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sábado, 3 de dezembro de 2016

Lição 10 - Adorando a Deus em Meio a Calamidade - 04.12.16 - EBD CPAD

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: O Deus de Toda Provisão:

2Cr 20.1-12
Por: Pr. João Barbosa e Prof. Laudicéa Barboza                                                                
DESENVOLVIMENTO:
A nossa fé nos faz adorar a Deus em tempos de crises. É sempre difícil entender por que Deus permitiu essa divisão do seu povo em dois reinos, o de Israel e o de Judá.

Mas os livros dos reis e das crônicas do AT, entraram no cânon das Escrituras, porque Deus não vê no sentido horizontal, mas no sentido vertical, de cima para baixo.

Ele conhece todas as coisas e seu cetro de poder está em suas mãos. Quando lemos sobre os dois reinos, Israel e Judá, entendemos o paralelo histórico que existe entre os fatos registrados nos livros dos reis e no livro das crônicas.

A divisão dos reinos – Todos os fatos registrados nestes livros apresentam a história das divisões entre os povos do norte e do sul do povo de Israel, identifica como “o Reino do Norte, Israel” e “ o Reino do Sul, Judá”.

O Reino do Norte ficou com dez tribos, e o Reino do Sul com duas tribos. Essa divisão do povo de Israel aconteceu nos dias de Rooboão (924-928 a.C), filho de Salomão que deixou de buscar a Deus e seguiu os passos de seu pai quando se envolveu com a idolatria pagã.

Ele se casou com Naamá, mulher amonita, que fora uma das muitas mulheres de Salomão, e esta muito o influenciou em decisões importantes do reino.

O reino enfraqueceu economicamente, e muito mais espiritualmente. Com o enfraquecimento econômico do reino, Roboão resolveu aumentar a carga tributária que já era pesada desde os tempos de Salomão sobre o povo.

Por causa dessa carga tributária, Roboão não se dispôs a aliviar os impostos sobre o povo. Pelo contrário, endureceu ainda mais sem usar de bom senso e respeito pelo povo.

As tribos que viviam no norte de Israel romperam com as tribos do sul (2Cr 10.1-15), e assim aconteceu a separação do norte e do sul.

O Reino do Norte conseguiu sobreviver por aproximadamente duzentos anos e foi governado por diferentes reis.

O Reino do Sul, conforme o Guia do Leitor da Bíblia, foi regido por dezenove reis que pertenciam à família de Davi. Judá também enfrentou muitas crises e teve que lutar com os mesmos inimigos do Reino do Norte. Ambos os reinos sofreram crises e ameaças graves.

Quem era Josafá? – Josafá foi o quarto rei de Judá (870-848 a.C.) e adquiriu experiência no reino sendo corregente do seu pai, Asa, por aproximadamente três canos (1Re 22.41-50). Josafá, tendo o pai como referencial de governo e espiritualidade, exerceu um governo de grande prosperidade.

Diz o texto que ele “andou nos caminhos de Davi, seu pai” (2Cr 17.3). Sua mãe chamava-se Azuba e não parece que tenha exercido qualquer influência sobre ele.

Enquanto o outro reino, o reino de Israel, permitiu que a idolatria dos dias de Acabe e Jezabel dominasse o reino, o rei de Judá, Josafá, ao contrário, desfez e mandou quebrar os altares construídos nos montes aos deuses pagãos.

Ele entendeu de início que o seu reino prosperaria se voltasse a servir a Deus. Então ele enviou seus príncipes por todas as terras do reino de Judá para ensinarem ao povo acerca do Deus de Israel mediante a obediência e o respeito à Lei e aos mandamentos do Senhor.

Para tirar o povo da crise econômica e espiritual, Josafá cria fortemente que só haveria uma reforma verdadeira e segura se o povo se voltasse a reconhecer a soberania de Deus.

Seus príncipes, sacerdotes e levitas se dedicaram a visitar todos os lugares do reino ensinando a Palavra de Deus. Josafá levou o avivamento ao coração do povo por meio do ensino do Livro da Lei, Principalmente os sacerdotes e levitas de Jerusalém deveriam cumprir essa missão.

Como não havia sinagogas nem templos fora de Jerusalém, esses comissionados do rei iam às praças nos sábados especialmente, e ensinavam ao povo acerca dos seus deveres para com Deus, com o próximo e com o reino, com a garantia da bênção de Deus.

Essa ação promoveu um grande avivamento espiritual no coração do povo, Deus honrou a Josafá, e um grande exército – com aproximadamente 700 mil homens valentes – estava à disposição para defender as suas terras.

Os inimigos de Josafá – Desejando que houvesse paz entre os dois reinos, Josafá, sem consultar a Deus, fez uma Aliança com a casa de Acabe, rei de Israel.
Josafá e Acabe negociam o casamento de Jorão, filho de Josafá com a filha de Acabe e Jezabel, chamada Atalia. Jezabel tinha uma forte influência sobre seu marido, Acabe, e, naturalmente, sobre seus filhos.

