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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Providência Divina na Fidelidade Humana – Lição 04 – EBD CPAD – 4º. Tri 26.10.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 3.1-7,14

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

1.  Analisar a tentativa de Nabucodonosor de instituir uma religião mundial.
2. Conscientizar-se de que não podemos aceitar a idolatria.
3. Compreender a fidelidade dos amigos de Daniel ante a fornalha ardente.

 CONSIDERAÇÕES
A tentativa de se instituir uma religião mundial – Vinte e cinco anos haviam se passado entre a deportação de Daniel e seus companheiros para a Babilônia, desde 605 a.C., até aquele momento 580 a.C.
E vinte e três anos da interpretação do sonho da estátua da cabeça de ouro, peito de prata, ventre de bronze, pernas de ferro e pés de ferro com parte de barro.
Nabucodonosor provavelmente já havia se esquecido do milagre que Deus tinha operado, quando ele mesmo reconheceu ao afirmar que o Deus de Daniel era o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos.
Agora ele manda construir uma imagem de ouro que media 60 côvados de altura e seis côvados de largura, o equivalente a 27m de altura e 2.70cm de largura.
Levantou-a no campo de Dura, na província da Babilônia. Então mandou ajuntar todas as autoridades e oficiais das províncias para que viessem à consagração da imagem.
O arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e homens de todas as línguas:
No momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles, e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro, que o rei Nabucodonosor levantou.
Qualquer que se não prostrar e não a adorar, será no mesmo instante lançado na fornalha de fogo ardente. (Dn 3.4-6).
Na verdade, o império babilônico foi o primeiro grande império mundial a    construir uma grande estátua que deveria ser adorada por todos os súditos do império.
É digno de nota, que em nenhum momento se identifica a estátua da planície de Dura com algum dos deuses babilônicos.
Algo semelhante sucederá na segunda metade da septuagésima semana de Daniel, que se relaciona diretamente com a história de Israel (entenda-se semana de anos equivalendo cada dia a um ano, portanto, sete anos) Gn 29.18-21, 25-27; Nm 14.34.
Nos três anos e meio finais desta semana (Dn 9.24-27), o Anticristo levantará a sua imagem no templo em Jerusalém, e fará que todos os povos e nações adorem-na; isto é revelado em Ap 13. 11,12.
 “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão exerce toda autoridade da primeira besta na sua presença.
Faz com que a terra e os seus habitantes adore a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.  
Essa outra besta é o falso profeta. A primeira besta é o Anticristo. O falso profeta ergue uma imagem do Anticristo no templo em Jerusalém e fará com que todos os habitantes da terra adorem-na.
Os versículos 14 e 15 de Ap 13, dizem: “E engana os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu, e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que, não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.
Nabucodonosor era como a outra besta, o falso profeta, fazendo todos os povos e nações adorarem a imagem de ouro que havia levantado. Quem não adorasse essa imagem seria morto.
Ao longo das eras, Satanás sempre perseguiu o povo de Deus com a idolatria, procurando, por todos os meios, desviar o povo de Deus da adoração ao único e verdadeiro Deus.
Isto aconteceu no tempo de Daniel, acontece ainda hoje e acontecerá no final desta era, com o aparecimento do Anticristo.
 O desafio da idolatria – Quando todos os povos ouviram a música, prostraram-se e adoraram a imagem de ouro que o rei havia levantado (Dn 3.7).
Os companheiros de Daniel, no entanto, não se curvaram diante da imagem. Ora, no mesmo instante, se chegaram alguns homens caldeus, e acusaram os judeus e disseram ao rei Nabucodonosor:
Ó rei, vive eternamente! Tu, ó rei, baixaste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da música, se prostraria e adoraria a imagem de ouro, e, qualquer que não se prostrasse e adorasse, seria lançado na fornalha de fogo ardente.
Há uns homens judeus, que tu constituísse sobre os negócios da província da Babilônia, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti, a teus deuses não servem, nem adoram a imagem de ouro que levantaste (Dn 3.8-12).
A Bíblia nos ensina que devemos estar sujeitos às autoridades superiores, porque não há autoridade que não proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas (Rm 3.1).
Eles não obedeceram a ordem do rei, porque essa ordem foi contra o princípio de Deus. Aos que Deus constituiu, sejam governantes, oficiais, policiais, devemos obedecer.
Mas se é para negarmos a Deus e adorarmos a ídolos, então precisamos ser fortes. Podemos obedecer em tudo, menos nisso.
