O qual em esperança creu contra a esperança para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência” (Rm 4.17). Porque a fé de Abraão se reveste de tanta importância? Diz Paulo: Sua fé era contra a esperança, apesar de ter repousado sobre a esperança.

Abraão não tinha nenhuma esperança. Mas, visto que ele confiou na promessa de Deus, então creu.  Ficou plenamente certo que o propósito divino era que dele se derivassem muitos povos, e que seus descendentes seriam tão numerosos quanto as estrelas do céu (Gn 15.5).
“Então creu e isso lhe foi imputado com  justiça (Gn 15.6).

A fé é uma estrada real:
1.            O caminho da fé, portanto, outorga a vida individual, algo do maravilhoso poder divino.

2.            Sua fé lhe fez adquirir muitas provisões espirituais e materiais – tornou-se amigo de Deus. Viu Deus operar milagrosamente e tornou-se proprietário de imensas provisões físicas e espirituais.

3.            Foi estrangeiro e peregrino na terra. Ele sabia que tinha uma cidade espiritual (Hb 11.16).

4.            Agora Abraão pode olhar dos lugares espirituais e ver como o seu  pacto? (At 3.25) está se cumprindo e contempla a grande colheita de almas dentre as nações.

A fé de Abraão antecipou a vinda histórica de Cristo. A verdadeira fé desconhece limites, pois não tem limitação nem de tempo ou de espaço.
Abraão viveu uma vida em ressurreição conforme os versículos (Rm 4.16,17,18,25).

Essa fé suprema de Abraão levou-o a esperar contra a esperança. Sua fé é um sim firmado na Palavra de Deus.
A fé confia na Palavra de Deus;
A fé põe crédito na Palavra porque ela é verdadeira;
A fé vê mais ajuda na promessa de Deus do que vê impedimentos em todas outras coisas;
A fé nos leva a perceber o amor, no coração de Cristo quando ele, com a sua boca nos repreende;

A fé ajuda a alma a esperar em Deus, ainda que Deus adie a doação;
A fé nos outorga consolo, em meio mesmo aos temores;
A fé sente doçura da vara de Deus;
A fé torna leve as maiores cargas;

A fé nos ajuda quando nos sentimos desanimados;
A fé nos aproxima de Deus mesmo quando estamos afastados dele;
A fé leva o homem para debaixo da graça divina;
A fé purifica o coração;
A fé torna nossas obras aceitáveis a Deus, por intermédio de Cristo;

A fé nos outorga paz e consolo na alma;
A fé nos capacita a ver a preciosidade de Jesus Cristo;
Pela fé a nossa vida é cheia da plenitude de Cristo;

A fé nos outorga a vitória sobre a lei, sobre o pecado, sobre a morte; sobre Satanás e sobre todos os males;
A fé nos exibe a maior excelência daquelas coisas que se não veem do naquelas que são visíveis;

A fé torna os caminhos de Deus agradáveis e admiráveis;
Pela fé Abraão, Isaque e Jacó possuíram a Terra da promessa;
Pela fé, os filhos de Israel passaram pelo Mar Vermelho;

Pela fé Gideão realizou mais, com trezentos homens e alguns cântaros vazios, do que todas as doze tribos de Israel poderiam ter feito devido á sua incredulidade, pois não criam em Deus; Pela fé, Pedro andou por cima das águas do mar, porém, devido a sua incredulidade, começou a afundar.


Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
 GONÇALVES. José. Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
CHAMPLIN. R.N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnus. SPaulo, 2002
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal Vozes. R.Janeiro, 1982.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. CPAD. RJaneiro 2012
BARBAGLIO. Giuseppe. As Cartas de Paulo Vl 2. Edit. Loyola. São Paulo, 1991.

Bíblia King James. SBB Íbero Americana. 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário