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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Lição 10 -PRECISAMOS DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL - 09.12.18 - Subsídios


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 10 -PRECISAMOS DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL - 09.12.18
Mateus 24.45-51
Por: Pr. João Barbosa

Jesus à sombra da cruz esforça-se no sentido de preparar os discípulos para o que havia de acontecer – O grande discurso escatológico de Jesus: a destruição de Jerusalém.

Jesus após ter chamado a atenção dos discípulos para a oferta da viúva pobre, deixa, com profunda tristeza e para sempre, o recinto do templo.

E quando saia do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras e que edifícios! Ao que Jesus lhe disse: Vês estes grandes edifícios? Não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.

Então o Senhor, com seus discípulos dirige-se ao Monte das Oliveiras, proferindo o grande discurso escatológico que descreve a destruição de Jerusalém, a transição da destruição de Jerusalém para a sua Segunda Vinda, e a Segunda Vinda propriamente dita (Mt 24.1-14).

A profecia da destruição de Jerusalém, posto que futura, está, contudo, iminente. Era questão de cerca de quatro décadas. Segue a transição, que seria certa, mas, quanto ao tempo, indeterminada.

Este intervalo indeterminado é chamado o tempo dos gentios, o qual se estende a vinte e um séculos e continua indefinido. É tempo de salvação universal. A humanidade toda, se quiser, pode ser salva. Finalmente o Senhor descreve sua Segunda Vinda o fim do mundo e o Juízo Final.

È difícil, naturalmente, uma harmonização completa do sermão escatológico; contudo, empenhamos nossos esforços em concatenar do melhor modo possível as declarações do Mestre.

De vez que cremos que o Senhor, ao passo que ia declarando os acontecimentos, o fazia, ora se referindo à destruição de Jerusalém, ora a sua vinda final, ora fazendo simbolizar os eventos históricos da destruição de Jerusalém e do povo como nação, aos eventos de sua parousia e o Juízo Final.

A ideia de tempo na Bíblia – Em se tratando de Escatologia é imprescindível que conheçamos claramente a ideia de tempo na revelação de Deus. Temos, pois, na Bíblia:

Eternidade, épocas, anos, meses, semanas, dias, horas, momentos, brevidade de tempo, um pouco de tempo, hora que já durou vinte séculos, tempo antigo, tempo aceitável, tempo de visitação, tempo de refrigério, tempo de reforma, tempo de ira, de destruição, de trevas, de angústia. Segunda Vinda.

Dia, no sentido genérico (Gn 1.5).
Dia, no sentido natural, do nascer ao por do sol (Gn 31.39).
Dia, no sentido de doze horas ((Jo 11.9).
Dia, no sentido de vinte e quatro horas – é o dia convencional moderno (Jo 1.39).
 Dia, no sentido profético de um ano ou trezentos e sessenta e cinco dias naturais (Ez 4.6).
Dia, no sentido de uma parte de um período, como se fosse período inteiro (1Sm 13.1).

Dia, no sentido de um tempo de juízo (AP 6.17; Jr 18.7).
Dia, no sentido de salvação (2Co 6.2).
Dia, no sentido de visitação, de redenção, do Senhor (Is 3.9; Ap 1.10).
Ano e anos (Gn 15.13; Dn 9.2). Meses (Nm 10.10). Semanas (Lc 18.2).

Dias (Gn 8.3; Lc 11.3) Horas (Dn 5.5; Jo 11.9).
Momentos (Ex 33.5; 1 Co 15.52). Um dia como mil anos (2Pe 3.8). Hora que já começou e está durando vinte séculos (Jo 5.25).
Mas não sabemos quando se consumará (Jo 5.28).

Portanto, a ideia de tempo, na Bíblia, é clara, e a interpretação da Escritura, em relação a tempo, deve ser feita também à luz da revelação de Deus na mesma Escritura, e não em cálculos suposições e hipóteses humanas.