Essa foi a posição dos companheiros de Daniel. Eles serviam ao único e verdadeiro Deus do céu. Sabiam que imagem nenhuma poderia ser adorada como se fosse Deus.
Em Ex 20.2,3; Deus falou, ao ordenar os dez mandamentos, para que seu povo não tivesse outros deuses nem fizessem imagem de escultura para adorar, porque só o Senhor é Deus.
Então Nabucodonosor irado e furioso, mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-nego, e lhes perguntou porque não adoraram a imagem que ele havia levantado.
E os ameaçou a lhes lançar na fornalha de fogo ardente (Dn 3.13-15), e os desafiou dessa maneira: Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?
Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó rei Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser nos livrar da fornalha de fogo ardente, ele nos livrará.
Senão, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste (Dn 3.16-18).
Foram tão ousados porque sabiam que Deus poderia livrá-los. Mas, mesmo que Deus não os livrassem, não se curvariam diante da imagem. Eles resistiram à perseguição da idolatria.
O próprio rei se havia prostrado diante de Daniel, após ele interpretar seu sonho, 23 anos antes. E ainda falou na frente de todos, que o Deus de Daniel era o Deus dos deuses e o Senhor dos reis.
A fidelidade a Deus ante a fornalha de fogo ardente – Satanás procurou eliminar os amigos de Daniel lançando-os na fornalha de fogo ardente.
É importante entender que não fomos chamados para sermos advogados de Deus, mas, suas testemunhas.
Os três jovens não entraram numa discussão infrutífera. Eles não tentaram defender Deus. Eles apenas, testemunharam dele, mostrando que estavam prontos a morrer, mas não a ser infiéis a Deus.
Nabucodonosor tenta intimidá-los, dizendo que Deus nenhum poderia livrá-los de suas mãos, mas eles não tentam defender a reputação de Deus, procuram apenas obedecer (Dn 3.15-18).
Devemos ser fiéis a Deus não apenas pelo que Deus faz, mas por quem Deus é. Aqueles jovens não serviam a Deus por causa dos benefícios recebidos.
A religião deles não era um negócio, uma barganha com Deus. Eles serviam a Deus por causa do caráter de Deus.
A resposta dos três companheiros de Daniel irritou a Nabucodonosor que se encheu de fúria e ordenou que se acendessem a fornalha sete vezes mais do que se costumava, e que os lançassem atados na fornalha de fogo ardente.
A fornalha estava tão quente que os soldados que lançaram os três dentro dela, morreram queimados.
Estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram atados dentro da fornalha de fogo ardente.
Então o rei Nabucodonosor se espantou e se levantou depressa; falou, dizendo aos seus conselheiros: Não lançamos nós dentro do fogo três homens atados?
Respondeu e disseram ao rei: É verdade, ó rei. Respondeu dizendo: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho de Deus” (Dn 3.23-25).
Então chegou Nabucodonosor à porta da fornalha sobremaneira acesa, e falou, e disse: Sadraque, Mesaque  e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saí e vinde.
Então Sadraque, Mesaque  e Abede-Nego  saíram do meio do fogo (Dn 3.16). Todos se admiraram que nenhum dos três haviam sofrido dano algum.
Os seus cabelos não se chamuscaram, as suas vestes não se queimaram, nem mesmo havia cheiro de fumaça neles (Dn 3.27).
Então o rei disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque  e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos a servirem e adorar a qualquer outro deus, senão o seu Deus.
Portanto faço um decreto, pelo qual todo povo, nação e língua que disser blasfêmias contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, seja despedaçado, porque não há outro deus que possa livrar como este Deus (Dn 3.28,29). O resultado dessa perseguição foi a exaltação do nosso Deus.
Antes, Nabucodonosor havia dito: Quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos. Mas agora diz: Não há Deus que possa livrar como este.
Os três companheiros de Daniel não somente venceram a perseguição da idolatria, como também, por causa do seu testemunho, o único e verdadeiro Deus do céu, foi bendito e exaltado pelo rei terreno.

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
ARCHER .Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos. SPaulo, 2001. Editora Vida
ERICKSON. Milard J. Escatologia – A polêmica em torno do Milênio. SPaulo, 2010. Ed. Vida Nova
SZPILMAN. Marcelo. Judeus – Suas extraordinárias Histórias e Contribuição para o Progresso da Humanidade. RJaneiro, 2012. Mauad Editora Ltda. Ltda.
LOPES, Hernandes Dias. Um Homem Amado no Céu. SPaulo, 2005. Editora Hagnos
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais.RJaneiro, 2010. Edit. Central Gospel Ltda.
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética. SPaulo. Editora Hagnos.

Bíblia de Estudo de Genebra. SPaulo.  Editora Cultura Cristã e SBB

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