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sábado, 5 de maio de 2012

TIATIRA, A IGREJA TOLERANTE - Lição 06 - 2º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

                                                      Apocalipse 2.18-25
Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.   Identificar as principais características da igreja de Tiatira.
2.   Saber que se tratava de uma igreja rica em obras.
3.   Conscientizar-se de que o verdadeiro amor não é cego para o pecado.

Pense nisso:
“As profecias devem ser testadas pelas Escrituras, não devem ser baseadas num único versículo, ou metade num versículo aqui e a outra noutro lugar.
As profecias devem estar de acordo com os grandes ensinamentos da Bíblia. Os que pertencem ao corpo de Cristo devem julgá-las.
 (1 C0m 14.29)
Assim, à medida que nos aprofundarmos no conhecimento das Escrituras, o Senhor mesmo iluminará nossos corações e mentes, concedendo-nos sua maravilhosa luz.”
(HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.41)

Esboço:
                                                                                                                                                                  Tiatira era uma cidade da província romana da Ásia, área agora ocupada pela parte ocidental da moderna Turquia. Foi fundada como guarnição fronteiriça por Seleuco I, da Síria (Século IV a.C.).
Tal como na maioria das cidades daquela região, nos tempos neotestamentários, Tiatira tinha muitos templos dedicados a vários deuses. Tinha o templo de Apolo, o de Tirimanios, o de Artemis e um santuário a Sambate.
A igreja cristã não perdurou ali por longo tempo. Logo tornou-se um dos centros do montanismo, uma seita carismática e apocalíptica cristã.
Essa seita era ardorosamente antimundana, pelo que muitos foram atraídos por ela, incluindo o famoso Tertuliano, o grande teólogo africano. Contudo, a corrente principal da igreja repeliu a essa seita, sobretudo devido a seus excessos. Pelos fins do segundo século de nossa era, não mais havia ali qualquer igreja cristã.
Historicamente, houve uma igreja em Tiatira, que em qualquer  época, em alguma situação local, existem tais condições, pelo que essa carta tem também uma mensagem universal de importância perene. Portanto, ela envolve símbolos e lições espirituais que são aplicáveis a qualquer época.
Profeticamente pensa-se que Tiatira representa a idade das Trevas, de 500 a 1500 d.C., durante a qual triunfaram posições de balaão e dos nicolaítas (Ap 2.6,14,15).
A carta à igreja de Tiatira é, ao mesmo tempo a mais longa e a que mais fortemente reflete uma condição de total corrupção. Há um único versículo que elogia o que havia de bom ali, mas há cinco versículos que descrevem seus males e trazem advertências necessariamente severas (Ap 2.2-23,27). A carta mostra o triunfo do paganismo na igreja, especialmente no tocante aos seus padrões morais, no tocante aos costumes sexuais, que vieram a ser tolerados no cristianismo, e que dominaram até mesmo os líderes da igreja.
Na carta presente, podemos distinguir várias características de Tiatira. A descrição de Cristo “olhos de fogo” talvez reflita a adoração a Apolo, o deus-sol; os seus pés, como “bronze polido” pode ser alusão á indústria de bronze da cidade.
A linguagem “militar”, como “a execução” dos filhos de Jezabel  (v.23), e o governo do poder de Cristo sobre as nações, mediante a conquista universal (vs. 26,27) pode ser uma alusão à história militar de Tiatira, e como guarnição de fronteira.
Jezabel, embora tenha sido, sem dúvida, uma personagem histórica, uma mulher que causava dificuldades na igreja, “representa” a tendência natural da igreja em terras pagãs, primeiramente tolerando e então “misturando” elementos pagãos dentro da fé cristã. Historicamente falando, certamente, o “gnosticismo é aqui referido, o qual anunciava um falso evangelho, destituído de imperativo moral.
O período da igreja de Tiatira precedeu à grande obra de Reforma. Foi o período também chamado da “Igreja do Deserto”, época das grandes perseguições de Roma papal, contra o povo de Deus. Neste tempo adverso para a igreja, manifestou ela verdadeira caridade, serviço, fé, paciência em obras pujantes de consagração.
Basta o dignificado do termo “Tiatira” para termos uma idéia da consagração da igreja e de sua coragem em enfrentar os maus dias que dizimaram as suas fileiras pela espada de seus inimigos.
A cidade de Tiatira estava localizada a aproximadamente sessenta quilômetros a nordeste de Pérgamo. Era um importante centro industrial e comercial da região de Lídia. Na época em que o livro de Apocalipse foi elaborado, essa cidade estava em grande desenvolvimento e ainda viriam dias mais prósperos.
Era também a sede de um grande número de associações de mercadores, inclusive que trabalhavam com vários metais. O nome da cidade aparece apenas uma outra vez no Novo Testamento, como a cidade natal de Lídia, uma cristã vendedora de tecidos de púrpura na cidade de Filipos (At 16.14).
Embora rica, Tiatira não podia ostentar a riqueza de Éfeso nem era tão importante quanto Pérgamo. Mas sabia como usufruir do progresso que os romanos haviam trazido à região ao transformar a Ásia Menor numa província imperial. Sua produção de tecidos, principalmente o índigo, tornou-a famosa em todo o mundo.
Realmente, é possível que as atividades comerciais fossem a crucial dos problemas dos cristãos da cidade. Não têm sido encontradas inscrições em grandes quantidades, mas as poucas que ali têm sido descobertas, falam em trabalhadores em lãs, linho, couro e bronze   além de oleiros, padeiros, tintureiros e comerciantes com escravos.
Cada um dos grupos profissionais contava com a sua guilda (organização) particular. As epístolas de Paulo aos crentes de Coríntios, servem de clara indicação de que as guildas comerciais, com sua exigente vida social, com seus ritos pagãos e com suas festas periódicas, haveriam de ser problemas sérios para os cristãos fiéis, que, por motivo de consciência, quisessem repelir a licenciosidade do mundo ao redor deles.
Era difícil alguém se abster das festividades das guildas sem perder alguma coisa no mundo dos negócios, em termos de aceitação e prestígio social. Por outro lado ajustar-se a tais costumes era expor-se à licenciosidade dos ritos pagãos, que assinalavam os banquetes das guildas.
Aquela seção da igreja cristã, com ritos de sua pureza, buscava alguma forma de transigência. Estamos falando sobre os nicolaítas que acredita-se, terem sido liderados por uma habilidosa mulher, a quem João chamou de Jezabel.
