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sábado, 22 de outubro de 2016

Lição 04 – A Provisão de Deus no Monte do Sacrifício 23.10.16 EBD CPAD

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: O Deus de Toda Provisão
 Gênesis 22.1-3
Por: Pr. João Barbosa e Prof. Laudicéa Barboza                                                                
DESENVOLVIMENTO:
Pela fé Abraão pode ver a provisão de Deus no monte do sacrifício. O pedido de Deus para que lhe oferecesse em sacrifício o seu único filho, foi sem dúvida a prova mais difícil a ser enfrentada pelo patriarca Abraão.

Deus pediu a Abraão algo fora do comum para a capacidade de um ser humano. A fé que Abraão tinha em Deus e sua dedicação a Ele foram testadas ao máximo. Deus o mandou fazer uma coisa totalmente contrária ao seu bom-senso, ao seu amor paternal e à sua esperança, que era seu filho.

Disse Deus a Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque a quem amas tanto e vai-te à terra de Moriá: e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.2).

Sem dúvida, este foi o mais severo teste a que Abraão foi submetido em toda a sua vida. Ele havia recebido Isaque da parte de Deus de forma miraculosa e após muitos anos de espera. Agora devia dá-lo de volta a “Yahweh” – “Deus dá e Deus tira”.

Mas, chegado o tempo de Deus tirar-nos algo, o nosso coração desmaia. E quando perdemos um filho querido, isso é quase demais para suportar. Ismael tinha sido mandado embora (Gn 21.12,13), e isso fora difícil para Abraão.

Mas agora, fora-lhe pedido algo pior; a morte de um filho querido. Uma coisa é falar em confiar em Deus e obedecer a Ele. Mas é outra coisa atender ao Senhor na hora da prova e da tristeza.

Quatro grandes crises da peregrinação espiritual de Abraão:
1. Deixar seus pais e sua gente (Gn 12).
2. Separar-se de Ló e as provas que ocorreram por causa do envolvimento de Ló com o mundo (Gn 13.1-8).
3. O teste e a separação acerca de Ismael (Gn 21.9)
4. O sacrifício de Isaque, o mais severo dos quatro testes (Gn 22).

Cada um desses testes envolveu uma rendição do que lhe era querido e grande dor de coração. Mas tudo redundou em vitória final.

Na história de Abraão vemos três grandes testes à sua fé:
1. A chamada divina para separar-se de seus parentes e da sua pátria. “Ora, o Senhor disse a Abraão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1).

O propósito de Deus, através de Abraão era que houvesse um homem na terra que o conhecesse, o servisse e guardasse os seus caminhos. Dessa família surgiria uma nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras nações, para fazerem a vontade de Deus.

Dessa nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da mulher (Gn 3.15; Gl 3.8,16,18).

Vários princípios importantes podem ser deduzidos da chamada de Abraão. Ela levou Abraão a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (Gn 12.1); para tornar-se estrangeiro e forasteiro (Hb 11.13).

Em Abraão Deus estava estabelecendo um princípio importante de que os seus deviam separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na vida dele.

Deus prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e uma bênção que alcançaria todas as nações da terra (Gn 12.2,3).

O NT ensina claramente que a última parte dessa promessa cumpre-se hoje na proclamação missionária do evangelho de Cristo (At 3.25; Gl 6.8). Além disso, a chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, bem como uma celestial.

2. A chamada de Abraão continha não somente promessas, mas também compromissos. A obediência e a dedicação demandavam confiança em Deus. A exigência de confiar em Deus para o cumprimento da promessa do concerto (Hb 11.8-13).

3. A ordem de sacrificar a Isaque, o filho prometido por Deus (Gn 22). Como aconteceu a Abraão será testada a fé verdadeira de todo crente.

De vital importância na chamada de Abraão foi o propósito de Deus para que ele fosse um líder espiritual em casa, que ensinasse a seus filhos o caminho do Senhor.

Com a chamada de Abraão, Deus estabeleceu o pai como responsável na família para ensinar os filhos “para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo” (Dt 6.7).

Abraão foi provado e revelou o quanto amava a Deus:
Deus ordenara a Abraão sacrificar a seu próprio filho Isaque. O ponto principal aqui concerne a dois lados do caso que ilustram critérios adotados por Deus ao lidar com todo crente.

a) O amor de Abraão por Deus era maior que seu amor por outras pessoas, inclusive seu filho amado?
b) A esperança e a expectativa que Abraão tinha no cumprimento da promessa ainda se firmavam em Deus, ou ele passaria agora a confiar noutra coisa, em Isaque?

Por meio dessa prova Deus forçou Abraão a encarar essas perguntas e mostrar se realmente temia e amava a Deus de todo seu coração (Gn 12.12).

Deus não queria realmente a morte física de Isaque (Gn 12.12,13), pois, posteriormente ele condenou o sacrifício humano como pecado hediondo (Lv 20.1-5). Deus queria mesmo era testar a dedicação de Abraão.

A declaração de Abraão, de que ele e Isaque voltariam do sacrifício foi um testemunho da sua fé e convicção que as promessas de Deus a respeito de Isaque seriam cumpridas. (....”em Isaque será chamada a tua semente”. (Gn 21.12).

Nessa história, Isaque tipifica a Cristo: ao dar-se ao seu Pai como sacrifício até à morte (Gn 22.16; Jo 10.17,18), e ao ser salvo da morte, ato este que corresponde à ressurreição de Cristo (Gn 22.12; Hb 11.17-19).

Deus proverá:
O Deus que proveu um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou Jesus, seu Filho, para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou Jesus, o seu cordeiro, para morrer por nós.

O Senhor proverá (Gn 22.14) – Este nome traduzido do hebraico “Jeová-jiré” – “o Senhor proverá”. Aprendemos da prova de Abraão que:

1. Deus às vezes prova a fé de seus filhos (1Pe 1.6,7). No livro de Hebreus, vemos que Deus permitiu que alguns dos seus servos fiéis experimentassem grandes sofrimentos e provações. Embora desfrutassem da comunhão com Deus, Ele não livrou a todos da morte (Hb 11.35-39).

Observe-se que pela fé, alguns escaparam do fio da espada e, também pela fé, alguns foram mortos a fio de espada. Pela fé, um foi livrado, e também pela fé, outro foi morto (1Re 19.10; Jr 26.23; At 12.2).

A fé verdadeira não somente levará os crentes a fazerem grandes coisas para Deus, mas também, às vezes os levará a sofrimentos, perseguições, aflições e privações (Hb 11.35-39; Sl 44.22; Rm 8.36).

A fidelidade a Deus não garante conforto nem livramento da perseguição neste mundo. Ela nos garante, no entanto, a graça, ajuda e força de Deus, em tempos de provações ou de sofrimentos (Hb 12.2; Jr 20.1,7,8; 37.13-15; 38.5; 2 Co 6.9).





Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 4º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr. Elienai Cabral
CABRAL Elienai. O Deus de Toda Provisão. CPAD RJaneiro 2016
RADMACHER Earl D e outros. Editora Gospel RJaneiro 2010
O Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento.
CHAMPLIN R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl 1.
Editora Hagnus - São Paulo, 2001
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

Bíblia de Estudo Almeida SBB

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