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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A Viúva de Sarepta - Lição 06 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 10.02.13


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 1 Reis 17.8-16
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Compreender que Deus é o nosso provedor.
  2. Explicitar o poder da graça de Deus para com os povos gentílicos.
  3. Conscientizar-se do poder da Palavra de Deus e da oração. 
II  - INTRODUÇÃO: Para prover a necessidade de seus filhos, Deus se utiliza de recursos e meios que jamais poderíamos esperar. Quando somos fiéis a Deus, obedecendo-o e fazendo a sua vontade temos o privilégio de ver suas promessas cumpridas em nossas vidas.

Como afirmou o apóstolo Paulo em Filipenses 4.19 “O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”. 
 III – DESENVOLVIMENTO

  1. UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA:  
1. 1 – A fonte de Querite  – Este foi o primeiro local para onde Deus orientou Elias a refugiar-se após tornar-se uma persona non grata no reinado de Acabe (1Re 17.3). Apesar de ser uma fonte, Querite – aquele lugar de muita sombra e água fresca, não era permanente (1Re 17.7); foi uma provisão para aqueles dias de crise.

Em Querite Elias aprendeu a confiar em Deus, dia após dias. A razão de muitos de nós vivermos extenuados, tensos, distraídos e ansiosos é que nunca conseguimos a arte de viver um dia após o outro. 

Vivemos fisicamente um dia atrás do outro. Isto não pode ser mudado, mas mentalmente, vivemos os três tempos verbais ao mesmo tempo (presente, passado e futuro).

Mas em Querite Elias aprendeu exatamente isso, viver confiando em Deus, dia após dia. Quando Elias chegou ao palácio, o Senhor lhe contou o que deveria dizer. Depois de ter falado, Deus disse: “Agora vá para Querite”. Ele não disse o que aconteceria em Querite; falou apenas: “Vá para o riacho e se esconda”.

Elias não sabia nada sobre o futuro, mas tinha a promessa de Deus: “Eu te sustentarei”. E Deus não lhe disse qual seria o próximo passo até que o riacho se secou.

1. 2 – Elias em Sarepta – Mas, o ribeiro se secou. O riacho seco era apenas o começo. Deus tinha planos para Elias que o levaria para longe daqueles dias calmos de isolamento e meditação, onde a vida ao lado do riacho e aves que cumpriam fielmente a tarefa de garçons de suas refeições era apenas uma rotina simples, ininterrupta e regular.

Mediante o novo quadro, Elias no entanto, não tomou atitude alguma enquanto a Palavra de Deus não lhe veio para dizer o que fazer. Ainda em Querite, o profeta recebe o chamado de Deus para se deslocar para a Fenícia. 

Era como se Deus estivesse dizendo a seu servo: “Levei você primeiramente a Querite para que se desacostumasse dos holofotes e da presença do público, para colocá-lo na linha e reduzi-lo ao homem que confia em mim em toda situação. Foi ali que comecei a renovar seu homem interior por meio das disciplinas da solidão e da obscuridade”.

“Dispõe-te e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva quê te dê comida” (1Re 17.9). “Demora-te ali” – foi a segunda orientação de Deus para Elias em Sarepta. 

Alguns intérpretes falam que a estadia de Elias na casa da viúva, foi de dois anos, mas esse período pode ter sido maior, uma vez que a seca durou três anos e meio.

Ao tomar as atitudes de dispor-se e demorar-se em Sarepta, Elias foi capaz de criar condições para que o plano de Deus em sua vida se concretizasse. A direção de Deus inclui a sua provisão. De nada adianta recebermos um chamado divino se não tomarmos uma atitude com relação a mesma.

Sarepta era uma cidade entre Tiro e Sidom, ao que parece, localizada à beira-mar, ao norte de Tiro, na costa do mar Mediterrâneo  a mais ou menos 150km a oste de Querite. Segundo alguns estudiosos ela situava-se na principal estrada da região.

Isso pôs Elias em território estrangeiro, onde ele estaria em segurança e poderia formular o plano em oposição a Acabe e a sua horrenda esposa Jezabel.

  1. UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS:
 2. 1 – A soberania e graça de Deus Uma viúva foi o elemento que Deus escolhera para dar prosseguimento ao refúgio de Elias. Uma mulher viúva, estrangeira e desconhecida foi a única escolhida entre tantas para que através dela Deus manifestasse seu propósito de proteção e provisão na vida de Elias (Lc 4.25,26).

“Ordenei ali a uma mulher viúva” – Mulher anônima, desconhecida, mas escolhida por Deus em sua graça e soberania. Era uma gentia que, graças ao desígnio divino contribuiu para a construção e desenvolvimento do plano de Deus. 

Elias precisava estar distante do território de Acabe e Deus que estava no controle de tudo mais uma vez proveu casa e alimento para o profeta. Vale salientar que Tiro e Sidom era a terra onde reinava Etbaal, pai de Jezabel.

2. 2 – A providência de Deus – Quando Deus dirige, ele provê. Foi isto o que sustentou Elias. A direção de Deus inclui a sua provisão. Tudo que já havia sido manifesto a Elias através dos corvos em Querite (1Re 17.4-6), é repetido agora, em Sarepta por intermédio de uma mulher viúva, pobre sem recurso algum aos seus próprios olhos.

Cumpre-se assim o que escrevera Paulo em 1Co 1.27 – “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes”. 

Nos versículos 25 – 29 deste mesmo capítulo, Paulo acentua que os padrões e os valores de Deus são diferentes dos aceitos pelo mundo e que agora Ele está aniquilando os falsos padrões do mundo; bem como sua sabedoria.

