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sábado, 30 de maio de 2015

Lição 09- As Limitações dos Discípulos - 31.05.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015
                                              Lucas 9.38-42, 46-50  http://nasendadacruz.blogspot.com – pastorjoaobarbosa@gmail.com

Reflexão: Ao longo de seu ministério, Jesus foi seguido por homens simples, imperfeitos e limitados, mas jamais os descartou por isso.

Como nós, os apóstolos de Jesus, eram pessoas falíveis e que na caminhada cristã não há como mascarar e fingirmos superioridades espirituais ou coisas semelhantes.

Dessa forma, precisamos compreender que a vida cristã é feita de atitudes espirituais, entretanto, humanas também. As falhas e os tropeços não podem ser encarados por nós como um erro sem perdão.

Nós corremos o risco de falharmos em nossa missão por fraqueza ou fragilidade. Todavia, a nossa fé tem de estar firmada no Evangelho para desbaratarmos todas as artimanhas da vida e do inimigo das nossas almas.

Portanto, se faz necessário que o crente tenha uma vida de fé, oração e leitura com meditação da Palavra de Deus.

Os Evangelhos nos mostram que em certas ocasiões, os discípulos falharam (Lc 9.40, 41). No entanto, podemos constatar que Jesus não concordou e os corrigiu, mas nunca os desprezou ou abandonou.

Assim, podemos observar que os seguidores de Cristo não eram super-homens, mas, sim, seres humanos que viviam suas limitações e, como nós, dependiam de Deus para superá-las e prosseguir na caminhada.

A necessidade de uma vida devocional para o cristão – A intensidade da vida particular devocional do crente, com oração, leitura e meditação na Palavra de Deus, produz uma fé viva para uma caminhada frutífera.

O tempo gasto com Deus, é o que determinará a verdadeira altura, profundidade e largura de seu relacionamento com Deus e a sua devoção. O crente deve buscar ser identificado como foram os apóstolos Pedro e João (At 4.13).

A palavra devoção é definida por vocábulos como; consagração, dedicação interna, zelo.

Teologicamente pode ser definida como atenção ao ser supremo na adoração. Uma rendição do coração e das afeições a Deus, com reverência, fé e piedade nos deveres religiosos, particularmente na oração e na meditação.

Para todo o crente, independente de sua posição eclesiástica, devoção significa concentração diária nas Escrituras e na oração.

A devoção do crente ao estilo do Salmo 42, mostra o anseio do seu coração espiritualmente desejoso em servir a Deus, mas que ao mesmo tempo percebe que o serviço não é possível antes que ele mesmo se encontre com aquele que alimenta e dessedenta a sua alma.

Como o servo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti ó Deus. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante à face de Deus?(Sl 42.2,3).

O anelo do servo sedento em sua alma, ilustra visivelmente a intensidade do relacionamento que Deus deseja que tenhamos com ele.

Como a sede impulsiona o ser para o vale, também a nossa fome de recebermos mais de Deus, nos instiga à devoção particular e a fonte espiritual que dela brota.

O crente que não deseja ter intimidade com Deus é aquele cujo coração esfriou. Tal frieza, inevitavelmente se manifestará na sua vida pessoal e privada.

O cântico das Escrituras intitulado Salmo 42, credita aos filhos de Coré a sua autoria. Eles eram sacerdotes da tribo de Levi.

No ministério, eram guardas dos umbrais do Tabernáculo e seus pais haviam sido capitães do arraial do Senhor e guardadores da entrada (1Cr 9.19).

Como os crentes dos dias de hoje, estes sacerdotes eram vulneráveis a ficar sobrecarregados pelas tarefas e obrigações diárias, pois, eram eles os responsáveis pela verificação das portas do templo para que estivessem abertas.

É digno de nota que a herança espiritual dos filhos de Coré fosse um tanto tumultuosa. Foram Coré e duzentos e cinquenta outros líderes que se rebelaram contra Moisés (Nm 16).

