Subsídios
para o Ensino da Lição: Pr. João
Barbosa
Texto da Lição: Daniel
12.1-4, 7,9, 11-13
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM:.
1. Compreender o tempo do cumprimento da profecia
entregue a Daniel.
2. Explicar a doutrina da ressurreição do corpo
na Bíblia.
3. Reconhecer a nossa limitação e finitude como
seres humanos.
CONSIDERAÇÕES
O tempo da
profecia – A expressão “naquele
tempo” do capítulo 12 e vs. 1 de Daniel, se refere ao período da Grande
Tribulação, quando o Anticristo liderará o mundo política e belicamente.
Será um período de brutal e sangrenta perseguição contra os judeus e
tantos quantos estiverem a favor de Israel (Dn 11.35,40).
Em suas terras, o povo judeu sofreu muitas invasões de inimigos. Porém,
nem as piores incursões contra Israel, como as da Babilônia e os horrores do
holocausto nos dias de Hitler (1939-1945), podem se comparar com o “tempo
de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” (v.1)
A proporção deste conflito ultrapassará qualquer outro momento da
história da civilização (Mt 24.21,22; Jr 30.5-7).
Tal tempo será pior do que qualquer coisa conhecida da história da
humanidade; muito pior do que a destruição de Jerusalém em 70 d.C. (1 milhão de
vítimas),
do que a Peste Negra (9 milhões de mortos), do que Primeira Guerra
Mundial (20 milhões de mortos) do que a desvastação da Segunda Guerra Mundial
(alguns enumeram cerca de 50 milhões de mortos),
e o Holocausto de Hitler (6 milhões de judeus e pelo menos 4 milhões de cristãos
mortos).
As Escrituras dão mais espaço para descrever a vindoura Tribulação do que
qualquer outro evento profético.
Os profetas hebreus a mencionam 39 vezes, chamando-a de “tempo de
angústia de Jacó” (Jr 30.7), “angústia” (tribulação, Dt 4.30), e muitas outras
variantes que indicam tribulação.
O NT a chama de “o dia do Senhor” (1Ts 5.2), “a ira de Deus” (Ap 14.10;
15.1,7; 16.1) e “a ira do Cordeiro” (Ap 6.16,17).
Ap 6-19 descreve os eventos desse período de tribulação, a melhor
descrição desse terrível e próximo tempo que todo mundo experimentará.
Daniel, o profeta hebreu que Jesus mais citou predisse que tempos
difíceis durariam sete anos e seriam
inaugurados com a assinatura de uma aliança de sete anos entre Israel e
“o príncipe que há de vir” (chamado em outro lugar de “anticristo” ou “a
besta”.
Então ele predisse que essa “besta” ou governante político quebraria tal
aliança no meio da Tribulação e profanaria o Templo (Dn9.26,27).
Novamente, Daniel predisse que quando o Anticristo surgisse, ele seria
fortalecido pelo próprio Satanás com
“todo o poder e sinais e prodígios de mentira” (2Ts 2.9), e profanará o
Templo e exibirá uma imagem de si mesmo, exigindo que as pessoas o adorem.
Há pouca dúvida quanto a quando a Tribulação ocorre ou quanto tempo
durará. Daniel prediz que durará “uma semana” (sete anos – Dn 9.27).
Em Apocalipse, João a divide em três anos e meio cada, ou 1.260 dias
cada, perfazendo o total de sete anos.
Durante os primeiros três anos e meio, mais da metade da população
mundial morre.
Durante a segunda metade, as
condições pioram ainda mais, depois que Satanás é expulso do céu e possui o
corpo do Anticristo e exige que o mundo o adore.
Nosso Senhor Jesus predisse que essa Tribulação terminaria imediatamente
antes do Seu retorno para estabelecer seu reino terreno por mil anos (Mt 24.29;
Dn 9.24).
Não devemos jamais perder de vista o verdadeiro propósito desse período
da Tribulação: uma expressão divina da Sua misericórdia e graça.
