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quarta-feira, 14 de março de 2018

Lição 11 - Os Gigantes da Fé e o seu Legado para a Igreja - 18.03.2018


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 11 - Os Gigantes da Fé e o seu Legado para a Igreja - 18.03.2018
Texto Bíblico: Hebreus 11.1-8, 22-26, 30-34
Por: Pr. João Barbosa

A fé é ilustrada sob todas as circunstâncias: Nas perseguições, nas privações, na pobreza, em feitos poderosos, em sofrimentos diversos, e no martírio.

Não existe situação em que o homem de Deus não possa ser homem de fé; em qualquer situação da vida o homem de Deus pode demonstrar sua fé. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das que se não vêem”.

Tipos de fé nas páginas do NT – Fé objetiva: Esse é o “objeto” da fé, aquilo “em que se crê”, o  “sistema”  de princípio como é o cristianismo. Fé como virtude: Na vida cristã podem desenvolver-se muitas “virtudes” e qualidades espirituais. A fé é uma delas. A fé como virtude é apenas a fé “subjetiva” em ação na vida diária do crente.

É quando o crente se entrega de corpo e alma a Cristo, que é o princípio orientador da fé cristã. A fé subjetiva é o exercício da fé por parte de homens espirituais; é o exercício na plena dependência de Cristo.

É um período na vida cristã em que o crente entrega sua vida ao pleno cuidado do Senhor Jesus, trata-se da dedicação total da alma a Cristo. É quando desejamos compartilhar da própria natureza de Cristo (Ef 3.19; Cl 2.10).
A fé às vezes aparece na vida do crente como uma capacidade espiritual. Isto, é o dom da fé (1Co 2.9). Trata-se de um poder especial firmado sobre uma confiança incomum em Cristo.

È uma das manifestações do Espírito Santo na vida do crente para realizar grandes obras espirituais. De acordo com o conceito mais simples, fé é uma confiança em Deus. A esse conhecimento pessoal em Deus, assim se expressou Jesus: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai senão o Filho, ou aquele a quem  o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27).

O apóstolo Paulo entendia que a fé não é de todos (2Ts 3.2). “Fé” normalmente, significa “confiança”, “certeza”. Em Hb 11, fé é a garantia das coisas que não se vêem. A fé da galeria dos fiéis expressado por Abraão, Moisés, Raabe, era simplesmente confiança no Deus conhecido com tal confiança. Aqueles heróis tratavam o futuro como presente, e o invisível como visto. A fé, na verdade, vindica o caráter de Deus e libera o seu braço para agir a favor daqueles que nele confia.

Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim. Através do primeiro exemplo de fé do AT, o escritor mostra que a fé em Jesus Cristo nos concede uma compreensão totalmente nova das afirmações do NT.
O relato de Gn 4.3-5, nos propõe uma indagação: Como Caim e Abel conheciam sobre o valor do sacrifício? Todo sacrifício de que a Bíblia fala representa a tentativa do ser humano de superar o pecado e estabelecer a comunhão com Deus.

Também por trás das palavras de Gn 3.21 reside o conhecimento de que um animal inocente tem que morrer por trás de uma pessoa culpada, para possibilitar-lhe a existência na terra. “Fez o Senhor Deus vestimentas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu”. A história dos primeiros seres humanos já está indissoluvelmente ligada à realidade do sacrifício. Caim e Abel ofereceram, ambos, seu sacrifício. Porém Abel traz o sacrifício “melhor”, “maior”.

O sacrifício de Abel é superior ao de Caim. Assim como o serviço de Jesus é superior ao de Moisés, e como a nova aliança excede a antiga (Hb 3.3; 8.6). Os exegetas das Escrituras sagradas aprofundaram a pergunta sobre a razão pela qual o sacrifício de Caim foi rejeitado.

O texto hebraico sugere que se busque a razão em Gn 4.7. “Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta”. Isso corresponde também à mensagem dos profetas do AT. Diante de Deus, o conteúdo ou a forma dos sacrifícios não são essenciais, mas os sacrifícios são expressão visível de um coração humilde e obediente.

