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quinta-feira, 23 de junho de 2016
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Lição 13 - O Cultivo das relações Interpessoais - 26.06.16 - EBD CPAD
Abordagem de Conteúdos
Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 16.1-16
Reflexão: Deus deseja que os crentes alcançados pela graça,
cultivem relacionamentos saudáveis.
O
mundo gira em torno da comunicação e da informação e para que uma organização
tenha sucesso é necessário que a comunicação seja clara, direta e transparente
assim como as relações interpessoais.
Para
que a comunicação seja clara é necessário que se tenham boas relações. É
fundamental ter um bom relacionamento entre os pares, pois, isso contribui não
somente para uma boa convivência no dia a dia, mas também para um bom clima e
influencia diretamente de forma positiva no resultado da organização.
A
relação interpessoal é imprescindível pois todo trabalho é feito em equipe,
direta ou indiretamente, um depende do trabalho do outro, é uma cadeia de
relações e se não há um relacionamento bom entre as pessoas o resultado também
não será bom.
A
relação interpessoal nas igrejas é indispensável para o bem estar tanto dos líderes
como dos seus liderados, pois, trabalham mais dispostos e felizes sabendo que
tem suporte, e pode contar com seus pares.
Assim,
os mesmos podem desenvolver seu trabalho e também tratar de outros assuntos,
mesmo porque essa boa relação é muito importante, para os obreiros colaboradores,
que encontram oportunidade de desenvolver melhor suas habilidades no trabalho
para o qual está determinado haja vista o clima de lealdade, paz e a harmonia.
Encontramos
na lição em estudo o excelente trabalho do apóstolo Paulo ao desenvolver um
relacionamento exemplar com todos aqueles que direta ou indiretamente
participavam e colaboravam com o seu ministério.
Observe-se
que ao final de sua carta ele fez questão de destacar nome por nome tanto de
homens como de mulheres sem distinção.
Cita
também judeus e gentios, gente simples e autoridades, reconhecendo o valor de
cada um para o exercício de sua liderança, inclusive não se esquecendo de
oferecer o mesmo trato às mulheres que com ele serviam à causa do Mestre.
Dessa
forma o apóstolo demonstrava o seu amor por todos os irmãos que cooperavam com
a obra de Deus.
A
IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS – Em todo momento
estamos cercados de pessoas, seja no trabalho com nossos colegas, em casa com
familiares, e, até mesmo em nosso círculo de amigos, o que não é diferente na
casa de Deus ao executarmos a sua obra.
Somos seres sociáveis e,
por isso, torna-se essencial que saibamos manter estes relacionamentos de forma
positiva e permanente, gerando crescimento para ambas as partes.
A valorização de colaboradores
é uma prática que deve ser uma constante de todo líder ou gestor, pois são eles
que têm o poder de influenciar pessoas através de suas ações.
Colaboradores desvalorizados
tendem a perder o foco, se desmotivam facilmente, diminuem sua participação e
interesse, o que acaba prejudicando e muito, o bom andamento do trabalho em
processo de execução.
Por isso, devemos valorizar
pessoas e não coisas, estabelecendo relacionamentos interpessoais saudáveis.
PRINCÍPIOS
PARA OBTERMOS EXITO NOS RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS:
Investir em relacionamentos
saudáveis – Na igreja, e em qualquer parte, procure
investir em sua equipe de cooperadores e na manutenção de relacionamentos
saudáveis.
Evite gerar competição uns com
os outros e estimule a colaboração mútua entre os irmãos.
Conhecer seus cooperadores – Cada
pessoa é única, com suas características e personalidades próprias.
Por isso, o líder precisa conhecer
cada cooperador e saber qual é o perfil comportamental de cada um, assim será
mais fácil identificar a melhor maneira de lidar individualmente ou em grupo
com cada um.
Promover o desenvolvimento de
sua equipe – Outra forma importante para manter
relacionamentos interpessoais de forma positiva e assertiva para a obra é
investir no desenvolvimento de habilidades e aprimoramento de competências da
equipe promovendo constante interação e treinamento.
Resolver os conflitos – Os
conflitos podem acontecer em qualquer circunstância, principalmente no ambiente
corporativo, por isso, é importante que as lideranças fiquem sempre atentas aos
comportamentos dos seus liderados.
