Abordagem
de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
1Timóteo3.1-4
Reflexão: O ensino da Palavra de Deus, de modo
cuidadoso, pode evitar que a corrupção domine os corações dos salvos.
Muitas expressões nas
Escrituras Sagradas, apontam para o “fim dos tempos”, algumas vezes chamado de
“últimos dias”.
Assim, “últimos tempos ou
último tempo” “último dia” ou “última hora”; as várias expressões estão todas
relacionadas com o programa criativo redentor de Deus para um grupo especial de
pessoas.
Pelo menos quatro grandes períodos de tempo podem ser designados com o título descritivo
de “últimos dias”.
1.
A encarnação de Jesus Cristo: (1Pe 1.20; Gl
4.4; Hb 1.1).
2.
Os últimos dias de Israel ou os dias finais antes da nova aliança:
(Gn 12.1-3) – Nos últimos dias de Israel, a nação experimentará angústia,
provação e tribulação sem precedentes (Dt 4.30; 31.29; Jr 30.24; Dn 9.24-27).
3.
Últimos dias do domínio mundial gentio: Este
período de tempo, denominado “tempo dos gentios”, por Jesus Cristo (Lc 21.24),
teve seu início com a destituição do reino de Judá pelo império neo-babilônico
em 586 a.C.
Isto envolve o domínio das
nações gentias sobre o mundo e Israel, desde a destruição do antigo reino judaico, até seu restabelecimento, quando Jesus retornar à
terra (Dn 2.28; Ap 16.13-21).
4. Os últimos
dias da Era da Igreja: Os apóstolos
alertaram que os últimos dias da era da igreja, seriam marcados por apostasias
doutrinárias (2Tm 3.1-4; 2Pe 3.3,4; Jd 1.17-19).
Deterioração
moral (Tg 5.3; 2Pe 3.3), o surgimento de muitos anticristos (1Jo 2.18,19).
O
apóstolo Paulo também avisou aos seus leitores, que as características dos
últimos dias estavam presentes no seu próprio tempo (1Tm 4.1-3).
Assim,
os últimos dias para a era da igreja era tão iminente quanto o próprio
arrebatamento. Qualquer que seja o tempo do arrebatamento , a salvação pessoal
ocorrerá, e os últimos dias para a igreja terminará (1Pe 1.5).
Os tempos
trabalhosos – O diagnóstico que Paulo dá
daquilo que a igreja enfrentará nos últimos dias, é sombrio.
Os
homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores,
desobedientes aos pais, ingratos irreverentes, desafeiçoados, implacáveis,
caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores,
atrevidos, enfatulados, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus (2Tm
3.2-4).
Estes
últimos dias da igreja serão marcados
por um repúdio geral à lei, à descência e à afeição natural.
A característica
desses homens de má índole:
1.
Amantes de si mesmos ou egoístas – no grego “philautos”, que literalmente eram
traduzidos por homens amantes de si mesmo. Não se trata tanto do amor próprio,
mas de amar indevidamente tais como as possessões materiais.
2.
Avarentos – no grego “philarguros”, que significa amantes da prata.
3.
Jactanciosos ou presunçosos – no grego “alazon”, que também significa
arrogantes. Termo usado para indicar a atitude mental enlouquecida ou
distraída; é aplicado também aos “vagabundos” que eram indivíduos de vil
caráter, fingidos, impostores. Com o tempo, essa palavra veio a indicar os
fingidos e enganadores.
4.
Arrogantes – no grego “uperephanos” que significa altivos, orgulhosos. Na
literatura bíblica, essa palavra é usada somente em mau sentido.
5. Blasfemadores
– no grego “blasphemos”, aqueles que proferem palavras abusivas e degradantes.
Sua forma verbal pode significar falar com profanação como quem degrada algum
objeto sagrado.
6.
Desobedientes aos pais e mães. São péssimos exemplos na família, pois não
honram seus pais e mães (Ex 20.12) e são candidatos a terem uma vida sem a
bênção de Deus, por não considerarem o valor de seus pais.
7.
Ingratos – no grego “acharistos”, “sem gratidão”. Esse pecado também era
atribuído aos pagãos (Rm 1.21).
Portanto,
a apostasia dos últimos dias será o levantamento do espírito pagão mais
depravado, que não terá respeito por qualquer objeto sagrado e que se mostrará
totalmente deletério em seus intuitos e sua atuação.
