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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Lição 11 - A LÂMPADA ARDERÁ CONTINUAMENTE - 09.09.2018


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 11 - A LÂMPADA ARDERÁ CONTINUAMENTE - 09.09.2018
Texto Bíblico: Levítico 24.1-4
Por: Pr. João Barbosa

 Os sete castiçais, o candelabro – “menorah”, está em Ex 25.31-40; 37.17-24. Nessas duas passagens bíblicas Deus ordena a construção do candelabro e o material que deveria ser usado em sua construção. No Ex 25.31-39 e 37.17-34, encontramos as orientações recebidas pelos artífices escolhidos por Deus para fabricação desse item da tenda da congregação.

Uma base suportava uma haste. Três braços curvados para cima, partiam dessa haste central; esses braços terminavam em seis receptáculos, em cada um dos quais havia uma lamparina; somando-se à lâmpada no alto da base central havia um total de sete lamparinas.

O ouro foi o material usado para a construção desse candeeiro. A haste central e os braços eram decorados com desenhos em alto relevo de florescências de amendoeira. As espevitadeiras para as lamparinas também eram feitas de ouro.

O trecho de Ex 37.17-24 adiciona uma segunda instrução concernente a essa questão, para garantir a perfeição da execução da obra. O candeeiro de ouro foi posto no lugar santo no lado sul do tabernáculo do outro lado da mesa dos pães da proposição.

Quando o templo de Jerusalém, construído por Salomão, ficou pronto, para o mesmo foram preparados dez candelabros de ouro de acordo com as maiores dimensões dessa estrutura permanente. Mas, no segundo templo de Jerusalém, por razões desconhecidas, havia apenas um candeeiro.

Antíoco Epifânio removeu esses candeeiros de seu lugar. Quando Judas Macabeus restaurou a adoração do templo, um novo candeeiro foi provido para o mesmo. Aparentemente, o mesmo formato de candeeiro havia no templo construído por Herodes, o Grande.

Ao estudarmos a construção do tabernáculo e todos os seus filatérios entendemos que Deus utilizou métodos pedagógicos bem explícitos a fim de que os artífices pudessem fazer conforme as instruções a eles transmitidas por Deus.

Tal fato, é uma realidade ainda para os dias de hoje. A literatura bíblica, pelo contrário, apresenta analogias simples, mas ricas em ensinamentos. Nessas simples figuras, que compõem o tabernáculo, há ensinamentos riquíssimos.

Por isso, uma parte da tarefa dos pregadores cristãos consiste em descobrir o conteúdo oficial das figuras usadas por Deus. Neste estudo sobre o candelabro vamos procurar fazer isso com diligência.

Assim, vamos ver qual foi o propósito inicial do candelabro no tabernáculo, e quais os símbolos que ele representa, ou seja seu conteúdo espiritual. Mediante essa figura, Deus está descrevendo a si mesmo, e aqueles que o seguem.

O candelabro –  É a primeira coisa que se vê ao entrar no lugar santo é a luz do candelabro. O lugar santo não tinha nenhuma iluminação externa, portanto, sem a luz do candelabro,  seria muito escuro, e Deus não se faz presente em lugares escuro. Porque Deus é luz e não há há nenhuma comunhão entre a luz e as trevas.

Aprendemos nesse estudo que uma das funções particulares dos sacerdotes consistia em acender e espevitar essas sete lâmpadas (Lv 24.1-4). Cada lâmpada recebia o seu cuidado. A parte queimada do pavio não dava luz. O sacerdote removia a sujeira.

A atividade e a diligência dos sacedrdotes eram necessárias para manter as lâmpadas acesas. Tudo o que pudesse impedir o livre curso do azeite que produzia a luz deveria ser cintinuamente removido.

Dessa forma também aprendemos uma lição de que um crente cuja vida está obstruída pela impureza do pecado não pode brilhar como luz no mundo.

E cada um de nós devemos regularmente manter limpas nossas lâmpadas. É o que precisamos fazer para que o azeite que é um símbolo do Espírito Santo flua mais livremente em nossas vidas.

Deus é luz – Deus estabeleceu os sete castiçais no lugar santo do tabernáculo para que fosse uma demonstração de si mesmo, pois ele é a luz em quem não há mudança nem sombra de variação (Tg 1.17).

O castiçal era necessário, porque os sacerdotes de Deus tinham necessidade de luz. E nós temos essa luz em Cristo (Jo 9.5). Só Jesus é “a luz do mundo”. E só quem o segue “terá a luz da vida” (Jo 8.12).

A figura do candelabro aponta para a pessoa de Jesus Cristo. Ele escolheu as figuras simples para descrevê-lo, a fim de que as mentes mais modestas pudessem compreender. Jesus se comparou à água, quando exclamou: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7.37).
Noutra ocasião ele declarou: ”Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48). E em João 8.12 ele afirmou: “Eu sou a luz do mundo”. Jesus é muito mais do que cada um desses elementos. Porém, eles apontam para o que é básico para a nossa existência.

O que seria de cada um de nós sem a água, sem o pão, sem a luz, assim seríamos nós sem o nosso Senhor Jesus Cristo. Jó 12.25 mostra um quadro deprimente porém real, do homem sem Deus: “Nas trevas andam às apalpadelas, sem terem luz, e os faz cambalear como bêbados”.