Esse apelido foi escolhido deliberadamente por João, com base no casamento de Acabe, rei de Israel, com Jezabel, filha do rei de Tiro. Por sua reputação, Jezabel serviu para nomear a profetiza que, em Tiatira, induzia os homens ao adultério e à apostasia. Curiosamente, Jezabel em hebraico, significa casta, mas em nada diferia ela de uma rameira (2 Rs 9.22).
Esse casamento fora um compromisso, com o intuito de fomentar o comércio entre Samaria e os fenícios. Tal matrimônio foi um grande desastre, conforme Elias demonstrou. João, autor do Apocalipse, denunciou essa mulher proferindo contra ela uma horrível condenação. “Eis que eu a prostro de cama bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita. Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e  corações e vos darei a cada um, segundo as vossas obras” (Ap.2.22,23).
Podemos observar que o culto imoral representado por Jezabel “o gnosticismo religioso” era odiado em Éfeso (Ap 2.6); tolerado em Pérgamo (Ap 2.15,16); mas era ativamente promovido como posição oficial, em Tiatira (Ap 2.20-24).
A lição espiritual que podemos tirar da experiência dessas três igrejas é que, todo mal que não nos aborrece, a princípio pode ser “tolerado”, depois “aceito” e, finalmente, “promovido oficialmente”.
O simbolismo existente nessa carta à Tiatira é local e muito chama a atenção. Em Apocalipse 2.18, Cristo aparece como quem tinha os pés de “bronze polido”. Ora, o bronze era um dos produtos mais conhecidos de Tiatira.
A promessa de Cristo nos versículos 26 e 27, também reflete a natureza militar dessa cidade. Jezabel é uma personagem extremamente simbólica, desde o Antigo Testamento, falando em transigência e apostasia, por amor ao comércio, devido á sociedade firmada com um poder pagão.
“Conheço as tuas obras, e o teu amor, e a tua fé, e o teu serviço, e a tua perseverança...” Isso expressa as condições espirituais em geral daquela igreja, e não meramente àquilo que faziam, ao que denominamos serviço.
“...o teu amor.....”  Há diversas formas de amor, a saber:
1. Há o amor de Deus, isto é, o amor que Deus tem pelos homens. Essa é a fonte de todo amor (Jo 3.16).
2. Há o amor de Cristo pelos homens, cuja natureza é igual ao do amor de Deus e que é comentada em 2 Co 5.14. Trata-se de uma força que nos constrange, que também nos leva a amar e servir ao próximo, em honra ao Senhor. Esse foi o amor que motivou a expiação e a missão terrena.
3. Há o amor do homem a Deus e a seu Cristo. Essa modalidade pode ser expressa diretamente através do amor ao próximo (Mt 25.35).
4. Há o amor próprio (Mt 22.39; Ef 5.29). Trata-se de uma condição patológica quando o indivíduo não ama a si mesmo, o que se vê por tudo quanto ele faz, visando seu próprio conforto, saúde e bem estar em geral.
5. Também há o amor de um ser humano por outro ou pela humanidade. É a transferência dos cuidados que temos por nós mesmos para nossos semelhantes. Queremos para os outros o que queremos para nós mesmos.
Todo e qualquer amor exercido pelo crente ou pelo incrédulo, tem sua origem em Deus, porquanto ninguém está totalmente destituído da imagem de Deus. A igreja de Tiatira, por conseguinte, possuía um espírito “altruísta”, demonstrado em seus muitos atos de misericórdia e bondade, o que não é pouca coisa, a despeito de todos os seus vícios.
        