Quando surgirem conflitos
e diferenças, o líder deve agir com cautela e não tomar partido de ninguém.
Haja vista que todos são peças chave no sucesso da obra do Senhor.
AS
AMEAÇAS ÀS RELAÇÕES INTERPESSOAIS – Vivemos numa época em que as
diferenças entre os indivíduos são cada vez mais presentes de forma tal que neste
conflito de elevada interação entre grupos e pessoas, tornam-se cada vez mais
frequentes as discórdias.
Em seu ministério, o apóstolo
Paulo teve a preocupação e o cuidado de advertir aos irmãos de Roma escrevendo
em sua carta:
“E rogo-vos irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos
contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles” (Rm 16.17).
Paulo via em tais procedimentos uma ameaça às relações
interpessoais, por provocar uma quebra na comunhão entre os irmãos partindo do
princípio de que ninguém pode esquecer que Deus é a fonte e a origem de toda harmonia.
Sabe-se que, as relações de
pessoas com personalidades, preferências, interesses, valores, estilos, e idade
divergentes podem gerar os conflitos interpessoais que são também identificados
por serem conflitos disfuncionais e que muitas vezes acarretam hostilidade
entre os envolvidos.
Muitas vezes, ao aflorar no
ambiente de atuação de todos os envolvidos no referido conflito, atitudes
negativas são geradas e acompanhadas de situações destrutivas com reflexo
naqueles que observam.
Se as diferenças e intolerâncias
forem levadas ao extremo podem resultar em caos e desordem, podendo levar todo
um trabalho ao esvaziamento com dispersão dos elementos constituintes, cujos
resultados não são raros.
Existem conflitos que se bem
administrados podem gerar resultados positivos, esses conflitos são conhecidos
como funcionais e devem ser monitorados e altamente controlados para não
influenciar de forma geral.
Para isso, na igreja, o líder
deve identificar o tipo de conflito e gerenciá-lo de forma correta, a fim de
que a obra do Senhor não venha a sofrer com as consequências do mesmo.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD
- 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
GONÇALVES, José. Maravilhosa
Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
NASH
Ronald. Questões Últimas da Vida – Uma introdução à Filosofia. Editora Cultura
Cristã SPaulo, 2008
VEITH, JR Edward Gene. Tempos Pós Modernos –
Uma avaliação cristã do pensamento da nossa cultura. SPaulo, Editora Cultura
Cristã, 1999
COLSON
Charles & PEARCY Nancy. E Agora como Viveremos? RJaneiro, CPAD, 2000
http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-das-relacoes-interpessoais-nas-organizacoes/107296/
http://economia.terra.com.br/blog-carreiras/blog/2013/12/17/a-importancia-do-relacionamento-interpessoal-no-ambiente-de-trabalho
http://economia.terra.com.br/blog-carreiras/blog/2013/12/17/a-importancia-do-relacionamento-interpessoal-no-ambiente-de-trabalho
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Lição 12 -Cosmovisão Missionária - 19.06.16 – EBD CPAD
Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 15.20-29
Reflexão: Os crentes que foram alcançados pela graça e vivem pela
fé, em Jesus Cristo, precisam ter uma visão missionária amorosa e abrangente.
Uma cosmovisão missionária é uma visão conceitual onde
nossas crenças fundamentais sobre a necessidade da evangelização mundial está
fundamentada no Ide da Grande Comissão e da Comissão Integral (Mt 28.18-20; Mc
16.15; Lc 24.46-49; Jo 20.21; At 1.8), que é o foco inquestionável do
Cristianismo desde o princípio.
O Cristianismo e a Cosmovisão Missionária é uma forma de
falar aos seres humanos, homens e mulheres, que podem ter seus pecados
perdoados e ficarem livres da condenação eterna através do sacrifício vicário
de nosso Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário (Jo 8.32,36).
A Cosmovisão Missionária é uma visão de mundo e de vida.
A importância da igreja local em Missões – Podemos perceber na igreja evangélica brasileira uma
consciência missionária mais desenvolvida, e a igreja local precisa fortalecer
sua visão missionária e assumir uma posição bem definida e participativa na obra
de missões.
A obra missionária é basicamente uma responsabilidade da
igreja local, pois, esta é o celeiro de missionários. É da igreja local que
saem os recursos para as missões e por ela deve ser administrados.