Não foi diferente com Atalia, que preferia os deuses fenícios ao Deus de Israel. Nessa aliança, Acabe e Josafá entraram em guerra contra os sírios a fim de tomar a Ramote-Gileade.

Acabe tramou um plano malicioso para que Josafá fosse morto e ele levasse a fama da guerra. Esta foi uma aliança militar que levou os dois reinos á derrota.

Depois da repreensão de Deus por meio do profeta Jeú, Josafá humilha-se perante o Senhor e, além das reformas estruturais no governo das cidades de Judá, reestabelece o lugar de Deus na vida do povo.

Josafá conseguiu resgatar a ordem de justiça na terra de Judá e um novo sentimento nas famílias, de justiça, de prosperidade material e espiritual passou a dominar o coração do povo.

Em meio às mudanças positivas que Josafá realizou em seu reino, surge uma crise política externa provocada pelos moabitas, que declararam guerra contra Judá.

A informação chegou a Jerusalém de que um forte exército estava marchando para a cidade santa. Foi uma terrível notícia, e então Josafá convoca o povo para um jejum nacional com oração a Deus para que o Senhor interferisse naquele ataque de Moabe.

Josafá precisou agir rápido, com atitudes que fossem capazes de mudar o estado de espírito do povo, que estava assustado com a aproximação de um grande exército formado com aliados inimigos do reino de Judá.

Josafá, mediante a ameaça dos moabitas, convocou o povo em jejum e oração juntamente com ele. Na sua oração, Josafá reconhece a soberania de Deus sobre todas as coisas e como sendo o único que poderia intervir naquela situação (2Cr 20.6-12).

Todo o povo de Judá sabia que jejum e oração era ações eficazes para solucionar aquele problema. Por isso, todo o povo de Judá, numa demonstração de fé e confiança em Deus aceitou o pedido do rei Josafá de clamar pelo Senhor em seu socorro.

Mesmo em meio á crise, Deus sempre tem alguém que ouve a sua voz e se torna voz profética para o seu povo como aconteceu com Jaaziel que levantado por Deus profetizou para o povo e levantou o ânimo de todos.

Na palavra profética, Deus disse que o seu povo não entraria em guerra, com estas palavras: “Nesta peleja, não tereis que pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco” (2Cr 2.27).

O rei Josafá não teve dúvida da voz profética de Jaaziel (2Cr 20.15). Desde o rei até ao mais simples súdito do reino, todos aceitaram a mensagem de Deus e começaram a adorar e a louvar ao Senhor (2Cr 20.18,19).

Os levitas, não só os que serviam nos sacrifícios, mas aqueles que tinham a missão da adoração e do louvor, começaram a louvar ao Senhor pela sua majestade santa, pela sua benignidade eterna. Houve grande júbilo e a certeza da vitória que o Senhor daria ao seu povo.

Quando os exércitos inimigos se aproximaram de Jerusalém e ouviram o som dos louvores, diz a Bíblia que começaram a cair em emboscadas e se destruíram uns aos outros, sem que ninguém do povo judeu precisasse fazer qualquer coisa.

Os exércitos inimigos foram desbaratados porque Deus os confundiu (2Cr 20.24).
Os fatos da história de Josafá se constituem modelo para quem quer superar as crises. Nossa nação brasileira está vivendo uma das maiores crises, que abrange a todos econômica e moralmente, porque a mentira, o engano e a incredulidade campeiam as mentes.

É tempo de as igrejas se unirem para orar e jejuar pedindo a intervenção divina.  A prática do jejum e da oração quase não mais existe, e os cristãos estão à mercê dessa tragédia moral e espiritual na nossa nação.

Nenhum cristão verdadeiro duvida do poder da oração. Aquela atitude do rei Josafá significa um ato de humilhação nacional em total dependência de Deus. Era a admissão de culpa e a intenção de alcançar a misericórdia e o socorro divino para aquela situação inevitável.

O povo atendeu aos apelos do rei Josafá, começando ali um grande avivamento espiritual na vida de todos. Não há crise que não possa ser vencida quando confiamos no Senhor.
Davi em um dos seus cânticos disse: “Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus” (Sl 20.7).

Nos grandes desafios da igreja atual, quando ameaçada por circunstâncias materiais, morais e espirituais, as soluções espirituais têm sido menosprezadas por soluções meramente humanas.

É tempo de restaurar a invocação ao nome do Senhor. Jejum e oração são práticas raras nos tempos modernos, mas sempre estiveram na experiência dos grandes servos de Deus (2Co 6.5). Jesus declarou que aquela casta de demônios que dominava um pobre homem só seria expelida “pela oração e pelo jejum” (Mt 17.21).


Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 4º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr. Elienai Cabral
CABRAL Elienai. O Deus de Toda Provisão. CPAD RJaneiro 2016
RADMACHER Earl D e outros. Editora Gospel RJaneiro2010
http://teologiaegraca.blogspot.com.br/
O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento.
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl 1.
Editora Hagnus - São Paulo, 2001
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

Bíblia de Estudo Almeida SBB

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