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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O tempo da Profecia de Daniel – Lição 13 – EBD CPAD – 4º. Tri 28.12.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 12.1-4, 7,9, 11-13

 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.
1.    Compreender o tempo do cumprimento da profecia entregue a Daniel.
2.    Explicar a doutrina da ressurreição do corpo na Bíblia.
3.    Reconhecer a nossa limitação e finitude como seres humanos.

 CONSIDERAÇÕES

O tempo da profecia – A expressão “naquele tempo” do capítulo 12 e vs. 1 de Daniel, se refere ao período da Grande Tribulação, quando o Anticristo liderará o mundo política e belicamente.

Será um período de brutal e sangrenta perseguição contra os judeus e tantos quantos estiverem a favor de Israel (Dn 11.35,40).

Em suas terras, o povo judeu sofreu muitas invasões de inimigos. Porém, nem as piores incursões contra Israel, como as da Babilônia e os horrores do

holocausto nos dias de Hitler (1939-1945), podem se comparar com o “tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” (v.1)

A proporção deste conflito ultrapassará qualquer outro momento da história da civilização (Mt 24.21,22; Jr 30.5-7).

Tal tempo será pior do que qualquer coisa conhecida da história da humanidade; muito pior do que a destruição de Jerusalém em 70 d.C. (1 milhão de vítimas),

do que a Peste Negra (9 milhões de mortos), do que Primeira Guerra Mundial (20 milhões de mortos) do que a desvastação da Segunda Guerra Mundial (alguns enumeram cerca de 50 milhões de mortos),

e o Holocausto de Hitler (6 milhões de judeus e pelo menos 4 milhões de cristãos mortos).

As Escrituras dão mais espaço para descrever a vindoura Tribulação do que qualquer outro evento profético.

Os profetas hebreus a mencionam 39 vezes, chamando-a de “tempo de angústia de Jacó” (Jr 30.7), “angústia” (tribulação, Dt 4.30), e muitas outras variantes que indicam tribulação.

O NT a chama de “o dia do Senhor” (1Ts 5.2), “a ira de Deus” (Ap 14.10; 15.1,7; 16.1) e “a ira do Cordeiro” (Ap 6.16,17).

Ap 6-19 descreve os eventos desse período de tribulação, a melhor descrição desse terrível e próximo tempo que todo mundo experimentará.

Daniel, o profeta hebreu que Jesus mais citou predisse que tempos difíceis durariam sete anos e seriam

inaugurados com a assinatura de uma aliança de sete anos entre Israel e “o príncipe que há de vir” (chamado em outro lugar de “anticristo” ou “a besta”.

Então ele predisse que essa “besta” ou governante político quebraria tal aliança no meio da Tribulação e profanaria o Templo (Dn9.26,27).

Novamente, Daniel predisse que quando o Anticristo surgisse, ele seria fortalecido pelo próprio Satanás com

“todo o poder e sinais e prodígios de mentira” (2Ts 2.9), e profanará o Templo e exibirá uma imagem de si mesmo, exigindo que as pessoas o adorem.

Há pouca dúvida quanto a quando a Tribulação ocorre ou quanto tempo durará. Daniel prediz que durará “uma semana” (sete anos – Dn 9.27).

Em Apocalipse, João a divide em três anos e meio cada, ou 1.260 dias cada, perfazendo o total de sete anos.

Durante os primeiros três anos e meio, mais da metade da população mundial morre.

Durante a segunda metade,  as condições pioram ainda mais, depois que Satanás é expulso do céu e possui o corpo do Anticristo e exige que o mundo o adore.

Nosso Senhor Jesus predisse que essa Tribulação terminaria imediatamente antes do Seu retorno para estabelecer seu reino terreno por mil anos (Mt 24.29; Dn 9.24).

Não devemos jamais perder de vista o verdadeiro propósito desse período da Tribulação: uma expressão divina da Sua misericórdia e graça.

Pois nesse breve período de sete anos, num tempo em que a população do mundo estiver maior, Deus abalará a terra numa tentativa de diminuir a falsa sensação de segurança do homem.

Ele enviará 144 mil testemunhas judias cheias do Espírito Santo (Ap 7; Joel 2.28-32) e outras testemunhas.