A igreja local é que deve se preocupar com os povos não
alcançados, da cidade, da região e de
todo o mundo. Precisamos ter uma compreensão mais abrangente da grande
importância da igreja local na obra missionária (Rm 15.20-24).
Durante anos, o apóstolo Paulo pregou o evangelho “desde
Jerusalém e circunvizinhanças até o Ilírico” (Rm 15.19). É as suas atividades
nessas regiões que faz referência nos versículos 20 e 21.
No cap. 15 v. 20 Paulo menciona sua árdua tarefa na obra
de evangelização. Sua estratégia era pregar o evangelho onde Cristo ainda não
tinha sido anunciado.
O apóstolo tinha uma visão: Partir em busca de povos não
alcançados (Rm 15.21).
Sabemos pela narrativa de Atos, que durante muitos anos
Paulo pregou o evangelho aos gentios tendo como base a igreja de Antioquia da
Síria (At 13.1-3; 14.26-28; 15.30-36; 18.22,23).
A igreja de Antioquia da Síria era a base missionária do
apóstolo Paulo, Barnabé e de outros missionários. Durante aqueles anos de
trabalho vemos a igreja local inserida na estratégia de sua ação missionária.
Isso não mudou quando Paulo traçou seus objetivos para os
anos seguintes, preparando a igreja de Roma para torná-la um novo centro de
missões com o propósito de alcançar o Ocidente até à Espanha (Rm 15.22-28).
A necessidade de um planejamento
missionário: Estabelecer uma base –
Antes de Paulo ir para a Antioquia sua base missionária era a cidade de Tarso
da Cilícia onde evangelizou a região da Galácia (At 11.22-26).
Em sua primeira viagem missionária oficial sua base
missionária foi a Antioquia da Síria (At 13.1-3). Em sua segunda viagem
missionária sua base de missão foi Corinto (At 18.1-3, 9-11,18). Em sua
terceira viagem missionária sua base de missões foi a cidade de Éfeso (At
19.8-20).
Agora o apóstolo queria que a igreja de Roma fosse a sua
base missionária para evangelizar o Ocidente até à Espanha (Rm 15.20-24).
A necessidade de uma poderosa ação
espiritual na obra de missão – Paulo
estabeleceu três princípios para a expansão da obra de missão:
1.
Compromisso – Para o
apóstolo Paulo a pregação do evangelho não era um modismo a ser seguido, mas o
resultado de um compromisso sério com as pessoas e a obra de Jesus Cristo.
Paulo era um missionário que tinha compromisso. Dizia ele
“Sou devedor” (Rm 1.14). “Ai de mim se não pregar o evangelho” (1Co 9.16). “Para
mim o viver é Cristo e o morrer é ganho” (Fp 1.21). O seu compromisso era
pregar o evangelho “custe o que custar”.
2.
Como um homem que tinha o
coração na obra de Deus, Paulo também tinha uma visão pioneira: pregar a Cristo
onde ainda não fora anunciado (Rm 15.20,21).
Deus tem um propósito para o mundo e Paulo olhava o campo
missionário de acordo com a visão de Deus.
A igreja precisa estabelecer metas e estratégias claras e
específicas para os povos ainda não alcançados com a mensagem da salvação.
3.
Cooperação – Como
missionário Paulo cooperava com outros por causa da visão pioneira que possuía.
Isso não quer dizer que não se deve pregar o evangelho em lugares que já
existem igrejas.
Quanto mais igrejas melhor para a expansão do evangelho.
A questão é de prioridade. Paulo entendia que se devia
evitar duplicação a fim de facilitar o alcance de todos.
A missão deve ser integral assim como foi no ministério de
Jesus. A missão hoje deve estar preocupada com a pessoa como um todo.
A compaixão de Cristo pelos pobres e oprimidos deve ser
parte integral da proclamação do evangelho em seu nome. Não deve haver
separação entre o espiritual e o social.
A integração entre o evangelismo e a obra de socorro é o
desenvolvimento de ser efetiva, já que o alvo é a construção do reino de Deus.
O evangelismo quanto à ação social, apesar de ser
separados em função são inseparáveis em suas relações e são ambos essenciais
para o ministério integral da igreja de Cristo.
