Subsídios
para o Ensino da Lição: Pr. João
Barbosa
Texto da Lição: Tg 1.2-4, 12-15
I -
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Conceituar
a tentação
- Pontuar
a origem da tentação
- Compreender
o propósito da tentação
CONSIDERAÇÕES
A epístola de Tiago pertence à categoria de escritos bíblicos chamados
de epístolas gerais: Hebreus, Tiago, 1ª.Pedro, 2ª.Pedro; 1ª.João, 2ª.João, 3ª.João e
Judas.
Algumas dessas epístolas não têm destinatários, no caso de Hebreus e de
1ª.João. Também falta o nome do autor. Tiago nos dá o seu nome, o nome daqueles
a quem se referem e sua saudação.
Comparada com outras cartas canônicas, a epístola de Tiago também é uma
epístola autêntica. Tiago é um dos quatro irmãos de Jesus Cristo, e líder da
igreja em Jerusalém (Mt 13.55-57; Jo 7.2-5; At 15.13).
Não deve ser confundido com o apóstolo Tiago, irmão de João e filho de
Zebedeu, pois, esse morreu muito cedo para ter escrito esta carta (ano 44d.C).
O apóstolo Paulo após ter se convertido, em sua primeira visita a
Jerusalém, conheceu Tiago e passou a considerá-lo “apóstolo”. E, “coluna da
igreja” (Gl 1.19; 2.9).
Pedro, assim que foi solto da prisão, mandou avisar a Tiago (At 12.2,17).
O apóstolo Judas considerava Tiago, tão conhecido que o menciona em sua carta,
somente como irmão Tiago (Jd 1.1).
Tiago foi torturado, apedrejado e morto, às mãos do sumo sacerdote Anano,
por causa de Cristo, em 62d.C. Esta é uma das mais antigas cartas do NT cerca
de 50.d.C. e foi endereçada primeiramente aos judeus cristãos que haviam sido
dispersos pelo mundo conhecido da época. (At 11.19). Tiago usa a expressão
hebraica Kyrios sabaoth, que
significa “Senhor dos exércitos”, para se referir ao título de Deus, conhecido
pelos judeus (Tg 5.4).
Usa também outra expressão hebraica, traduzida para o grego como synagoge, “sinagoga” que significa “assembleia”, para referir-se à igreja
como lugar de “reunião” dos membros do corpo de Cristo (Tg 2.2).
O que é a tentação? – O termo tentação
é empregado na Bíblia tanto no hebraico – “massah”, quanto no grego – “peirasmos”. E
significa “prova” provação, ou teste. Podendo estar relacionado a conflito
moral ou não.
Deus não tenta a homem algum para a prática do mal. (Tg 1.12). Embora
ele permita que as tribulações nos sobrevenham (Mt 6.13). E destas últimas, o Senhor
Jesus orou pedindo livramento.
Satanás foi capaz de tentar ao Senhor Jesus com o mal (Mt 4.1-7). Nada
disso o Diabo jamais poderia fazer sem a permissão divina.
Deus não pode ser tentado, porque é santo por natureza, e, nada existe
no pecado que lhe interesse, ao passo que, o ser humano, tem uma queda natural
para o pecado (Gn 3.6-22), que pode ser vencida pelo poder do Espírito Santo, à
medida que o crente descobre quão magnífico é o prazer de viver de acordo com a
vontade de Deus.
As palavras “tentação” e “provação” têm origem na mesma expressão grega peirasmos. Contudo, Deus considera todos
os nossos obstáculos como provas de fé para a vitória, enquanto que, Satanás,
espera que sejamos tentados, isto é, iludidos por nossas vontades; derrotados e
destruídos, assim como ele próprio.
Em Gn 21.1, Deus prova a fé de Abraão, e em Mt 4.1, Deus permite que
Satanás tente a Jesus. Satanás não é
criativo, mas, grande plajeador das coisas de Deus, que habilmente procura usar
para suas intenções maléficas. Suas maneiras de agir não mudou em todos esses
milênios de história da humanidade.
Os passos destrutivos – cobiça, pecado e morte, foram usados para
seduzir os primeiros seres humanos (Gn 3.6-22), e outros homens de Deus ao
longo da história (2Sm 11.2-17).
A tentação, se não for dominada, destrói a fibra moral. Mas, uma vez que
lhe oferecemos resistência, isso melhora a qualidade moral do nosso ser.
