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terça-feira, 5 de abril de 2016

Lição 02 - A Necessidade Universal da Salvação em Cristo - 10.04.16 - EBD

 Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 1.18-20; 25-27; 2.1,17-21
Reflexão: O pecado manchou toda a raça humana e somente o sangue de Cristo é suficiente para purificá-la.

Com a queda do homem no Éden e sua expulsão do jardim, o gênero humano continuou em queda livre do ponto de vista espiritual. Com a morte de Abel e a depravação generalizada nos dias de Lameque, Deus decidiu destruir aquela geração preservando Noé, sua esposa, seus filhos e as mulheres de seus filhos (oito pessoas).

Porém, cinco gerações depois do Dilúvio, os homens caíram na mais abominável depravação: a idolatria, a feitiçaria e todas as formas de ocultismo, e a criação de seus próprios deuses para serem adorados em lugar de Deus, em Babel ou Babilônia que é a mãe de todas as abominações da terra (Gn 11.1-9).

A humanidade etnicamente tinha sido dividida em três vertentes profetizadas por Noé através de seus filhos Sem, Cam e Jafé. Sendo quatorze de Jafé, trinta de Cam e vinte e seis de Sem (Gn 10.2-5, 6-20, 21-31). Estas são as famílias dos filhos de Noé segundo as suas gerações nas suas nações. E destes foram disseminadas as nações na terra depois do Dilúvio (Gn 10.32).

Entre os filhos de Sem que detinham a bênção da primogenitura destacava-se Éber, Pelegue e Joquitan (Gn 10.25), que formavam uma vertente piedosa vinda através de Sete e Enus, passando por Enoque, Noé, Sem, até Abraão (Gn 4.26; 5.3-6; 9.26; 12.1-3).

Quando as trevas do pecado cobriu o mundo aproximadamente na sexta geração depois do Dilúvio, Deus tornou audível sua palavra a Abraão, um descendente de Éber, estabelecendo com ele uma aliança.

 Com a Aliança Abraãmica a humanidade passou espiritualmente a ser considerada em duas vertentes: Os descendentes de Abrão ou israelitas (Gn 12.1-3; 15.12-21).
A Aliança Abraãmica efetuada no capítulo 17 de Gênesis, estabeleceu como sinal do pacto o rito da circuncisão (Gn 17.9-14, 23-27).

A circuncisão não é o ingrediente para a salvação. Alguns judeus convertidos ao cristianismo nos primórdios da igreja opinavam que a circuncisão era uma medida necessária para a salvação.

Para esses judeus parecia impossível que um gentio convertido participasse das bênçãos do espírito Santo sem que fossem circuncidados (At 15.1-35).
Em sua epístola aos Gálatas, o apóstolo Paulo argumentou com muita segurança que a salvação em Cristo não depende de méritos humanos, mas somente mediante a graça de Deus (Gl 2.16; Tt 2.11; Ef 2.1-5, 8,9).

Na carta aos Romanos, Paulo esclareceu que o rito da circuncisão feita por Abraão nada tinha a ver com a salvação (Rm 4.9-12). Ele havia crido em Deus e isso lhe foi imputado como justiça muito tempo antes de ser circuncidado (Gn 15.6).

A circuncisão não era um meio de salvação, mas um selo de sua separação exclusiva para servir a Deus. Na nova aliança há um novo ingrediente para a salvação, a fé na obra expiatória de Cristo Jesus. O selo da nossa salvação não é externo, mas é a presença do Espírito Santo como testemunho interno (Rm 8.9,10, Ef 1.13; 4.30).

A circuncisão neo testamentária não e física, mas espiritual (Cl 2.9-12). Na carta aos Romanos Paulo deixou bem claro que Abraão alcançou a promessa por meio da fé (Gn 15.6; Rm 4.9-14).