Deus usará das medidas mais extremas de toda a história durante os dias finais da vida do homem na terra para trazer um número enorme de almas à fé nEle,

a fim de que multidões de pessoas possam gozar das bênçãos que ele tem preparado para o seu futuro eterno.

Ressurreição e vida eterna – Quando lemos o AT temos a impressão de não vermos a doutrina da ressurreição dos mortos com clareza, principalmente nos livros da lei, o Pentateuco.

Entretanto, aqui, Daniel não deixa dúvida quanto a veracidade dessa gloriosa doutrina: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressucitarão, uns para a vida eterna e outro para desprezo e vergonha eterna” (v.2).

Daniel 12.1 nos informa um livro onde consta os nomes dos santos a ressuscitar para a vida eterna e dos ímpios para vergonha e desprezo eterno.

Entretanto, o vers 2 não se refere a uma ressurreição geral, isto é, de todos os que já dormem. O texto diz apenas muitos dos que dormem.

Esta expressão pode se referir aos mártires da grande tribulação que ressuscitarão (Ap 7.14,15).

O texto sugere também o advento das duas ressurreções conforme vemos no Apocalipse 20.12,13.

A primeira ressurreição refere-se aos justos e a segunda, após o milênio, aos ímpios (Jo 5.28,29; Mt 25.46; Dn 12.2; 1Co 15.51,52).

Os estudiosos modernos concordam que o apóstolo Paulo é a maior testemunha das manifestações de Jesus após sua ressurreição.

Tendo sido um adversário ardente do cristianismo (Gl 1.13,14; 1Co 15.9; Fp 3,4-7), Paulo explica que a sua incredulidade terminou quando viu a Jesus ressurreto (1Co 15.9; At 9.3-9).

Convertido do judaísmo para tornar-se um dos maiores estudiosos do cristianismo, Paulo é com certeza uma

excelente testemunha tanto da doutrina da ressurreição como da ressurreição de Jesus.

No entanto, por mais crucial que seja o testemunho ocular de  Paulo sua contribuição é muito maior do que esta experiência.

Em 1Co15.3-7 Paulo registra uma tradição muito antiga, que é na verdade anterior a ele.

Vemos um comentário sucinto do conteúdo do evangelho da igreja primitiva:

Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado, resuscitou dos mortos, e depois apareceu tanto individualmente como em grupo.´

Paulo explica de modo espécífico que a parte mais importante de sua mensagem consistia desse evangelho e que ele o estava passando adiante exatamente como recebera dos outros (1Co 15.3; 11.23).

Muitos pensam que Paulo primeiro ouviu esse testemunho quando fez sua viagem a Jerusalém por volta do ano 35 d.C., apenas três anos após a sua conversão.

Ali ele passou um tempo com Pedro e Tiago, irmão de Jesus (Gl 1.18,19), falando sobre o evangelho (Gl 1.11 – 2.10),

mas Paulo não parou depois de uma única viagem para investigar este testemunho apostólico.

Ele estava tão interessado na verdade do evangelho que voltou a Jerusalém 14 anos depois (Gl 12.1-10).

E explica que fez isto a fim de ter absoluta certeza de que esta mensagem não era falsa (Gl 2.2).

Desta vez não só Pedro e Tiago estavam presentes, mas também João, o apóstolo e juntos confirmaram a mensagem de Paulo (Gl 2.9,10).

Paulo acrescenta ainda mais informações: não só os outros principais apóstolos aprovavam a sua pregação do evangelho,

como também Paulo explica que estava bem ciente dos ensinos deles com relação as manifestações da ressurreição.

Eles ensinavam a mesma verdade que Paulo ensinava (1Co 15.11). Juntos, eles pregavam que foram testemunhas dos aparecimentos de Jesus (1Co 15.12,15, 20).

A profecia foi selada – Daniel recebeu a ordem de “fechar” e “selar” a profecia sobre a história do mundo.

O livro de Daniel é a chave de todas as profecias bíblicas. Sem ele, remotas revelações escatológicas e seu escopo profético são inexplicáveis.

“As grandes profecias do Senhor, no discurso sobre o monte das Oliveiras (Mt 24 – 25; Mc 13, Lc 21), bem como 2Ts 2 e o livro de Apocalipse (ambos

mencionam o Anticristo de Daniel 11), só podem ser compreendidas com a ajuda das profecias de Daniel” (Unger, Commentary, p.1606).