A igreja local deve entender que está dentro do contexto
da igreja mundial. A missão deve ser a
preocupação de todas as igrejas locais. A missão está em todos os continentes,
vem de todos os continentes, e é para todos os continentes.
Como o corpo da igreja é apenas um, devemos reconhecer que
todos os recursos da igreja de Cristo em todo o mundo deve ser de uso comuns, um
fundo comum para uma responsabilidade comum.
A missão deve ter uma face. O ver pode ajudar o crer, e o
experimentar pode levar a desejar.
Muitos cristãos não estão satisfeitos com simplesmente
orar e ofertar para missões. Eles e elas querem estar pessoalmente envolvidos.
Como o campo missionário está em todos os lugares e não
apenas em terras distantes, as oportunidades para um envolvimento prático em
missões se tornam infinitas.
A Grande Comissão de (Mt 28.18-20; Mc 16.15; Lc 24.46-49;
Jo 20.21; At 1.8), incorpora tanto as que chamamos de locais como as
estrangeiras.
Servir em casa por alguns anos e tomar parte num projeto
especial são uma boa preparação para qualquer ministério transcultural.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD
CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
GONÇALVES, José. Maravilhosa
Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
Bíblia Missionária de Estudo. SBB (Almeida Revista e Atualizada)
NASH Ronald. Questões Últimas da Vida – Uma introdução à Filosofia. Editora
Cultura Cristã SPaulo, 2008
WINTER Halph D. e outros. Perspectivas do Movimento cristão Mundial –
Coletânea de textos der autores nacionais e estrangeiros explorando as
perspectivas bíblica, histórica, cultural e estratégica no movimento de
evangelização mundial. Edit. Vida Nova. SPaulo, 2009
KOHL, Manfred Waldemar e BARRO, Antonio Carlos. Missão Integral
Transformadora. Descoberta Editora Ltda. Paraná, 2006
GONZALEZ, Justo L. e ORLANDI, Carlos Cardoza. História do Movimento
Missionário. SPaulo, Hagnus 2008
VEITH, JR Edward Gene. Tempos Pós Modernos –
Uma avaliação cristã do pensamento da nossa cultura. SPaulo, Editora Cultura
Cristã, 1999
COLSON Charles & PEARCY Nancy. E Agora como Viveremos? RJaneiro,
CPAD, 2000
Vídeo da Lição 12 de Adultos - Cosmovisão Missionária
Havia muitas profecias falando sobre o nascimento do Salvador Jesus, e muitos esperavam por isso. O dia chegou e, num canto desprezado do mundo, uma família ..
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Lição 11 - A Tolerância Cristã - 12.06.16 - EBD CPAD
Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 14.1-6
Reflexão: Os crentes mais maduros não devem agir egoisticamente,
mas precisam atuar como modelo para os mais fracos.
A ideia de tolerância na Bíblia envolve noções como tolerância,
armistício, permissão, paciência, longanimidade, trégua e etc. De acordo com
Atos 17.30,31, Deus estabeleceu um período de trégua com os homens, embora não
fosse forçado a fazer; mas, fê-lo por causa de sua tolerância.
Os homens, por sua vez, precisam entrar em trégua uns para
com os outros, o perdão de Deus é a base do perdão que damos aos nossos
semelhantes.
Estamos endividados para com Deus, e devemos aos nossos
semelhantes misericórdia e bondade mesmo quando eles não merecem.
“Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos
outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa, assim como o
Senhor perdoou vocês perdoem uns aos outros” (Cl 3.13 NTLD).
“Aceitem entre vocês quem é fraco na fé sem criticar as
opiniões dessa pessoa” (Rm 14.1). É evidente que, na igreja de Roma, várias seitas
haviam aparecido. Havia os vegetarianos, isto é, aqueles que se deixavam
governar por regras estritas sobre questões de dieta.
Esses criticavam aos outros membros da igreja, que não
seguiam tais preceitos, pois, para os vegetarianos, essa era uma questão de primordial
importância.
Já os que não pertenciam a esse grupo se mostravam críticos
contra os vegetarianos, pois entendiam que tais regras eram incompatíveis com a
liberdade cristã sobre todas as questões de semelhante natureza.
Além destes havia os judeus convertidos ao cristianismo. Esses
legalistas criticavam os gentios liberais ao mesmo tempo em que cristãos
gentios liberais criticavam os judeus “hiper fundamentalistas”.