Existem muitas pessoas que pensam que são tentados por Deus. Mas Tiago afirma
com muita segurança, que, ninguém ao ser tentado deverá dizer: “Estou sendo
tentado por Deus”.
Ora, Deus não pode ser tentado pelo mal, e a nenhuma pessoa tenta. Cada um,
porém, é tentado pelo próprio mal desejo, sendo por este iludido e arrastado
(Tg 1.13,14 – B.k.J.).
Há situações em que Deus, prova o homem por este ter saído de sua
vontade e ter sido rejeitado por Deus, como foi o caso do rei Saul, onde um espírito
maligno vindo da parte de Deus atormentava Saul (1Sm 16,14-23).
Quando Deus rasgou de Saul o reino de Israel (1Sm 15.28), um espírito
maligno passou a atormentar Saul, pois Deus já não falava com ele nem por Urim,
nem por Tumin, nem por profetas, e Saul passou a consultar até pitonisa (1Sm
28.7,8).
A presença do Espírito de Deus que conferia a Saul, poder, proteção e
segurança, foi removido da sua vida, por isso que um espírito maligno o
atormentava e ele só era aliviado quando Davi tocava sua harpa (1Sm 16.23).
Temos o caso de Acabe, quando a misericórdia de Deus já tinha cessado
para aquele ímpio monarca, e o Senhor queria matá-lo. Deus permite que um espírito
de mentira engane Acabe (1Re 22.13-23, 34).
O caso do censo, quando Davi mandou contar o povo, contra a vontade de Deus.
A ideia que temos em 24.1 de 2Samuel, é que Deus incitou a Davi contra a própria
nação. Mas em 1Cr 21.1, quem incitou Davi, foi Satanás. Aqui está o mistério da
presença e da prática do mal.
Esta passagem relata o pecado de Davi em levantar o censo do povo de
Israel e Judá. O versículo afirma que Deus incitou Davi a fazer isso. Entretanto,
de acordo com 1Cr 21.1, foi Satanás quem incitou Davi nesse sentido.
Afinal, quem foi o responsável
a instigar Davi a agir assim?
Solução: As duas afirmações são verdadeiras, embora tenha sido Satanás
quem diretamente incitou Davi, foi Deus quem permitiu essa provação.
Embora o propósito de Satanás tenha sido destruir Davi e o povo de Deus,
o objetivo de Deus era de humilhar a Davi e ensiná-lo uma valiosa lição
espiritual.
Essa situação é bem semelhante àquela descrita nos primeiros capítulos
do livro de Jó, nos quais tanto Deus quanto Satanás estivera envolvido no
sofrimento de Jó (Jó 1.12).
Semelhantemente, o mesmo acontece na crucificação de Jesus. O propósito
de Satanás era destruir o Filho de Deus (Jo 13.2; 1Co 2.8). O objetivo de Deus
foi redimir a humanidade pela morte de seu filho (At 2.22-39; Ez 14.9, At
4.27,28).
Satanás é uma criatura, e, absolutamente subordinada à soberania de Deus.
As atividades e os desejos de Satanás, não podem criar um espaço isento do
controle de Deus, e que fuja dos propósitos divinos.
Consultas: Lições Bíblicas
EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Eliezer de Lira e Silva).
COELHO. Alexandre e DANIEL Silas.
Fé e Obras – Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. RJaneiro,
2014. CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal – Editora CPAD
Bíblia de Estudo Palavras Chave: Hebraico/Grego – Editora CPAD
Bíblia King James – Atualizada. São Paulo 2012, Editora Abba e SBA
RICHARDS, Laurence O.Comentário Histórico Cultural do NT. RJaneiro 2012,
CPAD
KISTEMAKER, Simon. Comentário do NT: Tiago e Epístola de João. SPaulo,
2006,, Editora Cultura Cristã.
ARCHER, Gleason. Enciclopédia de Temas Bíblicos
M CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo –
Vol.4 Editora Hagnus –
M CHAMPLIN. Enciclopédia de Bíblia e Teologia – Vol.6 Editora
Hagnus –
BARROS, Arami C. de. Doze homens e uma Missão. São Paulo, 200, Agnus
GEISLER, Norman e... Manual Popular de dúvidas, enigmas e contradições
da Bíblia. SPaulo, 1999. Editora Mundo Cristão
RADMACHER Earl D. RJaneiro, 2010 Central Gospel
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