Fontes de Consultas:
ANDRADE. Claudionor de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne

GILBERTO. Antonio. Daniel e Apocalipse – Compreendendo o Plano de Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª Edição.1997
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

sexta-feira, 27 de abril de 2012

PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO: Lição 05 - 2º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço -


Apocalipse 2.12-17
               pastorjoaobarbosa@gmail.com

Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.   Conhecer o contexto geográfico e histórico da cidade de Pérgamo.
2.   Elencar as principais características da igreja de Pérgamo.
3.   Explicar quais eram as heresias encontradas na igreja de Pérgamo.

Pense nisso:
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há.
Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”
1 João 2.15,16)
Esboço:
                                                                                                                                                                  Pérgamo representa o tempo que começou com a conversão de Constantino ao cristianismo. Embora Constantino tenha sido apenas um cristão nominal. Converteu-se mediante uma visão, na qual via a cruz com as palavras sob a mesma: “Com este signo vencerás”. Presidiu no concílio de Nicéia, e levou o império romano a tornar-se nominalmente cristão, pelo menos pondo fim à perseguição aos cristãos.
O poder romano foi consolidado sob seu governo ao derrotar a Licínio em 324 d.C. Então decretou um edito universal e todo inclusivo de tolerância, que pôs fim à perseguição dos romanos contra os cristãos.
Nos seus últimos anos de vida ocupou-se de questões eclesiásticas, mas sempre esteve envolvido em alguma forma de guerra.
Ficou adiando seu batismo até adoecer mortalmente, evidentemente por pensar que o batismo em água é que lavaria seus pecados passados.
Sua própria vida e suas ações refletiram uma espécie de cristianismo paganizado; e isso reflete a natureza mesma da igreja sob favor imperial, o que transparece na carta a igreja de Pérgamo.
Profeticamente falando, a carta à igreja de Pérgamo fala da paganização da igreja.
Historicamente, isso também sucedeu em muitas igrejas da área da Ásia Menor – o que começara a suceder até mesmo nos fins do primeiro século da era cristã.
O gnosticismo, uma antiga heresia, essencialmente um misticismo oriental, que misturava em si mesmo elementos do judaísmo, do cristianismo e da filosofia e mitologia gregas, assediou a igreja por cento e cinqüenta anos.
Até mesmo nos dias dos apóstolos, uma forma primitiva do gnosticismo fizera seu aparecimento; e, em alguns lugares da igreja, o gnosticismo até chegou a obter o controle, passando a apresentar-se como se fora a autêntica fé cristã.
Nada menos de oito livros do Novo Testamento foram escritos para combater essa heresia: Colossenses, as três epístolas pastorais, as três epístolas joaninas e Judas.
Na epístola aos Efésios, no evangelho de João e no livro de Apocalipse, encontramos lugares onde essa heresia é aludida e combatida, embora nunca seja chamada por seu nome, o que também sucede nos oito livros acima mencionados.
É quase certo que determinados aspectos da falsa religião, mencionados na carta de Pérgamo, sejam reflexos da heresia gnóstica.
Esse foi o tipo de paganismo que, historicamente, tanto prejudicou a igreja cristã, embora, quando veio a ser cumprido o aspecto profético dessa carta (no tempo de Constantino e depois), o gnosticismo já tivesse desaparecido como um sistema.
Todavia sempre tem havido elementos do gnosticismo que sobrevivem em qualquer era da igreja, e em quase cada denominação evangélica.
Através do gnosticismo, a imoralidade, sobretudo da modalidade sensual tornou-se a ética oficial da cristandade.
