Igreja Evangélica Assembleia de Deus
em Abreu e Lima Pernambuco
Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios
Bibliológicos para o Tema: O Deus de Toda Provisão:
2Cr
20.1-12
Por: Pr. João Barbosa e Prof. Laudicéa Barboza
DESENVOLVIMENTO:
A nossa fé nos faz adorar a
Deus em tempos de crises. É sempre difícil entender por que Deus permitiu essa
divisão do seu povo em dois reinos, o de Israel e o de Judá.
Mas os livros dos reis e das
crônicas do AT, entraram no cânon das Escrituras, porque Deus não vê no sentido
horizontal, mas no sentido vertical, de cima para baixo.
Ele conhece todas as coisas e
seu cetro de poder está em suas mãos. Quando lemos sobre os dois reinos, Israel
e Judá, entendemos o paralelo histórico que existe entre os fatos registrados nos
livros dos reis e no livro das crônicas.
A
divisão dos reinos – Todos os fatos registrados nestes livros apresentam a
história das divisões entre os povos do norte e do sul do povo de Israel,
identifica como “o Reino do Norte, Israel” e “ o Reino do Sul, Judá”.
O Reino do Norte ficou com
dez tribos, e o Reino do Sul com duas tribos. Essa divisão do povo de Israel
aconteceu nos dias de Rooboão (924-928 a.C), filho de Salomão que deixou de
buscar a Deus e seguiu os passos de seu pai quando se envolveu com a idolatria
pagã.
Ele se casou com Naamá, mulher
amonita, que fora uma das muitas mulheres de Salomão, e esta muito o
influenciou em decisões importantes do reino.
O reino enfraqueceu
economicamente, e muito mais espiritualmente. Com o enfraquecimento econômico
do reino, Roboão resolveu aumentar a carga tributária que já era pesada desde
os tempos de Salomão sobre o povo.
Por causa dessa carga tributária,
Roboão não se dispôs a aliviar os impostos sobre o povo. Pelo contrário,
endureceu ainda mais sem usar de bom senso e respeito pelo povo.
As tribos que viviam no norte
de Israel romperam com as tribos do sul (2Cr 10.1-15), e assim aconteceu a separação
do norte e do sul.
O
Reino do Norte conseguiu sobreviver por aproximadamente duzentos anos e
foi governado por diferentes reis.
O
Reino do Sul, conforme o Guia do Leitor da Bíblia, foi regido por dezenove
reis que pertenciam à família de Davi. Judá também enfrentou muitas crises e
teve que lutar com os mesmos inimigos do Reino do Norte. Ambos os reinos sofreram
crises e ameaças graves.
Quem
era Josafá? – Josafá foi o quarto rei de Judá (870-848 a.C.) e adquiriu
experiência no reino sendo corregente do seu pai, Asa, por aproximadamente três
canos (1Re 22.41-50). Josafá, tendo o pai como referencial de governo e
espiritualidade, exerceu um governo de grande prosperidade.
Diz o texto que ele “andou
nos caminhos de Davi, seu pai” (2Cr 17.3). Sua mãe chamava-se Azuba e não
parece que tenha exercido qualquer influência sobre ele.
Enquanto o outro reino, o
reino de Israel, permitiu que a idolatria dos dias de Acabe e Jezabel dominasse
o reino, o rei de Judá, Josafá, ao contrário, desfez e mandou quebrar os altares
construídos nos montes aos deuses pagãos.
Ele entendeu de início que o
seu reino prosperaria se voltasse a servir a Deus. Então ele enviou seus príncipes
por todas as terras do reino de Judá para ensinarem ao povo acerca do Deus de
Israel mediante a obediência e o respeito à Lei e aos mandamentos do Senhor.
Para tirar o povo da crise
econômica e espiritual, Josafá cria fortemente que só haveria uma reforma
verdadeira e segura se o povo se voltasse a reconhecer a soberania de Deus.
Seus príncipes, sacerdotes e
levitas se dedicaram a visitar todos os lugares do reino ensinando a Palavra de
Deus. Josafá levou o avivamento ao coração do povo por meio do ensino do Livro
da Lei, Principalmente os sacerdotes e levitas de Jerusalém deveriam cumprir
essa missão.
Como não havia sinagogas nem
templos fora de Jerusalém, esses comissionados do rei iam às praças nos sábados
especialmente, e ensinavam ao povo acerca dos seus deveres para com Deus, com o
próximo e com o reino, com a garantia da bênção de Deus.
Essa ação promoveu um grande
avivamento espiritual no coração do povo, Deus honrou a Josafá, e um grande exército
– com aproximadamente 700 mil homens valentes – estava à disposição para
defender as suas terras.
Os
inimigos de Josafá – Desejando que houvesse paz entre os dois reinos, Josafá,
sem consultar a Deus, fez uma Aliança com a casa de Acabe, rei de Israel.
Josafá e Acabe negociam o
casamento de Jorão, filho de Josafá com a filha de Acabe e Jezabel, chamada
Atalia. Jezabel tinha uma forte influência sobre seu marido, Acabe, e,
naturalmente, sobre seus filhos.
Não foi diferente com Atalia,
que preferia os deuses fenícios ao Deus de Israel. Nessa aliança, Acabe e Josafá
entraram em guerra contra os sírios a fim de tomar a Ramote-Gileade.