Convencidos de que tinham sido bem sucedidos na liderança da congregação, decidiram fazer valer os seus direitos.

Moisés sentiu que os coraítas haviam ido longe demais, e entre o serviço diário e a busca rebelde, por influência e controle, os coraítas se afastaram de Deus.

Sabiamente, Moisés sugeriu que o Senhor era quem ia mostrar quem tinha sido escolhido por Deus.

Então, a ira do Senhor veio contra os coraítas e a terra abriu a boca para traga-los juntamente com todas as suas possessões.

O Salmo 42 mostra a frustração de andar a certa distância de Deus. Os filhos de Coré anelavam ter uma comunhão estreita com Deus. Algo, que por algum tempo não estavam tendo. Foi este ardente desejo que inspirou o Salmo 42.

Homens, não deuses – Na escolha dos discípulos de Jesus, não vemos o mérito usado como critério de seleção. Pelo contrário, vemos a graça de Deus lidando com as imperfeições. Esses homens até mesmo falharam quando esperávamos que acertassem.

Por serem discípulos de Jesus, e por terem aprendido aos pés do maior Mestre da história da humanidade, começamos a imaginar que esses homens eram os melhores em sua área e que até poderiam ter chegado à perfeição.

Mas não é isso que descobrimos quando lemos os Evangelhos. As narrativas bíblicas em vez de apresentarem heróis, mostram homens rodeados de imperfeições e limitações. Aprenderam sim, com o Mestre e nunca mais foram as mesmas pessoas, mas não deixaram de ser humanos.

Às vezes se tem a ideia de que a fé cristã para ser genuinamente bíblica, deve anular todas as fragilidades humanas, eliminar todas as limitações. Mais não é assim que a coisa acontece, nem tampouco é isso o que ensinam os Evangelhos.

Deus trabalha sim, com homens, mas homens imperfeitos, limitados, e que constantemente estão dependendo dEle. Esse princípio é válido para todas as áreas da vida cristã.

Estão presentes na vida do leigo e também do clérigo. São esses princípios que nos tornam humanos ou que revelam a nossa carência de Deus.

Deus é soberano, age, intervém, mas atua respeitando nossas limitações. É o mesmo princípio que encontramos na vida dos discípulos de Jesus.

Em diferentes circunstâncias encontramos como Jesus trabalhou com os discípulos para ensinar-lhes e os conduzir de maneira correta:

1. Lidando com a dúvida e a timidez – Logo após acalmar a tempestade no mar da Galileia, Jesus perguntou aos seus discípulos: Onde está a vossa fé? (Lc 8.25). Quando viu a inoperância dos discípulos frente a um menino endemoninhado, Ele disse: “Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? (Lc 9.41).

Se a falta de oração traz incredulidade, por outro lado, a falta de conhecimento da Palavra de Deus produz efeitos semelhantes.

O Mestre reprovou a incredulidade dos discípulos e os chamou de néscios, isto é, desprovido de conhecimento ou discernimento (Lc 24.25).

2. Lidando com a primazia e o exclusivismo – O exemplo de Jesus ao trabalhar com a figura de uma criança em (Lc 9.46,47), teve como objetivo de transmitir-lhes uma lição de humildade e os discípulos puderam ver o quanto eram egoístas e ambiciosos, na ocasião em que levantaram uma polêmica sobre qual seria deles o maior no reino dos céus.

3. Lidando com a avareza – Quando em certo momento do ministério de Jesus, um homem que estava no meio da multidão se dirigiu a Jesus e falou: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança” (Lc 12.13,14).

Observa-se que enquanto Jesus ensinava a se evitar uma atitude legalista e materialista, esse homem age de forma oposta àquilo que fora ensinado.

O homem estava preocupado com a herança a exemplo do que muitos fazem hoje que não estão preocupados em aprender de Cristo, mas usá-lo como trampolim para alcançar seus objetivos – a satisfação material.