Mas tenho contra ti que toleras a mulher Jezabel, que se diz profetiza; ela ensina e seduz os meus servos a se prostituirem e a comerem das coisas sacrificadas a ídolos” (Ap 2.20) – “....tenho contra ti....” – è algo muito solene alguém ser julgado pelo grande Juiz e ser achado culpado, sobretudo quando a culpa é um opróbrio para a igreja e é detrimento para nossa própria porção mais nobre, prejudicando nossos próprios melhores interesses espirituais.
É a loucura do pecado e do egoísmo, a fraqueza causada pela inquisição espiritual imprópria ou deficiente, que produz condições assim.
Várias tentativas têm sido feitas para identificar o caráter histórico real referido a figura de Jezabel. Alguns intérpretes pensam que ela simboliza a “Roma apóstata” – a igreja de Roma.
Mas, na verdade, ela era um elemento corruptor que operava dentro da igreja, mas não era a própria igreja.
Pode-se observar que o culto imoral representado por Jezabel (o gnosticismo religioso) era odiado em Éfeso (Ap 2.20-24).
A lição espiritual que há nisso é óbvia. Todo mal que não nos aborrece, a princípio pode ser tolerado, depois aceito, e, finalmente promovido oficialmente.
Na igreja primitiva, os dons proféticos não se limitavam a homens (At 11.27). Jezabel representava a imitação satânica dos dons proféticos.
Provavelmente ela era psiquicamente dotada, e talvez fosse inspirada pelos demônios. Isso ter-lhe-ia dado a autoridade de que ela precisava para promover o seu culto licencioso.
Ela era profetisa “auto-nomeada”, mas as forças satânicas que a usavam lhe davam uma aparência de autoridade.
As suas credenciais, sejam como for, eram estranhas á igreja. Era usurpadora que usava o seu poder para destruir a igreja.
A doutrina de Jezabel era extremamente liberal.
Particularmente, ela não via defeito no adultério. Seduziu a vários homens da igreja, e, com mão de ferro, prendia a homens com a sua imoralidade.
Mas Apocalipse 2.20 também indica que essa “fornicação” (palavra que indica a prática de todas as formas de perversão e excessos sexuais), também fazia parte da adoração pagã das divindades que ela promovia.
Na qualidade de representante do gnosticismo, ela ensinava que é bom que um homem abuse do seu corpo mediante os excessos  espirituais, já que isso ajuda no sistema do mundo, em sua tentativa de destruir a matéria.
Os gnósticos chegavam ao extremo de dizer que os anjos se punham perto deles (embora de forma invisível), encorajando-os a participar de todas as formas de imoralidade, a fim de que, obtivessem “experiência”, e era mediante tal experiência que obtinham o conhecimento, o qual para eles, era o meio mesmo da salvação.
Tolamente imaginavam que pode-se abusar do corpo, sem prejudicar ao espírito.
Não consideravam a verdade que um homem é corrupto tanto no corpo quanto no espírito. O pecado é algo que cativa e corrompe a personalidade inteira, e não meramente a porção física do ser.
Historicamente, tanto os nicolaítas como os seguidores de Balaão (esta narrativa pode ser encontrada em Nm 22 – 24), provavelmente, também representavam formas licenciosas do gnosticismo, porquanto o gnosticismo foi a heresia que, a começar no tempo mesmo dos apóstolos, e durante cento e cinqüenta anos, assaltou à igreja cristã.
Doutrinariamente, os gnósticos negavam a verdade da “encarnação” – a fusão das naturezas divina e humana em Cristo, bem como qualquer idéia de expiação na morte de Jesus. Daí encontramos Paulo escrevendo aos Filipenses e desfazendo essa heresia (Fp 2 e v. 5-11 e Cl 1.14-17).
Faziam de Cristo apenas uma emanação angelical, um pequeno deus entre muitos.
De acordo com essa doutrina, Jesus não podia ser identificado com o “Espírito-Cristo”. Tão somente, este último teria possuído ao homem Jesus, desde o momento do seu batismo, visando um propósito, uma missão, tendo-o abandonado por ocasião de sua crucificação.
Portanto, quando muito, Jesus teria sido apenas um mártir, pois o Cristo não poderia provar a morte – segundo eles; já que não poderia ter-se encarnado sem macular-se com a matéria.
