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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Daniel, Nosso Contemporâneo: Lição 01 EBD CPAD 4º. Tri 05.10.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 1.1,2; 7,1; 12.4

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.  Conhecer panoramicamente o livro de Daniel.
2.  Explicar a autoria e a história por trás do livro de Daniel.
3.  Compreender os fatos que propiciaram o exílio na Babilônia.

 CONSIDERAÇÕES
A história por trás do livro de Daniel - Com a queda e expulsão do homem do jardim do Éden (Gn 3.7-24), e a morte de Abel por seu irmão Caim (Gn 4.8-15), e a destruição da humanidade através do dilúvio com a preservação de 8 pessoas:
Noé, sua esposa, seus três filhos e suas três noras (Gn 6.5-12,18), seguido da rebelião do homem em Babel após o dilúvio, Deus resolveu chamar do meio daquela raça caída, um homem através do qual o Senhor formaria uma nação que temesse o seu nome e através desta nação todos os povos pudessem ter o conhecimento de Deus.
Assim o Senhor chamou a Abraão de Ur dos Caldeus (Gn 12.1-3).
Os descendentes de Abraão desce ao Egito - Abraão constituiu uma família e essa família tornou-se uma liga de doze tribos, que em determinado tempo desceu ao Egito (Gn 46.1-6), onde permaneceu quatrocentos anos (Gn 15.13; Ex 12.40,41).
A saída de Israel do Egito (Ex 12.37, 40,41) – Deus tirou Israel do cativeiro egípcio com mão forte, depois de castigar o Egito com dez pragas, incluindo a morte de todos os primogênitos egípcios dos homens e dos animais.
Israel perambulou no deserto quarenta anos sob a liderança de Moisés (Nm 14.34).
Com a morte de Moisés, Deus escolheu Josué (Js 1.1,2), para a conquista da terra, o que foi feito num período de sete anos.
Período teocrático – A teocracia ocorreu durante o período dos juízes, depois da morte de Josué, período que durou de acordo com o apóstolo Paulo quase quatrocentos e cinquenta anos até o profeta Samuel (At.13.20).
Neste período Israel oscilou entre pecado, juízo, arrependimento e restauração.
Período monárquico – Por um período de cento e vinte anos, Israel esteve sob a liderança dos reis Saul, Davi e Salomão, que ficou conhecido como período do Reino Unido, onde Israel foi governado quarenta anos pelo rei Saul, quarenta anos por Davi e quarenta anos por Salomão.
Com a morte de Salomão em 931 a.C. sob o governo de seu filho Roboão, o reino se dividiu em: reino do Norte e reino do Sul.
O reino do Norte, formado por dez tribos, teve dezenove reis e oito dinastias, e todos os reis foram homens ímpios que não fizeram a vontade do Senhor e irritaram a Deus com suas abominações.
Por causa de sua obstinação e desobediência, Deus permitiu que as dez tribos do Norte fossem levadas para o cativeiro pelo rei da Assíria em 722 a.C., de onde jamais retornaram.
O reino do Sul, formado pelas tribos de Judá e Benjamim, procedia da dinastia davídica.
Esse reino teve vinte reis e experimentou altos e baixos, momentos de glória e tempos de calamidade, reis piedosos no trono e reis perversos e maus.
O reino alternou momentos de volta para Deus e momentos de rebeldia. Porque o povo abandonou a Deus e não quis ouvir sua palavra, Deus enviou seu juízo sobre a nação.
Os caldeus vieram contra eles, e Deus os entregou nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia (Jr 25.1,9; 46.2). Naqueles dias, duas nações lutavam pelo domínio da região: A Assíria e o Egito. Neco, rei do Egito, subira para a batalha contra o rei da Assíria (2Re 23.29).
Josias, rei de Judá, temendo pela segurança de seu reino, achou melhor atacar o exército egípcio, mas morreu na batalha de Carquémis, no ano de 609 a.C., e o povo da terra colocou como rei em seu lugar a Joacaz, seu filho (2Re 23.29,30).
Mas, vindo o rei do Egito à Jerusalém, destituiu a Joacaz que tinha apenas três meses de reinado e colocou em seu lugar a Eliaquim, filho de Josias e lhe mudou o nome para Jeoaquim (2Re 23.24). O cativeiro de Judá foi retardado, mas não evitado (2Re 23.26,27).
A queda de Jerusalém ocorreu em três fases distintas: 605, 597 e 587/86, das quais somente a primeira é mencionada em Daniel (Dn 1.1,2).
Nabucodonosor fez três incursões sobre Jerusalém. Em 605 a.C., levou os nobres, entre os quais estavam Daniel e seus amigos. Levou também os vasos do templo e impôs um pesado tributo a Jeoaquim.
Este, foi um rei ímpio. Seu pai, Josias, rasgou suas roupas em sinal de constrição e arrependimento, mas Jeoaquim rasgou e queimou o rolo da Palavra de Deus que continha as mensagens do profeta Jeremias, e mandou prender o mensageiro (Jr 36.20-26). Em 598 a.C., morre Jeoaquim e seu filho Joaquim, reinou em seu lugar (2Re 24.5,6).
Quando houve a segunda deportação, quem estava reinando em Jerusalém era Joaquim, filho de Jeoaquim em 597 a.C. e Nabucodonosor veio outra vez a Jerusalém e levou cativo a Joaquim com a sua família.
Nessa deportação ele levou o restante da nobreza e todos os artífices e homens de guerra. Levou também Ezequiel, oito anos depois que Daniel tinha ido para o cativeiro.