Não temos como esgotar a excelência dos muitos ensinos de Jesus, nem tampouco enumerá-los, entretanto nos é de grande valor ensinos tais como evitar a ansiedade, e a necessidade do perdão jogando fora todo o ressentimento.

A Bíblia nos ensina que a raiz de amargura traz inúmeros prejuízos a saúde do ser humano e a sua vida espiritual – a alma (Ef 4.31).

Portanto, aprendendo com o Mestre Jesus, tal como os discípulos, não podemos inverter os valores da vida, pois viver ansiosamente, vai na contramão de uma vida forjada no Evangelho.

De igual modo aprendamos que o perdão é uma necessidade humana, pois, como uma via de mão dupla, à medida que perdoamos ao próximo, o nosso Deus igualmente nos perdoa.

Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
BUBECK. Mark I. O Adversário. S. R. Edições Vida Nova. SPaulo, 1993.
WAGNER, Doris. Como Ministrar Libertação. Editora Vida. SPaulo 2005.
OSBORN, T. L. Curai e Expulsai Demônios. Edit. Graça Editorial. RJaneiro, 2000.
FILHO, João. A. de Souza. O Ministério de Louvor: Revolução na Vida da Igreja –– Editora Betânia. Belo Horizonte, 1999
GIOIA, Egídio. Notas e Comentários A Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. RJaneiro, 1981.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo Scofield.



sexta-feira, 22 de maio de 2015

Lição 08- O Poder de Jesus sobre a Natureza e os Demônios - 24.05.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015
                                              Lucas 8.22-25, 35-39  http://nasendadacruz.blogspot.com – pastorjoaobarbosa@gmail.com


Reflexão: Ao mostrar o poder de Jesus sobre as forças naturais e sobrenaturais, as Escrituras sublinham sua natureza divina e identidade messiânica.

É importante notar na Bíblia, começando pelos livros mais antigos o controle de Deus sobre a natureza que criara.

Por isso o Salmista cantava: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos.

Um dia faz declaração a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo” (Sl 19.1-4).

Poder sobre a natureza – Resumo de algumas citações que mostram o controle de Deus sobre qualquer manifestação da natureza:
1º. – O dia e a noite (Gn 1.14, 16-18; Sl 74.16).
2º. – As estações do ano (Sl 74.17; Gn 1.14).
 3º. – A medida exata das águas (Jó.28.25).
4º. – A Meteorologia (Jó.28.25,26).
5º. – Deus vigia a extremidade da Terra (Jó.28.24).
6º. – As leis da Genética nos seres humanos, animais irracionais e vegetais segundo sua espécie (Gn 1.11,12).
7º. – Regulagem das Leis da Meteorologia (Jó.28.26; At 14.17; Gn 2.6; Jó 36.27-29; 37.16; Sl 104.1-32).

No Antigo Testamento, Deus se utilizou de homens que detiveram o Sol e a Lua (Jz 10.12-14).

Elias orou e pediu para que não chovesse, e por três anos e seis meses não choveu sobre a terra e orou outra vez e o céu deu chuva (Tg 5.17,18; 1Re 17.1; 18.41-45). Tanto Elias como Eliseu passaram a pé enxuto pelo Jordão.

Deus ordenou aos ventos que eles se detivessem no deserto do Sinai e que soprassem sobre o mar e o mar abriu caminho para os filhos de Israel passar a pé enxuto.

O apaziguamento da tempestade é o primeiro milagre que Jesus opera. Nele é demonstrado a autoridade de Jesus sobre a natureza e sobre os demônios, a doença e a morte.

Cada inimigo aparentemente domina a situação, mas todos são dominados por Jesus que mostra a extensão da sua autoridade. Que tipo de tempestade era essa?

A razão para essa ventania era a área ao redor do lago. As águas naquela localidade ficam 213 metros abaixo do nível do mar.