Pois nesse breve período de sete anos, num tempo em que a população do
mundo estiver maior, Deus abalará a terra numa tentativa de diminuir a falsa
sensação de segurança do homem.
Ele enviará 144 mil testemunhas judias cheias do Espírito Santo (Ap 7;
Joel 2.28-32) e outras testemunhas.
Deus usará das medidas mais extremas de toda a história durante os dias
finais da vida do homem na terra para trazer um número enorme de almas à fé nEle,
a fim de que multidões de pessoas possam gozar das bênçãos que ele tem
preparado para o seu futuro eterno.
Ressurreição e
vida eterna – Quando lemos o AT temos
a impressão de não vermos a doutrina da ressurreição dos mortos com clareza,
principalmente nos livros da lei, o Pentateuco.
Entretanto, aqui, Daniel não deixa dúvida quanto a veracidade dessa
gloriosa doutrina: “E muitos dos que
dormem no pó da terra ressucitarão, uns para a vida eterna e outro para
desprezo e vergonha eterna” (v.2).
Daniel 12.1 nos informa um livro onde consta os nomes dos santos a
ressuscitar para a vida eterna e dos ímpios para vergonha e desprezo eterno.
Entretanto, o vers 2 não se refere a uma ressurreição geral, isto é, de
todos os que já dormem. O texto diz apenas muitos dos que dormem.
Esta expressão pode se referir aos mártires da grande tribulação que
ressuscitarão (Ap 7.14,15).
O texto sugere também o advento das duas ressurreções conforme vemos no
Apocalipse 20.12,13.
A primeira ressurreição refere-se aos justos e a segunda, após o milênio,
aos ímpios (Jo 5.28,29; Mt 25.46; Dn 12.2; 1Co 15.51,52).
Os estudiosos modernos concordam que o apóstolo Paulo é a maior
testemunha das manifestações de Jesus após sua ressurreição.
Tendo sido um adversário ardente do cristianismo (Gl 1.13,14; 1Co 15.9;
Fp 3,4-7), Paulo explica que a sua incredulidade terminou quando viu a Jesus
ressurreto (1Co 15.9; At 9.3-9).
Convertido do judaísmo para tornar-se um dos maiores estudiosos do
cristianismo, Paulo é com certeza uma
excelente testemunha tanto da doutrina da ressurreição como da
ressurreição de Jesus.
No entanto, por mais crucial que seja o testemunho ocular de Paulo sua contribuição é muito maior do que
esta experiência.
Em 1Co15.3-7 Paulo registra uma tradição muito antiga, que é na verdade
anterior a ele.
Vemos um comentário sucinto do conteúdo do evangelho da igreja primitiva:
Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado, resuscitou dos mortos, e
depois apareceu tanto individualmente como em grupo.´
Paulo explica de modo espécífico que a parte mais importante de sua
mensagem consistia desse evangelho e que ele o estava passando adiante
exatamente como recebera dos outros (1Co 15.3; 11.23).
Muitos pensam que Paulo primeiro ouviu esse testemunho quando fez sua
viagem a Jerusalém por volta do ano 35 d.C., apenas três anos após a sua
conversão.
Ali ele passou um tempo com Pedro e Tiago, irmão de Jesus (Gl 1.18,19),
falando sobre o evangelho (Gl 1.11 – 2.10),
mas Paulo não parou depois de uma única viagem para investigar este
testemunho apostólico.
Ele estava tão interessado na verdade do evangelho que voltou a Jerusalém
14 anos depois (Gl 12.1-10).
E explica que fez isto a fim de ter absoluta certeza de que esta mensagem
não era falsa (Gl 2.2).
Desta vez não só Pedro e Tiago estavam presentes, mas também João, o
apóstolo e juntos confirmaram a mensagem de Paulo (Gl 2.9,10).