O que o futuro nos reserva? – A Bíblia prediz os principais eventos futuros, e nos dá a visão geral do que virá no tempo do fim.

Os detalhes específicos não são sempre claros e devemos ser cautelosos quanto a tentar especular além do que a própria Bíblia revela.

O nosso objetivo é que sejamos equilibrados, sem minimizar nem maximizar o futuro. Não devemos tentar fazer a Bíblia dizer mais do que realmente está dizendo.

Aqueles que preferem uma interpretação literal da profecia prevêem  o retorno de Israel à terra, a reconstrução do Templo, o surgimento de um Anticristo  literal,

a assinatura e o rompimento de um verdadeiro tratado de paz, e a derradeira invasão de Israel, que levará á batalha do Armagedom.

As declarações básicas da profecia bíblica não devem simplesmente ser espiritualizadas.

O arrebatamento significa “ser levado” ao céu (1Ts 4.13-17) e os “mil anos” do reinado de Cristo significam literalmente mil anos (Ap 20.4; 2.26;).

Não deve ser descartado o uso de linguagem figurada ou simbólica nas passagens proféticas (tal como “o Cordeiro”, “a besta, e o “dragão”),

Mas pode-se crer que as passagens proféticas que apontam para a segunda vinda de Cristo referem-se à pessoas e

eventos específicos, como as passagens proféticas que apontavam para a sua primeira vinda, como Is 53.

De acordo com o ponto de vista pré-tribulacional, Jesus Cristo retornará para arrebatar a Igreja, antes da tribulação.

Ao comentar este evento espetacular, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu

com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trobeta de Deus, e os que morreram em  Cristo resuscitarão primeiro; depois,

nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados [gr. harpazo, “agarrados e levados”] juntamente com eles, nas nuvens,

a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts 4.16-17).

A visão do futuro na profecia bíblica encontra-se em quinze predições-chave, muitas envolvendo sinais do retorno de Cristo no fim da Tribulação.

Algumas destas profecias já se cumpriram, de modo que estamos provavelmente muito próximos do fim,

porque o arrebatamento precederá o retorno final de Cristo à terra (Ap 22.20; 1.7).

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).

BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
Bíblia de Estudo Macarthur. SPaulo, 2013. SBB.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética – Editora Hagnus
LAN Dong Yu. Daniel – O Destino do Governo Humano na Economia de Deus. SPaulo 1993. Editora Árvore da Vida.
CHAFFER. Teologia Sistemática – Vls,  7 e 8. SPaulo, 2003. Hagnos.
LADO. George Eldon.Teologia do NT. SPaulo, 2014. Editora Hagnus.


sábado, 20 de dezembro de 2014

Um Tipo do Futuro Anticristo – Lição 12 – EBD CPAD – 4º. Tri 21.12.14

Subsídios para o Ensino da Lição: Pr. João Barbosa
  Texto da Lição: Daniel 11.1-3, 21-23, 31, 36

 I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:.
1.    Conhecer as predições do capítulo 11 de Daniel.
2.    Destacar o caráter perverso do Anticristo.
3.    Saber que Antíoco Epifânio prefigura o Anticristo que há de vir.

 CONSIDERAÇÕES

No capítulo 11 de Daniel, Deus revela eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja, o período entre o Antigo e o Novo Testamentos.

Antíoco Epifânio, imperador sírio, cruel e imoral e que profanou o templo dos judeus em Jerusalém é o personagem central da lição.

É ele o personagem histórico que prefigura o Anticristo revelado no Novo Testamento (Mt 24.15; 2Ts 2.3-12).

Predições proféticas cumpridas com exatidão (Dn 11.2-20) – Neste capítulo veremos que tudo o que acontece com o governo humano está sob o controle do nosso Rei celestial.
Deus falou a Nabucodonosor, rei de Babilônia, que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer, e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles (Dn 4.17b).

Especialmente nos capítulos 10, 11 e 12 podemos ver que tudo que se passa aqui na terra está debaixo das mãos Daquele que está nos céus.

O capítulo 11 trata do destino do povo de Israel a partir do fim do reino da Pérsia até os últimos três anos e meio desta era.