Chuvas fortes no mar da Galileia era algo que sempre acontecia, e esse tipo de tempestade que Jesus e seus discípulos enfrentaram era uma ocorrência frequente naquela área.

E é naquele local que ocorre o desaguamento de rios que cortam os profundos vales cercados por planícies e montanhas.

Esses vales funcionam como um funil que conduz o ar frio das montanhas para baixo quando os ventos passam pelas planícies.

Assim, quando o ar com temperatura mais baixa atinge a massa de ar quente da costa do lago, violentas tempestades são geradas sem aviso prévio.

Vários discípulos eram pescadores experientes, acostumados com o mau tempo.

Entretanto, eles nunca tinham visto ventos como os que sopraram em direção à sua embarcação naquele dia (Lc 8.23), o que fez com que aterrorizados, fossem acordar o Mestre pois temiam não sobreviver.

Todavia, seu medo dos ventos e das ondas deu lugar ao milagre e à admiração quando Jesus se levantou e acalmou as águas.

Poder sobre os demônios – Embora as forças espirituais do mal pareçam maiores que nós, Jesus é mais poderoso do que todas elas.

Se a natureza é uma força impessoal, o mesmo não se pode dizer do Diabo.
A Bíblia mostra que ele é um ser pessoal, isto é, dotado de personalidade. Jesus e seus discípulos tiveram que enfrenta-lo muitas vezes.

A Bíblia desconhece a ideia de um Diabo mitológico ou que é um produto da cultura humana.

Nas Escrituras, Satanás e seus demônios são mostrados como seres reais e uma das mais poderosas armas do Diabo é tentar mostrar que ele não existe.

Os evangelhos registram que havia muitas pessoas oprimidas e possuídas pelos demônios no antigo Israel.

De fato, a missão de Jesus como o  Messias prometido, incluía a libertação das pessoas dominadas pelo Diabo.

Chegando a Nazaré onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.

E foi-lhe dado o livro do profeta Isaias; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:

O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.16-19).

Nesses confrontos uma coisa ficou logo evidente – Jesus, durante o seu ministério terreno exerceu autoridade sobre todas as castas de demônios.

As pessoas viram isso e admiradas, se perguntavam que poder era aquele, pois Jesus ordenava aos demônios que eles saíssem e eles obedeciam.

Até os próprios demônios estavam conscientes de poder de Jesus sobre eles: “Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!” (Lc 4.34).

Lucas mostra que Jesus não apenas possuía autoridade sobre os demônios como também delegou para seus discípulos essa autoridade.

E voltaram os setenta com alegria dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.

Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.17-19).

O cristão portanto, possui autoridade sobre o reino do mal. Isso se tornou possível porque Jesus conquistou a vitória sobre Satanás na cruz do Calvário:

Havendo riscado a cédula que era contra nós, nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.

E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl 2.14,15).

Estando em Cristo, o crente agora encontra-se em posição de domínio sobre o poder das trevas:

Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo principado e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.

E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja” (Ef 1.20-22).

Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo, (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.4-6).
 Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
BUBECK. Mark I. O Adversário. S. R. Edições Vida Nova. SPaulo, 1993.
WAGNER, Doris. Como Ministrar Libertação. Editora Vida. SPaulo 2005.
OSBORN, T. L. Curai e Expulsai Demônios. Edit. Graça Editorial. RJaneiro, 2000.
GIOIA, Egídio. Notas e Comentários A Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. RJaneiro, 1981.
Bíblia de Estudo Pentecostal.

Bíblia de estudo Scofield.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Lição 07 – Poder sobre as Doenças e Morte - 17.05.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015
                                              Lucas 4.38,39; 7.11-17  http://nasendadacruz.blogspot.com – pastorjoaobarbosa@gmail.com

Reflexão: Ao curar os enfermos e dar vida aos mortos, Jesus demonstrou o seu poder messiânico e provou também o amor de Deus pela humanidade caída.


