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quinta-feira, 28 de abril de 2016

A Maravilhosa Graça - Lição 05 - 01.05.16 - EBD CPAD

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 6. 1-12
Reflexão: Cristo Jesus é a graça divina manifestada em forma humana.

Paulo inicia o capítulo 6 de Romanos fazendo uma refutação aos Antinomistas, que diziam, se onde abundou o pecado superabundou a graça, então quanto mais pecar quanto mais graça. Por isso diz o apóstolo:

 “Que diremos pois? permaneceremos no pecado para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como
viveremos ainda nele?... (Rm 6.1,2-6).

O que é Antinomismo? O termo significa literalmente "contra lei". Não no sentido de oposição à lei, mas no sentido de não aceitar que exista de fato alguma norma geral que seja capaz, por si mesma, de classificar a mentira como sendo certo ou errado. Talvez a palavra mais correta fosse mesmo "anomia", isto é, "sem lei, ou ausência de lei".

Antinomismo é a especulação a respeito de um problema filosófico realizada por intermédio de dois argumentos, ambos coerentes e críveis em suas formulações respectivas, mas antagônicos em suas conclusões.
O Antinomismo é a doutrina que assevera não haver mais necessidade de se pregar nem observar as leis morais do Antigo Testamento.

Sabemos que a lei cerimonial, esta, foi abolida por Cristo, mas as leis morais têm valor eterno. O Antinomismo foi um dos principais inimigos da graça nos dias de Paulo, e ainda continua sendo em nossos dias.

Outro grande inimigo da graça é o legalismo. A palavra "legalismo" é usada por alguns cristãos evangélicos para descrever uma posição doutrinária que apresenta um conjunto de regras e prescrições para alcançar a salvação e o crescimento espiritual. Os Legalistas admitem a necessidade de ter uma aceitação rigorosa e literal a essas regras e prescrições.

De acordo com a Palavra de Deus essa posição é contrária à graça de Deus. Aqueles que defendem tal posição podem até deixar de entender o verdadeiro propósito da lei, principalmente da lei de Moisés no Velho Testamento, a qual é um guia para nos conduzir a Cristo (Gálatas 3:24).

Em relação à visão de alguns, legalismo é o oposto de ser gracioso. Dessa forma conforme estes afirmam até crentes podem ser legalistas.
O apóstolo Paulo, no entanto, nos admoesta a ser graciosos uns com os outros: "Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões" (Romanos 14:1).

É lamentável o fato de que alguns defendem sua posição escatológica de uma forma tão contundente que terminam eliminando outras pessoas de sua comunhão antes de conceder-lhes o direito de expressar sua própria opinião. Isso também se denomina Legalismo.

O Antinomismo e o Legalismo são inimigos da graça de Deus (Rm 6.15-19; Ef 2.8-10). A graça destrói o domínio do pecado porque o pecado é como um tirano impiedoso que não poupa os seus súditos. Ele reinou desde eu entrou no mundo e seu domínio parecia não ter fim.
Mas a graça de Deus destrói todo domínio do pecado (Rm 6.6-10). Podemos dizer que a graça é o auxílio divino e a força que recebemos por meio da Expiação de Jesus Cristo. Por meio da graça, somos salvos do pecado e da morte.
Além disso, a graça é um poder capacitador que nos fortalece a cada dia e nos ajuda a perseverar até o fim. É necessário esforço de nossa parte para receber a plenitude da graça do Senhor. ...”Porque onde o pecado abundou superabundou a graça; (Rm 5.20b).
A Bíblia nos mostra dois tipos de graça: A graça comum e a graça salvadora.
A graça comum – Segundo afirma Hernandes Dias Lopes, um dos principais frutos da graça comum são as muitas bênçãos naturais que os seres humanos recebem nesta vida presente.
Quanto a esse fruto em particular, a graça comum pode ser definida como aquelas bênçãos gerais, como a chuva e o fulgor do sol, o alimento e a bebida, a vestimenta e o teto, as quais Deus concede a todas as pessoas sem relutância ou discriminação.
Embora muitos façam pouco caso das bênçãos de Deus, ainda assim eles recebem abundantes provas da bondade do Senhor todos os dias, mesmo que eles não sejam eficazmente chamados para a salvação.

Há várias passagens bíblicas revelando que Deus derrama suas bênçãos sobre todas as pessoas sem exceção, isto é, sobre justos e injustos, eleitos e não eleitos, como por exemplo: Gn 17.18,20; 39.5; Sl 36.6; 104.16-30; 145.9,15,16; Jn 4.10,11; Mt 5.44,45; Mc 8.2; Lc 6.35,36; At 14.16,17; 1Tm 4.10. Essas dádivas vêm como bênçãos não só para os bons, mas também para os maus.

A graça de Deus é um favor concedido a pecadores indignos. Deus não nos amou, escolheu, chamou e justificou por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. A causa da salvação não está no homem, mas em Deus; não está no mérito do homem, mas na graça de Deus, não está naquilo que fazemos para Deus, mas no que Deus fez por nós.
Deus não nos amou porque éramos receptivos ao seu amor, mas amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Deus nos escolheu não por causa da nossa fé, mas para a fé; Deus nos escolheu não porque éramos santos, mas para sermos santos; não porque praticávamos boas obras, mas para as boas obras; não porque éramos obedientes, mas para a obediência.
A graça de Deus não é o resultado das obras, mas as obras são o resultado da graça. Graça e obras estão em lados opostos. Não podem caminhar pela mesma trilha como a causa da salvação.

A graça salvadora – Aqueles que se esforçam para alcançar a salvação pelas obras rejeitam a graça e aqueles que recebem a salvação pela graça não podem ter a pretensão de contribuir com Deus com suas obras.

A salvação é totalmente pela graça, mediante a fé, independente das obras. As obras trazem glória para o homem; a graça exalta a Deus. A graça desemboca nas obras e as obras proclamam e atestam a graça. As obras são o fruto e a graça a raiz.

As obras são a consequência e a graça a causa. As obras nascem da graça e a graça é refletida através das obras. A graça de Deus é recebida pela fé e não por meio das obras. A salvação que a graça traz em suas asas é recebida pela fé e não por meio das obras.

Não somos aceitos diante de Deus pelas obras que fazemos para Deus, mas pela obra que Cristo fez por nós na cruz. A fé não é meritória, é dom de Deus. A fé é o instrumento mediante o qual tomamos posse da salvação pela graça. O apóstolo Paulo sintetiza este glorioso ensino, em sua carta aos Efésios:

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.8-10).

Os pensamentos se transformam em hábitos; os hábitos se transformam em caráter e o caráter determina o destino.

Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
 GONÇALVES. José. Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento com Recursos Adicionais. Editora Central. RJaneiro, 2010
CHAMPLIN. R.N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnus. SPaulo, 2002
DYKE, Fred Van, e outros.A Criação Redimida – A base Bíblica para a Mordomia Ecológica. Edit. Cultura Cristã. Spaulo 1999
ERICKSON, Millard J. Teologia Sistemática. Edições Vida Nova. SPaulo, 2015
CHAFER, Lewis Sperry – Teologia Sistemática. Vl 7 & 8. Editora Hagnos. SPaulo, 2003
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal Vozes. R.Janeiro, 1982.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. CPAD. RJaneiro 2012
RICHARDS. Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. Editora Vida. SPaulo 2004

BARBAGLIO. Giuseppe. As Cartas de Paulo Vl 2. Edit. Loyola. São Paulo, 1991.

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