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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Legado de Elias - Lição 08 - 1º. Trimestre 2013 - EBD CPAD – 24.02.13


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 1 Reis 19.16,17,19-21
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Reconhecer o caráter divino da vocação e chamada de Elias.
  2. Detalhar os princípios da exclusividade, autoridade da vocação e a chamada de Elias.
  3. Compreender como se deu a sucessão e o discipulado de Eliseu. 
II  - INTRODUÇÃO: A vida heroica e humilde de Elias nos motiva a ser como Cristo – a levantar nossos olhos acima das aflições e angústias de hoje e voltar nossa atenção para a glória e esperança do Grande Deus e Salvador Jesus Cristo.

Estudar a vida de Elias nos dá uma oportunidade de ver pequenos traços de Jesus refletidos na vida do profeta, enquanto aguardamos ver o Senhor face a face em sua glória. Qualquer pessoa que fizer uma lista dos grandes homens da Bíblia – mesmo que seja uma lista pequena – certamente incluirá Elias, homem de heroísmo e humildade.

Elias revelou-se um homem valioso para Deus, pois era humilde o suficiente para curvar-se à vontade do seu Senhor, sem jamais desobedecer-lhe, independentemente da missão que lhe era confiada.

 III – DESENVOLVIMENTO

  1. O LONGO PERCURSO DE ELIAS:  
1. 1 – Uma volta às origens – Biblicamente a origem da chamada de Elias é desconhecida, no entanto podemos acompanhá-lo  através de suas jornadas:

Treinado em Querite, lapidado e refinado em Sarepta, usado de maneira magnífica no monte Carmelo, ungido poderosamente para colocar-se diante do rei Acabe em várias ocasiões, e, finalmente, recebendo a companhia de seu fiel amigo e substituto Eliseu.

O profeta Elias surgira como um homem de Deus num momento heróico de maneira quase inacreditável, ainda que humilde de coração, Elias parecia ter alcançado o pináculo das experiências de sua vida. Mas agora ele iria passar pela maior de todas as experiências anteriores: iria escapar da morte. A foice da morte não o encontraria.

Não passar pela morte colocava Elias na rara categoria “de partidas sem morte”. Somente duas pessoas em todos os registros bíblicos não foram apanhadas pelas garras da morte. Isso mesmo: apenas duas pessoas foram levadas desta terra diretamente à presença de Deus. O primeiro foi Enoque (Gn 5.21-24), e Elias foi o segundo (2Re 2.11,12).

A última experiência deste tipo acontecerá com os crentes que estiverem vivos na terra no momento da primeira parte da segunda vinda de Cristo. Não sabemos nem o dia nem a hora (1Co 15.51,54; 1Ts 4.13-18).

1. 2 – Uma revelação transformadora – Enclausurado em uma caverna, Elias pode descobrir que Deus tinha grandes planos para a sua vida bem como pode assegurar-se através do diálogo de Deus com ele naquele lugar solitário, que Deus continuava sendo o Senhor da sua vida e, equivocadamente ele não estava sozinho naquele combate, o seu trabalho não teria sido em vão.

O Senhor revelou a Elias que não somente ele estava sendo fiel para o serviço de Deus, mas havia ainda sete mil remanescentes fiéis de adoração a Deus. Posteriormente Deus revelou ao profeta a necessidade de um sucessor para Elias – daí surgir no cenário Eliseu, discípulo de Elias (1Re 19.15-18).


  1. ELIAS NA CASA DE ELISEU: 
2.1 – A exclusividade da chamada – Deus mandou Elias ungir Eliseu como seu sucessor. Note-se que naqueles dias não somente sacerdotes e reis eram ungidos para seus respectivos cargos, mas também profetas.

Eliseu iria auxiliar Elias, ungir Hazael rei da Síria e Jeú, rei de Israel, e ajudar a derrotar os inimigos de Deus. Também era tarefa de Eliseu proclamar a Palavra de Deus ao remanescente fiel (1Re 19.16-18).

Embora Deus tenha ordenado a Elias que ungisse a Hazael rei da Síria e Jeú, rei sobre Israel, ele apenas conseguiu cumprir a parte de ungir a Eliseu profeta em seu lugar, pois o tempo dele aqui na terra findara. Ficando o profeta Eliseu para cumprir o restante da tarefa.

Eliseu foi um fiel servidor do profeta ancião e ficou conhecido como “aquele que deitava água sobre as mãos de Elias” (2Re 3.11).

2.2 – A autoridade da chamada – “Partiu, pois, Elias dali e achou Eliseu, filho de Zafate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou o seu manto sobre ele.

Então, deixou este os bois, correu após Elias e disse: deixa-me beijar meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. Elias respondeu-lhe: vai em volta; pois já sabes o que fiz contigo.

Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou, e, com os aparelhos dos bois, coseu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se dispôs, e seguiu a Elias e o servia” (1Re 19.19-21).