Em sua compreensão do texto, a versão dos LXX, pressupõe que o sacrifício de Caim não agradou por um motivo ritual: “Acaso não pecaste quando sacrificaste corretamente, mas não compartilhaste como convém”. O filósofo judaico Filo, considerava como motivo de aceitação ou rejeição do sacrifício unicamente na própria oferenda: “a oferenda de Abel era viva, a de Caim era sem vida”. Aquela era superior em força e vigor, a de Caim era mais fraca (de menor valor).

O historiador judaico Josefo entendeu esta passagem de maneira similar. Enquanto no relato do AT a diferença dos dois sacrifícios não está explicada com clareza definitiva, o escritor da carta aos Hebreus decifra esse mistério.
A fé de Abel tornou seu sacrifício agradável perante Deus. neste ponto está a afirmação decisiva: Abel viveu na fé, razão pela qual Deus aceitou seu sacrifício. Pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus, quanto as suas ofertas.

“Pela fé ele obteve o atestado de que era justo, quando Deus deu testemunho sobre suas ofertas. O relato do AT apenas nos diz que “agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou”. Não há informação se isso também era visível exteriormente. Em todo caso, ambos sabiam como Deus pensava a respeito de sua oferta. A aceitação do sacrifício trazido por Abel significou o testemunho de Deus sobre sua fé.

A justiça da fé, que a Palavra de Deus atribui a Abrão (Gn 15.6), também já tinha sido obtida por Abel. Fruto de sua fé é, que seu sangue fala ainda hoje. O testemunho da fé, mesmo depois de morto, ainda fala, “o sangue de Abel” (Hb 12.24 BLH). O sangue das testemunhas da fé, forma um acontecimento contínuo. Isso não vale apenas para as testemunhas de sangue da antiga aliança (Mt 23.35), mas de modo insuperável para o sangue de Jesus Cristo.

A terrível aceitação da culpa pela morte de Jesus por parte de Israel em Mt 27.25 “caia sobre nós o seu sangue e sobre os nossos filhos” continua válida ate a volta de Jesus em glória e até a nova aceitação do antigo povo de Deus.

No entanto, também o sangue dos mártires da igreja de Jesus (Ap 6.9-11), alcança um significado especial para o cumprimento do plano da salvação de Deus e comparecerá como acusador e testemunha contra os inimigos de Deus por ocasião do seu grande acerto final de contas com ele (Ap 17.6; 18.24). O fato de que sua vida e morte tem eficiência para além de sua morte, em gerações distantes, representa um atestado de peso emitido pela Palavra de Deus sobre as testemunhas da fé.

Também a igreja de Jesus precisa, em todos os tempo, de pessoas entre suas fileiras que sejam testemunho eloquente da fé, mesmo além de sua morte. Faz parte daquele grupo também aquela mulher que ungiu Jesus antes do seu caminho de morte, e sobre a qual Jesus afirmou “onde for pregado em todo o mundo esse evangelho, será contado também o que ela fez para memória sua” (Mt 26.13.

Continuamente o escritor interpreta o AT na perspectiva do NT. Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Duas vezes declara-se na narrativa sobre Enoque, em Gn 5.21-24: “Andou Enoque com Deus”. Aqui o escritor explica o que isso significa: Enoque viveu na fé, e essa fé constitui a premissa para o seu arrebatamento.

Neste ponto, fica evidente outra vez que na fé não se trata de um ato da razão humana, de considerar mentalmente como verdadeiras afirmações bíblicas ou doutrinas teológicas. Crê significa viver com Deus. É nesta vida com Deus que reside o “agradar a Deus”. Pois, antes da sua trasladação obteve testemunho de haver agradado a Deus. Além disso o NT nos confirma que Enoque foi convocado por Deus como testemunha e proclamador de sua justiça como julgador (Jd v.14,15).

A fé e o testemunho de Enoque antes de seu arrebatamento torna-se deste modo indicação das premissas decisivas para o arrebatamento da igreja. Somente pessoas que vivem na fé com Deus e exercem fielmente o serviço como suas testemunhas participarão do arrebatamento. Com clareza insuperável o escritor desta carta declara que a vida das testemunhas de Deus, sobre as quais a história bíblica original informa, se caracteriza pela fé.