O próprio Nabucodonosor pôs no lugar de Joaquim, seu tio Matanias, e lhe mudou o nome para Zedequias que ficou no trono até a queda final de Jerusalém em 586 a.C. (2Re 24.17-20).
Zedequias, rei de Judá (2 Re 24.17 – 25.7). Esse homem, foi um rei títere, abandonado na Palestina para cuidar do rebotalho humano que fora deixado ali por Nabucodonosor.
Tudo quanto era de valor e força foi deportado (2Re 24.14-16). Embora Zedequias fosse apenas um rei títere (que governa em nome de outro), não possuía recurso material algum, mesmo assim ele armou uma revolta (2Re 24.20), o que provocou outro cerco e a terceira deportação – era o ano de 586 a.C. (2Re 25.1-7).
A tragédia se abatera sobre Judá de maneira terrível. Os filhos de Zedequias foram mortos em sua presença e ele mesmo foi cegado e levado para o cativeiro.
O governo de Zedequias deu-se entre 597 a 586 a.C, num total de onze anos. Embora vendo quanta confusão e destruição a idolatria havia provocado, ele continuou a andar nos caminhos de Manassés, que fizera Judá pecar (2Re 23.26; 32.37). Nabucodonosor nomeou um governador títere, cujo nome era Gedalias (2Re 25.23-26).
O propósito do exílio são os seguintes: Primeiro: o povo do pacto estava sendo punido por sua desobediência. Tinha sido advertido por Moisés (Dt 28.15-68), e posteriormente pela maioria dos profetas.
Quando Israel foi exilado, tal razão foi claramente afirmada (2Re 17.7-20). Jeremias resumiu esse propósito muito bem: “Mas tu (Judá), não prestaste atenção.... Tu me provocaste com as obras das tuas mãos” (Jr 25.7).
Ezequiel descreve esse propósito em termos bastante expressivo nos capítulos 8 a 11 de seu livro.
Segundo – o exílio aconteceu para cumprir a lei mosaica. A lei especificamente referida era um aspecto integral do pacto; pertencia à propriedade e uso da terra.
No próprio coração da lei estava o princípio de que o dono da terra era o Senhor Jeová, o qual a deu por herança à família de Israel. Transmitir por herança significa que Deus manteria o seu nome sobre ela e a conservaria como sua propriedade.
A referência aqui é a lei do Jubileu (Lv 25.23,55; Dt 31.10). Cada vez que essa exigência do pacto fosse quebradas, Israel seria punido. Moisés advertira que essa punição seria cobrada (Lv 26.34,35,43).
Como dissera o cronista em (2Cr 36.21): “Para que se cumprisse a palavra do Senhor por boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados, todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriu”. Essa palavra de Jeremias cumpriu-se no ano de 606 a.C.
O terceiro propósito para o exílio era que o povo do pacto deveria chegar à compreensão de que: Quando o Senhor disse: “Eu Sou o Senhor” e “Vós conhecereis que Eu Sou o Senhor”.
Não somente seu tratamento a Israel e Judá no exílio visava fazê-los compreender essa verdade, mas também o tratamento dado a Yahweh a outras nações era para fazê-las saber e reconhecer que Yahweh era o único Deus (Ex 30.8,19,25,26; 32.15).
Finalmente, o exílio também serviu para demonstrar que Yahweh guarda o pacto com o seu povo, não queria a posse física da terra, o culto no templo de Jerusalém e um trono fixo em Jerusalém.
O exílio era, portanto, uma lição objetiva para a era do NT. O pacto continuaria. Alguns de seus aspectos externos que funcionaram frutífera, temporária e tipicamente, isto é, a posse da terra, o templo, o trono literal, não eram por si mesmo aspectos permanentes, mas simbolizavam aquilo que havia de vir no NT.
A mensagem do livro de Daniel é desesperadamente necessária para nossos dias. Daniel viveu num tempo em que a verdade estava sendo pisada, os valores morais estavam sendo escarnecidos e a religião tinha perdido sua integridade.
Daniel revela-nos como podemos ser íntegros na adversidade ou na prosperidade, e mostra-nos como devemos confiar em Deus.
O livro de Daniel revela-nos a linha do tempo, ao estabelecer, o início do tempo dos gentios (Lc 21.24), e a plenitude dos gentios (Rm 11.25), com a morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e o surgimento da igreja em Pentecostes até o retorno de Jesus em glória para por fim ao governo do Anticristo e estabelecer o reino milenar.
Daniel nos faz olhar para o passado, interpreta o presente e descobre o futuro. O livro de Daniel é tão importante dentro do contexto profético que é chamado de o Apocalipse do AT.
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr.Elienai Cabral). CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual –
O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
LOPES, Hernandes Dias. Um Homem Amado no Céu. SPaulo, 2005. Editora Hagnos
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
DYER, Charles H. O Ressurgimento da Babilônia – Sinal do Final dos Tempos. SPaulo 1995. Editora Unilit.
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética. SPaulo. Editora Hagnos.

Bíblia de Estudo de Genebra. SPaulo.  Editora Cultura Cristã e SBB

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