Subsídios
Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição
11 -DESPERTEMOS PARA A VINDA DO GRANDE REI - 16.12.18
Mateus 25.1-13
Por: Pr. João Barbosa
Esta parábola nos ensina a iminente
volta de Jesus. E esta vinda iminente de Jesus Cristo deveria motivar os
crentes a viverem como se o arrebatamento pudesse acontecer a qualquer momento.
Nunca se sabe exatamente quando este
evento ocorrerá. Por causa disso, três coisas são verdadeiras. Primeiro não se
pode contar com o passar de um tempo certo antes que um evento iminente ocorra.
Assim, deve se estar sempre preparado para
que aconteça a qualquer momento. Segundo, não é legítimo marcar uma data para a
ocorrência de um evento iminente.
Estabelecer datas implica que o evento
não pode acontecer até aquela data. Isso destrói o conceito de uma vinda
iminente. Terceiro não é legítimo dizer que, pelo fato de o evento ser iminente
ele ocorrerá logo.
A Bíblia indica que a Segunda Vinda de
Cristo era iminente quando o NT estava sendo escrito. Contudo, é óbvio que não
seria um evento próximo para aqueles tempos apostólicos.
O conceito do retorno iminente de Cristo
é o seguinte: Sua vinda sempre paira sobre nossas cabeças, está constantemente
prestes a nos sobrevir ou cair sobre nós, e está sempre próxima no sentido de
poder acontecer a qualquer hora.
Outras coisas podem acontecer antes do
retorno de Cristo, mas nada mais precisa biblicamente acontecer antes que ele
volte.
Se algo mais precisasse acontecer
primeiro, então a sua Segunda Vinda não seria iminente. Como não sabemos
exatamente quando Cristo voltará, três coisas são necessárias:
Primeiro – não podemos contar com certo período de tempo que ocorrerá antes de
seu retorno. Portanto, devemos sempre estar preparados, pois ele pode voltar a
qualquer momento.
Segundo – não podemos legitimamente marcar uma data para o retorno de Cristo. Terceiro – não podemos necessariamente
dizer que só porque a vinda de Cristo é iminente, ela acontecerá logo.
Neste capítulo 25 de Mateus 1-13,
conhecido no meio cristão como a Parábola das Dez Virgens, é a continuação e
ilustração do discurso escatológico de Jesus, que começa com a parábola das dez
virgens e a parábola dos talentos e termina com o que alguns teólogos chamam de
descrição do Juízo Final.
Esta
parábola, das dez virgens, é mais um incentivo à vigilância cuidadosa, quanto à
Segunda vinda do Senhor Jesus Cristo.
A humanidade, sempre se dividiu em dois
grandes grupos: os crentes e os descrentes, que, por sua vez, podem ser
descrito sobre múltiplos e variados aspectos.
Np primeiro grupo, o dos crentes, pode
haver negligentes, imprudentes, fracos, descuidados, tosquenejantes e mesmo
adormecidos, moral e espiritualmente falando: mas, são crentes.
A fé genuína em Cristo, uma vez neles
implantada pelo Espírito Santo continua operando mesmo com os problemas
espirituais conforme anotamos acima no seu dia a dia.
No segundo grupo, o dos descrentes é
completamente diferente: jamais foram crentes, porque não foram gerados de novo
pelo Espírito Santo, ou seja, são pessoas que não nasceram da água e do Espírito.
Pois a sua fé em Cristo não é genuína: é
uma fé meramente intelectual, fé natural, fé na existência de Deus, de Jesus
Cristo e do Espírito Santo, mas não verdadeiramente a fé salvadora.
Como está escrito: “A saber: se, com a
tua boca confessares ao Senhor Jesus, e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a
justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Rm 10.9,10).
A fé do crente em Cristo é uma fé
salvadora, é um dom de Deus. A fé das cinco virgens loucas era uma fé que não
produz fruto de arrependimento, fruto do Espírito, fruto de uma vida santificada.
Era uma fé na religião cristã, e não
uma fé na pessoa de Cristo, como autor e consumador da fé, o único e suficiente
salvador, que fez o sacrifício vicário da cruz, para salvação dos pecadores que
nele creem verdadeiramente.
Entretanto, ninguém deve supor que
estes dois grandes grupos sejam exatamente iguais, no sentido em que a
humanidade esteja dividida meio a meio exatamente, nem tampouco que as virgens
prudentes sejam sem pecados.
Visto que todas tosquenejaram e
adormeceram. Estavam vestidas exatamente iguais, as aparências eram as mesmas. O
que faltava em um grupo era a verdadeira santificação sem a qual ninguém verá o
Senhor.
Estas dez virgens representam um número
completo: a humanidade. E esta, quer sejam prudentes, quer sejam loucas terão
de naquele dia contemplar, surpreendidas a vinda do Senhor Jesus, em glória
indescritível, e terá de ouvir de Jesus a sentença final de seu justo e divino
Juiz.