Prevê o surgimento de vários reis do Norte e do Sul e as guerras entre eles.

Os reis do Norte são os reis da dinastia dos Selêucidas, da Síria, a qual, nos quarenta anos seguintes à morte de Alexandre O Grande, em 323 a.C., obteve o domínio da Ásia Menor, Síria, Babilônia e Pérsia.

Os reis do Sul são os reis da dinastia dos Ptolomeus, do Egito. Esses reis eram malignos, perversos e cheios de artimanhas.

Tudo o que ambos fizeram, no entanto, esteve sob o controle do governo celestial.

Deus, na verdade, já havia determinado quem seria os reis desses reinos, antes mesmo de eles aparecerem:

quem se levantaria, quem morreria, quem seria o sucessor, as guerras que haveria entre eles.

Aparentemente neste capítulo vemos guerras entre dois reis, mas Daniel viu o que estava por detrás deles.

Ele viu as lutas do mensageiro angélico e de Miguel, o príncipe de Israel, contra os príncipes da Pérsia e da Grécia (Dn 10.13, 20, 21).

Profecia a respeito da Pérsia – “Eis que ainda três reis se levantarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos;

e, tornado forte, por suas riquezas, empregará tudo contra o reino da Grécia” (v. 2.b).

Daniel teve essa visão no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, que reinou em Babilônia de 536 a 530 a.C.

Os três reis que se levantariam depois de Ciro são Cambises (529 – 522 a.C.), Smerdis (522 – 521 a.C.) e Dario I, filho deHistaspes (521 – 486 a.C.).

O quarto rei é Xerxes, que reinou do ano 486 a 465 a.C., também conhecido por Assuero, no livro de Ester.

Profecia a respeito da Grécia – “Depois se levantará um rei poderoso, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprover” (v.3).

Esse rei é Alexandre O Grande, o jovem rei da Grécia que derroutou o último rei da Pérsia, Dario III Codomano, em 331 a.C.

Foi um rei extraordinário, representado pelo chifre notável do bode em Dn 8.5.

Tornou-se rei em 336 a.C., aos vinte anos, e em apenas três anos, 334 a 331 a.C., devastou a Ásia Menor, a Síria, o Egito e a Mesopotâmia.

Isso confirma a sua velocidade e agilidade nas conquistas, e a razão de ser representado pelo leopardo, animal ágil e veloz em Dn 7.6.

“Mas, no auge, o seu reino será quebrado e repartido para os quatro ventos do céu.

Mas não para a sua posteridade, nem tão pouco segundo o poder com que reinou,

porque o seu reino será arrancado e passará a outros fora de seus descendentes” (v.4).

Alexandre morreu em 323 a.C., no auge do seu poder, com trinta e três anos.

Após sua morte, seu reino foi dividido, não entre seus filhos, mas dentre seus quatro generais (os quatro ventos do céu):

Cassandro ficou com a Macedônia, Lisímaco com a Trácia, incluindo a Ásia Menor, Seleuco com a Síria e Ptolomeu com o Egito e os paízes vizinhos.

O caráter perverso de Antíoco Epifânio e Profecia a seu respeito – O trecho dos versículos 21 a 35 de Daniel 11, descrevem a carreira de Antíoco IV Epifânio, a prefiguração do Anticristo.

“Depois se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real, mas ele virá caladamente, e tomará o reino com intrigas” (v.21).

Esse homem vil é Antíoco IV Epifânio (175 – 163), terceiro filho de Antíoco III O Grande, e irmão mais jovem de Seleuco IV Filopátor.

Após a derrota de seu pai na batalha de Magnésia, ele foi enviado como refém à Roma, onde ficou até 175 a.C,

quando seu irmão mais velho, não querendo que permanecesse preso, trocou-o por seu próprio filho Demétrio.

No mesmo ano, seu rimão Seleuco IV foi assassinado por Heliodoro e Antíoco, com a ajuda do rei de Pérgamo, matou o usurpador e recuperou o poder.

O trono deveria ser herdado por seu sobrinho Demétrio, mas Antíoco em vez de regressar a Roma

para voltar a ser refém e assim liberar Demétrio para ser rei, fraudulentamente reivindicou o trono para si mesmo.

Fê-lo com intrigas e mediante favores políticos, numa época em que o povo vivia despreocupadamente.

