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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Lição 14 - ENTRE A PASCOA E O PENTECOSTES - 30.09.2018


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 14 - ENTRE A PASCOA E O PENTECOSTES - 30.09.2018
Texto Bíblico: Exodo 34.18-29
Por: Pr. João Barbosa

Páscoa – Era a primeira das três grandes festas anuais em Israel quando todos os homens tinham obrigação de comparecer no santuário (Ex 23.14-17).

O substantivo pesah é derivado do verbo pãsah “passar por cima”, no sentido de “poupar” (EX 12.12,13). A Páscoa é associada com a festa dos pães asmos, a semana durante a qual a levedura era rigidamente excluída da dieta dos hebreus (Ex 23.15).

A Páscoa histórica relaciona-se com a décima praga – a morte dos primogênitos no Egito. Israel recebeu a ordem de preparar um cordeiro para cada lar. O sangue devia ser aplicado na verga e nas umbreiras das portas (Ex 2.7).

O sinal do sangue garantiria a segurança de cada casa assim indicada. No entardecer do dia catorze de Nisã (Abibe), os cordeiros da Páscoa eram mortos.

Depois de assados, eram comidos com pães asmos e ervas amargas, (Ex 12.8). Enfatizando a necessidade de uma saída apressada e relembrando a amarga escravidão no Egito (Dt 16.3).

A Páscoa era uma observância familiar. No caso de famílias pequenas, os vizinhos podiam ser convidados para compartilharem da refeição pascal. As instruções iniciais diziam respeito à preparação para o êxodo histórico (Ex 12.21-23).

As orientações subsequentes foram dadas para observância dos sete dias da Festa dos Pães Asmos (Ex 13.3-10). A experiência da Páscoa devia ser repetida cada ano, como forma de instrução para as gerações futuras (Ex 12.24-27).

Nos anos subsequentes, desenvolveu-se um ritual pascal que incorporou aspectos adicionais. Quatro cálices sucessivos de vinho misturados com água eram usados. Para entendermos melhor devemos ler os Salmos 113 – 118. Eram cantados em momentos apropriados.

Frutas misturadas com vinagre na consistência de argamassa serviam como lembrança da argamassa usada na escravidão. O primeiro e o sétimo dia dessa semana eram observados como sábados. Todo o trabalho cessava e o povo se reunia em santa convocação (Ex 12.16; Num 28.18,25).

No segundo dia da Festa, um molho das primícias da cevada era movido pelo sacerdote para comemorar o início da colheita (Lv 23.10-14). Além dos sacrifícios regulares, dois novilhos, um carneiro e sete cordeiros eram oferecidos como holocausto, e um bode como oferta pelo pecado, todos os dias (Nm 28.19-23; Lv 23.8).

A observância da Páscoa era frequentemente negligenciada nos tempos do AT. Depois do Sinai (Nm 9.1-14), nenhuma celebração da Páscoa ocorreu a não ser depois da entrada em Canaã (Js 5.10). Os reis reformadores Ezequias (2Cr 30) e Josias (2Re 23.21-23; 2Cr 35), deram atenção à observância da Páscoa.

Depois da dedicação do segundo templo, foi celebrado uma Páscoa notável (Ed 6.19-22).

A morte de Cristo na época da Páscoa era considerada significativa pela igreja primitiva. Paulo chama Cristo de “Nossa Páscoa” (1Co 5.7).

A ordem de não se quebrar nenhum osso do Cordeiro Pascal (Ex 12.46), é aplicada por João à morte de Cristo – “nenhum dos seus ossos será quebrado” (Jo 19.36).

O cristão deve lançar fora o “velho fermento” da maldade e da malícia, e colocar no lugar dele “os asmos da sinceridade e da verdade (1Co 5.8). João o Batista, foi o primeiro homem na Bíblia a reconhecer e anunciar Cristo como o Cordeiro Pascal ao declarar “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).