E assim prosseguia o conflito. As várias facções em meio à
batalha haviam esquecido inteiramente o amor cristão. Aquilo que realmente
importa, por semelhante modo havia o problema geral de comer alimentos
oferecidos aos ídolos, praticado por alguns cristãos, para os quais um ídolo não
parecia nada.
Mas esses cristãos eram repelidos pelos outros quanto a
essa prática. Pois lhes parecia que tais práticas encorajavam os costumes pagãos.
Os crentes frascos na fé eram provavelmente cristãos vindo
do judaísmo e que pretendiam manter certos aspectos do culto judaico, como a
abstinência de certas formas de alimento, vindo além de outros indivíduos, que
continuavam observando certos dias festivos especiais entre judeus.
Todos esses grupos eram cristãos extremamente escrupulosos,
que se defrontava com a prática pagã de comparar e ingerir alimentos oferecidos
aos ídolos devido ao seu passado judaico de ódio contra os ídolos.
Alguns crentes, sendo fracos na fé, não ousam comer de
tudo, ou julgar todos os dias iguais. Não obstante, eles possuem uma medida de
fé e são genuínos crentes em Cristo.
Por isso é que devemos recebê-los sem nenhuma restrição. “Quem
come de tudo não deve desprezar quem não faz isso, e quem só come verduras e
legumes não
deve criticar quem não faz isso, pois Deus o aceitou” (Rm
14.3).
Paulo afirma: “Pois Deus o acolheu”. Essa é a base sobre a
qual recebemos os outros. Não temos escolha, independente se o crente é fraco
ou forte, devemos recebê-lo.
“Quem dá mais valor a certo dia faz isto para honrar o
Senhor. E também quem come de tudo faz isso para honrar o Senhor, pois agradece
a Deus o alimento, e quem evita comer certas coisas faz isto para honrar o
Senhor e dar graças a Deus.
Porque nenhum de nós vive para si mesmo, e nenhum de nós
morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; e, se morremos,
também é para o Senhor que morremos.
Assim, tanto se vivemos como se morremos, somos do Senhor.
Pois Cristo morreu e viveu de novo para ser o Senhor tanto dos mortos como dos
vivos” (Rm 14.6-9).
Ninguém pode subestimar um bom regulamento dietético mesmo
à luz de Levítico cap.11. O problema é basear a fé de acordo ao comer ou com
relação à dias e dias.
Atos 10, mostra que mesmo um crente como Pedro apóstolo,
precisou receber de Deus um esclarecimento a fim de se libertar desses frágeis
fundamentos.
O Senhor disse a Pedro “para matar e comer”, Pedro disse:
de modo nenhum Senhor, porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. O Senhor
respondeu a Pedro dizendo: “Ao que Deus purificou não considere comum ou imundo”(At
10.13-16). Podemos observar que à semelhança de Pedro muitos se apegam a
determinados rudimentos se esquecendo da essência do cristianismo que é o amor.
Não devemos emitir juízo de valor contra um irmão. Essa é a ideia de Romanos
14.1.
Juízo de valor significa determinar com base em nossas próprias
crenças e convicções que certa pessoa está errada. Mas, quando uma pessoa se
envolve num ato que a Bíblia tipifica como pecaminoso, e a igreja o pune, não
estando emitindo juízo de valor ao classificar esse ato de pecado, mas, sim,
estando em concordância com a Palavra de Deus.
É importante ter clara, na mente, essa distinção. A igreja
deve disciplinar os crentes que pecam, mas ninguém, nem mesmo a congregação,
tem o direito de emitir juízo de valor.
Para surpresa de muitos, é o fraco na fé que tem problemas
com a liberdade de outros que desfrutam de uma fé mais forte! O forte na fé
leva em conta que a espiritualidade não é uma questão de fazer ou não fazer,
mas de amar e servir a Deus enquanto usufrui suas boas dádivas.
O problema de julgar os outros é que isso distorce
relacionamentos, nos impede o entendimento e de compartilharmos ajuda uns aos
outros.
Deus se agrada de nós, pelos nossos relacionamentos, não
se comemos carne ou somos vegetarianos. Não tema nem os critique, apenas siga a
Cristo, o mais próximo que puder.