O evangelista João afirma no entanto, que o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheia de graça e de verdade (Jo 1.14). E que Cristo foi concebido no ventre de Maria pelo poder do Espírito Santo (Lc 1.29-31, 35).
Para os gnósticos, a matéria era a essência mesma do pecado.
Criam eles que o sistema mundial tenciona destruir toda a matéria, e que podemos cooperar com esse sistema abusando do corpo que é algo material, através do aceticismo – a forma combatida na epístola aos Colossenses, ou através da licenciosidade – o tipo combatido nos demais sete livros que combatem o gnosticismo no Novo testamento.
Em 1 Coríntios 6.15-17 Paulo diz “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tornarei, pois, os membros de Cristo, e falo-eis membros de uma meretriz?
Não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela?
Porque serão, disse, dois numa só carne.Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito”.
Pérgamo fora uma cidade da romana província da Ásia nos dias neotestamentários, na parte ocidental do que agora é a Turquia Asiática.
 Pérgamo fora a antiga capital de Atalo, a cidade-estado doada ao império romano em 133 A.C.
Geograficamente, ocupava importante posição, próxima do extremo marítimo do largo vale do rio Caico.
Também tinha boa importância comercial e política, além de sua importância religiosa.
Existia ali uma antiga forma de adoração ao diabo, sendo assim cognominada “Trono de Satanás”.
Também era sede de um antigo culto de mágicas babilônicas, e tornou-se importantíssimo centro da propagação do culto ao imperador, que era apenas outra forma de religião falsa, usada pelas forças satânicas.
Tornou-se a sede de quatro dos maiores cultos pagãos, a saber, de Zeus, de Atena, de Dionísio e de Asclépio.
Também estabeleceu ali o culto dos Magos, de origem babilônica. Os habitantes de Pérgamo eram chamados de “principais guardiões do templo” da Ásia.
Quando o culto ao imperador, cresceu em importância, dentro do império romano, Pérgamo se tornou um de seus centros principais, embora outros falsos cultos ali nunca tivessem fenecido completamente.
A alusão que temos neste capítulo 2 de Apocalipse, ao “trono de Satanás”, mui provavelmente diz respeito a esse culto. Conforme podemos ver no versículo13 – “Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás.....”.
Satanás impulsionava os homens a adorarem um mero homem; esse era o seu “ardil”, naqueles tempos.
O paganismo fanático que em Pérgamo era controlado por Satanás, a ponto de a cidade ter-se tornado centro da propagação das religiões iníquas, que eram adversárias da igreja e a prejudicavam. O culto ao imperador era a manifestação central dessa religião ímpia.
Sem importar o que seja entendido por “trono de Satanás”, a linguagem atribui a Pérgamo a proeminência má de ser o centro do antagonismo a Cristo e seu evangelho.
Em seu aspecto profético, supomos que o gnosticismo tenha tomado o lugar do “culto ao imperador”, como manifestação do satanismo que ameaçava á igreja.
O culto ao imperador criou ali um “trono de Satanás”, talvez havendo nisso alusão à uma colina cônica que havia por trás da cidade, com cerca de trezentos metros de altura, a qual desde tempos antigos, vivia recoberta de templos e altares pagãos, o que fazia significativo  contraste com o monte de Deus referido em Is 14.13 e Ez 28.14,16.
O grande e idólatra culto ao imperador incorporava em si mesmo todo o paganismo que tornou Pérgamo famosa, embora não houvesse eliminado totalmente todas as outras formas.
E a igreja cristã, que se recusava a participar desse culto, automaticamente foi tachada de traidora, tendo de sofrer as conseqüências de sua recusa.
Política e economicamente a cidade florescia, tendo sido chamada por Plínio de a mais ilustre de todas as cidades da Ásia.
Todas as principais entradas da Ásia ocidental convergiam para ali. Hoje em dia não resta mais glória a antiqüíssima cidade. Uma pequena aldeia, de nome Bergama, ocupa o seu lugar, na planície abaixo do local da antiga Pérgamo.


