Subsídios
Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição
12 -ESPERANDO, MAS TRABALHANDO NO REINO DE DEUS - 23.12.18
Mateus
25.1-13
Por: Pr. João Barbosa
A presente parábola retrata a época da
morte de Jesus e da sua ressurreição até o Segundo Advento e fora dirigida aos
seus discípulos com o objetivo de motivá-los a levar uma vida fundamentada nos
valores por Ele ensinados.
O homem rico a quem os servos se referiam
como “senhor” que iria partir refere-se á pessoa do Senhor Jesus Cristo. A
viagem a um país distante se refere à sua partida para o Céu.
Ele havia advertido os seus discípulos
que na casa de seu Pai havia muitas moradas, quando Ele fosse ia preparar lugar
e depois voltaria e os levaria para si mesmo.
Essa partida aos céus foi na presença
de todos, apóstolos e discípulos em um total de mais de quinhentos irmãos e
refere-se à sua ascenção (At 1.9-11; 1Co 15.8).
Os servos eram em princípios os doze
apóstolos a quem Jesus dirigiu a palavra, e no sentido mais amplo diz respeito
a todas as pessoas nascidas de novo.
Os talentos são os dons que o Senhor
entregou aos seus servos. O seu retorno, Ele está falando do seu Segundo
Advento, e a recompensa ou o castigo, seria uma representação do destino dos
salvos e daqueles que não são salvos.
Os elogios que o Senhor fez aos seus
servos no seu retorno, referem-se aos galardões que se pode esperar no
julgamento das obras no Tribunal de Cristo, ou seja, é a vitória do crente no
Tribunal de Cristo (2Co 5.10,11; Cl 3.24,25; 1Co 3.11-15; Rm 14.10-12).
A condenação do servo que falhou em sua
responsabilidade é uma advertência a todos os salvos em todas as épocas ao não
uso ou ao uso indevido dos dons. Visto que a Parábola dos Talentos fala do
acerto de contas dos servos diante de Deus.
Não confundir esta parábola com a Parábola
das Dez Minas, de Lucas 19.11-27. Nesta Parábola dos Talentos, Jesus falou com
os seus discípulos enquanto estava no Monte das Oliveiras; já na Parábola das
Dez Minas Ele fala a uma multidão em Jericó.
Na Parábola das Dez Minas os homens que
recebem os mesmos dons são remunerados conforme a sua diferença em servir. Na
Parábola dos Talentos os homens recebem de forma desigual, mas o devolvem com a
mesma diligência e recebem a mesma remuneração.
Cristo não quer nenhum servo que fiquem
ociosos. Pois, seus servos têm recebido tudo da parte dele e nada têm de que
possa considerar como sua propriedade.
Nessa parábola fica clara a ideia da
privação do talento por parte do preguiçoso. Isto pode se aplicar ás bênçãos
desta vida, e até mesmo aos meios da graça.
Costumamos dizer que Deus dá diferentes
dons aos homens. Nesta parábola a um homem é dado cinco talentos, a outro é
dado dois talentos e a um outro, é dado apenas um talento.
Cada homem possui características
próprias, de sorte que Deus considera as ações dos mesmos e não a quantidade de
talentos que cada um recebeu.
E a grande lição desta parábola é que
qualquer que seja o talento que possuamos grande ou pequeno, devemos entregá-lo
para o serviço de Deus.
Esta parábola também tem o objetivo de
advertir a crentes e não crentes, todos aqueles que de alguma forma são
mordomos de Deus para usarem fielmente os talentos que Deus lhes entregou.
Para ser usado em toda a sua vida, os
quais lhes foram entregues por Deus em confiança, porque o Dia do Juízo virá.
Quando todos, mordomos fiéis e infiéis, terão de prestar conta pelo uso que dos
mesmos fizeram.
Deus julgará claramente a fidelidade ou
infidelidade no uso da mordomia de cada um, no seu Reino. Três classes de
pessoas receberam os talentos: Crentes talentosos, crentes capacitados e os não
crentes.
O primeiro grupo é o dos que possuíam
grande capacidade. Capacidade essa dada pelo próprio Deus: saúde física, saúde
mental, saúde espiritual, dons, habilidades e etc.