Também Noé fazia parte destes homens de fé. Como Enoque, assim a Bíblia também diz acerca dele: “Noé andou com Deus” (Gn 6.9). No entendimento do NT, isso significa: Noé se encontrava numa relação autêntica de fé com o Deus vivo. Noé obteve de Deus uma revelação. Sua fé foi comprovada pelo fato de que ele aceitou essa relação.

Pela fé sua visão para o futuro foi aberta. Ao mesmo tempo, porém, levou muito a sério a ameaça do juízo de Deus. Por reverência perante Deus e por temor diante da catástrofe vindoura, Noé começou a construir a arca. Deus lhe havia ordenado, Noé obedeceu. Fé e obediência formam uma unidade e constituem premissa para “encontrar clemência diante do Senhor” (Gn 6.8). São elas a única premissa da salvação e concretizam-se numa  vida agradável a Deus.

Desse modo, encontramos já na vida das testemunhas do AT um fato que tem importância precisamente para experiência de fé de cada cristão: Não existe fé sem obediência prática à Palavra de Deus. O apóstolo Paulo considera-se enviado por Deus para conclamar pessoas à “obediência da fé” através de sua proclamação do evangelho (Rm 1.5; 15.18; 16.26). Como Abel através de seu sacrifício, assim Noé erige por meio da construção da arca um sinal da fé, o qual se torna visível para os que não crêem.

A fé de Noé e sua obediência à Palavra de Deus significam o juízo sobre a humanidade incrédula decaída de Deus, trazendo para ele a justiça perante Deus. “A obediência a Deus separa do mundo, ela é praticamente o juízo sobre o mundo”. Por meio dessa obendiência Noé torna-se “pregador da justiça” (2Pe 2.5).

Em sua obediência de fé Abraão colocou o exemplo mais sublime de uma vida evangélica, porque deixou tudo atrás de si, e seguiu unicamente ao Senhor, preferiu a palavra de Deus acima de tudo, amou-a mais que tudo, tornou-se expontaneamnete um estrangeiro e submeteu-se á cada instante a perigos de vida e morte.

Quando Abraão chega à Terra da Promessa, ele já a encontra habitada, moram ali os cananeus (GN 12.6). Não se instala numa de suas cidades, tão pouco ele próprio constrói uma cidade. Ele vivia em tendas, entre as suas cidades.
Sua fé torna-o um estrangeiro e peregrino na terra. Ele se considera despreendido do mundo e ligado a seu Deus, ele também expressa sua fé de modo visível. Sua condição de estrangeiro se exterioriza: a tenda é a moradia do nômade e do viajante.

Abraão mora na Terra da Promessa como estrangeiro. Exatamente esta situação, porém, lhe acarreta uma nova promessa de Deus. “Apareceu o Senhor a Abrão e lhe disse: darei à tua descendência esta terra” (Gn 12.7). Sua condição de estrangeiro pela fé, tornam-se, ao mesmo tempo, um testemunho impactante para o mundo ao redor. Os gentios confessam: “tu és príncipe de Deus entre nós” (Gn 22.6).

O mesmo acontece mais tarde com Isaque. Deus lhe disse: “Habita como estrangeiro nesta terra, e estarei contigo e te abençoarei (Gn 23.6). Seus vizinhos gentílicos não podem deixar de lhe conferir o atestado: “Vimos claramente que o Senhor é contigo” (Gn 26.28). Contudo, este testemunho apenas é possível porque os pais da fé permaneceram conscientemente a certa distância do mundo ao seu redor.

“A entrada na Terra Prometida não traz um encerramento, nem o fim do tempo de provação, nem a cessação da tentação. Pelo contrário, a nova  situação requer nova fé e nova obediência. A vida dos patriarcas está em contradição com a promessa obtida. Também sua fé está sintonizada com a invisibilidade e o mundo vindouro”. A igreja de Jesus assume o legado dos pais espirituais da antiga aliança.

A igreja não pode estabelecer-se de maneira fixa neste mundo. Em todos os tempo permanece viva dentro dela a consciência de ser corpo estranho neste mundo: “Não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir” (Hb 13.14; 2Co 6.10). Abraão já esperava pela glória vindoura de Deus, “a cidade cidade futura” que é o alvo da igreja de Jesus.