“Se você faz com que um irmão fique triste por causa do
que você come, então você não está agindo com amor. Não deixe que a pessoa por
quem Cristo morreu, se perca por causa da comida que você come, mas guarde
entre você mesmo e Deus o que você crê a respeito deste assunto.
Feliz a pessoa que não é condenada pela consciência quando
faz o que acha que deve fazer, mas, quem tem dúvidas a respeito do que come é
condenado por Deus quando come, pois aquilo que ele faz não se baseia na fé.
E o que não se baseia na fé é pecado” (Rm 14.15,22,23).
Obs. Os versículos desta lição estão todos na versão BNTLH.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD
CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
GONÇALVES, José. Maravilhosa
Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
RADMACHER, Earl D. O
Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento com Recursos Adicionais. Editora
Central. RJaneiro, 2010
CHAMPLIN. R.N. O Novo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo.Vl 6. Editora Hagnus. SPaulo, 2002
CHAMPLIN R. N.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal
Vozes. R.Janeiro, 1982.
LEE. Witness. Estudo Vida de Romanos Vl I. Editora Árvore da Vida. SPaulo,
1991
Bíblia de Estudo Despertar NTLH; SBB.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Lição 10 -Deveres Civis Morais e Espirituais - 05.06.16 - EBD CPAD
Abordagem de Conteúdos
Transversalizados com o Tema em Estudo
2º. Trimestre 2016
Romanos 13.1-8
Reflexão: Diante da sociedade, o crente tem deveres civis, morais
e espirituais.
Todo homem serve a alguém e deve fazer uma opção a quem
servir, com as respectivas consequências. Uma das questões que destacamos no
ensino de Paulo é a relação dos cristãos com os governantes.
Paulo afirma: Admoesto-os a que se sujeitem aos
principados e potestades, que lhes obedeçam e estejam preparados para toda boa
obra (Tt 3.1).
Em carta aos Romanos, Paulo apela para que os cristãos
vivam em dias com seus compromissos, pagando a todos os credores, inclusive os
impostos e tributos.
Em seguida o apóstolo faz uma ampla consideração sobre as
autoridades:
“Toda alma esteja sujeito às autoridades superiores;
porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há, foram
ordenadas por Deus.
Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de
Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmo a condenação. Porque os
magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más.
Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás
louvor dela.
Porque é ministro de Deus para o teu bem. Mas, se fizeres
o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e
vingador para castigar o que faz o mal.
Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não
somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por essa razão também pagais
tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributos,
tributo; a quem impostos, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” (Rm
13.1-7).
Vivemos hoje um Ocidente influenciado pelos ideais democráticos,
onde se afirma o primado da lei emanada do povo.
Mesmo aqui tem-se confundido submissão ao Estado e
ordenamento jurídico com submissão a um partido ou pessoa que eventualmente exerce
o governo do Estado.
Confundiu-se oposição legal e legítima com pecado de
insubmissão. É bom que todos saibam que em uma democracia:
- Autoridade inclui os ramos executivo, legislativo e judiciário do
poder político.
Autoridade não é só o Presidente da República e seus
ministros, mas, os magistrados de todas as instâncias do judiciário, os
senadores e os deputados.
- Autoridade inclui, em uma federação, tanto os órgãos da união
federal, como os dos estados e municípios (governadores, secretários,
deputados estaduais, desembargadores, prefeitos, vereadores, juízes e etc).
- Governo é o conjunto desses órgãos, de seus ocupantes, com suas
diretrizes. A competência e as atribuições desses órgãos são delimitadas
pela Constituição Federal, pelas Constituições Estaduais e outras leis
ordinárias e complementares.
Governantes e governados estão sujeitos à lei, que
assegura os direitos dos cidadãos, os quais devem obediência à lei e não aos
governantes, quando eles a afligem. O mesmo se diga de um ramo do poder em
relação a outro.
- Por ser a democracia intrinsecamente pluripartidária, os partidos
de oposição legalmente constituídos integram o governo, ou seja, fazer
oposição é parte da tarefa governativa (na Inglaterra o chefe da oposição
recebe um salário especial).