Estes são os que receberam de Deus
cinco talentos, isto é, receberam mais talentos do que os outros. O segundo
grupo é o dos servos menos talentosos. São os que receberam dois talentos, estes
são os de capacidade mediana.
Finalmente, o terceiro grupo é o dos
servos pouco talentosos àqueles de pequena capacidade. Que receberam apenas um
talento. O fato mais importante, porém, é que todos têm talentos e o resultado
será de acordo com a capacidade de cada um quer sejam eles fieis ou infiéis (Mt
25.15,17).
Os conceitos do primeiro e do segundo
mordomo são iguais, em relação ao seu senhor: fidelidade em aplicar os
talentos, pouco ou muitos, segundo a sua capacidade, reconhecendo que os mesmos
não lhes pertenciam, mas sim ao seu senhor.
Mas o conceito daqueles que formaram o
terceiro grupo era completamente diferente dos dois primeiros. Os dois
primeiros tinham plena confiança de seu senhor e em seu senhor. Já esse terceiro
mordomo, o conceito dele era de plena desconfiança no seu senhor.
Este conceito era a atitude de seu
coração, de sua personalidade presunçosa e arrogante. Uma coisa, porém, era bem
clara e certa para os três mordomos; que chegaria o dia em que seu senhor
pediria acerto de contas, e nenhum conhecia qualquer indício do tempo quando
haveria o seu senhor de voltar.
Todos os homens civilizados ou bárbaros
possuem um supremo tribunal dentro da estrutura do seu ser criado à imagem e
semelhança de Deus: é a consciência e o conhecimento do bem e do mal. E ninguém
escapa a esta lei de Deus (Rm 2.14-16). Tudo quanto possuímos recebemos como
dádivas de Deus que devem produzir frutos aceitáveis ao Senhor.
Como produziram os dois primeiros
mordomos. E o Senhor justo juiz, os recompensará, segundo sua justiça e querer.
Apreciará o esforço fiel e leal dos seus mordomos e lhes dará ainda mais
capacidade e maiores oportunidades.
“Muito bem, servo bom e fiel” (Mt
14.21). Mas, ao mordomo infiel, inútil, desconfiado e mal, o Senhor repreenderá
severamente e lhe tirará o talento ou talentos que lhe dera em confiança.
A punição do servo inútil e mau será
perder todo o privilégio: perder a apreciação do seu Senhor, perder o que lhe
for entregue, perder a confiança e o privilégio de servir e perder muitas
honras e bênçãos que o seu Senhor lhe daria, se fosse fiel.
Porque a todos o que tem dar-se-lhe-á e
terá em abundância, mas ao que não tem até aquilo que tem ser-lhe-á tirado. Nossa
vida é como um “talento”. Deve ser posta em circulação. Todo homem em sua vida
tem preciosas oportunidades de usar os talentos que o Senhor lhe confiou.
Aos crentes fiéis, Deus lhes dá
oportunidades gloriosas de servi-lo com os talentos, desenvolvendo cada vez
mais sua capacidade. Quanto porém, aos que se dizem cristãos, e aos não
crentes, eles provarão esta triste verdade da severa punição, pela falta de
fidelidade em usar para o seu Senhor os dons e bens que dele recebera, e o
resultado tristíssimo será que até aquilo que recebera lhe será tirado. Ninguém
esconda o seu talento, mas o use para o seu Senhor e para o engrandecimento do
seu Reino.
Consultas:
GABY. Wagner Tadeu. Comentarista da Lição Bíblica do43º. Trimestre 2018.
As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida
abundante. / GABY. Wagner Tadeu e GABY Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus
– As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. CPAD. Rio de
Janeiro, 2018 /LOCKYER. Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida,
São Paulo 2017 / BAILEY Kenneth. As
Parábolas de Lucas. Editora Vida Nova São Paulo. 2003 / GIOIA Egídio.Notas e
Comentários à Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. Rio de Janeiro, 1981 Bíblia
do Pregador Pentecostal – SBB CHAMPLIN.
R.N. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo– V2. Dicionário.
Editora Hagnus. São Paulo, 2010 / LAHAYE Tim. Bíblia de Estudo Profética –
Almeida e Corrigida Fiel / SNOGRASS Kleine. Compreendendo as Parábolas de
Jesus. Editora CPAD, RJaneiro, 2018
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