O versículo diz que não tinham dado a ele a dignidade real, significando que

não era o herdeiro legítimo do trono, ms ele veio e tomou o reino com intrigas.

No dia 25 de dezembro de 167 a.C., Antíoco erigiu um altar a Zeus sobre o altar do holocauto no templo.

Essa é a “abominação desoladora” de que fala daniel no versículo 31.

Colocou um ídolo à sua própria imagem no templo e sacrificou uma porca sobre o altar que havia erigido, aspergindo o seu sangue no templo.

Além disso, fez o povo construirem templos e altares pagãos em cada cidade e  aldeia e a sacrificar porcos sobre eles todos os dias.

No dia 25 de cada mês, dia do aniversário do rei, ofereciam-se sacrifícios no altar levantado sobre o altar dos holocaustos.

Este foi Antíoco IV Epifânio. Por causa de todos os males que cometeu, ele é a prefiguração plena do Anticristo vindouro.

Etíoco Epifânio, tipo do Anticristo e Profecia a respeito do Anticristo – A partir do versículo 36 se inicia uma nova seção, que trata do Anticristo vindouro.

Quando falamos do Anticristo, devemos dar especial atenção a Antíoco Epifânio, sua prefiguração plena e total.

Tudo que vimos a respeito dele nos versículos 21 a 35 se aplica ao Anticristo que fará tudo o que Antíoco Epifânio fez.

Virá caladamente e tomará o poder com intrigas (v.21b);

tornar-se-á forte com pouca gente (v.23b); 

distribuirá despojos e bens para grangear aliados e colaboradores (v.24);

falará mentiras, enganando as nações (v.21b);

voltar-se-á contra a santa aliança (v.28);

profanará o santuário, tirará o sacrifício costumado e estabelecerá a abominação desoladora (v.31);

fará segundo a sua vontade e se levantará e se engrandecerá sobre todo deus (v.36a);

contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis (v.36);

será próspero nos sete anos do seu mandato (v.36c);

não terás respeito por nenhuma religião e será cruel e desumano (v.37);

honrará o deus das fortalezas (v.38a), ou seja, o seu deus será o poder e a força militar;

honrará um deus estranho e contará com o seu auxílio para agir sobre as potências (v.38b, 39a);

Tudo isto acontecerá nos sete anos desta era, e como vimos Antíoco Epifânio é um personagem da história

que representa o rei futuro, o Anticristo que provocará o grande conflito com Israel e fará tudo para destruir a nação,

até que venha o Senhor para aniquilar o seu poder.

Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2014 – (Comentarista: Pr. Elienai Cabral).
CABRAL. Elienai. Integridade Moral e Espiritual – O legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. RJaneiro, 2014. CPAD
BALDWIN, Joyce C. Daniel – Introdução e Comentário. SPaulo, 2008. Ed. Vida Nova
GRONINGEN, Gerad Van. Revelação Messiânica no AT. SPaulo, 2003. Editora Cultura Cristã
YULAM, Dong. Daniel – O Destino do Governo humano na Economia de Deus. SPaulo, 1993 – Edit. Árvore da Vida
Bíblia de Estudo Cronológico. SPaulo. Editora Vida
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecias Bíblicas. RJaneiro, 2010. CPAD
DAYER, Charles H. O Ressurgimento da Babilônia – Sinal do Final dos Tempos. SPaulo, 1995. Editora Unilit.
LAHAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética – Editora Hagnus
SCOFIELD. Bíblia de Estudo
LAN Dong Yu. Daniel – O Destino do Governo Humano na Economia de Deus. SPaulo 1993. Editora Árvore da Vida.
WALVOORD. John F. Todas as Profecias da Bíblia. SPaulo, 2012 – Edit. Vida
TOGNINO, Enéas. O Arrebatamento da Igreja. SPaulo, 1970. Edições Enéas Tognino.
GILBERTO Antonio. Daniel e Apocalipse. RJaneiro, 2001 - CPAD


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

DIA DA BÍBLIA – SEGUNDO DOMINGO DE DEZEMBRO / 2014


                  Por Pr. João Barbosa e Miss. Laudicéa Barboza

   
1. INTRODUÇÃO: - O que é a Bíblia?

Em tempo muito remoto, a Bíblia era um “tabu” e era reservada a poucos que a estudavam mais com o espírito crítico para alimentar a própria inteligência, que com espírito pastoral para alimentar a alma.