As profecias e o tempo – A profecia é característica de todas as épocas da revelação no VT. Houve profetas antigos e profetas dos últimos dias. O profeta era o homem de emergência nos problemas imediatos e mediatos.
O fator conhecimento do futuro, em alguns casos, também era anunciado pelo profeta. Às vezes, a profecia tinha relação local, mas também tinha elemento universal.

Os profetas falavam, movidos pelo Espírito Santo, do Reino de Deus no passado, no presente e no futuro. Profecias houve que já se cumpriram em tempos pre messiânicos, e os profetas chamavam estes tempos de tempo do fim.

Ou seja, o término ou a realização da profecia que cada um deles iam pregando ao povo, isto é, quando aquela profecia tinha o seu cumprimento, então chegava “o tempo do fim” ou “os últimos tempos” ou “os últimos dias”.

Assim, temos profecias de cumprimento contemporâneo e profecia de cumprimento após a morte do profeta, ou antes da vinda do Messias (2Re 19.20-31; 15.12; 1Pe 1.11).

Houve profecias que se cumpriram no tempo messiânico, isto é, com a vinda do Messias (Is 7.14;9.6; 53.1-12; Sl 22; Mt 26.18; Jo 7.6).

Os últimos dias de que Jesus fala não é o fim do mundo, mas “o fim dos tempos”, o fim do período judeu, em conexão com a destruição de Jerusalém.

Em certo sentido, Jesus veio quando Jerusalém foi destruída. Profecias houve e há que se cumpriram e que estão se cumprindo, e outras profecias que ainda se cumprirão após a sua ascensão aos céus, desde os tempos apostólicos e pós apostólicos até o fim dos séculos (Lc 19.43; 21.34; 1Co 1.8; 1Ts 5.2; Hb 10.25).

E, finalmente, há profecias de Jesus que só se cumprirão após a sua parousia ou Segunda Vinda (Mt 24.36-44; 26.29; 25.31-46).

Na parábola do servo fiel e do servo prudente, Jesus tem uma exortação para todos os seus servos. Os fariseus tinham falhado como servos e agora os verdadeiros guias espirituais estão aqui apresentados.

Devem ser fiéis, pois vivem e trabalham na ausência do Mestre da mesma forma como fariam se ele estivesse presente. Também devem ser prudentes, aptos a lidar com os seus conservos, de forma a encorajar o tímido e a reprovar o ousado.

Devem ser governantes dentro e fora de seus lares. Governar corretamente significa unir e inspirar os outros a fim de lidera-los numa linha correta de ação.

Se forem submissos ao seu governante celestial, então conduzirão outros a se submeterem a ele, e alimentá-los com a verdade e o seu próprio exemplo de simpatia por eles.

Para aqueles que assim servirem o Mestre, haverá um respeito ainda maior e honra imortal, quando ele vier. Acrescentar essa advertência contra a infidelidade, Cristo liga a fé ao comportamento.

Se cremos em sua vinda, devemos nos portar de acordo com o que acreditamos. Não podemos viver como desejamos, se verdadeiramente cremos que ele pode vir a qualquer momento.

Essa esperança deve governar a nossa vida no lar e impedir-nos de viver uma vida sem moderação e sem disciplina. Quando o servirmos de maneira a honrá-lo, teremos verdadeira comunhão uns com os outros, santidade de vida e estaremos vigilantes.

Para aqueles servos maus que escarnecem da verdade de sua vinda, e arrogantemente detratam os outros, e se associam com os glutões a uma condenação repentina e veloz.

Para eles não há premio – somente lhes cabe a porção junto com os hipócritas. O choro e ranger de dentes expressam a plenitude de sua vergonha.

Que a graça nos seja concedidas para que possamos viver de tal maneira que não sejamos envergonhados perante ele em sua vinda.

Olhai e vigiai – Esta é a solene advertência do Senhor da glória especialmente aos seus remidos: “Olhai por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez e dos cuidados da vida, e aquele dia vos sobrevenha de improviso como um laço.