Paulo acrescenta ainda mais informações: não só os outros principais
apóstolos aprovavam a sua pregação do evangelho,
como também Paulo explica que estava bem ciente dos ensinos deles com
relação as manifestações da ressurreição.
Eles ensinavam a mesma verdade que Paulo ensinava (1Co 15.11). Juntos,
eles pregavam que foram testemunhas dos aparecimentos de Jesus (1Co 15.12,15,
20).
A profecia foi
selada – Daniel recebeu a ordem
de “fechar” e “selar” a profecia sobre a história do mundo.
O livro de Daniel é a chave de todas as profecias bíblicas. Sem ele,
remotas revelações escatológicas e seu escopo profético são inexplicáveis.
“As grandes profecias do Senhor, no discurso sobre o monte das Oliveiras
(Mt 24 – 25; Mc 13, Lc 21), bem como 2Ts 2 e o livro de Apocalipse (ambos
mencionam o Anticristo de Daniel 11), só podem ser compreendidas com a
ajuda das profecias de Daniel” (Unger, Commentary,
p.1606).
O que o futuro
nos reserva? – A Bíblia prediz os
principais eventos futuros, e nos dá a visão geral do que virá no tempo do fim.
Os detalhes específicos não são sempre claros e devemos ser cautelosos
quanto a tentar especular além do que a própria Bíblia revela.
O nosso objetivo é que sejamos equilibrados, sem minimizar nem maximizar
o futuro. Não devemos tentar fazer a Bíblia dizer mais do que realmente está
dizendo.
Aqueles que preferem uma interpretação literal da profecia prevêem o retorno de Israel à terra, a reconstrução
do Templo, o surgimento de um Anticristo literal,
a assinatura e o rompimento de um verdadeiro tratado de paz, e a
derradeira invasão de Israel, que levará á batalha do Armagedom.
As declarações básicas da profecia bíblica não devem simplesmente ser espiritualizadas.
O arrebatamento significa “ser levado” ao céu (1Ts 4.13-17) e os “mil
anos” do reinado de Cristo significam literalmente mil anos (Ap 20.4; 2.26;).
Não deve ser descartado o uso de linguagem figurada ou simbólica nas
passagens proféticas (tal como “o Cordeiro”, “a besta, e o “dragão”),
Mas pode-se crer que as passagens proféticas que apontam para a segunda
vinda de Cristo referem-se à pessoas e
eventos específicos, como as passagens proféticas que apontavam para a
sua primeira vinda, como Is 53.
De acordo com o ponto de vista pré-tribulacional, Jesus Cristo retornará
para arrebatar a Igreja, antes da tribulação.
Ao comentar este evento espetacular, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu
com alarido, e com voz de
arcanjo, e com a trobeta de Deus, e os que morreram em Cristo resuscitarão primeiro; depois,
nós, os que ficarmos
vivos seremos arrebatados [gr. harpazo, “agarrados e levados”] juntamente com
eles, nas nuvens,
a encontrar o Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4.16-17).
A visão do futuro na profecia bíblica encontra-se em quinze predições-chave, muitas envolvendo sinais do retorno de Cristo no fim da Tribulação.
Algumas destas profecias já se cumpriram, de modo que estamos provavelmente
muito próximos do fim,
porque o arrebatamento precederá o retorno final de Cristo à terra (Ap
22.20; 1.7).
Consultas: Lições Bíblicas
EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed.
Vida Nova
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus.
SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia
de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
Bíblia
de Estudo Macarthur. SPaulo, 2013. SBB.
LAHAYE,
Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
LAHAYE,
Tim. Bíblia de Estudo Profética – Editora Hagnus
LAN
Dong Yu. Daniel – O Destino do Governo Humano na Economia de Deus. SPaulo 1993.
Editora Árvore da Vida.
CHAFFER.
Teologia Sistemática – Vls, 7 e 8. SPaulo,
2003. Hagnos.
LADO.
George Eldon.Teologia do NT. SPaulo, 2014. Editora Hagnus.