Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: O Deus de Toda Provisão
Gênesis
22.1-3
Por: Pr. João Barbosa e Prof. Laudicéa Barboza
DESENVOLVIMENTO:
Pela fé
Abraão pode ver a provisão de Deus no monte do sacrifício. O pedido de Deus
para que lhe oferecesse em sacrifício o seu único filho, foi sem dúvida a prova
mais difícil a ser enfrentada pelo patriarca Abraão.
Deus pediu
a Abraão algo fora do comum para a capacidade de um ser humano. A fé que Abraão
tinha em Deus e sua dedicação a Ele foram testadas ao máximo. Deus o mandou
fazer uma coisa totalmente contrária ao seu bom-senso, ao seu amor paternal e à
sua esperança, que era seu filho.
Disse Deus
a Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu
único filho, Isaque a quem amas tanto e vai-te à terra de Moriá: e oferece-o
ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gn 22.2).
Sem
dúvida, este foi o mais severo teste a que Abraão foi submetido em toda a sua
vida. Ele havia recebido Isaque da parte de Deus de forma miraculosa e após
muitos anos de espera. Agora devia dá-lo de volta a “Yahweh” – “Deus dá e Deus tira”.
Mas,
chegado o tempo de Deus tirar-nos algo, o nosso coração desmaia. E quando
perdemos um filho querido, isso é quase demais para suportar. Ismael tinha sido
mandado embora (Gn 21.12,13), e isso fora difícil para Abraão.
Mas agora,
fora-lhe pedido algo pior; a morte de um filho querido. Uma coisa é falar em
confiar em Deus e obedecer a Ele. Mas é outra coisa atender ao Senhor na hora
da prova e da tristeza.
Quatro grandes crises da peregrinação
espiritual de Abraão:
1. Deixar
seus pais e sua gente (Gn 12).
2. Separar-se
de Ló e as provas que ocorreram por causa do envolvimento de Ló com o mundo (Gn
13.1-8).
3. O teste e
a separação acerca de Ismael (Gn 21.9)
4. O
sacrifício de Isaque, o mais severo dos quatro testes (Gn 22).
Cada um
desses testes envolveu uma rendição do que lhe era querido e grande dor de
coração. Mas tudo redundou em vitória final.
Na história de Abraão vemos três grandes
testes à sua fé:
1. A
chamada divina para separar-se de seus parentes e da sua pátria. “Ora, o Senhor disse a Abraão: Sai-te da
tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te
mostrarei” (Gn 12.1).
O
propósito de Deus, através de Abraão era que houvesse um homem na terra que o
conhecesse, o servisse e guardasse os seus caminhos. Dessa família surgiria uma
nação escolhida, de pessoas que se separassem das práticas ímpias doutras
nações, para fazerem a vontade de Deus.
Dessa
nação viria Jesus Cristo, o Salvador do mundo, o prometido descendente da
mulher (Gn 3.15; Gl 3.8,16,18).
Vários
princípios importantes podem ser deduzidos da chamada de Abraão. Ela levou
Abraão a separar-se da sua pátria, do seu povo e dos seus familiares (Gn 12.1);
para tornar-se estrangeiro e forasteiro (Hb 11.13).
Em Abraão
Deus estava estabelecendo um princípio importante de que os seus deviam
separar-se de tudo quanto possa impedir o propósito divino na vida dele.
Deus
prometeu a Abraão uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes e
uma bênção que alcançaria todas as nações da terra (Gn 12.2,3).
O NT
ensina claramente que a última parte dessa promessa cumpre-se hoje na
proclamação missionária do evangelho de Cristo (At 3.25; Gl 6.8). Além disso, a
chamada de Abraão envolvia, não somente uma pátria terrestre, bem como uma
celestial.
2. A chamada
de Abraão continha não somente promessas, mas também compromissos. A obediência
e a dedicação demandavam confiança em Deus. A exigência de confiar em Deus para
o cumprimento da promessa do concerto (Hb 11.8-13).