- Fazer oposição não é insubmissão contra o Estado, mas discordância
dos que eventualmente ocupam a direção da coisa pública. Um deputado de
oposição é uma autoridade que discorda de outra autoridade: O Presidente
da Republica, por exemplo: garantindo a democracia, a alternância partidária,
a oposição de hoje, poderá ser o governo de amanhã e vice versa.
6. Quando algo errado for transformado em lei em uma
democracia, o cristão poderá tomar duas atitudes:
a) Desobedecer, caso a lei atinja o ministério cristão ou à
vida humana.
b) Obedecer protestando e lutando pelos canais legais para
que a lei seja revogada ou alterada, quando estiver relacionada a valores do
reino (liberdade, justiça e paz).
O cristão deve pagar seus impostos. Se discordar, mesmo
pagando pode lutar pela reforma tributária. Por ser o Senhor o Deus da providência
e da história, a elaboração e institucionalização do modelo político cujos
mecanismos são acima descritos (a democracia) podem se inserir em sua economia
e se constituir em modalidade diversa e atualizada de submissão a autoridade
para esse tempo.
Os apóstolos e os
poderes políticos – A vida da igreja em seus
primórdios, foi de constante atrito com os poderes constituídos. Guardas, prisões,
audiências e tribunais faziam parte permanente dos riscos do ministério apostólico.
Logo após os primeiros milagres e as primeiras conversões,
quando Pedro fazia um discurso no templo, eles foram presos por iniciativa dos
sacerdotes, do capitão do templo e dos saduceus. Eles não se conformavam com o
fato de que, em tão pouco tempo, o número de seguidores de Jesus já chegasse a
quase cinco mil.
Os apóstolos ficaram vinte e quatro horas na cadeia e
foram interrogados e ameaçados pelo Sinédrio, que os proibiu de pregar.
Eles foram soltos e não obedeceram, voltando a pregar e a
fazer milagres. Foram novamente para a prisão, de onde à noite, foram
libertados por um anjo.
Livres, voltaram a ensinar no templo. Pela terceira vez
foram presos e interrogados pelo Sinédrio, quando se travou o significativo diálogo:
“E o sumo sacerdote interrogou-os dizendo: expressamente
vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome, contudo, enchestes Jerusalém de
vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem.
E
ntão Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes importa
obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.27-29). Estava lançado um princípio: o
cristão pode – e deve – desobedecer à autoridade política se ela proibir de realizar
o ministério: pregar, ensinar, curar e expulsar demônios (At 5.41,42).
Jesus e a política em
seu tempo – A sociedade judaica na época de Jesus
estava dividida em correntes em que os posicionamentos religiosos estavam intimamente
vinculados às opções políticas:
1. Os fariseus: ao lado da defesa da ortodoxia, da observância externa
da lei e da esperança messiânica, representavam uma postura nacionalista, contrária
á dominação romana e ás influências culturais estrangeiras, notadamente o
helenismo.
2. Os saduceus: eram os aristocratas que não levavam muito a serio a
vida religiosa e a moralidade, rejeitavam muito das crenças tradicionais do
judaísmo, ao mesmo tempo em que se abriam às influências helênicas, mantendo
uma atitude de acomodação e colaboração em relação aos invasores romanos. Por
isso eram pouco estimados pelo povo.
3. Os herodianos:
constituíam um grupo minoritário de políticos, administradores e burocratas
ligados ao governo relativamente autônomo.
Eram estreitos colaboradores do império romano. Eram os
interlocutores entre as forças de ocupação e a população nativa. Por isso eram
extremamente odiados.
4. Os zelotes: Eram remanescentes da revolta dos Macabeus. Exaltados nacionalistas
viam na obediência a um imperador pagão, uma traição a Deus.
Defendiam a via violenta para atingir o fim almejado – derrotado
nas batalhas do período inter bíblico, mantiveram vivos seus sentimentos
durante as primeiras décadas da Era cristã, até a guerra anti romana de 66 a 73
d.C., cujo trágico desfecho seria o fim do que restava de Israel e a Diáspora.
5. Os escênios: Piedosos e místicos optavam por viver em
pequenas comunidades rurais, onde cultivavam a agropecuária de subsistência,
desenvolvendo um estilo de vida ascético. Procuravam se isolar do resto do
povo, pouco se importando com as “coisas do mundo” eram politicamente
alienados.