Na Bíblia, Deus fez-se Palavra e revelou-se a si mesmo como antes se revelara na criação, e manifesta ao homem o seu plano de misericórdia e amor.

A Bíblia é a história da salvação; a história da intervenção de Deus na vida e no desenvolvimento do homem. “Ele quer que todos se salvem....” (1Tm 2.4).

2. Revelação e inspiração da Bíblia – A Bíblia é uma coleção de livros que muitos homens através da revelação e da inspiração do Espírito Santo em contato com o espírito do homem o levou a escrever esta obra  (2Tm 3.16,17; 1Pe 1. 20,21).

A revelação é obra exclusiva de Deus.
É a comunicação do conhecimento da sua pessoa, e de seus propósitos e da sua vontade.

O homem é incapaz de descobrir pelos poderes de seu próprio intelecto estas verdades divinas.

Este é o processo pelo qual Deus se faz conhecido do homem.

A inspiração é o termo que descreve, no sentido bíblico, a habilitação dos escritores que produziram a Bíblia (2Pe 1.21).

A inspiração significa a atuação do Espírito de Deus no espírito de homens idôneos escolhidos para receber e transmitir as mensagens da revelação divina (Rm 16.25, 26).

3. Legitimidade da Bíblia – Encontra-se no universo literário livros que nos ensinam preciosas lições para a vida material; contudo é na Bíblia que encontramos a legítima procedência de uma mensagem para a vida eterna (Jr 1.9-12; Lc 1.1-4; Gl 1.1,20).

4. As origens da Bíblia (Quem escreveu a Bíblia?
A Palavra escrita de Deus foi dada por canais humanos através de 40 escritores através da revelação e da inspiração do Espírito Santo.

Estes escritores pertenceram a variadas profissões e atividades:
Legisladores (Moisés)
Estadistas (Daniel)
Pastores de ovelhas e Reis (Davi)
Sábios (Salomão)
Profetas (Isaias)
Boiadeiros (Amós)
Pescadores (Pedro)
Médicos (Lucas)
Intelectuais (Paulo)
Construtores (Neemias)
Sacerdotes e Escribas (Esdras)
Apóstolo e Pastor (João)

5. Caráter da Bíblia – Podemos dizer que a Bíblia é humano- divina porque contém esses dois elementos:

Sendo humana está sujeita as leis de línguas e literatura;

Sendo divina pode ser compreendida por homens espirituais (1Co 2.11,12)

6. O cânon da Bíblia:
Há duas formas de se referir ao termo (Bíblia como regra de fé e prática da Igreja e, seu conteúdo como a compilação correta dos livros inspirados).

Foi na parte final do século 4 d.C que a palavra cânon foi aplicada pela primeira vez à identidade dos livros da Bíblia, refletindo a necessidade então recente de dirrimir as dúvidas de alguns cristãos sobre o tema.

Antes desse período, os cristãos já se haviam referido ao “Antigo” e ao “Novo Testamento” como “Sagradas Escrituras”, pressupondo, sem deixar isso bem claro que se tratava da copilação e do inventário corrreto.

No cânon hebraico os livros não estão na ordem cronológica. Os judeus não se preocupavam com um sistema cronológico.

O historiador Josefo, que viveu entre 37 e 100 d.C., e foi contemporâneo de Paulo, conta os livros do AT como sendo 22, porque considera Juízes e Rute como único e Jeremias e Lamentações, também.

Isto certamente para coincidir com o número de letras do alfabeto hebraico.

Nos dias em que Jesus estava entre nós desenvolvendo o seu ministério, esses livros chamavam-se Escrituras (Mt 26.54) e tinham 3 divisões:

Lei, Salmos e Profetas (Lc 24.44).
Era também chamado de Palavra de Deus (Mc 7.11).

O cânon do AT foi reconhecido e fixado em 90 d.C., em Jânnia, na Palestina. Depois de muitos debates o Concílio foi presidido por Johanan Ben Zakai que apenas ratificou aquilo que já era aceito por todosos judeus através dos séculos.

O cânon do NT  - A ordem dos 27 livros do NT como a temos em nossas Bíblias vem da Vulgata, e não leva em conta sequências cronológicas.