Pentecostes – Um termo derivado do grego pentekostos, que significa “quinquagésimo”, que era aplicado ao quinquagésimo dia após a Páscoa. Era a culminação da Festa das Semanas (Ex 34.22; Dt 16.10).

Que começava no terceiro dia após a Páscoa com a apresentação dos primeiros molhos da ceifa diante de Deus e terminava com a oferta de dois pães asmos que representavam as primícias da colheita (Lv 23.17-20; Dt 16.9,10).

Depois do exílio, veio a ser uma das grandes Festas de peregrinação do judaísmo, quando muitos daqueles que viviam nas partes remotas do mundo romano voltavam para Jerusalém a fim de adorar (At 10.16).

Por essa razão servia como um elo para unir o mundo judaico do século I, e para fazer os judeus lembrarem-se da sua história. Na igreja cristã, o Pentecostes é o aniversário da vinda do Espírito Santo.

Quando Jesus subiu ao céu, mandou seus discípulos ficar em Jerusalém até receber o poder do alto enquanto um grupo de cento e vinte fiéis estavam orando num cenáculo em Jerusalém.

Cinquenta dias após a morte de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre eles com um som de um vento poderoso e com línguas de fogo que pousou sobre cada um deles.

Começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem e a pregar com ousadia em nome do Senhor Jesus Cristo e o resultado foi que três mil pessoas se converteram e foram batizados em nome do Senhor Jesus.

Essa tremenda manifestação do poder divino marcou o começo da igreja, que a partir de então tem considerado o Pentecoste como o dia em que a igreja começou a existir como instituição eclesiásticas entre os homens.

Se o Senhor Jesus Cristo como Cordeiro Pascal não tivesse sido imolado no dia da Páscoa do ano provável de 27 da era cristã, aquele dia de Pentecostes em Jerusalém cinquenta dias após a sua morte e ressurreição não teria sentido.

Todavia, a Páscoa de Cristo tornou real o Pentecostes do Espírito Santo.

Cristo, o Cordeiro Pascal – O Senhor Jesus foi crucificado durante a Páscoa (Mt 26.2). Mas, ao terceiro dia, eis que ele ressurgiu de entre os mortos, e disse aos seus discípulos: “Toda autoridade me foi dada nos céus e na terra” (Mt 28.1-8).

Jesus foi feito as primícias dos que dormem, por ser ele mesmo a ressurreição e a vida. E também o primeiro que morreu e ressuscitou para nunca mais morrer (Jo 11.25; 1Co 15.20-23; Ap 1.17,18).

Em seguida, ele fez menção da grande colheita que haveria por intermédio da descida do Espírito Santo (At 1.8). E que os discípulos, pois, esperassem a chegada do Consolador.

Passados cinquenta dias, desde a morte de Cristo, ocorrida na Páscoa, eis que os discípulos recebem o Consolador em pleno dia de Pentecostes (At 2.1-4).

E cheios do Espírito Santo, começaram a falar noutras línguas enunciando aos peregrinos que visitavam Jerusalém, as grandezas de Deus (At 2.7-11).

Nesse movimento, levanta-se Pedro com os demais apóstolos, e proclamam o evangelho de Cristo. E as três mil almas que se converteram (At 2.41), são as primícias da igreja primitiva que foram apresentadas a Deus Pai.
Consultas: ANDRADE, Claudionor de.Comentarista da Lição Bíblica do 3º. Trimestre. Adoração, Santidade e Serviço – Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. ANDRADE, Claudionor de. Adoração, Santidade e Serviço – Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. CPAD. Rio de Janeiro, 2018. PEARLMAN Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Editora Dois Irmãos Ltda. Rio de Janeiro, 1963. ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Editora Vida Nova, São Paulo, 2009. BRUNELLI Walter. Teologia para Pentecostais – Vl.4. Editora Central Gospel. Rio de Janeiro, 2017. CHAMPLIN. R.N. Antigo Testamento Interpretado – V1 e V6. Dicionário. Editora Hagnus. São Paulo, 2010

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