O problema das doenças e das enfermidades está diretamente relacionado ao problema do pecado e da morte (Rm 5.12).

Doente é o que sente dor, o que sofre, o que padece. Enfermo é o que está debilitado, enfraquecido pela doença.

A gênesis das enfermidades, doenças e mortes, são consequências da queda.

Embora não se possa negar a existência de problemas psicológico ou psicossomáticos, a Bíblia nos mostra que o problema subjacente ou fundamental desses males está ligado a condição espiritual do homem para com Deus.

Esses males são de dois tipos: o pecado que alterou toda constituição física do homem e Satanás (At 10.38; Mc 9.17-29; Lc 13.11-13; At 19.11,12).

Quando vemos ainda a interpretação dada por Mateus de Isaias 53.45, e Mt 8.16,17, a palavra hebraica traduzida por dores em Isaias 53, é traduzida em todos outros lugares da Bíblia como doenças; e também por suas pisaduras (feridas) fomos sarados.

A expressão “tomou sobre si”, em Mt 8.17, significa “substituição” – “sofrendo por”, e não compaixão, que quer dizer: sofrendo com.

O contexto dar a entendermos que, se Cristo tomou nossas enfermidades, não temos que viver enfermos.

Em Dt 28, encontramos a doença como uma parte da maldição, mas em Gl 3.13, está escrito que Cristo nos resgatou da maldição da lei.

As pessoas precisam ouvir a verdade acerca de Jesus. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).

E se a verdade vos libertar, então, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).

Por que muitas pessoas não são curadas? Por falta de ensino da Palavra de Deus.
Rm 10.17 nos diz: “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir a palavra de Deus”.

É por falta de ensinar esta grande verdade que muitas pessoas não recebem a cura divina.
Para sermos curados precisamos do ensino da Palavra de Deus quanto a este assunto.

O doente não é curado por nossa compaixão. Ele é curado pela fé do doente junto com a fé do que ora, ou simplesmente a fé do que ora (Mc 2.5).

Quando o pai do menino que tinha um espírito mudo, disse: se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, Jesus disse: “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê” ((Mc 9.17-29).

Se quisermos ver as pessoas libertas da escravidão da doença, devemos ensinar-lhes a porção das Escrituras com relação à cura divina, esse conhecimento da palavra, e a fé de que Deus vela sobre sua palavra para as cumprir (Jr 1,11,12).

Devemos ter convicção de que Jesus Cristo quer curar a todos (Is 53.4,5; 1Pe 2.24).
Seja-vos feito segundo a vossa fé” (Mt 9.29b). Tiago admoesta: “Peça com fé não duvidando” (Tg 1.6).

A cura na Bíblia, é tanto física como espiritual. As duas maldições que satanás tem lançado contra a humanidade são o pecado e a doença.

Ambas, entraram no mundo pela desobediência do primeiro casal.
As duas bênçãos redentoras que Cristo trouxe ao mundo são a salvação e a cura – libertação do pecado e da doença.

Não admira que Jesus tenha dito ao paralítico: “Filho, perdoado são os teus pecados” (Mc 2.5; Mt 9.2).

Quando ele se levantou, tomou sua cama e andou, deixou seus pecados e suas enfermidades para trás (Mc 2.9). Devemos sempre ver uma plena libertação em Jesus Cristo.

A palavra grega traduzida por salvo em Rm 10.9, “serás salvo”, é a mesma palavra usada por Marcos, quando escreveu:

“E todos os (enfermos) que lhe tocavam, saravam” (Mc 6.56). Ambas as palavras “salvo” e ‘saravam”, foram traduzidas do verbo grego sozo.