O ministério de Jesus deve ser entendido no contexto político
em que seu país se encontrava. Seus interlocutores não eram iguais, neutro ou
incolores, mas, seguidores de uma das correntes político-religiosos de então.
Seu discurso tinha de levar em conta o conceito atribuído aos
vocábulos. As expectativas messiânicas eram inegavelmente ligadas ao desejo de
libertação política. Os textos dos quatro evangelistas não podem ser bem
entendidos se não se levar em conta o seu tempo.
O evangelho deve exercer
influencia nos governos, sem contudo, se comprometer com o poder dominante. A Bíblia traz vários exemplos de homens fiéis a Deus que
exerceram influência nos governos seculares em que serviam.
Um deles é Daniel, profeta judeu que exerceu forte influência
sobre o governo da Babilônia. Daniel disse a Nabucodonosor: Portanto, aceita o
meu conselho, ó Rei: Abandona teus pecados, praticando a justiça e a renúncia às
tuas maldades, usando de misericórdia com os pobres, se quiseres prolongar tua
tranquilidade (Dn 4.27).
Daniel ocupava um cargo elevado na corte de Nabucodonosor.
Era governador de todas as províncias da Babilônia e chefe de todos os sábios
(Dn 2.48,49; 4.27).
Neemias era copeiro do rei Artaxerxes (Ne 1.11), cargo de grande
responsabilidade. Mordecai era o segundo na hierarquia depois do rei Xerxes (Et
10.3;9.4). Rainha Ester também exerceu influência considerável sobre as decisões
do rei Xerxes (Et 5.1-8; 7.1-6; 8.3-13; 9.12-15, 29-33).
Jeremias dava conselho aos exilados judeus na Babilônia
(Jr 29.7).
No NT João Batista é um exemplo de influência sobre o
governo. Em sua época o governante da Galiléia de 4a.C. a 39 d.C. era Herodes
Antipas.
“Tetrarca” nomeado pelo imperador romano e sujeito à
autoridade do império romano.
João Batista repreendeu Herodes o “tetrarca” por um pecado
específico em sua vida pessoal, mas que se tornara publico, porque João dizia não
se te é lícito possuir a mulher do teu irmão.
Além desses exemplos a mera existência de passagens bíblicas
que ensinam a respeito do governo é argumento em favor da influência cristã
expressiva sobre os governos.
Por motivo muito especial Deus colocou na Bíblia Romanos
13.1-7 e 1Pedro 2.13,14 e outras passagens relacionadas como no livro dos
Salmos e em Provérbios. Todas estão ali para os cristãos lerem em suas devoções
particulares e dizer aos governantes como Deus vê seus papéis e
responsabilidades.
Sem dúvida, Deus colocou essas passagens na Bíblia não
apenas para ensinar aos cristãos como eles devem se relacionar com os governos
civis, mas também para que pessoas com responsabilidades governamentais saibam
o que o próprio Deus espera delas.
Bibliografia:
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CPAD - 2º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.José Gonçalves.
GONÇALVES, José. Maravilhosa
Graça – O Evangelho de Jesus revelado na Carta aos Romanos. CPAD. RJaneiro 2016
GRUDEM. Wayne. Política
Segundo a Bíblia – Princípios que todo Cristão deve Conhecer. Editora Vida Nova. São Paulo 2014
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Institutas ou Tratado de Religião Cristã. Vls. I, II.Casa Edit. Presbiteriana.
SPaulo 1985.
CAVALCANTI Robson. Cristianismo
e Política. – Teoria Bíblica e Prática
Histórica. Editora Ultimato. MGerais 2002
RADMACHER, Earl D. O
Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento com Recursos Adicionais. Editora
Central. RJaneiro, 2010
CHAMPLIN. R.N. O Novo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnus. SPaulo, 2002
CHAMPLIN R. N.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
GOPPELT. Leonhard – Teologia do Novo Testamento Vls 1 e 2 – Editora Sinodal
Vozes. R.Janeiro, 1982.
BARBAGLIO. Giuseppe. As Cartas de Paulo Vl 2. Edit. Loyola. São Paulo, 1991.
SOUZA Itamir Neves de. Atos dos
Apóstolos – Uma história Singular. Edit.Descoberta. Londrina 1999
Vídeo da Lição 10 de Jovens EBD CPAD - Quando a Divisão se Instala na Família
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