Igreja Evangélica Assembleia de Deus
em Abreu e Lima Pernambuco
Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios
Bibliológicos para o Tema: O Deus de Toda Provisão:
2 Re
4.1-7
Por: Pr. João Barbosa e Prof. Laudicéa Barboza
DESENVOLVIMENTO
Em tempos de crises, Deus
realiza milagres, e assim aconteceu na casa da viúva de Sarepta. Se quisermos
ver milagres em nossas vidas precisamos crer.
É preciso ter fé, pois o que
duvida não pode receber nada do Senhor. Mesmo em tempos de crises, não podemos
nos esquecer de que para Deus não existe impossíveis.
Na sociedade patriarcal israelita a condição
de viúva era um risco social à mulher, deixando-a vulnerável econômica e
socialmente.
Em Êx 22.21-24 a viúva é
classificada juntamente com o órfão e os estrangeiros. Elas são frágeis e
vulneráveis, razão pela qual necessitam de proteção legal e profética (Is
1.16-23; Jr 22.3).
Além da angústia que acompanhava a viuvez, a
perda da proteção legal do esposo colocava a viúva em situação de pobreza e
penúria.
Caso o
marido deixasse alguma dívida, a viúva era obrigada a assumir os compromissos
financeiros do faltoso, o que implicava às vezes na venda dos bens, da entrega
dos filhos à servidão, e a todo tipo de exploração da parte dos credores. Esta
era a condição daquela viúva.
A solução dentro de casa – O
problema da dívida daquela família precisava ser resolvido. Eliseu não pensou
em buscar um empréstimo para saldar aquela pendência financeira. Ele perguntou
o que era que aquela mulher tinha em sua casa.
A mulher
respondeu ao profeta: “Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de
azeite” (2Re 4.2). Deus utiliza
aquilo que temos: Moisés tinha um cajado e com ele Deus operou grandes
maravilhas.
Davi tinha
uma funda e algumas pedrinhas e com elas derrotou no gigante Golias. Pedro tinha
uma rede de pesca e viu o milagre de Deus depois de uma noite sem pegar nenhum
peixinho.
À partir de
uma botija de azeite, na casa da viúva de Sarepta, Deus tornou tudo em
abundância porque ele é o Deus de toda a provisão.
Obedecendo à
palavra do profeta, aquela viúva viu o milagre que Deus realizou multiplicando
o pouco que ela possuía. Não havendo mais recipientes onde estocar o azeite
cessou o milagre.
Aquela
mulher tinha uma grande quantidade de azeite em casa e não sabendo o que fazer
outra vez foi à procura do profeta e sob sua orientação vendeu todo o azeite,
pagou a sua dívida e passou a viver do que lhe restou em segurança com os seus
filhos.
Deus nos
concede a sua provisão na medida certa. Ele espera que ajamos com sabedoria em
todos os momentos de nossa existência, sobretudo nas adversidades.
O pouco que
aquela mulher tinha em casa foi feito em muito, mas ela precisava ser sábia no
tocante em saber o que fazer com aquele muito que o Senhor lhe dera.
A orientação
de Eliseu foi que a mulher vendesse o azeite e pagasse a dívida que destruiria
sua família que já estava desfalcada pela falta do marido.
O valor e a utilidade do azeite
- O azeite era um produto de valor suficiente para que Eliseu
aconselhasse a viúva a pagar sua dívida mediante a venda do azeite (2Re 4.7).
Ao tomar conhecimento de que a mulher possuía uma botija de
azeite e conhecendo o seu alto valor comercial a instruiu a pedir muitos vasos
emprestados aos seus vizinhos.
A mulher procedeu de acordo com as instruções do profeta e em
seguida pediu uma nova instrução ao homem de Deus; que lhe mandou vender o
azeite, pagar as dívidas e junto com os filhos viver do restante que lhe
sobrasse.