Vejamos o que estas palavras significam no texto original. Cada uma das palavras encontradas nas seguintes passagens das Escrituras são traduzidas do mesmo verbo grego sozo:

Sare (Mc 5,23); salvo (Mc 16.16); salvo (Lc 8.36); salvo (At 2.21); curado (At 14.9); salvos (Ef 2.8); salvou (Lc 18.42); salvará (Tg 5.15; Mc 5.34); sararei (Mc 5.28); salvou (Lc 17.19); curado (At 4.9, 12); saravam (Mc 6.56). Todas essas palavras vêm do verbo grego sozo.

Não deveria haver tantos enfermos em nosso meio, porque Jesus tomou sobre si as nossas enfermidades (fraquezas) e levou as nossas doenças (moléstias) (Mt 8.17; Is 53.4; 1Pe 2.24).

A provisão de Deus através da redenção é tão abrangente quanto as consequências da queda.

Para o pecado Deus provê o perdão; para a morte Deus provê a vida eterna e a vida ressurreta.

E para a enfermidade Deus provê a cura (Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). No seu ministério terreno Jesus ensinava a Palavra de Deus, pregava o arrependimento (problema do pecado), e as bênçãos do reino de Deus (a vida).

E a cura de todo tipo de moléstias, doenças e enfermidades entre o povo (Mt 4.23-25).
Curar seu povo é um compromisso de Deus. Ele fez com seu povo uma aliança de cura (Ex 15.25,26).

Quando os filhos de Israel saíram do Egito, algo em torno de três milhões de pessoas, o Senhor determinou que entre as suas tribos não haveria nenhum um só enfermo (Sl 105.37).

Um dos sete nomes redentores de Deus que encontramos nas notas de rodapé da Bíblia de “Scofields” podemos destacar Jeová-Rafah: “Eu sou o Senhor que te sara” (Ex 15.26).

Esse nome é dado para revelar nosso privilégio redentor de sermos curados.
Isaias, no capítulo da redenção – 53, declara: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si” (Is 53.45; Mt 8.17).

A primeira aliança que Deus fez depois da passagem pelo Mar Vermelho, um tipo de nossa redenção, foi a aliança de cura.

Foi naquela ocasião que Deus se revelou como nosso médico, pelo primeiro nome redentor da aliança – Jeová-Rafah: “Eu sou o Senhor que te sara”.

Isto é um estatuto e uma ordenança (Ex 15.25). Assim como nessa ordenança antiga, temos no mandamento de Tiago 5.14 uma ordenança de cura em nome de Cristo tão sagrada e obrigatória a toda igreja, hoje, como a ordenança da Ceia do Senhor e do batismo dos cristãos.

Uma vez que Jeová-Rafah é um dos nomes redentores de Deus selando a aliança de cura, Cristo em sua exaltação não podia abandonar seu ofício de curar como não abandonou seus ofícios revelados em outros nomes.

Isaias inicia o capítulo da redenção com a pergunta: “Quem deu crédito a nossa pregação? E a quem se revelou o nome do Senhor?” (Is 53.1).

A pregação continua dizendo que ele levou nossos pecados e enfermidades. “A fé vem pelo ouvir e o ouvir a Palavra de Deus” (Rm 10.17).

Nosso futuro é tanto físico como espiritual. Nossa redenção também é tanto física como 
espiritual (1 Co 15.54).

Impedimentos à cura – Às vezes, há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como:
1. Pecado não confessado (Tg 5.16).
2. Opressão ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13).
3. Medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 5.6,7).
4. Insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7).
5. O impedimento do povo (Mc 10.48).
6. Ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13).
7. Negligência dos presbíteros no que concerne à oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16).
8. Descuido da igreja em buscar e receber os dons de operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 6.8; 8.5,6; 1Co 12.9,10, 29-31; Hb 2.3,4).
9. Incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19,23,24). 
10. Irreverência com as coisas santas do Senhor (1Co 11.29,30).

Casos há que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados (Gl 4.13,14; 1Tm 5.23; 2Tm 4.20).

Noutros casos, Deus resolve levar seus amados santos ao céu, durante uma enfermidade (2Rs 13.14,20).