Fontes de Consultas:
ANDRADE. Claudionor de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

domingo, 22 de abril de 2012

IDOSOS E SEXUAL-IDADES: VIVENDO A VIDA NOS 45 ANOS DE CASAMENTO


Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
                                     
                                      IDOSOS E SEXUAL-IDADES
                                           Amparo Caridade – Prof. UNICAP
                                             Diário de PE – 30.09.2005
                       
                          




  “O afeto necessita de ser correspondido para desenvolver-se” 


Certas figuras míticas ajudam a pensar a sexualidade que vivemos, em nosso ser e estar no mundo com os outros.
Eros, o deus do Amor entre os gregos, representa a força poderosa que faz com que todos os seres sejam atraídos uns pelos outros.
Vênus, sua mãe observava que quando Eros era criança, só crescia se estivesse em companhia de alguém que o amasse.
O mito ensina com isso que “o afeto necessita de ser correspondido para desenvolver-se”  .
Para crescer Eros busca a bela Psique, para com ela fazer sua trajetória amorosa.  
O mito reúne tanto a beleza encantadora de Psique que lisonjeia os sentidos, como outras dimensões que fazem mergulhar a arma num devaneio sem fim. 
Eros e Psique nos remetem ao universo de dores e alegrias que o amor pode reunir. 
Semelhante à própria vida que contém a morte, ou o prazer que contracena com a dor. 
No dizer de Barthes há uma “lufada de aniquilamento que atinge o sujeito apaixonado por desespero ou por excesso de satisfação”. 
Há o doer amoroso que é um abismo perigoso sim, um momento de hipnose, mas há também uma doçura abissal.
Cumprimento os amigos nesta semana do idoso e tenho a certeza de que, pela bagagem de experiência vivida entenderão esse mais além do corpo a que me refiro. 
O olhar veiculado sobre a sexualidade é, em geral,  endereçado ao corpo, à  performance, aos genitais. 
Um olhar consumista. 
A discursividade induz a pensá-la magicamente satisfatória em corpos sarados, jovens e responsivos.
Felicidade fácil. Como se sexualidade tivesse idade ou se resumisse a um corpo e seus feitos. Mas ela situa-se num entrelace entre o real do corpo, o simbólico da linguagem e o imaginário da cultura onde estamos inseridos.
Nessa triangulação, a linguagem e a cultura têm inclusive o poder de subverter a ordem que é estabelecida pelo biológico.
Assim é que podemos fazer sexo, não apenas como quem tem fome, mas como quem faz poesia com os olhos, com o corpo, as mãos, os braços, abraços e entrelaces possíveis.
O corpo é o lugar onde se expressa o prazer que é sentido dentro de cada um, mas no ser humano o corpo todo é erógeno.
Eros nos habita por inteiro por toda a vida. 
Como habita também o mundo, a filosofia, a arte, a poética, a literatura. 
Por isso temos uma imensa capacidade de experimentar prazeres plurais. 
Um bom papo, uma taça de vinho, uma boa música, um por  de sol, uma boa leitura podem não ter a marca estonteante do orgasmo, mas contém sim, a filigrana do prazer que faz sentido, que não se apaga da memória, que ressoa no corpo e na experiência de vida.
A sexualidade mais bonita se ensaia nesse arrodeio de prazeres  que cercam o corpo desejante. 
O sentido eletriza a mão que alcança alguém que desejamos. 
Dele se exige que entre no jogo e responda com amor.
O termo sexualidade é aplicado aos seres humanos justamente porque envolve o corpo e dimensões especiais como a espiritualidade, a arte, a metanóia, a transcendência.
Esses aspectos são compreendidos como sendo elevadores da experiência humana de viver o prazer. 
A sexualidade em nós tem a potencialidade de fazer-se palavra, gesto, olhar, mistério, sedução., ternura, não apenas frenesi de um exercício sexual genital ilimitado.
Corpo no corpo, urgência dos instintos, sem a magia do mistério, dos afetos e emoções, não caracteriza o que é mais sutil, profundo e agradável no sexual que podemos fazer e viver enquanto sujeitos.
Na maturidade, no envelhecer esse modo de olhar e viver a sexualidade torna-se especial porque temos uma bagagem de experiência, uma capacidade de aguardar a satisfação, uma permissão para a sensibilidade demorada, saboreada, sem necessariamente ter que explodir.
No envelhecer há mais caminho, mais bagagem, mais entregas, menos fazer, mais viver. 
Oxalá mais arte.

TAL QUAL A VIDA O CASAMENTO PRECISA SER REINVENTADO - A Vida é um Eterno Sonhar


               laudiceabarboza@gmail.com

Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas

 Não é preciso motivo especial, o que importa é trazer alegria para a relação.
OBJETIVOS: 
Conscientzar-se de que a rotina corrói qualquer relacionamento.

Como a vida, o casamento precisa ser reinventado. 


Para marcar nossos 16.425 dias no mesmo teto, na mesma cama, na mesma mesa, na mesma fé, estamos compartilhando este texto, com aqueles casais que desejam  alcançar juntos, mas sobretudo vitoriosos na arte de amar - décadas sem conta. 


Façam as nossas contas. 


Vivemos cada dia como um novo dia - este é o nosso segredo na luta do viver juntos e do bem viver. 


Relação de amor sem desgaste não existe.

A vida a dois exige imaginação e renovação diária.
Renovar, investir, acreditar, é o segredo longevidade.

Quem vive uma relação a dois sabe quanto essas palavras são fundamentais no dia a dia.
A vida muda e o natural seria que o casamento seguisse o mesmo processo.