Na cultura bíblica, o manto é símbolo da autoridade profética (1Re 19.19; 2Re 1.8; 2.14). Lançá-lo sobre outrem demonstrava transferência de poder e autoridade. Ao ser envolvido pelo manto de Elias, Eliseu estava sendo credenciado para o ofício profético.

  1. ELIAS E DISCIPULADO DE ELISEU: 
3.1 – As virtudes de Eliseu – Eliseu tinha conhecimento do que o Senhor estava prestes a realizar na vida de Elias (2Re 2.1). Ele estava consciente de que algo extraordinário envolvendo o profeta Elias aconteceria a qualquer momento (2Re 2.3), e sabia que também fazia parte dessa história, daí a sua perseverança em não deixar Elias.

Antes de ser arrebatado para o Céu, Elias visitou três lugares: Gilgal, Betel e Jericó. Os historiadores afirmam que estes três lugares eram os antigos seminários. Provavelmente fundados por Samuel: escolas onde rapazes eram treinados para responder ao chamado divino e aprender o estilo de vida de um profeta (2Re 2.2-6).

Gilgal era o lugar do início. De acordo com Josué 4, Gilgal foi o lugar onde os filhos de Israel acamparam logo depois de terem cruzado o Jordão em direção a Canaã. Ali os filhos de Israel foram circuncidados e o Senhor disse a Josué: Hoje revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito (Js 5.7-9). Gilgal foi o lugar da preparação da jornada final de Elias.

Betel, a próxima parada de Elias, era o lugar de oração. “Bet-el” significa “casa de Deus”. Foi ali onde Abraão construiu um altar e frequentemente se encontrava com Deus (Gn 12.8).

Elias foi então para Jericó, o lugar da batalha. Jericó foi o lugar onde o povo de Deus lançou fortes bases contra a oposição. Jericó foi para os israelitas o que foi o dia D significou para os Aliados na Segunda Guerra Mundial. Foi a Normandia do povo de Deus. Jericó era uma cidade de grandes e vivas lembranças.

Finalmente Elias se dirige ao Jordão o lugar da morte – não da morte física, mas da morte do eu. Ali Elias lembrou-se dos dias em que morrera para seus próprios desejos, seus planos e onde rendeu as forças da sua própria carne.

 3.2 – A nobreza de um pedido – Quando Elias chegou ao Jordão seu último destino terreno, Eliseu disse: “Tão certo como vive o Senhor, não te deixarei”. Elias tentava separar-se de Eliseu desde Gilgal, cremos, porém que o que Elias estava tentando fazer não era se livrar de Eliseu, mas colocar seu amigo íntimo e sucessor à prova.

Mas Eliseu foi inflexível. E assim ambos foram juntos ao Jordão. “Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco.

Elias disse a Eliseu: pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: peço que haja porção dobrada do teu Espírito sobre mim E disse: coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se fará, porém, se não, não se fará” (2Re 2.8-10).

Eles continuaram a andar e iam conversando. Mas, de repente, um carro de fogo, com cavalos de fogo surgiu no meio deles e separou os dois; Eliseu admirado viu quando Elias era levado ao Céu num redemoinho. (Bíblia Viva).

O que vendo Eliseu clamou: Meu Pai, meu Pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes as rasgou em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra e voltou-se às bordas do Jordão” (2Re 2.11-13).

  1. O LEGADO DE ELIAS:
4. 1 – Espiritual – Elias foi uma daquelas grandes vidas humanas que desafiam qualquer explicação natural. Elias foi um homem cujas ações e realizações não conseguem ser explicadas em termos humanos. Era homem dedicado a oração e de grande poder espiritual, evidenciados por sua vida e por seu ministério em geral.

4. 2 – Moral – O valor e coragem de Elias são evidentes ao confrontar os profetas de Baal reprimindo-os severamente (1Re 18.19). Elias serviu a Deus com integridade e foi um modelo para o seu sucessor.

 IV – CONCLUSÃO

Elias foi o precursor do profetismo no seu tempo, e os escritos dos profetas, a partir de seus dias, adquiriram imensa proeminência nas Escrituras. Ele deu um tremendo exemplo de poder espiritual e de busca pela verdade, pela justiça e pela santidade em Israel. Tudo o que veio a tornar-se temas dos profetas que se seguiram.

Elias exerceu um ministério excepcional no reino do Norte e, foi o responsável por ajudar o povo de Deus a manter a sua identidade. Na qualidade de principal profeta da época, precisou fazer finca pé, e, subitamente, compareceu diante do rei Acabe a fim de anunciar a iminente vingança de Yahweh.
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD

SWINDOLL, Charles R. Elias – Um homem de heroísmo e humildade. São Paulo, 2001.  10ª. reimpressão 2012. Editora Mundo Cristão

WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.

CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

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