8.
Profanos ou irreverentes – no grego “anosios”, que quer dizer sem santidade,
iníquos, sem nenhuma restrição a maldade praticada.
9. Desafeiçoados ou irreconciliáveis – no grego
“astorgos”, isto é, sem afeição natural, ignorantes, grosseiros, estúpidos, mal
educados no trato com o cônjuge, os filhos, com os pais e com outras pessoas.
10.
Implacáveis – no grego “aspondos”, que significa na sua forma privativa, algo
oferecido aos deuses. São pessoas que não são humildes, não aceitam se
reconciliar com outras pessoas, não conseguem pedir perdão e muito menos
perdoar. Portanto, não são perdoados por Deus (Mt 6.15).
11.
Caluniadores – no grego “diabulus”, um dos títulos dados a Satanás, que destaca
o seu caráter de caluniador.
Estão
aqui em foco, as pessoas que procuram prejudicar a seus semelhantes, com
palavras exageradas, informações distorcidas, até ao ponto da mentira
desavergonhada. São pessoas que amam propagar dissensões.
12.
Traidores – no grego “prodotes”, com o significado de traidor, traçoeiro; termo
que foi aplicado a Judas Iscariotes (Lc 6.16; At 7.52).
13.
Atrevidos – no grego “propetis”, que significa cair para adiante, inclinar-se
para a frente. Podendo esse atrevimento ser nas palavras ou nas ações.
14.
Enfatuados – no grego “tetuphomenos”, com o sentido de fumaça, nuvem, neblina.
São pessoas nebulosas em seu orgulho. Tem seu bom senso obscurecido pelo
orgulho e pelas elevada importância pessoal.
15.
Sem domínio de si – no grego “akrates”,
que siginifica pessoas sem auto controle e inclinado para a auto indulgência,
que é a forma privativa de “kratos”, isto é, poder.
Está
em pauta portanto pessoas que não têm poder de controlar a si próprio, pessoas
em que a perversão moral o levou ao extremo e o tornou escravo das paixões e
concupiscências; pessoas viciadas em muitas práticas daninhas.
16.
Cruéis – no grego “anemeros”, que significa selvagem ou brutal. Pessoas
privadas de mansidão, que não é domesticável.
17.
Inimigos do bem – no grego
“aphilagathos”, são pessoas que não têm amor natural pelo que é bom, ou seja é
contrário a tudo que for bom.
18.
Amigos dos prazeres – no grego
“philedonos”, está em foco o edonismo, aquela
filosofia que exalta os prazeres como o sumo bem e o alvo de toda a
existência.
O Obreiro
exemplar – Paulo tira o foco de Timóteo dos falsos mestres,
e se volta para o valor do ensino da palavra de Deus.
“Toda
Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça” (2Tm 3.16).
Mas
ele ressalta que tais resultados só são alcançados, se a a Escritura ou a
Palavra ensinada for divinamente inspirada.
O
objetivo do ensino bíblico divinamente inspirado são:
Ensinar,
ou seja, transmitir ensino espirituais com base na Palavra de Deus (Mt 7.24-27;
2.25; Tt 2.12).
Redarguir,
ou seja retrucar, responder, replicar ou argumentar com segurança (1Pe 3.15).
Corrigir
– o ensino bíblico bem fundamentado é como um prumo, que mostra o que está fora
do lugar na construção de uma casa.
Na
vida cristã, se não houver o cuidado indispensável com as orientações do Senhor,
muita coisa fica torta ou em desacordo com a vontade de Deus (Sl 11.105; Rm
15.4; 1Co 4.170.
Instruir
em justiça – o ensino da Palavra de Deus é instrução que leva o homem a viver
de modo justo e digno (Sl 23.3).
Aperfeiçoar
o homem de Deus – “Para que o homem de
Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2Tm
3.17).
Este
é um dos grandes objetivos do ensino da Palavra de Deus: Levar o homem à
perfeição relativa no seu relacionamento com Cristo (2Tm 2.21; Tt 1.16).
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º.
Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
RENOVATO Elinaldo. As Ordenanças
de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O Testamento de Paulo à igreja. Edit.
Hagnus. SPaulo, 2014.
BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito V.2. Editora
Vida NovaSPaulo, 2000
HAYE. Tim La. Bíblia de Estudo Profética. Edit. Hatgnus. SPaulo, 2005
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.
Vl 5. Edit. Hagnus.