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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Lição 11 - A Tolerância Cristã - 12.06.16 - EBD CPAD

 Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 14.1-6
Reflexão: Os crentes mais maduros não devem agir egoisticamente, mas precisam atuar como modelo para os mais fracos.

A ideia de tolerância na Bíblia envolve noções como tolerância, armistício, permissão, paciência, longanimidade, trégua e etc. De acordo com Atos 17.30,31, Deus estabeleceu um período de trégua com os homens, embora não fosse forçado a fazer; mas, fê-lo por causa de sua tolerância.

Os homens, por sua vez, precisam entrar em trégua uns para com os outros, o perdão de Deus é a base do perdão que damos aos nossos semelhantes.

Estamos endividados para com Deus, e devemos aos nossos semelhantes misericórdia e bondade mesmo quando eles não merecem.

“Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa, assim como o Senhor perdoou vocês perdoem uns aos outros” (Cl 3.13 NTLD).

“Aceitem entre vocês quem é fraco na fé sem criticar as opiniões dessa pessoa” (Rm 14.1). É evidente que, na igreja de Roma, várias seitas haviam aparecido. Havia os vegetarianos, isto é, aqueles que se deixavam governar por regras estritas sobre questões de dieta.

Esses criticavam aos outros membros da igreja, que não seguiam tais preceitos, pois, para os vegetarianos, essa era uma questão de primordial importância.
Já os que não pertenciam a esse grupo se mostravam críticos contra os vegetarianos, pois entendiam que tais regras eram incompatíveis com a liberdade cristã sobre todas as questões de semelhante natureza.

Além destes havia os judeus convertidos ao cristianismo. Esses legalistas criticavam os gentios liberais ao mesmo tempo em que cristãos gentios liberais criticavam os judeus “hiper fundamentalistas”.

E assim prosseguia o conflito. As várias facções em meio à batalha haviam esquecido inteiramente o amor cristão. Aquilo que realmente importa, por semelhante modo havia o problema geral de comer alimentos oferecidos aos ídolos, praticado por alguns cristãos, para os quais um ídolo não parecia nada.
Mas esses cristãos eram repelidos pelos outros quanto a essa prática. Pois lhes parecia que tais práticas encorajavam os costumes pagãos.

Os crentes frascos na fé eram provavelmente cristãos vindo do judaísmo e que pretendiam manter certos aspectos do culto judaico, como a abstinência de certas formas de alimento, vindo além de outros indivíduos, que continuavam observando certos dias festivos especiais entre judeus.

Todos esses grupos eram cristãos extremamente escrupulosos, que se defrontava com a prática pagã de comparar e ingerir alimentos oferecidos aos ídolos devido ao seu passado judaico de ódio contra os ídolos.

Alguns crentes, sendo fracos na fé, não ousam comer de tudo, ou julgar todos os dias iguais. Não obstante, eles possuem uma medida de fé e são genuínos crentes em Cristo.

Por isso é que devemos recebê-los sem nenhuma restrição. “Quem come de tudo não deve desprezar quem não faz isso, e quem só come verduras e legumes não
deve criticar quem não faz isso, pois Deus o aceitou” (Rm 14.3).

Paulo afirma: “Pois Deus o acolheu”. Essa é a base sobre a qual recebemos os outros. Não temos escolha, independente se o crente é fraco ou forte, devemos recebê-lo.

“Quem dá mais valor a certo dia faz isto para honrar o Senhor. E também quem come de tudo faz isso para honrar o Senhor, pois agradece a Deus o alimento, e quem evita comer certas coisas faz isto para honrar o Senhor e dar graças a Deus.

Porque nenhum de nós vive para si mesmo, e nenhum de nós morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e, se morremos, também é para o Senhor que morremos.

Assim, tanto se vivemos como se morremos, somos do Senhor. Pois Cristo morreu e viveu de novo para ser o Senhor tanto dos mortos como dos vivos” (Rm 14.6-9).

Ninguém pode subestimar um bom regulamento dietético mesmo à luz de Levítico cap.11. O problema é basear a fé de acordo ao comer ou com relação à dias e dias.
Atos 10, mostra que mesmo um crente como Pedro apóstolo, precisou receber de Deus um esclarecimento a fim de se libertar desses frágeis fundamentos.

O Senhor disse a Pedro “para matar e comer”, Pedro disse: de modo nenhum Senhor, porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. O Senhor respondeu a Pedro dizendo: “Ao que Deus purificou não considere comum ou imundo”(At 10.13-16). Podemos observar que à semelhança de Pedro muitos se apegam a determinados rudimentos se esquecendo da essência do cristianismo que é o amor. Não devemos emitir juízo de valor contra um irmão. Essa é a ideia de Romanos 14.1.

Juízo de valor significa determinar com base em nossas próprias crenças e convicções que certa pessoa está errada. Mas, quando uma pessoa se envolve num ato que a Bíblia tipifica como pecaminoso, e a igreja o pune, não estando emitindo juízo de valor ao classificar esse ato de pecado, mas, sim, estando em concordância com a Palavra de Deus.

É importante ter clara, na mente, essa distinção. A igreja deve disciplinar os crentes que pecam, mas ninguém, nem mesmo a congregação, tem o direito de emitir juízo de valor.

Para surpresa de muitos, é o fraco na fé que tem problemas com a liberdade de outros que desfrutam de uma fé mais forte! O forte na fé leva em conta que a espiritualidade não é uma questão de fazer ou não fazer, mas de amar e servir a Deus enquanto usufrui suas boas dádivas.

O problema de julgar os outros é que isso distorce relacionamentos, nos impede o entendimento e de compartilharmos ajuda uns aos outros.
Deus se agrada de nós, pelos nossos relacionamentos, não se comemos carne ou somos vegetarianos. Não tema nem os critique, apenas siga a Cristo, o mais próximo que puder.

“Se você faz com que um irmão fique triste por causa do que você come, então você não está agindo com amor. Não deixe que a pessoa por quem Cristo morreu, se perca por causa da comida que você come, mas guarde entre você mesmo e Deus o que você crê   a respeito deste assunto.

Feliz a pessoa que não é condenada pela consciência quando faz o que acha que deve fazer, mas, quem tem dúvidas a respeito do que come é condenado por Deus quando come, pois aquilo que ele faz não se baseia na fé.
E o que não se baseia na fé é pecado” (Rm 14.15,22,23).
Obs. Os versículos desta lição estão todos na versão BNTLH.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento com Recursos Adicionais. Editora Central. RJaneiro, 2010
CHAMPLIN. R.N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.Vl 6.  Editora Hagnus. SPaulo, 2002
CHAMPLIN R. N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal Vozes. R.Janeiro, 1982.
LEE. Witness. Estudo Vida de Romanos Vl I. Editora Árvore da Vida. SPaulo, 1991

Bíblia de Estudo Despertar NTLH; SBB.

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