  1. O PODER DA PALAVRA DE DEUS:
 3.1 – A escassez humana e a suficiência divina  – Somente um punhado, ou seja, muito pouco, de farinha na panela e um bocado de azeite numa botija era o tudo que a viúva possuía quando Elias se deparou com ela na entrada da cidade (1Re 17.12). 

No entanto, era através dessa viúva que Deus queria operar o grande milagre de provisão na vida do profeta, pois não era Elias que iria ajudar a pobre viúva, ao invés disso era a pobre viúva que ajudaria este famoso profeta do Senhor que estivera diante da face do rei.

 Mas Deus estava também atento às necessidades e aflições de uma pobre viúva. Ele enviou Elias para fortalecer-lhe a fé e trazer-lhe bênçãos materiais no momento em que ela julgava que tudo estava perdido – “.... e vês aqui, apanhei dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos” (1Re 17.12).

 3.2 – Deus, a prioridade maior  – A fé que essa viúva tinha em Deus e na sua palavra através do profeta Elias, levou-a a permutar o certo pelo incerto e o visível pelo invisível quando decidiu atender ao pedido do profeta – “.......E Elias lhe disse:

Não temas; vai e faze conforme a tua palavra, porém faze disso primeiro um bolo pequeno para mim e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho....” (1Re 17.10-16). O profeta era um agente de Deus, e atendê-lo primeiro significava colocar a Deus em primeiro lugar – “E foi ela e fez segundo; a palavra de Elias e assim comeu ela e sua casa por muitos dias” (1Re 17.15).

  1. O PODER DA ORAÇÃO:
4. 1 – A oração intercessória – Elias era um homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra (Tg 5.17). Elias predisse a seca em Israel, a seca aconteceu, mas tudo isso acompanhado da oração intercessória.

Em Sarepta Elias se deparou com um novo desafio que somente foi vitorioso através do poder da oração. Ao morrer o filho da viúva (1Re 17.17-20), Elias toma as dores da pobre mulher e, pondo-se em seu lugar clama intercessoriamente ao Senhor que ouviu e respondeu a oração do profeta.
                                                         
4. 2 – A oração perseverante – A perseverança de Elias o levou ao triunfo no caso do filho da viúva que lhe foi apresentado sem vida. Mediante o quadro do menino sem vida estendido sobre a cama (1Re,17.21).

Elias orou perseverantemente, e orou uma vez, duas vezes, três vezes deitado sobre o menino até que de Deus respondeu a sua oração – “E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu” (1Re 17.22).

Jesus nos exorta através da parábola do juiz iníquo em Lc 18.1 – a nunca desfalecer da oração. Orar sempre é uma tônica por toda a Palavra de Deus. O empenho constante de Jesus era levar seus seguidores a reconhecerem a necessidade de estarem continuamente em oração, para cumprirem a vontade de Deus nas suas vidas. A oração perseverante é considerada como fé (Lc 18.8).

IV – CONCLUSÃO

Quando olhamos para a mudança de rumo na vida e no ministério de Elias encontramos quatro lições valiosas para nossas vidas:

1. A orientação de Deus é sempre surpreendente; não tente analisá-la. Se Deus o manda para Sarepta, não tente entender por quê. Apenas vá. Se Deus coloca você numa situação difícil e você tem paz no coração de que deve permanecer ali, não tenta analisar ou fugir. Fique firme.

2. Os primeiros dias geralmente são os mais difíceis; não desista.  Se a primeira impressão é aterrorizante e tentar levá-lo ao pânico, persista. O inimigo de nossas almas é expert em tirar-nos do caminho, nos desencorajar e levar-nos a desistir.

Aprendamos com o exemplo de Elias. Nem mesmo uma pobre viúva, que mal tinha energia para apanhar lenha para preparar sua última refeição, foi capaz de desmotivá-lo. Deus ainda usou a fé de Elias para reacender a fé da viúva e dar-lhe uma razão para prosseguir.

3. As promessas de Deus dependem de obediência; não deixe de fazer sua parte. “Elias, levante-se e vá”, disse Deus. E Elias se levantou e foi. “Mulher, entre e prepare a comida”, disse Elias. E ela foi e preparou. 

Uma promessa cumprida geralmente é o resultado de nossa obediência. Quando as promessas têm condições, nossa obediência precede a provisão de Deus. Descansar no Senhor é uma coisa; indiferença passiva é algo completamente diferente.

4. As provisões de Deus são justas; não deixe de agradecer-lhe. Talvez você não tenha o emprego que gostaria, mas você tem um emprego. Talvez não esteja na posição que sonhou, mas as provisões de Deus são suficientes e justas.

É bem provável que a maioria de nós tenhamos em algum momento da vida passado por Querite, ou que venhamos a passá-lo em algum dia no futuro. Querite e Sarepta – tudo isso pode ser plano de Deus em nossa vida.

Nunca devemos esquecer que o Senhor Jesus foi um “homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3). Nunca poderemos ser iguais a ele se não passarmos por momentos de dificuldades. Na jornada cristã que vai da fé à maturidade todos os caminhos passam por Sarepta.



Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Bíblia de Estude -  Aplicação Pessoal - CPAD
GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD
SWINDOLL, Charles R. Elias – Um homem de heroísmo e humildade. São Paulo, 2001.  10ª. reimpressão 2012. Editora Mundo Cristão
WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
RICHARDS. Lawrence. Comentário Bíblico do Professor – São Paulo: Editora Vida, 2004
BOYER. Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica – Rio de Janeiro: CPAD 2009


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