3. A ordem
de sacrificar a Isaque, o filho prometido por Deus (Gn 22). Como aconteceu a
Abraão será testada a fé verdadeira de todo crente.
De vital
importância na chamada de Abraão foi o propósito de Deus para que ele fosse um
líder espiritual em casa, que ensinasse a seus filhos o caminho do Senhor.
Com a
chamada de Abraão, Deus estabeleceu o pai como responsável na família para
ensinar os filhos “para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com
justiça e juízo” (Dt 6.7).
Abraão foi provado e revelou o quanto
amava a Deus:
Deus
ordenara a Abraão sacrificar a seu próprio filho Isaque. O ponto principal aqui
concerne a dois lados do caso que ilustram critérios adotados por Deus ao lidar
com todo crente.
a) O amor de
Abraão por Deus era maior que seu amor por outras pessoas, inclusive seu filho
amado?
b) A
esperança e a expectativa que Abraão tinha no cumprimento da promessa ainda se
firmavam em Deus, ou ele passaria agora a confiar noutra coisa, em Isaque?
Por meio
dessa prova Deus forçou Abraão a encarar essas perguntas e mostrar se realmente
temia e amava a Deus de todo seu coração (Gn 12.12).
Deus não
queria realmente a morte física de Isaque (Gn 12.12,13), pois, posteriormente
ele condenou o sacrifício humano como pecado hediondo (Lv 20.1-5). Deus queria
mesmo era testar a dedicação de Abraão.
A
declaração de Abraão, de que ele e Isaque voltariam do sacrifício foi um
testemunho da sua fé e convicção que as promessas de Deus a respeito de Isaque
seriam cumpridas. (....”em Isaque será chamada a tua semente”. (Gn 21.12).
Nessa
história, Isaque tipifica a Cristo: ao dar-se ao seu Pai como sacrifício até à
morte (Gn 22.16; Jo 10.17,18), e ao ser salvo da morte, ato este que
corresponde à ressurreição de Cristo (Gn 22.12; Hb 11.17-19).
Deus proverá:
O Deus que
proveu um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que
enviou Jesus, seu Filho, para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou
Jesus, o seu cordeiro, para morrer por nós.
O Senhor
proverá (Gn 22.14) – Este nome traduzido do hebraico “Jeová-jiré” – “o Senhor proverá”. Aprendemos da prova de Abraão
que:
1. Deus às
vezes prova a fé de seus filhos (1Pe 1.6,7). No livro de Hebreus, vemos que
Deus permitiu que alguns dos seus servos fiéis experimentassem grandes
sofrimentos e provações. Embora desfrutassem da comunhão com Deus, Ele não
livrou a todos da morte (Hb 11.35-39).
Observe-se
que pela fé, alguns escaparam do fio da espada e, também pela fé, alguns foram
mortos a fio de espada. Pela fé, um foi livrado, e também pela fé, outro foi
morto (1Re 19.10; Jr 26.23; At 12.2).
A fé
verdadeira não somente levará os crentes a fazerem grandes coisas para Deus,
mas também, às vezes os levará a sofrimentos, perseguições, aflições e
privações (Hb 11.35-39; Sl 44.22; Rm 8.36).
A
fidelidade a Deus não garante conforto nem livramento da perseguição neste
mundo. Ela nos garante, no entanto, a graça, ajuda e força de Deus, em tempos
de provações ou de sofrimentos (Hb 12.2; Jr 20.1,7,8; 37.13-15; 38.5; 2 Co
6.9).
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD
CPAD - 4º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr. Elienai Cabral
CABRAL Elienai. O Deus
de Toda Provisão. CPAD RJaneiro 2016
RADMACHER Earl D e
outros. Editora Gospel RJaneiro 2010
O Novo Comentário
Bíblico do Novo Testamento.
CHAMPLIN R. N. O Antigo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl 1.
Editora Hagnus - São Paulo, 2001
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Bíblia de Estudo Almeida SBB
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