Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 14.1-6
Reflexão: Os crentes mais maduros não devem agir egoisticamente,
mas precisam atuar como modelo para os mais fracos.
A ideia de tolerância na Bíblia envolve noções como tolerância,
armistício, permissão, paciência, longanimidade, trégua e etc. De acordo com
Atos 17.30,31, Deus estabeleceu um período de trégua com os homens, embora não
fosse forçado a fazer; mas, fê-lo por causa de sua tolerância.
Os homens, por sua vez, precisam entrar em trégua uns para
com os outros, o perdão de Deus é a base do perdão que damos aos nossos
semelhantes.
Estamos endividados para com Deus, e devemos aos nossos
semelhantes misericórdia e bondade mesmo quando eles não merecem.
“Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos
outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa, assim como o
Senhor perdoou vocês perdoem uns aos outros” (Cl 3.13 NTLD).
“Aceitem entre vocês quem é fraco na fé sem criticar as
opiniões dessa pessoa” (Rm 14.1). É evidente que, na igreja de Roma, várias seitas
haviam aparecido. Havia os vegetarianos, isto é, aqueles que se deixavam
governar por regras estritas sobre questões de dieta.
Esses criticavam aos outros membros da igreja, que não
seguiam tais preceitos, pois, para os vegetarianos, essa era uma questão de primordial
importância.
Já os que não pertenciam a esse grupo se mostravam críticos
contra os vegetarianos, pois entendiam que tais regras eram incompatíveis com a
liberdade cristã sobre todas as questões de semelhante natureza.
Além destes havia os judeus convertidos ao cristianismo. Esses
legalistas criticavam os gentios liberais ao mesmo tempo em que cristãos
gentios liberais criticavam os judeus “hiper fundamentalistas”.
E assim prosseguia o conflito. As várias facções em meio à
batalha haviam esquecido inteiramente o amor cristão. Aquilo que realmente
importa, por semelhante modo havia o problema geral de comer alimentos
oferecidos aos ídolos, praticado por alguns cristãos, para os quais um ídolo não
parecia nada.
Mas esses cristãos eram repelidos pelos outros quanto a
essa prática. Pois lhes parecia que tais práticas encorajavam os costumes pagãos.
Os crentes frascos na fé eram provavelmente cristãos vindo
do judaísmo e que pretendiam manter certos aspectos do culto judaico, como a
abstinência de certas formas de alimento, vindo além de outros indivíduos, que
continuavam observando certos dias festivos especiais entre judeus.
Todos esses grupos eram cristãos extremamente escrupulosos,
que se defrontava com a prática pagã de comparar e ingerir alimentos oferecidos
aos ídolos devido ao seu passado judaico de ódio contra os ídolos.
Alguns crentes, sendo fracos na fé, não ousam comer de
tudo, ou julgar todos os dias iguais. Não obstante, eles possuem uma medida de
fé e são genuínos crentes em Cristo.
Por isso é que devemos recebê-los sem nenhuma restrição. “Quem
come de tudo não deve desprezar quem não faz isso, e quem só come verduras e
legumes não
deve criticar quem não faz isso, pois Deus o aceitou” (Rm
14.3).
Paulo afirma: “Pois Deus o acolheu”. Essa é a base sobre a
qual recebemos os outros. Não temos escolha, independente se o crente é fraco
ou forte, devemos recebê-lo.
“Quem dá mais valor a certo dia faz isto para honrar o
Senhor. E também quem come de tudo faz isso para honrar o Senhor, pois agradece
a Deus o alimento, e quem evita comer certas coisas faz isto para honrar o
Senhor e dar graças a Deus.
Porque nenhum de nós vive para si mesmo, e nenhum de nós
morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e, se morremos,
também é para o Senhor que morremos.
Assim, tanto se vivemos como se morremos, somos do Senhor.
Pois Cristo morreu e viveu de novo para ser o Senhor tanto dos mortos como dos
vivos” (Rm 14.6-9).
Ninguém pode subestimar um bom regulamento dietético mesmo
à luz de Levítico cap.11. O problema é basear a fé de acordo ao comer ou com
relação à dias e dias.
Atos 10, mostra que mesmo um crente como Pedro apóstolo,
precisou receber de Deus um esclarecimento a fim de se libertar desses frágeis
fundamentos.
O Senhor disse a Pedro “para matar e comer”, Pedro disse:
de modo nenhum Senhor, porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. O Senhor
respondeu a Pedro dizendo: “Ao que Deus purificou não considere comum ou imundo”(At
10.13-16). Podemos observar que à semelhança de Pedro muitos se apegam a
determinados rudimentos se esquecendo da essência do cristianismo que é o amor.
Não devemos emitir juízo de valor contra um irmão. Essa é a ideia de Romanos
14.1.
Juízo de valor significa determinar com base em nossas próprias
crenças e convicções que certa pessoa está errada. Mas, quando uma pessoa se
envolve num ato que a Bíblia tipifica como pecaminoso, e a igreja o pune, não
estando emitindo juízo de valor ao classificar esse ato de pecado, mas, sim,
estando em concordância com a Palavra de Deus.
É importante ter clara, na mente, essa distinção. A igreja
deve disciplinar os crentes que pecam, mas ninguém, nem mesmo a congregação,
tem o direito de emitir juízo de valor.
Para surpresa de muitos, é o fraco na fé que tem problemas
com a liberdade de outros que desfrutam de uma fé mais forte! O forte na fé
leva em conta que a espiritualidade não é uma questão de fazer ou não fazer,
mas de amar e servir a Deus enquanto usufrui suas boas dádivas.
O problema de julgar os outros é que isso distorce
relacionamentos, nos impede o entendimento e de compartilharmos ajuda uns aos
outros.
Deus se agrada de nós, pelos nossos relacionamentos, não
se comemos carne ou somos vegetarianos. Não tema nem os critique, apenas siga a
Cristo, o mais próximo que puder.
“Se você faz com que um irmão fique triste por causa do
que você come, então você não está agindo com amor. Não deixe que a pessoa por
quem Cristo morreu, se perca por causa da comida que você come, mas guarde
entre você mesmo e Deus o que você crê a respeito deste assunto.
Feliz a pessoa que não é condenada pela consciência quando
faz o que acha que deve fazer, mas, quem tem dúvidas a respeito do que come é
condenado por Deus quando come, pois aquilo que ele faz não se baseia na fé.
E o que não se baseia na fé é pecado” (Rm 14.15,22,23).
Obs. Os versículos desta lição estão todos na versão BNTLH.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD
CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
GONÇALVES, José. Maravilhosa
Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
RADMACHER, Earl D. O
Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento com Recursos Adicionais. Editora
Central. RJaneiro, 2010
CHAMPLIN. R.N. O Novo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo.Vl 6. Editora Hagnus. SPaulo, 2002
CHAMPLIN R. N.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal
Vozes. R.Janeiro, 1982.
LEE. Witness. Estudo Vida de Romanos Vl I. Editora Árvore da Vida. SPaulo,
1991
Bíblia de Estudo Despertar NTLH; SBB.
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