Pela sua preciosidade, o azeite era guardado nos tesouros reais
juntamente com o ouro, a prata e outras especiarias (2Re 20.13). E também o
azeite era usado como pagamento de tributos (Os 12.1).
O azeite era utilizado como cosméticos, para ungir a pele do
corpo, os cabelos, ou simplesmente para efeito de beleza (Dt 28.40; 2Sm 12.20;
14.2; Rt 3.3).
Na medicina da época o azeite servia de medicamento, sendo
esfregado no corpo quando a pessoa estava febril, ou era usado em banhos e na
unção de ferimentos (Is 1.6; Lc 10.34).
A mulher de que trata o episódio era a esposa de um dos
discípulos dos profetas. Ela tinha acabado de perder seu marido.
O homem tinha sido servo de Eliseu, ou seja, era alguém que
estava debaixo de suas instruções, visto ser ele o cabeça das escolas dos
profetas; uma escola que acredita-se ter sido Samuel o seu fundador (1Sm
10.1,5; 19.20).
Existe uma lenda onde se diz que o esposo desta mulher tenha sido Obadias, um
alto oficial e homem de grande influência do exército de Acabe.
Mas era um dos sete mil que Deus disse a Elias que não tinha
dobrado os seus joelhos diante de Baal.
No auge da perseguição ele escondeu cem homens dos filhos dos profetas
em uma caverna para que escapasse da fúria da rainha Jezabel, esposa do rei
Acabe; e os alimentou com pão e água durante os três anos e seis meses de fome
nos dias de Elias (1Re 18.8-13).
Seja como for o falecido esposo desta viúva, era um homem digno
que tinha observado a lei de Yahweh e não estava envolvido na idolatria.
Dai a sua afirmação ao profeta Eliseu: Tu sabes que o teu servo
temia ao Senhor.
Pela sua condição digna, esta viúva mereceu a ajuda de Eliseu
que foi o responsável por essas escolas de profetas durante o seu ministério
tendo em vista ser Eliseu o substituto do profeta Elias (2Re 2.14-16).
Essas escolas, anteriormente, foram mais firmemente
estabelecidas pelo profeta Elias e posteriormente pelo profeta Eliseu no reino
do norte ou das dez tribos.
A motivação do milagre tem por objetivo
glorificar o nome de Deus e atender a necessidade humana.
O milagre acontecido na casa da viúva de um dos
profetas confirma este fato (Re 4.1-7), a extrema situação de penúria na qual
essa pobre mulher havia ficado.
Essa mulher, portanto, necessitava urgentemente
que alguma coisa fosse feita para tirá-la daquela situação. Mas sabendo que o
profeta Eliseu era orientado por Deus recorreu a ele (2Re 4.1).
A Escritura mostra que o Senhor socorre o
necessitado (Sl 40.17; 69.33; Is 25.4; Jr 20.13). O milagre ocorrido na casa da
viúva aconteceu como resposta a uma carência humana, mas não apenas por isso.
Ele ocorreu também pela compaixão divina. Não foi apenas por ser pobre que a
viúva foi socorrida nem tampouco por ter sido esposa dos discípulos de um dos
profetas.
O texto diz que ela clamou ao profeta Eliseu. O
profeta ficou sensibilizado. Deus se compadeceu daquela mulher sofredora.
O senhor é compassivo, misericordioso e
longânimo para com os que o servem (Ex 34.6; 2Cr 30.9; Sl 116.15)
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 4º. Trimestre
2016. Comentarista: Pr. Elienai Cabral
CABRAL Elienai. O Deus de Toda Provisão.
CPAD RJaneiro 2016
RADMACHER Earl D e outros. Editora
Gospel RJaneiro2010
http://teologiaegraca.blogspot.com.br/
O Novo Comentário Bíblico do Novo
Testamento.
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento
Interpretado Versículo por Versículo Vl 1.
Editora Hagnus - São Paulo, 2001
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Bíblia de Estudo Almeida SBB