Os livros que compõem o cânon do NT foram escritos aos poucos, por homens inspirados por Deus.

Sua formação levou aproximadamente 2 gerações (80 anos).

Naquele período surgiram muitos outros escritos heréticos e espúrios com pretenção de autoridade apostólica.

Por causa disto, o reconhecimento canônico demorou muito, só vindo a ser concluído no Concílio de Cartago em  397 d.C.

Nessa ocasião, foi reconhecido e fixado definitivamente o cânon do NT.

Nas epístolas de Paulo que são 13 – de Romanos a Filemon que ocorreu entre 52 a 67 d.C., Pedro chama os escritos de Paulo de “Escrituras”, título aplicado somente à Palavra de Deus (2Pe 3.15,16).

Os evangelhos sinópticos foram escritos em 65 d.C.

Podemos dizer que entre Lucas e João foram escritas quase todas as Escrituras do NT.

Paulo chama aos livros de Mateus e Lucas de “Escrituras”, ao citá-las em 1Tm 5.18, o que confere com a citação de Hb 10.7.

A epístola de Hebreus e a de Judas foram escritas em 68 a 90 d.C.

O Apocalipse foi escrito em 96 d.C., durante o reinado do imperador Domiciano.

Os 27 livros do NT são classificados em 4 grupos:
Biografia, História, Epístolas e Profecias.

Foram escritos em Koinê – idioma comum dos gregos.

Biografias – são os 4 evangelhos.

Os 3 primeiros Mateus Marcos e Lucas, são chamados de sinópticos devido ao paralelismo entre eles.

Mateus, escrito em hebraico se dirige aos judeus e apresenta Jesus como o Messias.

Marcos, se dirige aos romanos e apresenta Jesus como o rei vitorioso e vencedor.

Lucas, se dirige aos gregos e apresenta Jesus como o Filho do homem.

João, se dirige a igreja e apresenta Jesus como Filho de Deus.

História: são Atos dos Apóstolos – registra a história da igreja primitiva.

Epístolas: são 21 – vão de Romanos a Judas.

Contêm a doutrina da igreja. Subdividem-se da seguinte maneira:

1. Eclesiásticas – São 9 dirigidas à igreja e vão de Romanos à 2Tessalonicencas.

2. Individuais – São 4 dirigidas a indivíduos de 1Tm a Filemon.

3. Coletiva – A carta aos hebreus cristãos.

4.Universais – São 7, dirigidas a todos indistintamente de Tiago a Judas.

Profecia – O livro do Apocalipse, que trata da volta pessoal do Senhor á terra,

do reino milenar, da ressurreição e julgamento dos ímpios e do estado eterno.

7. A Septuaginta – A divisão que encontramos em nossas Bíblias de 39 livros do AT e 27 do NT, vêm da Septuaginta.

Ou seja, a primeira tradução da Bíblia em língua hebraica para a língua grega, e ocorreu mais ou menos em 285 a.C.

Entre os textos antigos que tratam do surgimento da Septuaginta, o testemunho mais importante

vem da carta de um estudioso judeu chamado Aristéias, que viveu no II século a.C.

A carta traz uma versão da história que explica essa tradução, e informa a seu irmão Filócrates

que uma grande soma em dinheiro havia sido repassada a Demétrio de Fáleron, o diretor da Biblioteca Real

de Alexandria, para que pudesse incluir nessa Bíblioteca todos os livros do mundo.

Também a lei judaica, traduzida, deveria fazer parte do acervo da Biblioteca.

Para concretizar esse projeto, o rei Ptolomeu II (285 a 246 a.C),

ordenou que fosse escrita uma carta ao sumo sacerdote Eleasar, em Jerusalém, com um pedido de ajuda.

Eleasar enviou 72 tradutores, 6 de cada uma das 12 tribos de Israel,

que foram recebidos em Alexandria com festas e tratados como se fizessem parte da realeza.

Em seguida, foram levados a um lugar tranquilo, situado em uma Ilha

do Mar Mediterrâneo, distante 2km do continente.

Os 72 tradutores dividiram entre si a tarefa e se comunicaram durante o trabalho.

A tradução foi terminada em 72 dias.