Essa é a condição do homem sem Deus. Mas se temos determinado conceito de Deus, devemos considerá-lo infinitamente poderoso e infinitamente bom. Ora, sendo Deus bom e poderoso, certamente não abandonará sua criatura necessitada, o homem.

Logo, todos esperamos que Deus com quem está a sabedoria e o entendimento (Jó 12.13), ilumine o caminho do homem que o segue. É, pois, na benevolência de Deus e na necessidade do homem que encontramos a maior prova de que Deus se revelou ao homem.

O salmo 103.14 mostra bem esta verdade: “Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pós”. A julgar pelos fatos, portanto, somente os salvos em Cristo tem a certeza absoluta da revelação plena e permanente da parte de Deus.

Jesus não tem variação nem sombras de mudança (Tg 1.17) – Ele é sempre o mesmo, brilhando sem cessar. Ele é aquele em quem podemos depositar nossa total confiança. Um coração que comunga com Jesus, sente a segurança de uma relação duradoura e firme, pois sabe que seu amor não muda, e que a sua misericórdia dura para sempre.

Os luzeiros do mundo – Os candeeiros também representavam o povo de Deus na terra. Assim Cristo, que é a luz do mundo, dá a seus discípulos o mesmo título (Mt 5.14) e responsabilidade.

Sendo Jesus a luz, o mesmo se passa para os crentes que estão unidos a ele: “Devem resplandecer como luzeiros no mundo” (Fp 2.15.16). Os crentes em Cristo devem se manter incontaminados dos elementos naturais. A luz é o que melhor representa a pureza.

Olhando para a água cristalina, poderíamos iludir-nos pensando que fosse ela o mais perfeito símbolo da pureza. Se a filtramos, geralmente revelará que não é tão pura como parece. Já não acontece o mesmo com a luz – a que vem do sol é pura.

Cai sobre charcos imundos, penetra em águas poluídas, contudo nunca se contamina. É o símbolo mais adequado que a natureza nos oferece do que é puro. Com isso, Jesus está nos ensinando que mesmo estando em contato com o mundo não podemos nos deixar contaminar por ele.

Assim como a luz, o cristão deve manter-se em constante atividade. A luz é resultante dos movimentos vibratórios de um corpo luminoso, esclarece-nos a física. Quer dizer que na sua própria natureza ela é atividade.

Além disso propaga-se com a assombrosa velocidade de 300.000 km/s. Jesus escolheu a luz para indicar o caráter dos fiéis. Com isso, ele quer nos ensinar que o cristão não pode ser inativo.

É um contrasenso imaginar que alguém pretenda ser luz e cruze os braços diante de um mundo cheio de problemas e corrupções, onde milhões e milhões perecem sem a luz do evangelho.

Jesus nos deixou neste mundo para espalharmos o conhecimento das obras que ele realizou entre os filhos dos homens. O nosso conhecimento se restringeria por completo se a luz que há no mundo desaparecesse.

Essa é exatamente a função do cristão no mundo. A de transmitir ao próximo os conhecimentos a respeito das verdades do evangelho. Cada crente em Cristo vive para irradiar as bênçãos de Deus.

As plantas precisam de luz e, sem ela, não se desenvolvem. A medicina moderna usa notáveis métodos para a aplicação de luz na cura do organismo. Nesse sentido, se luz significa semear bênção constantemente ao nosso redor, existem oportunidades imensas para que pratiquemos o bem

Em muitos casos o bem se faz mesmo sem auxílio financeiro: Uma palavra de encorajamento, às vezes, basta para levar um pouco de luz à uma alma que sofre.

Jesus disse: “Vos sois a luz do mundo. Assim brilhe também a vossa luz, diante dos homens, para que vejam as vossas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.14-16).

Consultas:
ANDRADE, Claudionor de.Comentarista da Lição Bíblica do 3º. Trimestre.  Adoração, Santidade e Serviço – Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico.
ANDRADE, Claudionor de.  Adoração, Santidade e Serviço – Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. CPAD. Rio de Janeiro, 2018
WICLIFFE. Dicionário Bíblico. CPAD Rio de Janeiro, 2016.
VINE. W. E. Dicionário Bíblico. CPAD. Rio de Janeiro, 2010
OLIVEIRA, Adiel Almeida. Comentário Bíblico Boadman Velho Testamento  - Vl. 1 Gênesis e Exodo. 2ª Edição. JUERP, Rio de Janeiro, 1987
BARNETT. John D e Outros. O Tabernáculo – Cristo e o Cristão. Editora Cristã Evangélica. São Paulo, 2009
ALEXANDER T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Editora Vida. São Paulo, 2009
PEARLMAN Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. Editora Dois Irmãos Ltda. Rio de Janeiro, 1963
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Editora Vida Nova, São Paulo, 2009
BROWN. Raymond E. Comentário Bíblico São Gerônimo – Antigo Testamento. Academia Cristã Ltda – Paullus. São Paulo 2007
CHAPLIN. R.N. Antigo Testamento Interpretado – V1 e V6. Dicionário. Editora Hagnus. São Paulo, 2010

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