Mas, de modo geral, as transformações só ocorrem sob a pressão de uma crise. “Toda relação afetiva passa por conflitos, uns maiores, outros menores.

O jeito de encará-los define se haverá uma separação ou uma reinvenção”, diz a terapeuta de casais e palestrante Maria Luiza Cruvinel, de São Paulo.

É verdade que o amor é o fiel da balança – quando existe um sentimento mais profundo, o casal se vê estimulado a renovar a união.

No entanto, muitos se divorciam sem avaliar os próprios sentimentos. “A maioria prefere a separação porque não suporta a angústia da indefinição – aquele período difícil em que a crise foi deflagrada, mas ainda não se vislumbra a solução.

Nessa hora, o afastamento imediato traz uma falsa sensação de melhora”, afirma Oswaldo M. Rodrigues Jr., psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade.

Para reinventar um casamento, é preciso se abrir para as adaptações e concessões.

E preparar-se para encarar tanto os benefícios quanto os riscos embutidos no processo de mudança.

“Viver junto é um aprendizado desde que você reconheça as próprias limitações e compreenda as do outro”, define Maria Luiza.
Para Rodrigues Jr., os relacionamentos nascem de um contrato baseado na interação inicial da dupla. “É quando são colocados os limites, o que cada um suporta e de que necessita.

A questão é que, na maioria das vezes, não há diálogos reais. Cada um tenta convencer o outro a satisfazer suas demandas”, alerta o especialista.

“Então, quando surge um problema sério, o mais comum é acusar, jogar a responsabilidade e aguardar que o par se sinta culpado.” Ou seja, a expectativa é que o outro mude e nunca você.

Aprender a lidar com frustrações e transformações demora mesmo.
Exige uma boa dose de maturidade dos parceiros e, às vezes, terapia pessoal ou de casal. Até para aceitar o fato de que a paixão não é eterna.

“O casal pode ter a consciência de que não está mais apaixonado e de que enfrenta problemas, mas prefere resolvê-los e seguir juntos porque os aspectos positivos dessa relação são superiores aos negativos”, diz Maria Luiza.

Segundo ela, quem parte para a renovação de uma antiga relação são os que ainda se amam, tornaram-se amigos, têm filhos ou projetos em comum.

Seja como for, os motivos da crise e o modo como cada um vai reinventar a vida amorosa é sempre particular.

Uma lição é fundamental:
Nunca deixar os problemas se acumularem. 
Um casal precisa se renovar todos os dias. 
E isso deve ser feito, pois apesar de todas as dificuldades, vale a pena estar juntos.

Fonte: http://claudia.abril.com.br


CELEBRANDO QUATRO E MEIA DÉCADAS NO CASAMENTO - Marcando a Alegria de Viver

  
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OBJETIVO:
   Celebrar com a vida nossos 45 anos de casamento.

Obs. Este é um texto em construção – Acompanhe-o. Vale a pena. Talvez você precise desses valores para o seu casamento.

QUATRO TIPOS DE AMOR - Revivendo 45 anos de Casamento



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OBJETIVO:
Lembrar o amor que sobrevive e fortalece a vida a dois.

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NO CASAMENTO APRENDA A CONTAR E CANTAR CADA DIA - Celebrando 45 anos de experiencias vivenciadas no casamento


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OBJETIVO: 
Marcar os 45 x 365 dias de nossa vida a dois.

Quanto dá  45 x 365? 
Complicado? 
Depende de como é o seu modo de olhar. 
É um grande desafio que jamais poderia ser vencido a dois. 
Um terceiro elemento – Jesus, tem sido o segredo das vitórias incontáveis na renovação de cada dia que já soma 16.325 dias nesse caminho de valor em valor, sempre vencedor.
Trata-se de 22.04.1967, quando diante de Deus e de um numeroso público dizemos sim à vida de cumplicidade do casamento à moda antiga, mas no plano de Deus.
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