Acabe tramou um plano
malicioso para que Josafá fosse morto e ele levasse a fama da guerra. Esta foi
uma aliança militar que levou os dois reinos á derrota.
Depois da repreensão de Deus
por meio do profeta Jeú, Josafá humilha-se perante o Senhor e, além das
reformas estruturais no governo das cidades de Judá, reestabelece o lugar de
Deus na vida do povo.
Josafá conseguiu resgatar a
ordem de justiça na terra de Judá e um novo sentimento nas famílias, de
justiça, de prosperidade material e espiritual passou a dominar o coração do
povo.
Em meio às mudanças positivas
que Josafá realizou em seu reino, surge uma crise política externa provocada
pelos moabitas, que declararam guerra contra Judá.
A informação chegou a Jerusalém
de que um forte exército estava marchando para a cidade santa. Foi uma terrível
notícia, e então Josafá convoca o povo para um jejum nacional com oração a Deus
para que o Senhor interferisse naquele ataque de Moabe.
Josafá precisou agir rápido,
com atitudes que fossem capazes de mudar o estado de espírito do povo, que estava
assustado com a aproximação de um grande exército formado com aliados inimigos
do reino de Judá.
Josafá, mediante a ameaça dos
moabitas, convocou o povo em jejum e oração juntamente com ele. Na sua oração,
Josafá reconhece a soberania de Deus sobre todas as coisas e como sendo o único
que poderia intervir naquela situação (2Cr 20.6-12).
Todo o povo de Judá sabia que
jejum e oração era ações eficazes para solucionar aquele problema. Por isso,
todo o povo de Judá, numa demonstração de fé e confiança em Deus aceitou o
pedido do rei Josafá de clamar pelo Senhor em seu socorro.
Mesmo em meio á crise, Deus
sempre tem alguém que ouve a sua voz e se torna voz profética para o seu povo
como aconteceu com Jaaziel que levantado por Deus profetizou para o povo e
levantou o ânimo de todos.
Na palavra profética, Deus
disse que o seu povo não entraria em guerra, com estas palavras: “Nesta peleja,
não tereis que pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para
convosco” (2Cr 2.27).
O rei Josafá não teve dúvida
da voz profética de Jaaziel (2Cr 20.15). Desde o rei até ao mais simples súdito
do reino, todos aceitaram a mensagem de Deus e começaram a adorar e a louvar ao
Senhor (2Cr 20.18,19).
Os levitas, não só os que
serviam nos sacrifícios, mas aqueles que tinham a missão da adoração e do
louvor, começaram a louvar ao Senhor pela sua majestade santa, pela sua
benignidade eterna. Houve grande júbilo e a certeza da vitória que o Senhor
daria ao seu povo.
Quando os exércitos inimigos
se aproximaram de Jerusalém e ouviram o som dos louvores, diz a Bíblia que
começaram a cair em emboscadas e se destruíram uns aos outros, sem que ninguém do
povo judeu precisasse fazer qualquer coisa.
Os exércitos inimigos foram
desbaratados porque Deus os confundiu (2Cr 20.24).
Os fatos da história de Josafá
se constituem modelo para quem quer superar as crises. Nossa nação brasileira
está vivendo uma das maiores crises, que abrange a todos econômica e
moralmente, porque a mentira, o engano e a incredulidade campeiam as mentes.
É tempo de as igrejas se
unirem para orar e jejuar pedindo a intervenção divina. A prática do jejum e da oração quase não mais
existe, e os cristãos estão à mercê dessa tragédia moral e espiritual na nossa
nação.
Nenhum cristão verdadeiro
duvida do poder da oração. Aquela atitude do rei Josafá significa um ato de
humilhação nacional em total dependência de Deus. Era a admissão de culpa e a
intenção de alcançar a misericórdia e o socorro divino para aquela situação
inevitável.
O povo atendeu aos apelos do
rei Josafá, começando ali um grande avivamento espiritual na vida de todos. Não
há crise que não possa ser vencida quando confiamos no Senhor.
Davi em um dos seus cânticos
disse: “Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do
nome do Senhor nosso Deus” (Sl 20.7).
Nos grandes desafios da
igreja atual, quando ameaçada por circunstâncias materiais, morais e espirituais,
as soluções espirituais têm sido menosprezadas por soluções meramente humanas.
É tempo de restaurar a
invocação ao nome do Senhor. Jejum e oração são práticas raras nos tempos
modernos, mas sempre estiveram na experiência dos grandes servos de Deus (2Co
6.5). Jesus declarou que aquela casta de demônios que dominava um pobre homem só
seria expelida “pela oração e pelo jejum” (Mt 17.21).
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 4º. Trimestre
2016. Comentarista: Pr. Elienai Cabral
CABRAL Elienai. O Deus de Toda Provisão.
CPAD RJaneiro 2016
RADMACHER Earl D e outros. Editora
Gospel RJaneiro2010
http://teologiaegraca.blogspot.com.br/
O Novo Comentário Bíblico do Novo
Testamento.
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento
Interpretado Versículo por Versículo Vl 1.
Editora Hagnus - São Paulo, 2001
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Bíblia de Estudo Almeida SBB
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