Por isso, passou a ser chamada de Septuaginta, que quer dizer Setenta em grego.

Quando a tradução da Bíblia hebraica para o grego foi lida para um grupo

de judeus que moravam em Alexandria, recebeu muitos elogios.

Eles ficaram tão impressionados com a sua perfeição, que ordenaram

conforme era seu costume, que uma maldição caisse sobre qualquer pessoa que ousasse alterá-la.

Ptolomeu II apreciou muito trabalho e ficou impressionado com a sua mensagem.

Depois de receberem presentes valiosos os 72 sábios judeus, voltaram para Jerusalém.

A carta de Aristéia, porém, fala apenas da tradução do Pentateuco e não de todo o AT.

Os livros restantes do AT foram traduzidos mais tarde pelo judeus

e passaram a ser considerados parte da Septuaginta.

Quando e onde esses outros livros da Bíblia hebraica foram traduzidos para o grego, não se sabe exatamente.

Alguns estudiosos creem que eles foram traduzidos na própria Alexandria, logo após a tradução do Pentateuco.

Entretanto, não se tem notícia que os judeus de Alexandria tivessem um cânone mais amplo

que a Bíblia hebraica, por isso, há especialistas que acreditam que eles foram traduzidos

bem mais tarde, pouco antes do nascimento de Cristo.

Até o seculo I d.C., a Septuaginta foi considerada pelos judeus

que viviam fora da Palestina, uma tradução de grande autoridade.

Os primeiros cristãos usaram a Septuaginta para evangelizar os povos que falavam a lingua grega.

8. As línguas em que a Bíblia foi escrita:

Quase todo Antigo Testamento foi escrito em hebraico.

Algumas poucas passagens do AT foram escritas em aramaico,

que representam 1% de todo AT (Gn 31.47; Dn 2.4b a 7.28; Ed 4.8 – 6.18; 7.12-26; Jr 10.11).

Novo Testamento: Quase todo NT foi escrito em grego.

No entanto, há um número de palavras relativamente pequena nos evangelhos que foram escritas em aramaico.

Exemplos de versículos do NT com palavras em aramaico:

Gólgota (Mt 27.33; Mc 15.22; Jo 19.17).

Eli, Eli, Lamá Sabactani? (Mt 27.46; Mc 15.34).

Talita cumi (Mc 5.41)

Jesus também se dirigiu ao Pai, como Aba Pai – em aramaico.

E dizia Aba Pai, tudo te é possível, afasta de mim este cálice;

todavia não seja o que eu quero, mas o que tu queres (Mc 14.36).

Os cristãos da igreja primitiva também se referiram ao Pai como Aba em (Rm 8.15; Gl 4.6).

Há também registro de que usaram expressões em aramaico – Maranata, que significa, vem, Senhor (1Co 16.22).

Essas expressões indicam que a língua que Jesus e os primeiros cristãos falavam era o aramaico.

O aramaico foi a língua mais popularmente falada em Israel nos dias de Jesus.

O aramaico era a língua que o próprio Jesus falava.

Por essa razão há algumas ocorrências de palavras aramaicas no NT.

Contudo, aproximadamente todo o NT traduz todas as palavras

de Jesus para o grego, visto que os escritores do NT escreviam em grego.

Eles usavam o grego, pois era a língua do império romano e queriam alcançar

a maior quantidade de pessoas possíveis com os seus escritos.

Bibliografia:

GIRALDI, Luis Antonio. A Bíblia no Brasil Império. SPaulo, 2013. SBB.

FISCHER, Alexander Achilles. O texto do Antigo Testamento. São Paulo, 2013. SBB.

GRUDEM, Wayne; COLLINS, C. John e SCHREINER, Thomas R. Origem e confiabilidade e significado da Bíblia. SPaulo, 2013. Editora Vida Nova.

WALTER. Mark. Enciclopédia de Fatos da Bíblia. SPaulo, 2014. Editora Hagnos e Luz e Vida.

WALTER. Mark. 1.000.000 de Palavras – 100.000 Fatos da Bíblia: de Gênesis a Apocalipse – Tudo nesta incrível Enciclopédia. SPaulo, 2014. Editora Hagnos e Luz e Vida.


PAROSCHI, Wilson. Origem e Transmissão do Novo Testamento. SPaulo, 2012. Editora SBB.