Esta é a opinião da maioria das igrejas
reformadas que entendem que nós, os crentes passaremos pela grande tribulação. No
entanto, a iminente vinda de Jesus acontecerá em dois períodos distintos:
Um para arrebatar aqueles fiéis
tipificados nas cinco virgens prudentes. E outra é a sua segunda vinda em glórias
quando todo o olho o verá.
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho
o verá, até os mesmos que os traspassaram; e todas as tribos da terra se
lamentarão sobre ele, Sim! Amém!” (Ap 1.7).
O apóstolo Paulo deixa bem claro em sua
segunda carta aos Tessalonicenses cap.2 e v 1-10 que antes dessa segunda vinda
de Cristo, primeiro surgirá o grande engano dos tempos do fim que é a pessoa do
Anticristo.
E na sua primeira carta aos
Tessalonicenses cap.4 e v 13 -18, o apóstolo coloca de forma cronológica os
fatos que ocorrerão naquele dia da parousia, isto é, o arrebatamento secreto
para a igreja que surpreenderá o mundo conforme ilustrado na parábola das dez
virgens. O noivo chegou no dia e na hora em que ninguém esperava.
Os crentes genuínos que, pela graça de
Deus, guardarem a fé em Cristo, o Filho do Deus vivo, como o seu Salvador e
Senhor, esses permanecerão na glória com Cristo, o noivo divino para todo o
sempre.
Mas os crentes meramente nominais,
juntamente com todos os incrédulos, enfrentarão todas as consequências daqueles
que rejeitam o Senhor e o sacrifício vicário do seu eterno Filho, Jesus Cristo.
O sofrimento deles é descrito como “choro
e ranger de dentes”. E clamarão “Senhor, Senhor, abre-nos as portas”, mas o
noivo responderá: “em verdade vos digo, não vos conheço”.
É uma verdadeira loucura o
comportamento daqueles que fingem ser verdadeiros crentes, que fingem ter fé em
Cristo, pela mera profissão externa do nome de cristão ou do nome de sua religião.
É também uma grande loucura e ignorância
continuar vivendo como crente nominal alegando que terá uma segunda
oportunidade depois da volta iminente de Jesus, visto que ele não virá para salvar,
mas para julgar.
Esta terrível e tremenda verdade é
descrita nesta parábola, “e fechou-se a porta”. Quem não tiver a graça de Deus
e a fé no Senhor Jesus Cristo, na hora da morte ou na hora da Segunda Vinda de
Jesus para arrebatar a igreja, achará a porta fechada.
Esta é a real e terrível verdade dos séculos
para a humanidade sem Deus. Esta parábola não é para ensinar a necessidade de
arrependimento depois da morte ou por ocasião da Segunda Vinda de Jesus para
arrebatar a igreja.
Mas é para ensinar que os pecadores e
crentes nominais devem estar sempre preparados, pelo arrependimento de seus
pecados e pela fé em Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus. Seja para a hora fatal
da morte ou para o momento inesperado da vinda de Jesus.
E o Senhor termina esta parábola com as
palavras que a interpretam perfeitamente: “Vigiai, pois, porque não sabeis nem
o dia nem a hora”. “Portanto: olhai por vós mesmos. Vigiai”.
Prémilenismo – é a teoria do
arrebatamento em que está fundamentado este estudo. Pois, os premilenistas
creem que Cristo retornará no final da era da igreja e estabelecerá um reino físico
na terra por mil anos literais.
A maioria dos premileninstas creem que
o retorno de Cristo é precedido pela septuagésima semana de anos de Daniel
9.27. Que inclui uma tribulação de sete anos.
Premilenistas são aqueles que creem no
arrebatamento da igreja antes da grande tribulação e não no meio,
mesotribulacionismo, ou depois, postribulacionismo.
Se somos pretribulacionistas e
premilenistas, não passaremos pela grande tribulação, mas seremos arrebatados
na iminente vinda do Senhor Jesus Cristo em glória.
Consultas:
GABY. Wagner Tadeu. Comentarista da Lição Bíblica do43º. Trimestre 2018.
As Parábolas de Jesus – As verdades e princípios divinos para uma vida
abundante. / GABY. Wagner Tadeu e GABY Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus
– As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. CPAD. Rio de
Janeiro, 2018 /LOCKYER. Herbert. Todas as Parábolas da Bíblia. Editora Vida,
São Paulo 2017 / BAILEY Kenneth. As Parábolas
de Lucas. Editora Vida Nova São Paulo. 2003 / GIOIA Egídio.Notas e Comentários
à Harmonia dos Evangelhos. Editora Juerp. Rio de Janeiro, 1981 Bíblia do
Pregador Pentecostal – SBB CHAMPLIN.
R.N. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo– V2. Dicionário.
Editora Hagnus. São Paulo, 2010/ SNOGRASS Kleine. Compreendendo as Parábolas de
Jesus. Editora CPAD, RJaneiro, 2018/ LAHAYE Tim. Bíblia de Estudo Profética -Almeida e Corrigida Fiel. Editora Hagnos
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