O escritor aponta para as realidades celestiais, que nos são explicadas em Ap 21.22, por meio da ilustração da Jerusalém celestial. Abraão já tinha conhecimento acerca da Jerusalém celestial. Ele esperava com convicção que teria participação nela e ansiou pela revelação final da glória de Deus assim como ele já sabia da vinda de Jesus (Jo 8.56).

Sua fé conta com a realização concreta da glória de Deus. Abraão aguardou a cidade vindoura de Deus. Pela fé nós já temos participação direta na cidade de Deus (Hb 12.22). A consumação visível, porém, ainda está por realizar-se também para a igreja de Jesus. O próprio Deus é o projetista e construtor desta cidade futura.

Ela foi projetada de acordo com o plano de Deus e se forma pela sua mão criadora. Ela é a criação maravilhosa de Deus, não foi feita por mãos (Hb 9.11.24). As “tendas”, as moradias do povo de Deus peregrino da antiga e nova aliança (2co 5.1), não possuem fundamento. São construídas para poderem ser desmontadas. A cidade vindoura de Deus, no entanto, tem um fundamento, Deus mesmo garante sua permanência eterna.

“Pela fé Abraão também recebeu com Sara, força para gerar descendência mesmo ela sendo estéril, não obstante a sua avançada idade”. Todos estes, os pais originais e os patriarcas, morreram na fé. O cumprimento da promessa – a obtenção do descanso de Deus, a redenção prometida, a irupção da glória de Deus na terra – não lhes foi concedido durante o tempo de vida na terra.

Apesar disso, contam firmemente com a confiabilidade da Palavra divina. Sua fé se comprova na paciência confiante, numa atitude inabalável e consequente de vida. Eles vivem “como estrangeiro e perigrino na terra”. Quem, no entanto, encontra o direito à cidadania na cidade de Deus (Ef 2.19; Fp 3.20). Quem enraizou sua existência na eternidade de Deus, não tem mais direito a uma pátria neste mundo (1Pe 1.1; 2.11; Bb 13.13,14). A fé é uma peregrinação em direção a pátria celestial.

Deus apresenta-se a Abraão com seu mistério inescrutável, contudo, Abraão não se opõe. Na hora da prova ele está pronto até para o sacrifício extremo. Não fala a ninguém acerca da exigência terrível de Deus, mas caminha em total solidão o caminho da fé. Contudo, sua fé se apega ao Deus da promessa que se torna Senhor até sobre o mais forte inimigo. Abraão sabe que o Deus da promessa também é o Deus vitorioso sobre a morte. “Contra toda esperança ele creu contra a esperança” (Hb 4.17,18).

Ao consentir no sacrifício de Isaque, ele libera a promessa de Deus, porém Abraão conta com a realidade da ressurreição e da superação da morte (1Co 15.26). Sua fé torna-se um exemplo para a igreja. Em decorrência, o sacrifício de Isaque em Moria torna-se “símbolo misterioso” da morte e ressurreição de Jesus. Daquele acontecimento sagrado no qual o Pai Celestial entregou o seu filho único e amado como sacrifício pelos pecados de um mundo perdido.

A fuga do Egito, a Pascoa e a travessia do mar vermelho são episódios que se originam de decisões de fé. A participação do sacrifício redentor no sacrifício pascal também sucedeu com base numa decisão de fé. A peregrinação de Israel pelo deserto constitui uma série de experiências de fé. A ocupação da terra de Canaã está sob o signo da fé. Pela fé ruíram os muros de Jericó. Pela fé Raabe a meretriz não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias (Js 2.1; Hb 4.6-18; Js 2.9-12). “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23).

Pela fé aqueles heróis subjugaram reinos, praticaram a justiça e obtiveram promessas.  È o que constatamos de modo singular na vida dos juízes Baraque e Gideão (Jz 4.14,15; 6.14; 7.7). As pormessas de Deus não valem apenas para o mundo futuro, elas são a base de todas as experiências de fé que o povo de Deus realiza no mundo atual.

Fecharam a boca de leões, isso aconteceu na vida de Sansão, de Daniel e de Davi (Jz 4.16; 1Sm 17.34,35; Dn 6.16,20,23). Extinguiram a violência do fogo e escaparam ao fio da espada. Da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra. Puseram em fuga exércitos de povos estrangeiros.

Mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos (Dn 3.23-25; 1Re 19.9,10; Jz 16.28-30; Rm 4.20; 1Sm 17.45,49; Ef 6.10-13; Ex 14.14; 1Sm 17.52; 2Cr 20.22). O AT nos conta sobre a vida de alguns profetas que foram lançados na prisão, que foram açoitados, apedrejados e mortos (1Re 22.27; 2Cr 16.7-10; 24.20,2’; Jr 26.20). Também o NT relata o mesmo da vida dos discípulos de Jesus, das primeiras testemunhas da igreja.

Existem inúmeras notícias do tempo do judaísmo tardio, especialmente das guerras dos macabeus, e dos primeiros três séculos da história da igreja de Jesus que nos relata acerca da aflição de Jesus, da perseguição e dos martírios que muitos fiéis tiveram de suportar. Foram apedrejados, provados, cerrado ao meio, mortos a fio de espada; andaram peregrinos, vestido de peles de ovelhas e de cabra, afligidos e maltratados.

“Em o martírio de Isaias”, um escrito do judaímo tardio, lemos: “Então lançaram mão de Isaias, o filho de Amós, e o cerraram ao meio com uma serra de madeira. Estavam, porém, presentes Manassés e Belquira, os falsos profetas, os príncipes e o povo todo, e observavam.

Ele, porém, havia dito aos profetas a sua volta, antes de ser cerrado: Vão para a região de Tiro e Sidom! Porque Deus misturou o cálice unicamente para mim. Isaias, porém, não gritou nem chorou quando foi cerrado ao meio. Pelo contrário, sua boca falava com o Espírito Santo, até que terminaram de cerrá-lo.

De acordo com outro relato, o profeta Jeremias teria sido apedrjado pelos judeus no Egito. O profeta Urias foi decapitado por ordem do rei Jeoaquim (Jr 26.20-23), o profeta Elias fugiu para o deserto, afim de escapar dos perseguidores enviados por Jezabel (1Re 19.1). O oficial da corte, Obadias, ocultou cem profetas em cavernas, para afastá-lo do ataque de Acabe e Jezabel (1Re 18.4). Por várias vezes o apóstolo Paulo teve de fugir para não ser morto (At 9.25,30; 14.6; 17.14).

Numa de suas cartas ele nos informa  do número de perseguições e sofrimentos que teve de suportar (2 Co 11.23-27).  Crer não segura ter um seguro de vida, assim como não é garantia de bem estar na terra, de fama e reconhecimento entre as pessoas. Em todos os instantes a igreja se encontra diante de seu santo Deus, ao qual os fiéis não podem ofertar sua fé como um presente para trocá-la como um presente pela sua benção, á maneira de um antigo ditado latino Do ut des, “Dou a ti para que me dês algo em troca”.

A via do discipulado não traz consigo apenas a proximidade de Deus, seu auxílio e sua proteção mas inclui também renúncia e sacrifício, aflições e tribulações.
Consultas:
GONÇALVES José. Comentarista da Lição Bíblica para Adultos EBD CPAD no 1º Trimestre 2018.  A Supremacia de Cristo: Fé, esperança e ânimo na C aos Hebreus
GONÇALVES José. . A Supremacia de Cristo: Fé, esperança e ânimo na Carta aos Hebreus. Editora CPAD. Rio de Janeiro. Outubro, 2017
HENRICHSEN Walter A. Depois do Sacrifício – Estudo da carta aos Hebreus. Editora Vida. São Paulo 1996
LAUBACH Fritz. Carta aos Hebreus – Comentário Esperança. Editora Esperança. Curitiba, 2013
CHAFFER. Teologia Sistemática. Vl 7 & 8. Editora Hagnus. São Paulo, 2008
CHAMPLIN Norman Russell. Novo Dicionário Bíblico – Completo, Prático e Exegético. 1ª Edição.  Editora Hagnos, Sao Paulo, fevereiro, 2018
BROWN, Raymond e outros. Novo Comentário Bíblico São Jerônimo – Antigo Testamento. Editora Academia Cristã. São Paulo, 2007

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