Fonte de pesquisa:
GONÇALVES, José – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015.
BUBECK. Mark I. O Adversário. S. R. Edições Vida Nova. SPaulo, 1993.
WAGNER, Doris. Como Ministrar Libertação. Editora Vida. SPaulo 2005.
OSBORN, T. L. Curai e Expulsai Demônios. Edit. Graça Editorial. RJaneiro, 2000.
GIOIA, Egídio. Notas e Comentários A Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. RJaneiro, 1981.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo Scofield.



sexta-feira, 8 de maio de 2015

Lição 06 – As Mulheres que Ajudaram Jesus - 10.05.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre / 2015  
                                                           Lucas 8.1-3    http://nasendadacruz.blogspot.com – pastorjoaobarbosa@gmail.com
EBD COMADALPE
Reflexão: A mulher sempre teve um papel importante na expansão do Reino de Deus.

Jesus e as mulheres (Lc 7.11-17, 36-50; 8.1-3; 10.38-42; 13.10-17; 23.27-31) – Além dos outros evangelhos, somente o livro de Lucas registra seis episódios entre Jesus e as mulheres.

Tais referências comprovam a importância das mulheres no ministério do Senhor Jesus Cristo e na expansão do seu Reino, conforme enfoca o objetivo geral da lição em estudo.

As mulheres tiveram uma participação especial no ministério terreno de Jesus, para as quais, Jesus tornou-se não só o Salvador pessoal de cada uma delas, mas também, aquele que resgatou a dignidade da condição social feminina, que em sua época eram consideradas inferior.

Jesus as valorizou como ninguém jamais o fez. Foi professor, amigo, libertador dos poderes malignos, juiz, Salvador, e ainda concedeu-lhes o privilégio de poderem contribuir financeiramente para a expansão do Reino de Deus.

Na cultura judaica do primeiro século, as mulheres eram geralmente tratadas como cidadãs de segunda classe, tendo apenas alguns direitos que os homens tinham.

Mas Jesus ultrapassou estas barreiras, e Lucas mostrou o cuidado especial que o mestre tinha pelas mulheres. Jesus tratou todas com o mesmo respeito.

As passagens acima remetem a acontecimentos em que Jesus falou com várias mulheres e salvou-as.

Jesus, o Judaísmo e as Mulheres – Tem causado espanto em muitos pesquisadores, o relato dos evangelhos sobre a participação feminina no ministério público de Jesus.

Essa admiração existe em razão da atenção que os evangelistas, especialmente Lucas, dão às mulheres. O relato lucano mostra que as mulheres tiveram participação ativa no ministério de Jesus.
E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus;
e os doze iam com ele, e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades:

Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas” (Lc 8.1-3).

O escritor José A. Pagola destaca essa atenção especial que o evangelho de Lucas, dispensa ás mulheres. Em seu relato, aparecem personagens femininas de uma força extraordinária.

Maria, mãe de Jesus, Izabel, Ana, a viúva de Naim, a pecadora na casa de Simão, suas amigas Marta e Maria. Maria de Magdala, uma mulher anônima que tece elogios à sua mãe...

Lucas tem um interesse especial em apresentar Jesus curando mulheres enfermas – a sogra de Simão, a mulher que sofria de hemorragia, a anciã encurvada, Maria de Magdala, da qual liberta sete demônios (Lc 8.2).

Também sublinha sua compaixão e sua ternura com a mulher pecadora (Lc 7.36-50), com a viúva de Naim (7.11-17), com as que saem chorando ao seu encontro no caminho da cruz (23.27-31).

Pagola destaca ainda, que essas mulheres são seguidoras de Jesus e acompanham os doze: Maria Madalena, Joana, mulher de Cuza, Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens (8.1-3).

Quando os varões abandonaram Jesus, elas permanecem fiéis até o fim junto à cruz (23.49).

São as primeiras a anunciar a ressurreição de Jesus, embora os discípulos não acreditaram nelas (24.22).