Porque há de vir sobre todos que habitam na face da terra. Vigiai, pois, em todo tempo, orando, para que possais escapar de todas essas coisas que hão de acontecer, e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc21.34).

Nosso Senhor não somente advertiu seus apóstolos e discípulos, mas a todos os crentes em todos os tempos: “O que vos digo a vós, a todos o digo”. Somos, pois, exortados a cuidarmos de nossa vida sob todos os seus aspectos; físico, moral e espiritual.

O Reino de Deus não consiste em comida e bebida, que levam o coração dos homens à glutonaria, embriaguez e às vaidades da vida secular, desprezando a vida espiritual e a mordomia fiel de servos de Deus, em troca de uma vida mundana material e infrutífera.

Lembremo-nos de que o dia da volta do Senhor virá de “improviso como um laço”, para nos apresentarmos e estarmos na presença do Filho do Homem.

Que vergonha será para qualquer remido do Senhor, naquele dia, se não estiver preparado? Crentes em Cristo: Olhemos por nós mesmos, para que não sejamos encontrados, pelo Senhor da glória, em lugares menos dignos, e, muitas vezes em lugares que nos podem induzir ao pecado:

Mentiras, impurezas, irreverência, vaidade humana, deslealdade, superstições, idolatrias, espiritismo e feitichismo, avareza e todo um rosário de pecados em que qualquer crente pode cair se não olhar por si mesmo, se não vigiar contra as astutas ciladas do Diabo, se não orar constantemente ao Pai celestial, para não cair na tentação do Diabo e dos desejos da carne.

Os crentes devem se lembrar que estão no mundo, mas não são do mundo; eles devem vigiar e orar para não entrar em tentações, em todo tempo, até à vinda do Senhor.

Esta é a exortação que nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos dá neste sermão escatológico: “Olhai e vigiai”.

Nesta parábola dos dois servos o Senhor adverte os crentes quanto à sua parousia, para que sejam achados            vigilantes, fiéis e preparados para recebê-lo.

O servo fiel representa os crentes fiéis na causa do evangelho e, de modo particular os ministros da Palavra: pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos e auxiliares e todos aqueles que se ocupam em algum mister na casa de Deus.

Este servo fiel receberá precioso galardão (1Co 4.2; Jo 21.15-17; 1Pe 5.2-4). “Bem aventurado aquele servo a quem, o seu Senhor quando vier, achar fazendo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens” (Mt 25.46,47).

E, pelo contrário, o mau servo, cujo coração incrédulo orgulhoso e hipócrita se manifestou na infidelidade ao seu Senhor e na crueldade com os outros conservos, será punido severamente.

Seu Senhor virá quando ele não o espera e o destruirá com terrível suplício. O Senhor Jesus quer advertir a todos, por meio dessa figura severíssima, que ele virá repentinamente, para julgar os vivos e os mortos, e sua punição não será no sentido físico, como na parábola, mas será uma punição moral e espiritual:

O mau servo será lançado no fogo do inferno, onde haverá choro e ranger de dentes eternamente.


Consultas: GABY. Wagner Tadeu. Comentarista da Lição Bíblica do43º. Trimestre 2018. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. / GABY. Wagner Tadeu e GABY Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. CPAD. Rio de Janeiro, 2018 /LOCKYER. Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida, São Paulo 2017  / BAILEY Kenneth. As Parábolas de Lucas. Editora Vida Nova São Paulo. 2003 / GIOIA Egídio.Notas e Comentários à Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. Rio de Janeiro, 1981 Bíblia do Pregador Pentecostal – SBB  CHAMPLIN. R.N. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo– V2. Dicionário. Editora Hagnus. São Paulo, 2010/ SNOGRASS Kleine. Compreendendo as Parábolas de Jesus. Editora CPAD, RJaneiro, 2018

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