A maior fratura do mundo antigo era justamente a que havia entre circuncisos e incircuncisos: Uma fratura de caráter étino, histórico-cultural e religioso. Paulo proclama que Cristo é a radical superação disso, diante da revelação e da atuação da iniciativa salvífica de Deus, em Cristo Jesus que foi morto e ressuscitado (RM 1.1-17).
Os privilégios, e desvantagens que existiam entre judeus e gentios desaparecem em Cristo Jesus. Agora todos estão igualmente necessitados da salvação e libertação; “Porque 
Deus encerrou todos debaixo da desobediência a fim de usar de misericórdia para com todos” (Rm 11.32).
Na carta aos Romanos Paulo repete com insistência que Deus não faz descriminação de pessoas (Rm 2.11). Todos pecaram e estão privados da glória de Deus e todos são justificados pela graça mediante a fé em Cristo Jesus (Rm 3.22-24).
Tantos judeus como gentios todos têm o mesmo Senhor generoso com todos os que o invocam (Rm 10.12; 15.7-12). A ação salvífica é do Deus de todos, e não só dos circuncisos (Rm 3.29). Deus em Cristo é quem intervém para reconciliar a humanidade (Rm 3.26).
No plano subjetivo, a salvação ocorre unicamente pela fé (Rm 1.17; 3.21-3; cp.4; 5.1; 9.30-32; 10.6). A essa salvação todos são indistintamente chamados circuncisos e incircuncisos.
Tanto os judeus que observam a lei divina do Sinai e os sem-lei, os que têm uma tradição religiosa respeitável, e todos que estão caminhando pela senda da idolatria.
Tanto o fariseu com sua respeitabilidade moral, como o publicano, todos precisam de Deus. O apóstolo Paulo ao escrever sua carta aos Romanos fez uma profunda análise da situação do mundo gentil, que estava mergulhado na imensa depravação moral, na idolatria e na insensibilidade diante das realidades espiritual.
Deus tinha se revelado através da revelação especial. É razoável supor que Deus falasse ás suas criaturas aquém ele tornou capazes de tal comunhão. Deus falou de vários modos (Hb 1.1,2) pela criação; isto está declarado no salmo 119.1-6; 104.20.30 e Rm 1.19,20; 8.19,22.
Todas as pessoas estão propensas a alguma forma de religião. Todos sentem nostalgia de Deus, contudo, deixam de cultuar a Deus que o criou, cuja revelação geral o torna universalmente conhecido.
O pecado do egoísmo e a aversão às reivindicações do Criador tem levado a humanidade à idolatria, ao erro de prestar culto e homenagem a qualquer outro poder ou objeto, ao invés de cultuar a Deus (Is 44.9-20; Rm 1.21-23; Cl 3.5).
Em sua idolatria os homens apóstatas “Detém a verdade pela mentira” e “mudaram a glória de Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível bem como de aves, quadrúpedes e répteis” (Rm.1. 18,23).
Eles asfixiam extinguem tanto quanto podem, o conhecimento que a revelação geral oferece do transcendente Deus Criador, transferindo o inerradicável senso de divindade para objetos indignos. Isso, em consequência, conduz a um drástico declínio moral e à desgraça, como primeira manifestação da ira de Deus contra a apostasia (Rm 1.18.24-32).
Deus não permitirá que os seres humanos suprimam inteiramente o conhecimento dele e de seu juízo. Alguma consciência do certo e do errado, bem como de responsabilidade para com Deus, sempre permanece (Rm 12.14,15).
Mesmo no mundo decaído, cada um é dotado de uma consciência que, às vezes, condena, falando-lhes que deve sofrer por causa dos erros que tem cometido. Quando a consciência fala nesses termos, fala com a voz de Deus.
Em certo sentido, a humanidade decaída não conhece a Deus, uma vez que aquilo que as pessoas acreditam a respeito dos objetos que cultuam falsifica e distorce a verdade a respeito de Deus (Rm 1.18-21).
Noutro sentido, todos os seres humanos conhecem a Deus, porém com culpa, com desconfortáveis ideias vagas sobre o juízo que não podem evitar.
Somente o evangelho de Cristo pode falar de paz a esse aspecto da condição humana (Rm 1.23,24).
A universalidade do pecado, isto é, que todos os homens estão debaixo da condenação eterna, é uma doutrina claramente demonstrada na epístola aos Romanos.

Por outro lado, o universalismo, doutrina herética que afirma que todos os homens, independentemente se acredita em Cristo ou não, no fim de tudo, serão salvos, é claramente rejeitada nessa mesma carta. Cabe a nós, portanto, conhecedores desses fatos, viver essa bendita salvação e compartilhá-la com que ainda não a possui.

Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
 GONÇALVES. José. Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal Vozes. R.Janeiro, 1982.
BARBAGLIO. Giuseppe. As Cartas de Paulo Vl 2. Edit. Loyola. São Paulo, 1991.

Bíblia King James. SBB Íbero Americana. 2012

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