O Evangelho de Lucas nos ajudará a olhar as mulheres como Jesus olhava, para defender sua dignidade e para fazer com que elas ocupem em sua comunidade o lugar que lhes corresponde.

Essa forma de enxergar a mulher, não a tratando como objeto como fazia, por exemplo, o antigo judaísmo, era totalmente inusitada na Palestina dos dias de Jesus.

Jesus, portanto, mudou o paradigma que via as mulheres como “coisa” e não como um ser especial formado por Deus.

O contraste existente, portanto, entre o tratamento que Jesus deu às mulheres e aquele que elas recebiam da sociedade de seus dias, é de fato enorme.

Na verdade, Jesus promoveu uma verdadeira “inversão” de valores naqueles dias. O objeto passou a ser sujeito!

De uma forma geral, a cultura oriental era bastante rígida com a participação feminina na coletividade.

Ainda sobre a presença feminina na vida pública da Palestina nos dias de Jesus, o escritor e historiador J. Jeremias destaca que as mulheres não podiam sair de casa sem terem seus rostos cobertos por uma espécie de burca.

Dessa forma não era possível nem mesmo reconhecer seu rosto. É conhecido o caso de um sacerdote que mandou açoitar a própria mãe porque não a reconheceu por causa da indumentária que ela vestia!

J. Jeremias destaca que a mulher que saia de casa sem ter a cabeça coberta, quer dizer, sem o véu que ocultava o rosto, faltava de tal modo aos bons costumes que o marido tinha o direto, até mais, tinha o dever de despedi-la sem ser obrigado a pagar a quantia que, no caso de divórcio, pertencia à esposa, em virtude do contrato matrimonial.

As regras do decoro, observa ainda J. Jeremias, proibiam encontrar-se sozinho com uma mulher casada, e até mesmo cumprimenta-la.

Seria vergonhoso para um aluno de escriba falar com uma mulher na rua. Aquela que conversasse com alguém na rua ou ficasse do lado de fora de sua casa podia ser repudiada sem receber o  pagamento previsto no contrato de casamento.

Isso nos permite entender outros textos dos Evangelhos onde Jesus aparece conversando com mulheres!

No Evangelho de Lucas, por exemplo, vemos Jesus dialogando com as irmãs Marta e Maria e no Evangelho de João a clássica história da samaritana.

Até mesmo os apóstolos, que acompanhavam Jesus de perto, admiraram-se dessa ousadia do Mestre.

Mulheres que tiveram um encontro pessoal com Jesus – A escritora Wanda de Assumpção ao apresentar um esboço sobre as mulheres que tiveram um encontro pessoal com Jesus, divide em quatro grupo todas as mulheres que de alguma forma se encontraram com Jesus.

No grupo das que tiveram Jesus como seu sustento e consolo, estão: Ana, a profetisa, a viúva de Naim e a viúva pobre.

No grupo de mulheres que tiveram Jesus como a sua justificação, estão: a pecadora que ungiu os pés de Jesus e a mulher adúltera.  

No grupo das que tiveram Jesus como a cura, estão: a sogra de Pedro, a mulher com hemorragia, a mulher curvada por enfermidade, a mulher siro-fenícia e Maria Madalena.

Por último, no grupo das mulheres que tiveram Jesus como água viva que sacia a sede, encontram-se: a mulher samaritana, Marta, Maria de Betânia, a mãe de Tiago e João e Maria, a mãe de Jesus.

De todas essas histórias, a narrativa sobre a mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus se mostra como uma das mais belas e fascinantes.

Ela mostra que Jesus valorizou as mulheres e devolveu-lhes a dignidade perdida.


                Fonte de pesquisa: Este estudo foi baseado no Comentário da Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015 / no Capítulo 6 do livro de: GONÇALVES. José. Lucas. O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Janeiro de 2015. E na Bíblia de Aplicação Pessoal (Comentário de Lucas cap. 8).